terça-feira, 14 de junho de 2022

 


1 Samuel 7 Estudo: “Até Aqui o Senhor Nos Ajudou”

 Em 1 Samuel 7, o Senhor Deus nos mostra qual a repercussão do retorno da arca para Israel. Foi uma “injeção” de ânimo para buscar ao Senhor. Samuel liderou o povo, naquilo que foi a restauração da aliança. A ordem é que eles deviam se livrar de todos os ídolos e altares idólatras.

Os filisteus os atacaram com muita força, mas Samuel intercedeu e o Senhor Deus os livrou e derrotou o exército inimigo. Durante o ministério de Samuel, Israel desfrutou de muita prosperidade e paz. Deus o confirmou como juiz, sacerdote e profeta de seu povo.

Esboço de 1 Samuel 7:

7.1 – 6: Samuel e a restauração da aliança

7.7 – 14: “Até aqui o Senhor nos ajudou”

7.15 – 17: O ministério de Samuel

1 Samuel 7.1 – 6: Samuel e a restauração da aliança

1 Os homens de Quiriate-Jearim vieram para levar a arca do Senhor. Eles a levaram para a casa de Abinadabe, na colina, e consagraram seu filho Eleazar para guardar a arca do Senhor.

2 A arca permaneceu em Quiriate-Jearim muito tempo; foram vinte anos. E todo o povo de Israel buscava o Senhor com súplicas.

3 E Samuel disse a toda a nação de Israel: “Se vocês querem voltar-se para o Senhor de todo o coração, livrem-se então dos deuses estrangeiros e das imagens de Astarote, consagrem-se ao Senhor e prestem culto somente a ele, e ele os libertará das mãos dos filisteus”.

4 Assim, os israelitas se livraram dos baalins e dos postes sagrados, e começaram a prestar culto somente ao Senhor.

5 E Samuel prosseguiu: “Reúnam todo o Israel em Mispá, e eu intercederei ao Senhor a favor de vocês”.

6 Quando eles se reuniram em Mispá, tiraram água e a derramaram perante o Senhor. Naquele dia jejuaram e ali disseram: “Temos pecado contra o Senhor”. E foi em Mispá que Samuel liderou os israelitas como juiz.

1 Samuel 7.7 – 14: “Até aqui o Senhor nos ajudou”

7 Quando os filisteus souberam que os israelitas estavam reunidos em Mispá, os governantes dos filisteus saíram para atacá-los. Quando os israelitas souberam disso, ficaram com medo.

8 E disseram a Samuel: “Não pares de clamar por nós ao Senhor, o nosso Deus, para que nos salve das mãos dos filisteus”.

9 Então Samuel pegou um cordeiro ainda não desmamado e o ofereceu inteiro como holocausto ao Senhor. Ele clamou ao Senhor em favor de Israel, e o Senhor lhe respondeu.

10 Enquanto Samuel oferecia o holocausto, os filisteus se aproximaram para combater Israel. Naquele dia, porém, o Senhor trovejou com fortíssimo estrondo contra os filisteus e os colocou em pânico, e foram derrotados por Israel.

11 Os soldados de Israel saíram de Mispá e perseguiram os filisteus até um lugar abaixo de Bete-Car, matando-os pelo caminho.

12 Então Samuel pegou uma pedra e a ergueu entre Mispá e Sem; e deu-lhe o nome de Ebenézer, dizendo: “Até aqui o Senhor nos ajudou”.

13 Assim os filisteus foram dominados e não voltaram a invadir o território israelita. A mão do Senhor esteve contra os filisteus durante toda a vida de Samuel.

14 As cidades que os filisteus haviam conquistado foram devolvidas a Israel, desde Ecrom até Gate. Israel libertou os territórios ao redor delas do poder dos filisteus. E houve também paz entre Israel e os amorreus.

1 Samuel 7.15 – 17: O ministério de Samuel

15 Samuel continuou como juiz de Israel durante todos os dias de sua vida.

16 A cada ano percorria Betel, Gilgal e Mispá, decidindo as questões de Israel em todos esses lugares.

17 Mas sempre retornava a Ramá, onde ficava sua casa; ali ele liderava Israel como juiz e naquele lugar construiu um altar em honra ao Senhor.


quinta-feira, 9 de junho de 2022


Salvação Para a Família

“Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa”. – Atos 16:31

Creio numa provisão divina para abençoar as famílias. Acredito que Deus pensa na família em tudo o que faz. A família é uma instituição divina. Deus proveu para seu filho Jesus uma família abençoada nesta terra. E fez muitas promessas incluindo as famílias, portanto há algo especial que deve ser visto sob este enfoque e que nos ajudará em nossa caminhada cristã.

Nosso texto base para esta meditação fala sobre salvação para toda a família, e acredito que há muita coisa que precisa ser esclarecida por trás deste conhecidíssimo versículo bíblico. Tenho visto atitudes erradas na vida de muitos cristãos e, geralmente, elas são oriundas de uma compreensão errada (ou da falta dela) deste texto.

Este texto não é uma promessa de que Deus salvaria nossa família sem que nada precisássemos fazer. Não fala de um processo em que, automaticamente, toda uma família se salva só porque um foi salvo. A salvação não se transfere, é pessoal. Este versículo nos mostra uma provisão divina para a família, e que quando um familiar é salvo passa a ser a “porta de entrada” do Reino de Deus para a sua família. Tem muito crente que sequer evangeliza os seus, nunca intercede por sua família, mas quando indagado sobre o estado deles responde: “Não me preocupo por que tenho uma promessa da salvação de minha família”…

Não acredito que este texto seja uma promessa, embora creia que deva inspirar nossa fé e nos levar a uma atitude correta. Tenho este posicionamento pelas seguintes razões:

UMA PALAVRA PESSOAL

Esta palavra foi dada por Paulo a um carcereiro da cidade de Filipos, onde o apóstolo estava preso por ter expulsado um espírito maligno de uma jovem que era adivinha. O ocorrido a impediu de continuar adivinhando, e a falta de lucros gerada por esta libertação fez com que os senhores dessa moça lançassem Paulo e seu companheiro Silas na prisão.

O que Paulo falou a este homem foi uma palavra pessoal sob uma ação específica do Espírito Santo. Observe o texto todo e estes detalhes aparecerão:

“E, depois de lhes darem muitos açoites, os lançaram no cárcere, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. Este, recebendo tal ordem, levou-os para o cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco. Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos. O carcereiro despertou do sono e, vendo abertas as portas do cárcere, puxando da espada, ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido. Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos! Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa”. – Atos 16:23-31

Este acontecimento se deu por volta da meia-noite, logo, estava escuro. A certeza disto é que o carcereiro pediu luz antes de ir até Paulo e Silas, o que nos mostra que nem ele e nem tampouco os dois evangelistas tinham luz. O texto sagrado ainda revela que ninguém saiu do cárcere, embora o carcereiro chegou a pensar que todos já tivessem fugido.

Então, aquele homem, que sabia que ia pagar com a própria vida pela vida dos presos que (achava ele) haviam escapado, decide se matar e chega a puxar espada para faze-lo, mas Paulo brada para que ele não faça aquilo.

Como é que Paulo, no escuro e sem enxerga-lo por estarem em cômodos diferentes, sabia do que estava acontecendo?

Temos uma palavra de conhecimento, dada pelo Espírito Santo revelando uma condição específica de um homem específico. Não sabemos tudo o que Deus mostrou ao apóstolo, mas é neste contexto que ele afirma ao carcereiro: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e a tua casa”. E o que acontece em seguida?

“Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus”. – Atos 16:30-34

Aquele homem tirou Paulo e Silas da cadeia e os levou para casa. A Bíblia diz que ele aproveita para cuidar das feridas daqueles homens, mas eles foram lá para pregar a palavra de Deus e conseguiram levar todos a Cristo e batiza-los! O que fez o carcereiro acreditar tanto em Paulo e Silas? Seguramente não foi só o terremoto, mas a revelação que ele recebeu depois do terremoto.

Diante de tudo isto não posso dizer que as palavras de Paulo a este homem se apliquem a todo crente. Quando o navio em que Paulo viajava para Roma estava para naufragar, ele disse de antemão: “Contudo, é necessário irmos dar numa ilha”. Como ele sabia disto? Porque Deus lhe havia revelado isto. Mas não quer dizer que todo crente que viesse a naufragar iria dar numa ilha. Era uma palavra específica para um momento específico. Do mesmo modo, o que Paulo falou para aquele carcereiro não era uma promessa para todo crente, era uma revelação específica do que aconteceria na família daquele homem.

OUTROS TEXTOS SOBRE FAMÍLIA

Há vários outros textos bíblicos que entrariam em conflito se tentamos dizer que esta palavra é uma promessa para todo crente. Veja alguns deles:

“Supondes que vim para dar paz à terra? Não, eu vo-lo afirmo; antes, divisão. Porque, daqui em diante, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois, e dois contra três. Estarão divididos: pai contra filho, filho contra pai; mãe contra filha, filha contra mãe; sogra contra nora, e nora contra sogra”. – Lucas 12:51-53

Jesus disse que veio trazer divisão numa casa. Isto mostra que quando alguém decidisse segui-lo, outros familiares se levantariam contra, não aceitando a decisão. E haveria problemas… isto não nos faz pensar que o que Paulo disse ao carcereiro fosse uma promessa todo cristão, faz?

O Senhor ensinou claramente que seria necessário ter a disposição de negar os familiares para mantê-lo em primeiro lugar:

“Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo”. – Lucas 14:26

Além do ensino de Jesus, vemos o mesmo apóstolo Paulo (que fez aquela declaração ao carcereiro) falando sobre a salvação dos demais familiares como uma incógnita:

“Pois, como sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, como sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?” – I Coríntios 7:16

Ora, se Paulo acreditasse que aquilo que ele afirmou ao carcereiro de Filipos fosse uma promessa a todo crente, não falaria assim, neste tom de incerteza! Mas a verdade é que não se trata de uma promessa a todos, embora revele uma intenção do coração de Deus.

Não estou tentando semear inc
redulidade em quem crê na salvação dos seus familiares. Precisamos mesmo lutar em favor deles! Mas o fato é que eles não serão salvos só porque você, como familiar deles, foi. A condição para a salvação de seus familiares é a mesma que de qualquer outro pecador: precisam se arrepender e crer em Jesus.

Escrevi este artigo porque muitos crentes não fazem nada pela sua família e ficam confessando Atos 16:31 como se fosse uma solução a se estabelecer automaticamente. Precisamos ser práticos. O que Paulo e aquele carcereiro fizeram?

“E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus”. – Atos 16:32,33

Depois de saber que Deus queria salvar sua família, o homem foi levar o Evangelho para eles! Foi por isso que creram e se batizaram. Tem muita gente que não prega a palavra para os seus familiares e acha que eles vão acordar salvos alguma manhã destas. Não é assim que funciona. Temos que nos mexer. Lutar por eles. Interceder por eles. Dar bom testemunho.

CRENDO NO PLANO DE DEUS PARA A FAMÍLIA

Quando o apóstolo Pedro sobe a Jerusalém e é indagado do motivo que o levou a entrar na casa de Cornélio, um gentio, dá uma explicação de um detalhe da mensagem que o centurião recebera do anjo que lhe apareceu. Este detalhe é importantíssimo para nós porque nos mostra como Deus trata com as famílias e tem um plano para elas.

“E ele nos contou como vira o anjo em pé em sua casa e que lhe dissera: Envia a Jope e manda chamar Simão, por sobrenome Pedro, o qual te dirá palavras mediante as quais serás salvo, tu e toda a tua casa”. – Atos 11:13,14

Embora não haja uma promessa específica de que cada família onde alguém se converter todos virão a ser salvos, sabemos que este é o desejo de Deus. Deus deseja que todos se salvem (I Tm.2:5). Ele não deixou ninguém de fora da provisão de salvação, mas mesmo assim, sabe que muitos rejeitarão seu presente, a ponto de também declarar em sua Palavra que “a fé não é de todos” (II Ts.3:2).

Desde o princípio vemos Deus incluindo as famílias em suas promessas de bênçãos, salvação e livramento. Foi assim com Noé:

“Disse o SENHOR a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração”. – Gênesis 7:1

Também foi assim com Ló, quando Deus anunciou pela boca dos anjos que haveria de destruir a cidade; deu oportunidade para que toda a família escapasse:

“Então, disseram os homens a Ló: Tens aqui alguém mais dos teus? Genro, e teus filhos, e tuas filhas, todos quantos tens na cidade, faze-os sair deste lugar; pois vamos destruir este lugar, porque o seu clamor se tem aumentado, chegando até à presença do SENHOR; e o SENHOR nos enviou a destruí-lo”. – Gênesis 19:12,13

Deus tem um plano para as famílias e deseja abençoa-las. Esta foi sua promessa a Abraão:

“…em ti serão benditas todas as famílias da terra”. – Gênesis 12:3b

Mas porque Deus deseja isto não quer dizer que vá acontecer por si. Os genros de Ló não o levaram a sério (Gn.19:14) e acabaram perecendo em Sodoma, embora o Senhor quisesse ter tirado os dois de lá.

NÃO PERDER A VISÃO FAMILIAR

Onde está o ponto de equilíbrio? Não é em achar que a família será salva por si e nem tampouco em deixar de ter esperança pelos seus. É entender a visão familiar na Palavra e batalhar para que isto se aconteça. Creio que Deus queira que cada um de nós possa encher o peito e afirmar com alegria o mesmo que Josué:

“…eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. – Josué 24;15

Tem gente que quer ganhar o mundo para Jesus e sequer se importa com a sua casa. Isto é uma violação de claros mandamentos bíblicos! Veja o que Paulo falou a Timóteo no tocante a isso:

“Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”. – I Timóteo 5:8

O cuidado pela família não envolve apenas o sustento natural, que é o contexto desta afirmação, mas também a preocupação com a condição espiritual. É requisito para a liderança ter uma família exemplar, ministrada no Senhor (I Tm.3:4,5).

Os projetos que envolvem a salvação de nossa família devem ser tomados como prioridade. É preciso que nos empenhemos em lutar pela salvação de nossa casa. Isto envolve uma postura de esperança e um posicionamento de bom testemunho. Mediante um bom testemunho, familiares podem ser ganhos para Cristo. Sem ele, muitos nunca se converterão. Pedro escreveu sobre isto:

“Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa,ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor”. – I Pedro 3:1,2

Para o casal cristão, o desafio são os filhos. Eles também devem ser ganhos e discipulados por seus pais:

“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”. – Efésios 6:4


O Que Significa Ciúmes na Bíblia?

Ciúme é um sentimento que pode se apresentar tanto de forma positiva quanto negativa. Por isso o significado de ciúmes na Bíblia deve ser considerado sempre à luz de seu contexto. Isso quer dizer que na Bíblia o ciúme pode ser um sentimento pecaminoso ou pode ser um sentimento legítimo e recomendado.

O significado de ciúmes no Antigo Testamento

No Antigo Testamento a palavra que pode ser traduzida como “ciúme” é o termo hebraico qin’a. Esse termo transmite basicamente a ideia de um ardor emocional forte, profundo e até complexo.

Isso explica porque essa única palavra pode ser usada para indicar:

  • O ciúme entre marido e mulher (Números 25:11; Cantares 8:6). Inclusive, havia até uma lei para os casos de ciúmes entre os israelitas (Números 5:11-31).
  • Um sentimento ruim mais relacionado à ira e à inveja (Ezequiel 35:11).
  • O zelo pelas coisas do Senhor (Números 25:11).
  • O próprio zelo do Senhor pela santidade de Seu nome que também se estende ao Seu povo (Isaías 42:13). Muitas vezes o ciúme de Deus, no que diz respeito ao Seu zelo, aparece nos textos bíblicos conectado à Sua santa ira (Ezequiel 36:6).

O significado de ciúmes no Novo Testamento

Já no Novo Testamento, a palavra básica para se referir ao ciúme é o termo grego zelos. Assim como no Antigo Testamento, essa palavra grega pode ser usada tanto de forma positiva quanto negativa.

No sentido positivo, a palavra “ciúmes” diz respeito ao zelo (2 Coríntios 7:11; 9:2; 11:2). Já no sentido negativo, ela transmite um significado que se aproxima da ideia de inveja. É assim que o apóstolo Paulo utiliza essa palavra quando exorta os crentes a andar dignamente e se afastar do estilo de vida pecaminoso.

Aos cristãos de Roma ele escreve: “Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidades e dissoluções, não em contendas e ciúmes” (Romanos 13:13). O ciúme também era um dos sentimentos que causavam problemas e ameaçavam a unidade na igreja em Corinto. Por isso o mesmo apóstolo questiona: “Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?” (1 Coríntios 3:3).

No Novo Testamento há ainda o uso do termo grego phthonos que também pode ser traduzido como “ciúme”. Mas em todas as vezes que essa palavra é usada, seja em sua forma verbal, seja como um substantivo, ela sempre aparece naquele sentido negativo que expressa a ideia de inveja.

Assim, em algumas traduções da Bíblia esse termo é traduzido como “ciúme” e em outras como “inveja” (cf. Romanos 1:29; 1 Timóteo 6:4; Tito 3:3; 1 Pedro 2:1). É traduzindo esse termo que o ciúme aparece na lista das obras da carne (Gálatas 5:21).

Em Tiago 4:5 o uso desse termo grego tem desafiado os tradutores bíblicos. Eles discutem se o a palavra deve ser traduzida como “ciúmes” no sentido do zelo do Espírito de Deus; ou se deve ser traduzida como “inveja” em referência ao comportamento pecaminoso do espírito humano.

Quando os cristãos devem ter ciúmes?

Como vimos, o ciúme pode significar um sentimento ruim e pecaminoso ou um sentimento bom de zelo e preservação. Entre um casal que verdadeiramente se ama, por exemplo, é normal que haja o ciúme no sentido de zelo e cuidado que se preocupa com a preservação da aliança do matrimônio.

Mas esse tipo de ciúme jamais deve se transformar em algo ruim, cruel, perverso e doentio. Aqui devemos no lembrar que “o amor é paciente, é e benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13:4-7).

Como fica claro, no sentido negativo o ciúme é identificado como sendo uma das concupiscências da carne. O remédio contra esse tipo de ciúme é revestir-se do Senhor Jesus Cristo (Romano 13:14). Quando andamos no Espírito, nossa vida não é pautada pelas obras da carne, dentre as quais está o ciúme doentio e pecaminoso; mas reflete as virtudes do fruto do Espírito Santo.

O crente também deve ter genuíno ciúme pelas coisas de Deus. Como ministro do Evangelho, o apóstolo Paulo tinha zelo pela pureza da Igreja. Assim ele escreve aos cristãos coríntios: “Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo” (2 Coríntios 11:2).

Em tempos em que o verdadeiro Evangelho tem sido adulterado com o propósito de corromper a Igreja de Cristo, se faz necessário que cristãos genuínos se levantem com ciúme piedoso pela obra de Deus.

O que fazer para controlar o ciúme?

A solução para o ciúme ruim é o amor. O verdadeiro amor não alimenta a inveja (1 Coríntios 13:4). Quando temos amor, queremos o bem dos outros e não pensamos apenas em nós mesmos.

A Bíblia diz que devemos nos alegrar com a alegria dos outros (Romanos 12:15). Em vez de ficarmos com ciúmes, devemos agradecer a Deus pelo bem que Ele faz aos outros e partilhar sua alegria.

Também é importante aprender a perdoar. O ciúme torna a vida amarga e pode destruir bons relacionamentos por causa de faltas pequenas. Por isso, o perdão é essencial para acalmar a ira e trazer reconciliação (Colossenses 3:13).

sexta-feira, 3 de junho de 2022


                        Isaías 30

30.1-33 — No capítulo anterior, Isaías denuncia os que procuram a ajuda de homens, em vez de se colocarem na dependência do Senhor. Nos capítulos 30 e 31, Isaías trata da tolice de depender do Egito. Esse ai consiste de uma condenação aos que depositam sua confiança no Egito (v. 1-17) e da promessa de que o Senhor salvará Israel e destruirá a Assíria (v. 18-33).

30.1-17 — O ai aos rebeldes de Judá, que teimavam em confiar no Egito, em vez de depender do Senhor, consiste de uma reprimenda por depositar a confiança no lugar errado (v. 1-7) e de uma sentença judicial por desprezar o aviso de Deus (v. 8-17).

30.1-7 — A reprimenda consiste da acusação de que eles repudiaram a fé em Deus para confiar no Egito (v. 1,2) e de uma previsão de que o Egito os abandonará (v. 3-7).

30.1 — Trata-se do quarto ai, em 28.1-35.10. Os filhos rebeldes são os conselheiros de Ezequias. A injustiça que praticam eles acrescentaram o pecado de fazer planos sem consultar a Deus. Meu Espírito é outra forma de se referir a Deus (Is 11.2).

30.2 — A sombra do Egito. O contraste, é claro, seria confiar na sombra do Onipotente (SI 91.1).

30.3 — Vergonha significa uma profunda humilhação.

30.4 — Seus embaixadores podem ser as pessoas de Judá que foram de Zoã (Is 19.11-13), no Delta, a Hanes, a cerca de 80 km ao sul do Cairo.

30.5 — Vergonha e opróbrio referem-se a uma humilhação intolerável.

30.6 — O peso dos animais deve-se ao fato de eles terem transportado inutilmente, pelo deserto, presentes de Judá para o Egito (v. 7-11).

30.7 — A palavra original para Egito, Raabe, significa literalmente tempestade ou arrogante. Raabe era um dragão da mitologia pagã que se imaginava ter resistido à criação. Tanto Raabe quanto o Leviatã simbolizam as forças do mal no Universo, as quais Deus destruirá (Is 51.9).

30.8-18 — A frase consiste de duas partes: (1) reprimenda pela rejeição à mensagem de Deus (v. 8-11,15); (2) relação dos castigos a serem aplicados (12-14,16,17).

30.8 — As placas de texto mais antigas já descobertas até hoje datam de cerca de 1350 a.C. Foram encontradas em 1986 d.C. num navio naufragado na costa sudeste da Turquia. Até essa descoberta, as placas mais antigas que se conhecia tinham sido encontradas em um poço de Ninrode, perto de Nínive, e datavam de cerca de 700 a.C. A superfície de escritura original era uma camada de cera.
30.9 — A lei é a orientação dada pelo profeta, que provém diretamente do Senhor (v. 15).
30.10 — Não vejais. Veja uma ocorrência semelhante do termo em Miqueias 2.6.

30.11 — Deixe de estar. Das palavras maldosas do povo, essa era a mais flagrante.

30.12 — Não se decidir a obedecer ao Senhor é o mesmo que rejeitá-lo. Equivale também a rejeitar Sua palavra. Confiais na opressão. Veja uma ideia semelhante em Isaías 1.15-17; 29.20,21.

30.13,14 — Parede [...] que já forma barriga e como se quebra o vaso do oleiro significam que o juízo sobrevirá absoluta e subitamente. Pedaços são os cacos do vaso quebrado.

30.15 — Converterdes implica arrepender-se. Repousardes. Veja uma ideia semelhante em Isaías 28.12. No sossego e na confiança pode ser reformulado como em absoluta confiança. Confiar na força de Deus, em vez de na própria capacidade, é a única forma de encontrar o verdadeiro repouso.

30.16 — Em vez de confiar no Senhor, o povo prefere depender dos cavalos e das carruagens do Egito para defender a terra (Is 31.1).

30.17 — Mil homens fugirão. A mensagem é de que a nação será completamente dispersa (Dt 32.30).

30.18-33 — Essa promessa de salvação consiste: (1) na base da bênção que se encontra no juízo de Deus (v. 18); (2) na promessa da libertação de Judá (v. 19-26); (3) da ameaça da destruição da Assíria (v. 27-33).

30.18 — A equidade de Deus requer que os opressores assírios sejam punidos (Jz 2.16). A misericórdia de Deus e sua compaixão são equilibradas; elas interagem com Sua justiça e com o fato de Ele ser exalçado.

30.19 — Não chorarás mais. Uma promessa parecida é feita em 25.8. Á voz do teu clamor. Veja uma ideia semelhante em Jz 2.18.

30.20 — O Senhor vem concedendo aos israelitas o pão de angústia, isto é, rações ínfimas, como se estivessem na prisão (1 Rs 22.27). Depois do juízo, porém, o Senhor concederá a salvação: os olhos de Israel verão isso (Is 29.24). Os mestres provavelmente são os profetas (v. 10).

30.21 — Andai nele contrapõe-se a desviai-vos, no v. 11. O povo está de maneira tão errada que já não escuta seus líderes espirituais (v. 20). Agora, o Espírito do Deus vivo em pessoa os ensinará.

30.22 — Terás por contaminadas significa profanar pela destruição (2 Rs 23.4-14). Um pano imundo é algo como um pano sujo de menstruação. A ideia é livrar-se dele.

30.23, 24 — As promessas que faziam parte do pacto original com Moisés passam a vigorar outra vez. Chuva. A bênção estender-se-á do campo ao rebanho (Dt 28.11,12).

30.25, 26 — Em todo monte alto e a luz do sol, sete vezes maior, são expressões que ressaltam a magnitude da futura salvação. Águas. A queda da grande chuva e os rios caudalosos estão associados à bênção que resulta da fé em Deus (Is 32.2; 41.17,18). Quando caírem as torres é uma expressão associada ao colapso do orgulho humano (Is 2.12-17).

30.27-33 — A previsão da destruição da Assíria consiste de dois ciclos: (1) um ciclo de ataque (v. 27,28 e 30,31); (2) um ciclo de júbilo (v. 29 e v. 32). Conclui com uma menção à pira funerária do rei (v. 33).

30.27 — O nome do Senhor corresponde ao Seu caráter, celebrado em Seus feitos de salvação em toda a história. O Senhor vem montado numa tempestade (Is 29.6).

30.28 — A sua respiração descreve o som da voz do Senhor como um rio transbordante e turbulento. Pescoço. Veja uma imagem semelhante em Isaías 8.8.

30.29 — Cântico [...] na noite. Em ocasiões festivas, cantava-se madrugada adentro. Rocha é uma tradução literal (SI 144.1).

30.30,31 — Aqui, a voz de Deus é comparada com o trovão (SI 29.3,4; compare com v. 28). O abaixamento do seu braço. O braço forte de Deus livrou os israelitas do Egito, e agora descerá para julgar (Ex 6.6). Assíria. Só aqui, nessa seção, a nação inimiga é mencionada pelo nome.

30.32 — Tamboris. Veja mais referências ao instrumento em Êxodo 15.20; 1 Samuel 18.6. Trata-se de soldados-músicos, habituados com combates, os quais devem estar prontos para lutar ou para executar seus instrumentos musicais, conforme seja necessário.

30.33 — A fogueira é Tofete, cidade localizada ao sul de Jerusalém que era o ponto de encontro entre os vales de Hinom e Cedrom. Provavelmente era um buraco profundo e largo que continha uma fogueira alimentada com madeira. Ali, ocasionalmente, crianças eram queimadas como oferenda a divindades pagãs (2 Rs 23.10; Jr 7.31,32; 19.6,11-14). Essa área, ao longo dos séculos, foi bastante aterrada. O enxofre lembra a destruição de Sodoma pelo fogo (Is 34.9,10; Gn 19.24).

terça-feira, 31 de maio de 2022

       DEUS USA SEUS PROFETAS A SEU SERVIÇO               PARA EXPULSA O ESPIRITO MAU (MALIGNO).

 Sagrada Escritura nos ensina que o ministério de música é algo antigo e que foi instituído na casa de Deus através do Rei Davi. Ela nos mostra também como o ministério deve ser organizado e conduzido e de que forma a música serve de auxílio indispensável aos demais ministérios, como cura e libertação, profecia, animação e coordenação.

I Samuel 16:14. Ora, o Espírito do Senhor retirou-se de Saul, e o atormentava um espírito maligno da parte do Senhor.

15. Então os criados de Saul lhe disseram: Eis que agora um espírito maligno da parte de Deus te atormenta;

23. E quando o espírito maligno da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele.

Isaías 45:7. Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas.

9. Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou dirá a tua obra: Não tens mãos?

Amós 3:6. Tocar-se-á a trombeta na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito?

7. Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.

I Crônicas 25:1. Também Davi juntamente com os capitães do exército, separou para o serviço alguns dos filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedútum para profetizarem com harpas, com alaúdes, e com címbalos. Este foi o número dos homens que fizeram a obra: segundo o seu serviço:

5. Todos estes foram filhos de Hemã, o vidente do rei, segundo a promessa de Deus de exaltá-lo. Deus dera a Hemã catorze filhos e três filhas.

6. Todos estes estavam sob a direção de seu pai para a música na casa do Senhor, com címbalos, alaúdes e harpas para o serviço da casa de Deus. E Asafe, Jedútun e Hemã estavam sob as ordens do rei.

7. Era o número deles, juntamente com seus irmãos instruídos em cantar ao Senhor, todos eles mestres, duzentos e oitenta e oito.

I Crônicas 23:1. Ora, sendo Davi já velho e cheio de dias, fez Salomão, seu filho, rei sobre Israel.

5. quatro mil como porteiros; e quatro mil para louvarem ao Senhor com os instrumentos, que eu fiz para o louvar, disse Davi.

I crônicas 28:8. Agora, pois, à vista de todo o Israel, a congregação do Senhor, e em presença de nosso Deus, que nos ouve, observai e buscai todos os mandamentos do Senhor vosso Deus, para que possuais esta boa terra, e a deixeis por herança a vossos filhos depois de, vos, para sempre.

9. E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai, e serve-o com coração perfeito e espírito voluntário; porque o Senhor esquadrinha todos os corações, e penetra todos os desígnios e pensamentos. Se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre.

I Coríntios 14:15. Que fazer, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. ( quem não tem muitos conhecimentos sobre o assunto em questão).

Romanos 8:16. O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; 17. e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.