terça-feira, 29 de agosto de 2017

Voltando de Emaús

“E na mesma hora, levantando-se, tornaram para Jerusalém, e acharam congregados os onze, e os que estavam com eles, Os quais diziam: Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão. E eles lhes contaram o que lhes acontecera no caminho, e como deles fora conhecido no partir do pão.” Lucas 24:33-35
Há algum tempo, em um culto realizado pela manhã em minha igreja, meu pastor pregou sobre estes dois discípulos que iam pelo caminho de Emaús. Suas palavras foram voltadas para a questão da solidão, do abandono, e foi um sermão que muito nos consolou a alma.
São versículos conhecidos, e não foram poucas as vezes que já ouvi pregações sobre estes textos do evangelho de Lucas. Entretanto, conforme o sermão era desenvolvido no púlpito da igreja neste dia, o Senhor fez com que meu coração atentasse para alguns pontos acerca destes versos, e são estes detalhes que desejo partilhar neste artigo.
Um Pouco de Contexto
Este capítulo 24, do evangelho de Lucas, é o último da “carta” que o médico, amigo de Paulo, escreve a um homem chamado Teófilo. O autor narra que pareceu-lhe bem expor, depois de uma acurada investigação, e em ordem, os fatos que aconteceram no decorrer do ministério de Cristo (Lc 1.1-4).
Como meu desejo neste artigo é de falar dos fatos que aconteceram após a morte de Jesus, creio ser necessário analisar de forma mais próxima o final deste livro, onde vemos que logo no capítulo 22 dá-se início às conspirações para matar a Cristo (22.1-6). Desde então, o Messias vai ao Getsêmani (22.39-53), Pedro nega sua fé (22.54-62), Cristo é julgado e, então crucificado (22.63 até 23.56). O capítulo 24, então, trata sobre a ressurreição do Mestre.
A Palavra nos narra, então, que no mesmo dia em que Pedro correu ao sepulcro e não viu seu Senhor- ele viu apenas os lençóis de linho- estes dois homens, discípulos de Cristo, seguidores do Caminho, dirigiam-se à aldeia de Emaús, que distava aproximadamente 11 quilômetros da cidade de Jerusalém.
Enquanto caminhavam, conversavam e discutiam sobre os acontecimentos recentes. Debatiam sobre a morte de Cristo, até que se lhes aparece um homem, aparentemente desinformado das notícias. Lucas nos narra ainda que este homem era o assunto da conversa destes dois, o próprio Mestre. Entretanto, o mesmo autor demonstra que “seus olhos estavam como que impedidos de o reconhecer”.
Cristo, então, interfere no diálogo e indaga aos caminhantes o que lhes preocupava, o que afligia seus corações. Entristecidos, ambos param e calam-se, até que Cleopas (o único que a Palavra faz menção do nome) responde ao até então “desconhecido”, perguntando-o se era o único que, vindo de Jerusalém, ignorava as ocorrências dos últimos dias. O Senhor, promovendo o diálogo, pergunta novamente “quais?”. E, na resposta dos dois discípulos é que desejo fazer meu primeiro comentário.
Estes dois homens respondem a Cristo contando toda a história do que aconteceu, porém, citam algo que muito me entristece o coração. Eles eram seguidores de Cristo, e não duvido que tinham um coração sincero batendo em seus peitos. Eram discípulos do Senhor, pois assim a Palavra nos narra, porém aparentemente não entenderam qual a missão principal de Jesus na terra. Quando, no versículo 24, lemos sua afirmação de que Cristo viria para “redimir a Israel”, podemos notar que as esperanças dos dois restavam no fato de serem livres de Roma, o império que afligia seu povo.
Entenda, com este parêntese que abro agora, que Cristo veio nos libertar do pecado, do jugo a que antes estávamos submetidos por sermos representados, diante de Deus, por Adão. Esta era a mensagem central da pregação de nosso Senhor. Quando vemos que Cristo, pelas diversas vezes que discursou, trouxe à tona a Lei de Moisés e o testemunho dos profetas, notamos que ele apontava para a incapacidade do homem de, pelos seus méritos, ser justo diante de Deus e salvar-se (pois para tornar isso claro que servia a Lei), e que a salvação viria pelo Messias, aquele único que teria o poder de cumprir a Lei do Senhor e oferecer a si mesmo como oferta pelo pecado do povo (que é precisamente a mensagem dos profetas, como vemos em Is 53).
Digo que o versículo 24 me dói no peito, pois, quando olhamos para a realidade atual da igreja evangélica brasileira, podemos notar que muitas pessoas afirmam seguir um Cristo que elas não conhecem. De forma irracional, obedecem aos mandamentos que não foram impostos pelo Senhor, mas falham no tocante ao amor a Deus e ao próximo, por exemplo, que segundo Cristo são o resumo da Lei. Tal como os discípulos que iam no caminho de Emaús, alguns de nossos irmãos não entendem a mensagem central do evangelho.
Prosseguimos, então, com a análise destes trechos e nos deparamos com a resposta de Cristo. Ah, e que resposta! No versículo 27 Lucas nos afirma o seguinte:
“E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.” Lucas 24:27
A resposta do Mestre para toda a falta de conhecimento, toda a incredulidade, medo e dúvida que estavam alojados nos corações dos dois discípulos é “está escrito”. Cristo, passo a passo, ensina aos discípulos toda a trajetória do “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Desde a Lei (Moisés) até ao que dito pelos profetas, a respeito do Messias, foi tratado naquela caminhada. E, daqui, vejo ser necessário apontar alguns fatos:
1) Em primeiro lugar, e creio que mais importante, toda pregação da Palavra deve culminar em apenas um único alvo: Cristo. Vemos, na passagem acima exposta, que o próprio Senhor Jesus falava daquilo que “dele se achava em todas as Escrituras”. Bênçãos materiais, uma vida estável e conselhos sobre o que fazer ou não fazer não podem ser o ápice de nossas pregações. Tudo começa em Cristo, e deve terminar em Cristo. Devemos pregar para glória de Deus, demonstrando Cristo em cada Palavra, cada passagem. É evidente que assuntos do cotidiano podem – e devem – ser tratados no seio da Igreja, mas lembrando sempre que nada pode eclipsar o nome de nosso Senhor.
2) Em segundo lugar, a certeza da nossa fé não deve estar firmada nas coisas passageiras que vemos, nos boatos que ouvimos ou nos feitos das pessoas que nos cercam. Nossa fé precisa estar firmada na Palavra. É apenas com os pés cravados na Rocha Eterna que poderemos sobreviver aos constantes açoites do vento e das ondas, que tentam nos desviar do Santo Caminho.
3) Em terceiro lugar, vemos o resultado da pregação fiel das Escrituras – elas dão vida ao coração. Observando o versículo 32, notamos que o coração dos discípulos era esquentado quando Cristo com eles conversava. Como disse o apóstolo Paulo, a “fé vem pelo ouvir, e o ouvir vem pela palavra de Cristo” (Rm 10.17).
Assim, para concluir este texto, visto que não desejo alongá-lo ainda mais, creio ser necessário tecer uma pequena consideração sobre os versículos iniciais. Lá, notamos que os discípulos levantam-se, saem da casa onde estavam reunidos e voltam de Emaús a caminho de Jerusalém. Lembra de quando o Senhor Jesus os abordou? Cristo encontrou-os enquanto caminhavam para longe daquilo que lhes trazia sofrimento, a cruz e morte do Mestre, e agora eles percorrem este mesmo caminho, mas em sentido contrário, à Jerusalém, ao túmulo de Cristo, para levar as boas novas do Evangelho aos demais discípulos.

Febe, a mulher que protegeu Paulo

Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencreia, para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo”. (Romanos 16.1-2 ACF)
Quando uma pessoa está buscando um novo emprego no mercado de trabalho, geralmente ela leva um curriculum vitae e apresenta referências comerciais a fim de certificar ao possível empregador sobre o seu caráter e capacidade profissional.
No mundo antigo não era muito diferente, as pessoas portavam cartas de apresentação ou recomendação. Estas cartas eram conhecidas como sustatikai epistolai.
Paulo escreve uma sustatikai epistolai para apresentar e recomendar Febe à Igreja em Roma. Febe procedia de Cencreia, que era o porto de Corinto.
O próprio nome “Febe” significa “radiante”, “brilhante”.
Essa atitude de Paulo faz cair por terra o pensamento de alguns que dizem que Paulo era machista. Este capítulo refuta a ideia de que Paulo não gostava de ver mulheres trabalhando nas igrejas.
Na verdade, além de Febe, entre as pessoas saudadas estão oito mulheres e Paulo comenta sobre essas mulheres:


Maria, v.6
Priscila, uma cooperadora, v.3
Trifena e Trifosa, v.12
Pérside, v.12
A mãe de Rufo, v.13
E Júlia e Irmã de Nereu, v.15

Mas voltemos para Febe, o apóstolo dos gentios e autor de quase metade do Novo Testamento, simplesmente pede aos romanos que a recebam no Senhor, como convém aos santos e que a ajudem em tudo que vier a precisar.
Paulo declara, porque tem sido protetora de mim e de muitos. Tem sido coluna, base, referência.
Já li muitos artigos sobre Ester, Débora, Rebeca, Maria, mas por que uma mulher chamou tanta a atenção do apóstolo Paulo, a ponto de adjetivá-la de forma tão contundente?

Febe desempenhava um ministério de servir na Igreja com excelência.

Tudo indica que Febe era diaconisa, provavelmente oficial da igreja. Para ser diaconisa suas credenciais eram: deveria ser respeitável, não maldizente, temperante e fiel em tudo, conforme Paulo escreveu a Timóteo, capítulo 3, versículo 11.
Ou seja, Febe possuía excelência naquilo que fazia, pois era uma mulher de Deus, cheia do Espírito Santo.

Febe cuidava de Paulo e dos demais, sendo hospitaleira e cuidadosa.

Febe também era generosa e hospitaleira, tendo ajudado a muitos crentes, incluindo o próprio apóstolo. Acredita-se esse cuidado de Febe incluía assistência financeira e obras de caridade.
Nesse grupo de investir financeiramente na obra de Deus, o médico Lucas nos apresenta, no capítulo 8: Maria Madalena, Joana, Suzana e outras mulheres anônimas que prestavam assistência a Jesus com os seus bens.

Febe tinha vida com Deus.

Naqueles dias havia um grande número de cristãos impostores, que fingiam ser cristãos. Esses pseudos-cristãos exploravam a bondade das pessoas, pedindo doações financeiras, narrando histórias fraudulentas. Logo, a carta de apresentação servia como garantia do caráter do indivíduo.
É uma verdade irrefutável que Febe era uma cristã genuína, uma mulher de Deus.

Febe estava na vanguarda das mulheres do seu tempo.

Em meio a uma cultura extremamente machista, em que a maioria das mulheres tinha a sua vida social dedicada a servir ao marido e dar-lhe descendentes, nota-se que Febe fez parte de um seleto time de mulheres que fizeram a diferença, quebrando paradigmas da sua época, mulheres que não se contentaram em ficar com águas nos tornozelos, antes, mergulharam em águas profundas, permitindo-se serem usadas na mão de Deus .
Se Paulo olha-se para a sua vida, será que ele te recomendaria assim como fez com Febe.  Será que ele diria que vocês muito trabalham como Trífena e Trifosa? Ou mesmo Pérside, Júlia e Priscila?
Oxalá, Deus faça de você uma Febe para esta geração, mulher de excelência que conseguiu arrancar elogios de ninguém menos que o apóstolo Paulo, tendo o seu nome eternizado na Sagrada Escritura com a autorização do Espírito Santo.

A reforma da mente

No ano de 2017, estamos comemorando 500 anos da “Reforma Protestante”, iniciada na baixa idade média através de pré-reformistas do século XIV como John Tauler, John Wicliffe e John Huss. Este último guerreiro profético, antes de morrer em praça pública, viu seus livros sendo queimados em fogueira, orou assim: “Senhor tenha misericórdia de meus inimigos”.
A Reforma, que teve seu apogeu com Lutero, no século XVI, foi um dos movimentos bíblicos mais preponderantes da história do cristianismo contemporâneo. Paulo nos ensinou a renovarmos a mente. A determinação é não se conformar com o século, e não parar no tempo, nem se distrair com os métodos, pois a humanidade é dinâmica, o reino de Deus também. Boa leitura amigos.
Homens ousados na fé cerca de mil e trezentos anos depois dos apóstolos de atos, estavam lutando historicamente com a mesma firmeza, convicção e determinação dos cristãos do primeiro século, combatendo o bom combate contra os algozes do farisaísmo não mais judeu, porém romano. O preço pago era muito mais alto do que possamos imaginar, pois além de pagarem com as acusações falsas, tiranias, abusos de poderes políticos e religiosos, torturas, injustiças, calúnias, confisco de propriedades, expulsão da igreja, e até a própria morte. Qualquer cristão que levantasse a voz contra o domínio religioso da igreja católica romana, certamente sofreria todas essas penas.
Porém, é lógico, devemos lembrar ao amigo leitor que (sem tentar justificar os erros e atrocidades do passado), que todo movimento e pessoa são frutos de sua época e contexto. Os indivíduos são sempre filhos do seu tempo e de sua geografia. É assim que devemos olhar não somente as cruzadas, mas também a inquisição – e todo o restante da história cristã. Poucos religiosos combatiam os pensadores reformistas cristãos, chamados de hereges, com o uso doutrina bíblica ou métodos argumentativos sobre a fé e a salvação. A regra mínima do absolutismo pagão era fogo, fogueira ou espada para o filho de Deus, que andasse na contramão da tradição e dos comandos religiosos. A essas arbitrariedades da história da igreja cristã, o destino chamou de “inquisição”.
Os acusados de heresia não tinham direito a defesas, nem recursos. Por outro lado o sistema religioso-político da igreja funcionava acima do bem e do mal, acima da lei.  A única “culpa” ou “erro” dos acusados era não aceitar o paganismo e a corrupção de seus algozes, pregando a verdade deixada por Cristo.
covardia era implacável, e o poder de combate dos acusados era absolutamente inalcançável, desproporcional e sem chances de reações, certo? Sim, do ponto de vista humano. Porém, do ponto de vista espiritual, quem venceu mesmo foram, a fé, a esperança, a perseverança e o amor daquelas humildes almas sedentas de reino de Deus e da Sua Justiça. Chegaria o ápice da Reforma com Jerônimo Savarolla, em parceria com Lutero romperiam com o sistema político-religioso para atender a Vontade de Deus, ao traduzirem espontaneamente a em inglês e alemão, no tempo em que ao menos ler a Bíblia era considerado “pecado”, interpretá-la era absolutamente proibido, e digno de torturas e morte aqueles que tentassem pregar a verdade contida nela. A morte não venceu, nem o domínio humano sobre a fé haveria de celebrar a algum triunfo. (essa parte da Reforma Protestante veremos no artigo seguinte).

As reformas da mente na Antiga Aliança

A renovação da mente dos filhos de Deus sobre a fé em Jesus sempre foi uma premissa dedicada por Deus ao seu povo desde o tempo dos hebreus quando Davi, na Antiga Aliança, assumiu o reinado de Israel para restaurar (ou reformar) a adoração ao Rei Eterno a partir da corrupção sacerdotal de seu antecessor o Rei Saul.
Acredito ser uma das principais reformas ocorridas na Bíblia, desde a organização dos cultos, dos cantos de louvor, do sacerdócio; a ordem dos cerimoniais e das festas solenes, e a restauração da adoração e remissão de pecados, através dos sacrifícios que haviam sido corrompidos pelo sistema de governo anterior. Sem dúvida, que o Rei Davi foi um reformista do reino.
Dois outros nomes merecem destaque nos procedimentos de reforma religiosas na Antiga Aliança. São eles Ezequias (Rei de Judá entre 716-687) e Josias (Rei de Judá entre 640 a 608).

A Reforma religiosa do Rei Ezequias

Ele tinha apenas 25 anos de idade, quando começou a reinar, porém, isto não foi problema algum para que ele se enquadrasse dentro de Plano de Deus para o seu povo, ao contrário de seu pai, Acaz que encheu Jerusalém de ídolos e de idolatria pagã.  Ezequias foi ousado na fé, e mandou derrubar os post ídolos deixados por Salomão e outros reis. Mandou também fazer reparos nas portas do Templo, etc. Porém, o mais importante, foi que Ezequias convocou sacerdotes e levitas para consagrarem e purificarem o templo. Foi renovado o conserto com o Senhor. Ele reestabeleceu os serviços da Casa do Senhor com o dízimo do campo (azeite, mel e trigo, gado) para a geração de renda para a manutenção do templo. A mente do povo foi reformada! As famílias se levantaram para ajudar a derrubar as estátuas e altares de falsos deuses. Certamente, este foi o rei que realizou a mais completa reforma religiosa da história do povo de Deus na Antiga Aliança, antes da história da igreja, que logo mais apresentaria João Batista como o seu anunciador.
O profeta Isaías deixou registrado (cap 37:34-37) que Ezequias não aceitaria a corrupção do governo Assírio, em dominar Judá e Israel, e, assim como todos os demais que não se dobraram a Baal, teve que suportar as penas dos impérios, até que o Deus de Israel ouviu às orações de seu profeta ( II Reis 19), fazendo que o exército inimigo fosse ferido por um anjo do Senhor, e, no dia seguinte, levando o Rei Assírio, Senaqueribe à sepultura, quando este foi assassinado por seus próprios filhos diante do altar de seu deus pagão.

A Reforma religiosa do Rei Josias

Ainda no Velho Testamento, podemos citar como outro intercessor e pensador reformista da Bíblia, o Rei Josias, logicamente, assim que o mesmo atingiu a idade de maturação, pois quando assumiu o reinado, Josias tinha apenas 08 anos de idade. Aos dezoito, ele ficaria sabendo que o Livro de Deuteronômio havia sido achado no templo. Foram as verdades contidas no livro de Moisés sobre bênçãos e maldições sobre Israel, que reformaram a mente e o espírito do jovem líder de Israel.
Aquela riquíssima descoberta o levaria a proclamar uma grande reforma religiosa com a preparação espiritual do povo para proclamação de arrependimento nacional. Josias fizera uma reforma parecida com a de seu antecessor, Ezequias, séculos passados, confrontando falsos profetas, adivinhadores, feiticeiros e seus oráculos ou altares dedicados a Asera, Baal, Astarote e a Moloque, dentre outros.
Josias morreu lutando contra os impérios invasores, mas deixou um legado de reforma que poucos reis fizeram ao comando do Espírito de Deus para agraciar o seu povo. Todos os méritos de homens de zelo, fé, coragem, obediência a Deus, seriam dedicados na Cruz do Calvário, num novo tempo que estava sendo profetizado para aquela nação que Deus resolveu criar, escolher e conduzir como povo Dele, mesmo depois do tempo da igreja.
Outros nomes de mentes reformadas podem ser citados na história do Reino Eterno, e descritos na narrativa bíblica do Velho Testamento. Neemias, foi um personagem de grande importância para a restauração da autoestima e da espiritualidade de seu povo, ao administrar a reconstrução da centenária ruína que havia sobre parte dos muros de Israel, e isso em apenas 52 dias (Neemias 5 a 7). Ele é considerado por alguns teólogos como um dos maiores exemplos de fé, liderança e gestão ao lado de José, Moisés, Jetro, Davi, Salomão, Ezequias e Josias.
Não podemos deixar de citar Esdras, o qual leu e coordenou a leitura da Torá diante de todo o povo num dia jamais esquecido por Israel, dia de grande avivamento e arrependimento de suas corrupções e injustiças perante o Altíssimo Criador e Gerador da Vida. Este profeta ficou também conhecido pela igreja de hoje, como o Pai da Escola Bíblica Dominical. (Neemias 8).
Pois é, não podemos excluir Israel dos planos de Deus e de seu reino eterno. Foi de lá que veio a salvação para a igreja. Antes, porém, a igreja precisou reencontrar o Caminho, seria necessário repensar na forma de cultuar e servir a Deus numa Nova Aliança com Israel, antes de Roma. O evangelho chegou primeiramente aos judeus.
João Batista, Jesus, e os Apóstolos chegariam, não para continuar os sermões da tradição, mas para reformá-los, de acordo com a Vontade do Pai para o benefício de todas as nações. Seria uma reforma da mente religiosa para a mente de Cristo. Mas, isto é uma outra história, digo, uma outra reforma na história do reino de Deus.

Efatá!

Um Notável Milagre - Marcos 7.31-37.

No texto em exposição, encontramos nosso Senhor fazendo umas das coisas que ele mais ama fazer: levar à intervenção divina para aqueles que estão precisando urgentemente do socorro de Deus. Estando Jesus na região de Decápolis, trouxeram-lhe um surdo, que falava com dificuldade, isto é, o fazia de maneira incompreensível.
As pessoas que o levaram suplicaram a Cristo que impusesse às mãos sobre ele. Provavelmente elas queriam ditar o método que Jesus deveria utilizar para realizar o prodígio. Esse é um erro que muitos de nós em algum momento já cometemos. Larry Richards pontifica que não devemos dizer como Ele deve suprir a necessidade. Mas devemos definir nossas necessidades e depois levá-las a Ele.[1] Portanto, não queira ditar os métodos que Deus deve utilizar.
Jesus tirou-o do meio da multidão, levando-o à parte, tocou-lhe os dedos nos ouvidos e, cuspindo, tocou-lhe na língua. Ergueu os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá, isto é, abre-te. Imediatamente cessou-se a surdez, e a mudez se desfez, passando a falar perfeitamente.
Qual foi o propósito de Jesus ao retira-lo do meio da multidão? Primeiro, com certeza o Senhor não queria ser conhecido como um mero operador de milagres, mas almeja que os seus preceitos se acostassem no coração dos homens.  Adolf Pohl observa que Jesus tira esse homem energicamente do “palco”, ao contrário de curandeiros modernos que puxam os doentes para o palco a fim de exibirem-se com supostos milagres.[2]
Segundo, Jesus cria uma ponte de contato com esse homem para despertar-lhe a fé. Jesus podia apenas dar uma ordem e aquele homem ficaria curado. Ele poderia também ter feito esse sinal no meio da multidão. Mas Jesus o chama à parte e toca-lhe com as mãos e com saliva. Esses gestos eram pontes de contato.[3]
O Senhor Jesus não quer ser reconhecido como um mero operador de milagres. Deseja ter um relacionamento conosco, e que por meio deste venhamos nos render ao seu senhorio, continuando a segui-lo, mesmo após o milagre. Em contraste ao que fazem muitos, que quando conseguem o milagre logo se esquecem do Senhor. Portanto, não queira apenas os milagres de Jesus, queira Jesus em sua vida, como seu salvador.
Após Jesus pronunciar a palavra efatá, isto é, abre-te, imediatamente cessou-se a surdez, e a mudez se desfez, passando a falar perfeitamente. A cura foi imediata e completa, ao contrário do que acontece nas igrejas mediáticas, onde seus pregadores pragmáticos vivem de fazer propaganda enganosa de seus supostos milagres com a mera finalidade de encher seus bolsos de dinheiro.
Hoje, muitos líderes religiosos sem escrúpulos e sem temor a Deus fazem propagandas de milagres que jamais existiram e garantem às pessoas que elas estão curadas, quando não há nenhuma prova de que o milagre ocorreu. Diferentes de Jesus, buscam publicidade e gostam dos holofotes, pois estão mais interessados na exaltação de seus próprios nomes do que na glória de Deus.[4]
Vale ressaltar que a palavra efatá, não é nenhum encantamento mágico. É apenas uma palavra na língua aramaica, a linguagem normal para Jesus. Marcos traduziu a palavra, mostrando que Jesus usou uma simples ordenança e não uma fórmula mágica para realizar a cura.[5]
Fato digno de nota é que não foi o toque de Jesus que o curou. A cura aconteceu logo que Jesus pronunciou: “abre-te!” Ele, que criou o universo pela palavra (Gn 1.3, etc), não precisava nada mais do que uma palavra para realizar o milagre.[6] Quão grande é o seu poder!
Fritz Rienecker e Cleon Rogers anotam que a palavra efatá traz a ideia de ser aberto e libertado. A ideia não é da parte específica da pessoa sendo aberta, mas da pessoa inteira ser aberta ou libertada.[7]
Portanto, Efatá! Que seja concretizado o milagre de Deus em sua vida, como também seja liberto das amarras do pecado sendo salvo em Cristo Jesus. Que assim como aquele homem teve um encontro com Jesus sendo completamente liberto, que o mesmo aconteça em sua vida.
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sábado, 19 de agosto de 2017



O Cego de Jericó e a Queda das Muralhas

Lucas 18.35-43


"(35) Aconteceu que, ao aproximar-se ele de Jericó, estava um cego assentado à beira do caminho, pedindo esmolas. (36) E, ouvindo o tropel da multidão que passava, perguntou o que era aquilo. (37) Anunciou-lhe que passava Jesus, o Nazareno. (38) Então, ele clamou: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! (39) E os que iam à frente o repreendiam para que se calasse; ele, porém, cada vez gritava mais: Filho de Davi tem misericórdia de mim! (40) Então, parou Jesus e mandou que lho trouxessem. E, tendo ele chegado, perguntou-lhe: (41) Que queres que eu te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu torne a ver. (42) Então, Jesus lhe disse: Recupera a tua vista; a tua fé te salvou. (43) Imediatamente, tornou a ver e seguia-o glorificando a Deus. Também todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus" Lucas 18.35-43

Uma das histórias mais bonitas da bíblia, é esta que nos fala sobre o cego de Jericó. Certamente Bartimeu soube também como "derrubar as muralhas" que cercavam sua vida.

Bartimeu, cego de nascença, não possuía nome próprio. Bartimeu é uma designação hebraica para o termo "filho de Timeu". Vivia em uma sociedade dominada pela crença no conceito da "causa e efeito".

Os judeus acreditavam em padecimento por enfermidade de nascença diretamente ligada a seus próprios pecados ou pelos pecados de seus pais.

Depois destas considerações passemos a estudar os acontecimentos que mudaram radicalmente a vida de um homem cego:

I. A Queda das Muralhas

A história da queda das muralhas de Jericó nos ensina um meio poderoso para vencer dificuldades e problemas tidos como insolúveis. Certamente o cego Bartimeu conhecia esta história e aplicou este ensinamento para mudar o curso de sua vida.

A Bíblia nos informa que no passado, após terem circundado as muralhas por sete dias, ao sétimo dia, Josué e o povo circundaram a cidade sete vezes. Ao término da sétima volta, após o toque das trombetas, houve um grande brado de todo o povo de Israel. Este brado, ou seja, as suas vozes reverberaram para derrubar as muralhas de Jericó.

Jesus quando de sua aproximação de Jericó, sabia que encontraria muralhas ainda maiores que aquelas vencidas por Josué. As de Josué ao menos eram tangíveis, feitas de pedras, tijolos e . As que Jesus estava por enfrentar não podiam ser palpadas, não podiam ser vistas, mas estavam bem ali no coração do homem, encarcerando vidas. Muralhas do preconceito e discriminação, fazendo acepção e separação das pessoas.

Contra estas muralhas não se podia usar armas físicas. Não era possível utilizar máquinas ou explosivos. Ao tempo que estas barreiras estão alicerçadas no coração humano, somente fé e clamor são eficazes.

II. Quebrando as maldiçoes de Jericó

A maldição de Jericó estava muito além do físico imediato, muito mais profunda era a doença de Jericó. Bartimeu o cego, era e é o exemplo dessa doença, filho estimado de Timeu, estava cego, não era, estava.

Na conversa com Jesus ele disse que queria voltar a enxergar, voltar só seria possível se ele já tivesse enxergado um dia. E quantos de nós enxergávamos muito bem, e hoje estamos cegos? Aos olhos dos homens seus caminhos são retos, mas Deus pesa os espíritos, o subjetivo, a motivação, aquilo que ninguém vê; isto é o que ELE Deus vê e julga como o elemento mais importante da vida do ser humano, é o caminho de dentro e não o de fora.

Toda a maldição de Jericó aconteceu por causa da resistência de Jericó a Deus, eles ao ver o povo de Israel fecharam suas portas. Josué 6. Mas percebemos que no meio da dureza de coração existia abertura para Deus no coração de uma prostituta chamada Raabe, não há maldição que impeça Deus de agir, quando há fé quando a humildade fala mais alto que a arrogância humana.

A prostitua foi salva, e um crente chamado Acã morreu naquele dia. Raabe foi salva pela fé, Acã que cria morreu pela ganância que o fez desobedecer. Há muitos hoje conhecedores da verdade que peca por ignorar a justiça de um Deus santo.

Ignorar é diferente de ser ignorante, Deus não leva em consideração o tempo da ignorância, mas usa de justiça para com aqueles que ignoram as leis da vida que o próprio criador deu para nossa própria segurança.

Ignorar uma placa de transito pode no mínimo ocasionar uma multa, e fatalmente pode ceifar varias vidas, e um só passo errado podemos levar varias vidas inocentes a fatalidade e outras a ficar marcadas para sempre.

Toda a maldição de Jericó se perpetuou por dois motivos; resistência a Deus pelo incrédulo, e a ganância do crente. Jericó é só um símbolo do mundo condenado e maldito, cego, miserável pela desobediência de um homem, vivendo de esmola de outros que se diz enxergar, mas que também está na mesma situação, se um cego guiar outro cego ambos cai no mesmo buraco.

Mas há uma saída reconhecer aquele que não quer nos fazer um cego feliz, mas quer nos dar vista-visão-iluminação-direção e nos tirar a vergonha de vivermos mendigando o que já é nosso, a dignidade ser chamados filhos daquele que criou os olhos-visão.

Assim como muitos sabem o preço, mas não consegue discernir o valor, muitos andam com Jesus, mas não sabem o valor do que Ele veio fazer por nós, e nem do que Ele representa pra nós no céu.

Por isso vivem de esmolas daquilo que os homens chamam de sabedoria, esmolando na beira dos caminhos do saber humano, como se com o tempo os homens virassem deuses e tivessem resposta pra todas as tragédias da vida, e vemos com nossos próprios olhos que isso não é verdade.

Aqueles que dizem conhecer o Mestre Jesus mandaram o cego se calar como que estivem fazendo um favor pra Deus, calando a fé que surge de um coração simples que se coloca a gritar por misericórdia, pelo contrario agradamos a Deus com essa fé, e obtemos galardões dele por isso. Essa é a religião que adora Jesus e cuida dele como se fosse tão santo e indefeso que precisamos protegê-lo do toque dos pecadores arrependidos. Santa ignorância.

E a sua salvação não começou ser elaborada quando você compreendeu Jesus, sua salvação veio na sua plena ignorância, mas gritou até Jesus te ouvir e te dar vista, não foi à visão que salvou o cego, mas a fé brotou ao ouvir um murmúrio e ao ser informado que era Jesus o motivo do barulho todo, o Espírito Santo encheu o coração do cego de fé e ele creu num Jesus que ele ainda não havia conhecido, e essa atitude salvou o cego e de quebra anda lhe restituiu a visão.

O problema das pessoas que vem até Jesus é exatamente esse, o Jesus desconhecido até então por eles os salva, e eles depois dizem que aprenderam muito por isso estão mais salvos do que antes de conhecê-lo mais a fundo de estudá-lo, quando nos arrogamos disso voltamos a ser cegos de novo. Por isso Jesus veio para que os que dizem enxergar se tornem cegos, e os que são cegos vejam.

Aprender e crescer na fé em estatura diante de Deus e dos homens é uma coisa, daí achar que a simplicidades da fé pode ser substituída pela erudição, pelo conhecer, ou pela liturgia é insensatez. Toda a maldição foi quebrada quando me encontrei com o senhor Jesus de verdade, sai do reino das trevas e fui transportado para o reino do filho do amor de Deus, Jesus.

Continuam em maldição aqueles que estudam Jesus sabe o seu preço, mas não discerne seu valor real, e continua andando com Ele, mas não o enxergando e os incrédulos que insistem em resistir a Deus em suas vidas. Em cristo toda maldição é invalidada e entramos no reino de Deus por direito, e de fato na sua vinda.

Fora de Cristo; a Jericó continua vigente e a sua maldição a todo vapor, cabe a cada um de nós seguir o exemplo de Bartimeu o cego. Levantar não ligar pra ninguém e botar a boca no trombone e dizer a Jesus que você não que ser um cego feliz com uma esmola, mas que tu queres é ver.

E a cegueira pode ser coletiva como em João em apocalipse. Ap 3.14-22 Por ganância, pelo saber, dinheiro, reconhecimento, destaque e tantas outras coisas dessa natureza, ela se dizia enxergar, mas Jesus a diagnosticou com uma doença irreversível, sem o medico dos médicos síndrome de Jerico.

E os sintomas era cegueira, nudez, miserabilidade, e a única solução e voltar para Aquele que da vista aos cegos. E quebra toda a maldição.

III. A INUTILIDADE DO HOMEM CEGO (35)

Este era um homem que não produzia nada. Era, do ponto de vista humano, um completo inútil. Vivia de favores, de esmolas, daquilo que mendigava. Como era privado da visão, certamente dependia que lhe guiassem de casa até o local de mendigar e depois de volta a ela. Ele vivia na mais completa escuridão. Sem luz, sem dinheiro, sem alegria, sem orgulho, sem dignidade. A presença das trevas sufocava diariamente sua miserável existência.

Contudo, havia uma remota esperança de mudar a sua situação. Provavelmente ele ouvira que existia alguém capaz de mudar a sua sofrida condição de vida. Alguém que podia torná-lo em alguém diferente.

IV. O CLAMOR POR MUDANÇA (36-38)

Por incrível que possa parecer, a situação daquele homem lhe proporcionou a oportunidade de experimentar a graça do Deus-Homem Jesus Cristo!

Naquela situação, totalmente impotente quanto a sua sorte, tomou conhecimento que Jesus passava por ali e estava ao alcance da sua voz, não titubeou e começou a gritar a plenos pulmões: "Jesus filho de Davi, tem misericórdia de mim!" Ele resolveu lançar-se em total dependência aos pés do Senhor Jesus.

Porém, alguns na multidão não viram com bons olhos a sua atitude.

V. A OPOSIÇÃO AO CLAMOR DO CEGO (39)

É interessante quando notamos que a atitude do cego incomodou aqueles que seguiam com Jesus. As pessoas o mandaram calar a boca. Talvez pensassem consigo: "O Mestre é um homem ocupado e não deve ser incomodado por um mendigo maltrapilho", ou talvez: "O Mestre não pode perder tempo com um simples mendigo cego". Assim eles o ordenavam que ficasse quieto.

Mas, o cego não dando ouvidos a eles, gritou ainda mais: "Jesus filho de Davi, tem misericórdia de mim!" Ele quebrou o protocolo, mandou "as favas" os que o queriam impedir de clamar. Não ligou para a oposição. Aquele insistente homem só queria uma coisa: Falar com Jesus!

Ele clamou tanto que mesmo em meio ao alvoroço da multidão Jesus o ouviu. Aquele homem estava para experimentar algo que o deixaria totalmente realizado. Ainda hoje é assim, em meio aos bilhões de pessoas se você clamar a Jesus Ele ouvirá o seu clamor. Ele sempre terá tempo para você!

VI. FRENTE A FRENTE COM JESUS (40-42)

Lemos que Jesus parou sua caminhada e mandou que o cego fosse trazido à sua presença. Então em meio a tantas pessoas o cego conseguiu a atenção do Mestre. Por um momento Jesus ignora a multidão e dá toda a sua atenção àquele homem.

Jesus lhe faz uma pergunta crucial: "O que você quer que eu lhe faça?" Então o cego responde de forma direta: "Senhor, eu quero ver". Jesus, notando a total dependência daquele homem nele satisfaz o sue pedido e milagrosamente faz com que ele recupere a visão.

Agora ele podia ver o rosto das pessoas, os pássaros, as nuvens no céu, o sol, as flores, as árvores.

Que maravilha! A fé daquele homem o levou a experimentar tamanha benção na sua vida.

Então ele passou a seguir a Jesus e a glorificar a Deus. Não só ele, mas também todo o povo que havia visto o milagre, a transformação ocorrida naquele homem.

Assim como o povo de Deus no passado, houvera usado suas vozes, clamando com grande brado para que se derrubasse as antigas muralhas, assim da mesma forma Bartimeu clamando em alta voz, não se importou com aqueles que mandaram que se calasse.

Antes continuou clamando. Sabia ele que esta é a chave da vitória. Naquele momento, o brado de Bartimeu, ou seja, o seu clamor reverberou contra as muralhas do preconceito e discriminação.

"A um coração quebrantado e contrito tu não resistirás, ó Deus" – SL 51:17

A oração e o clamor de um justo "pode muito em seus efeitos". Diz a bíblia que o clamor de Bartimeu chegou ao mestre dizendo "filho de Davi, tenha misericórdia de mim". Por causa do clamor de Bartimeu, Jesus não pôde resistir, utiliza de seu grande poder e restaura a visão e a dignidade daquele homem. O nosso Mestre derruba agora as muralhas do preconceito e insere Bartimeu na sociedade Israelita.

Acabou aquela vida miserável. Acabou aquele sentimento de culpa, de maldição hereditária, carregada com tanto peso.

Agora o somente o jugo suave e o fardo leve. Jesus dá uma lição que aquela sociedade e os seus discípulos jamais esqueceriam não podemos nos isolar em conceitos e preconceitos e deixar de enxergar que o amor, a misericórdia e o perdão devem estar em primeiro lugar em nossos corações. Amém! 


O historiador Flavio Josefo, é uma referência em nos fornecer estas informações. Elas respondem nossas dúvidas e ajudam na nossa compreensão. O que nos interessa mesmo é saber sobre a cura do cego Bartimeu narrado pelos evangelhos sinóticos.As informações sobre o pai de Bartimeu não encontramos nos evangelhos, mas podemos obte-las do historiador Flávio Josefo que justificam a referência paterna. Timeu, pai do cego Bartimeu que foi curado por Jesus foi um General que servia a Israel na unidade militar de Betel e que se aposentando do serviço militar tornou-se um cidadão bem sucedido na região, um forte comerciante. Com a chegada dos Romanos na Palestina aconteceu que seus bens foram confiscados e o soldo da aposentadoria cortado.
De cidadão bem sucedido torna-se um revoltoso. Pela formação militar que possuía liderou várias movimentos revoltosos contra os romanos e propunha desestabilizar o governo romano na região.
O contingente militar romano na região o identifica como uma pessoa perigosa à ocupação romana na Palestina. Em resumo Timeu foi perseguido, preso e morto crucificado por causa da organização de revoltas na região. Após a morte de Timeu, o mal passa para o filho e os romanos mandam arrancar os olhos de Bartimeu para evitar que se tornasse um revoltoso tão perigoso como foi seu pai.
A crucificação dos contrários a ocupação Romano era um expediente muito praticada e um grande número de pessoas foram mortas. Como também era comum eliminar os filhos homens ou torná-los deficientes para que não seguissem o exemplo de seus pais, tornar os filhos cegos de pais revoltosos era muito comum. Passavam a ser um exemplo vivo, “não sigam o exemplo de Timeu.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Missionária conta segredo do avivamento na Coreia do Sul: “Oração na madrugada” 


A missionária Yon Hi Son, conhecida no Brasil como Gina, contou seu testemunho durante uma pregação compartilhada em vídeo. Ela conta que o país, devastado na Guerra da Coreia, em pleno cenário de guerra fria, conseguiu se reconstruir graças aos cristãos.
“A Coreia tem 5 mil anos de história. É muito velha. E só 130 anos de evangelismo. Mas hoje é o segundo lugar em missões. O primeiro lugar é os Estados Unidos. O Brasil é 90 vezes maior que a Coreia do Sul, ela é do tamanho do estado de Pernambuco e um país desse tamanho, sendo o segundo lugar na missão mundial, chamou atenção do nosso Deus”, disse a líder.
“Nos anos 60 era o quarto país mais pobre do mundo. Após a Guerra da Coreia, que terminou em 1953, eu e meu marido nascemos após a guerra, só tinha 3% de cristãos”, conta.
“Mas, eu me lembro que nos anos 60, eu ia com a minha mãe na feira e na minha frente aconteciam assaltos. Era no ônibus, nas ruas, na feiras, invadindo casas”, disse Yon Hi Sou.
“A Coreia sofreu quase 20 anos na maior miséria. 80% da nação era de favelados. Tudo destruído. Sem trabalho, sem comida. A pobreza gera revolta e a revolta produz a violência”, falou, em suas memórias.
“Então, os 3% de cristãos começaram a acordar às 4:30 da manhã e as igrejas abriam às 5 da manhã para interceder pela nação. Porque sabemos que, como cristãos, temos autoridade sobre a nação”, acrescentou.
“A gente não pode só culpar os políticos não. A Bíblia fala que devemos orar pelos reis e eminentes, que quer dizer os políticos, mesmo que eles sejam incrédulos. Nós temos a autoridade na boca para dar discernimento a eles para ter um país calmo, paz social”, afirmou.
Em seguida, citou um texto bíblico. “A Bíblia fala em I Timóteo 2.2, que devemos orar e interceder pelos reis e por todos que estão em eminência para que tenhamos uma vida quieta e sossegada”.
“Hoje a Coreia é onde tem mais igrejas no mundo. Todos acordam às 4:30, todas as igrejas têm culto da madrugada, oração fervorosa após 30 minutos da pregação da palavra, por uma hora, duas horas”.
“Nos 365 dias do ano, não há nenhuma igreja na Coreia do Sul que não faça oração da madrugada. Deus sabe que meu coração é verde e amarelo, apesar da minha cara de oriental. Mas, ele me vestiu de autoridade para falar disso para vocês”, finalizou.





Pastor diz que “spinner” é do diabo


O pastor Juan Mariano Avalos, líder da Congregação Pentecostes de Cristãos Primitivos, no Paraguai, está atraindo a atenção nas redes sociais por uma “denúncia” sobre a mais nova moda entre as crianças.
Ele defende que o spinner, brinquedo de plástico que gira ao redor de seu próprio eixo, é um ‘brinquedo satânico’. Criado originalmente para combater o estresse, a peça usa pequenas rolimãs para ficar girando por tempo indeterminado.
Porém, o pastor reclama que ao fazer o movimento para segurar a peça, os dedos indicador e mínimo das crianças ficam para cima, fazendo “chifrinhos”. Avalos teme que isso possa estimular a invocação satânica, pois esse seria um sinal usado por adoradores do diabo.
Ao demonstrar a outra maneira como o brinquedo pode ser segurado, ele faz o movimento de “pinça” com o indicador e o polegar, enquanto os outros 3 dedos ficariam para cima, simbolizando o “666”, chamado na Bíblia de o número da besta.

Samoa é o primeiro país do mundo a se declarar “cristão”


Com 75% da população se declarando evangélica e 23% católica, Samoa é um Estado soberano da Polinésia na Oceania, formado por várias ilhas, sendo as principais Savai’i e Upolu. Ela foi parte da Nova Zelândia até 1962.
Temendo uma invasão do Islã, o primeiro-ministro Tuilaepa Malielegaoi explicou que o governo está preocupado com as “guerras religiosas” que ocorrem atualmente em um nível global, resultando em guerras civis dentro das nações.
Por isso, o Parlamento da Samoa aprovou recentemente uma lei que altera a Constituição. O país passou a ser oficialmente um Estado cristão. Entre os 49 representantes do Parlamento, 43 votaram a favor da proposta.
Samoa já tinha uma referência ao cristianismo na Constituição, afirmando que a ação do governo deveria estar “dentro dos limites prescritos pelos mandamentos de Deus” e também que sua sociedade é “baseada em princípios cristãos”.
Antes, o primeiro artigo da sua Constituição declarava que “Samoa é fundada em Deus”, mas essa expressão poderia ser aplicada a todos os grupos religiosos. Termos similares são usados pela Indonésia, de maioria muçulmana.
Na versão atual, o artigo 1 do texto constitucional estabelece: “Samoa é uma nação cristã, fundada em Deus Pai, Filho e Espírito Santo”, mostrando um entendimento especificamente cristão de Deus, sem margem para interpretação de outros grupos religiosos, governo ou judiciário.
Curiosamente, nem a Lei Fundamental do Estado da Cidade do Vaticano, considerada a Constituição do Vaticano declara a cidade-Estado uma nação cristã.

Islã proibido

O Secretário Geral do Conselho de Igrejas de Samoa, pastor Ma’auga Motu, está usando esse argumento para pedir que o Islã seja proibido. O censo de 2001 indica que existem cerca de 50 muçulmanos no país, representando 0,03% da população. Todos frequentam a única mesquita edificada nas ilhas.
Outro aspecto que chama atenção é que, com essa alteração constitucional, os líderes samoanos querem evitar que pressões externas introduzam mudanças significativas na sociedade local.
Uma das questões levantadas durante os debates no Parlamento era o reconhecimento de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, algo que agora ficou impossível de ser aprovado.