sexta-feira, 26 de agosto de 2016

A heteronormatividade realmente é a regra para o casamento cristão?

Ao tratarmos da questão do matrimônio cristão, caímos sempre no engodo de duas situações. A primeira é a ênfase monolítica de que a regra para o casamento cristão é a heterossexualidade. A segunda é o silêncio assustador sobre o número de divórcios no meio cristão. Quero começar falando sobre esta segunda situação.
O casamento cristão deve ser defendido a partir da infância, desde casa até às igrejas. É preciso que se comece uma batalha tenaz a partir das crianças sobre o papel do que é ser um homem e do que é ser uma mulher. Por que estou insistindo nisso? Porque a principal causa dos divórcios não é como muitos supõem a traição conjugal, mas – pasmem – a principal causa dos divórcios é a crise financeira.
Assim, enquanto somos iludidos pela sociedade sexista e hedonista de que devemos dar uma educação sexual aos nossos filhos que garanta um casamento pleno de satisfação, o número de divórcios continua a aumentar porque temos gasto toda a munição atirando numa só e única direção.
Os pais precisam investir, desde cedo, na educação financeira dos seus filhos, principalmente ensinando a responsabilidade do homem em suprir materialmente a sua casa. Infelizmente, o que mais encontramos hoje são casais cujos maridos tornaram-se orgulhosamente dependentes financeiros de suas esposas! A tão badalada independência feminina apenas tem contribuído para que muitos homens repassem sua dependência da mãe para a esposa. Ridículo!
Infelizmente, ainda que as finanças sejam a principal responsável pelos divórcios, a Igreja não trata desse tema por não vê-lo como um “assunto espiritual”. Enquanto isso, o materialismo, a avareza e o descontrole financeiro têm sacrificado famílias inteiras no altar de Mamon.
Outra ênfase equivocada na questão do casamento tem sido a defesa conservadora da heteronormatividade como regra para o casamento cristão. E isto é um erro que quero explicar aqui, pois está custando à igreja um desvio de direção que a tem posto cada vez mais distante de fazer aquilo que deve fazer: evangelizar.
Ao lermos a famosa passagem da carta de Paulo sobre o casamento, em Efésios 5:21- 6:4, precisamos ser alertados de que estamos incorrendo em gravíssimo erro e perdendo uma preciosa chance de servirmos ao Senhor. Paulo mostra que a regra e o modelo para o casamento cristão não é a heteronormatividade, pois esta já fora estabelecida como regra para toda a humanidade em Gênesis 2: 18-25.
A regra e o modelo para o casamento cristão ultrapassam, excedem, transcendem o propósito do casamento para todos os povos, que é um homem para uma mulher e uma mulher para um homem. Paulo expõe que o casamento cristão tem como regra e modelo a própria Igreja!
Cada família cristã deve compreender que, partindo do contexto da carta de Paulo aos Efésios, nossa família deve ser um instrumento nas mãos de Deus para a proclamação do Evangelho. As outras famílias devem ser impactadas por verem a própria Igreja de Deus nos nossos lares – esta é a regra e o modelo para o casamento cristão.
Cada família cristã é uma Igreja. O marido assume a sua identidade a partir do exemplo de Jesus, que amou, cuidou e morreu pela Igreja. A esposa, confiante diante de um marido que é líder espiritual dentro de casa, que é o pastor que abre e expõe a ela e aos filhos a Palavra de Deus, terá toda a confiança de se submeter a ele. E filhos criados não para o mundo, mas para a glória de Deus.
Enfim, a comunidade da igreja local precisa se voltar para as famílias, ensinando-as a assumirem o propósito de Deus para elas. E, assim como somos chamados a gerir com responsabilidade os dízimos e ofertas para a glória de Deus nas igrejas locais, deveríamos ensinar a cada família a fazer o mesmo com suas finanças em casa.
Além disso, que cada família seja um modelo da Igreja, porque, esforçando-nos para fazer assim, estaremos evangelizando para a glória de Deus outras famílias de nosso convívio. Que assim seja sob o poder do Espírito Santo!

Quando o líder cai

Todo pecado, por menor que possa parecer (uma cola de prova, por exemplo), coloca-nos debaixo da maldição da lei. Assim, neste sentido, não há “pecadinho” e “pecadão”: todos pecamos e todos estamos debaixo da Ira de Deus (Gl 3:10).
Entretanto, a Bíblia também é clara ao dizer que, embora todos os pecados sejam odiosos a Deus, há pecados abomináveis a Deus. Pecados que, aos olhos dEle, são totalmente repulsivos.
Tais pecados recebiam uma punição muito mais severa do que outros no Antigo Testamento. Estou falando, por exemplo, do adultério e do homicídio, que eram punidos com a morte (Lv 20.10; Lv 24.17; Êx 21.14). E, mesmo no Novo Testamento, Jesus diz que há um pecado imperdoável: a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12:31).
À parte da breve exposição acima, há o fato de que existem pecados cujas consequências sociais são evidentes, atingindo não somente o pecador, mas também as pessoas ao seu redor.
O pecado do adultério encaixa-se em tudo o que foi dito até agora: é um pecado odioso (como todo pecado), é um pecado abominável (cuja punição era a morte) e, finalmente, suas consequências sociais são desastrosas para muitas famílias e igrejas.
A pergunta que ouso fazer é a seguinte: e se eu e você cairmos em adultério? Não é possível?! Por acaso somos melhores que o Rei Davi? Eu não sou. Aliás, sinceramente, estou plenamente convencido de que sou pior do que o Rei Davi em muitos sentidos, então, por que deveria enganar-me e usar uma máscara de supercrente?
Acredito que eu e você precisamos ensinar a Igreja não só a prevenir a tragédia do adultério, mas que também é possível a esperança da ressurreição.
Eu não aprendo com o Rei Davi apenas como “ele cavou a própria cova”, mas de que maneira foi possível Deus não retirar dele a coroa da glória, mesmo depois de todos os crimes que cometeu.
O problema é que pecados sexuais dentro de nossas igrejas trazem tanto dano que, dificilmente, por várias razões mundanas, egoístas e farisaicas, não estendemos nossas mãos para resgatar o ministério de nossos líderes.
Parece mesmo que com uma igreja hipócrita como a que temos encontrado muitas vezes no Brasil, basta ao diabo preparar a armadilha para derrubar o líder, porque, uma vez caído, mantê-lo no chão será um trabalho que a própria Igreja fará tranquilamente por Satanás.
O que fazer quando um líder cai? Precisamos chorar com nossos líderes que tanto nos alimentaram. São pastores que precisam de pastoreio; são conselheiros que necessitam de conselhos; e médicos que precisam de nossa assistência.
É com profunda tristeza, contudo, que constatamos, frequentemente, ser um malévolo sorriso de “bem feito” ou uma cara de “eu sabia” o que muitos oferecem ao invés de mãos estendidas.
O líder, ainda que perdoado por Deus, poderá não ser perdoado por muitas pessoas e poderá pagar um preço altíssimo com a estigmatização de sua própria família. Todas essas consequências estão muito bem registradas na história do Rei Davi para que o temor aja como prevenção à nossa loucura (Pv 5).
Surpreendentemente, Davi não perdeu a coroa como aconteceu com o Rei Saul. Havendo arrependimento sincero, por que a Igreja não consegue dar ao mundo um testemunho cristão pela maneira como trata, perdoa e restaura suas lideranças depois da queda?
Ensino 6: O líder precisa ser liderado, precisa ser acompanhado na sua caminhada por outro líder, tanto para ajuda-lo na prevenção de certos erros como na restauração real de seus pecados.

O segredo de um ministério pastoral de sucesso

Uma das principais características dos seres vivos, e o que os define como tal, é o crescimento, processo que acontece naturalmente. O sucesso desse resultado é o inevitável começo da vida através de uma simples célula ou minúscula semente que se multiplica formando tecidos, órgãos, sistemas até desenvolverem-se num organismo biologicamente complexo.
Começar de baixo – de uma simples célula ou semente – é uma lei natural que abrange não só o processo biológico da vida, mas também a construção civil (toda edificação começa do alicerce), o aspecto financeiro, profissional, inclusive, na área da liderança. Vendo por essa ótica, o segredo do ministério pastoral de sucesso é começar de baixo. É importante definir aqui o significado ministerial de: “começar de baixo”. Que, essencialmente, é ter contentamento na missão, instituição eclesiástica ou responsabilidade singela (à vista humana) que recebeu, sem querer ou promover situações para mudar, prematuramente, por algo “maior”. Começar de baixo é ter responsabilidade com o que recebeu, mesmo que seja “pequeno”, não relaxando na mordomia da tarefa pastoral (Jr 48.10). Começar de baixo é não negligenciar o dom que Deus deu (1Tm 4.14), achando que é insignificante, e trocar por algo que julgue ser mais importante, como fez Esaú (Hb 12.16). Começar de baixo é não se intimidar com “um” talento e fazer com que ele produza, não o permutando ou considerando pouco, sem buscar possibilidades de crescimento (Mt 25.25).
E esse sucesso, não é o fim em conquistas pessoais, cargos adquiridos, situação financeira elevada ou prestígio social. Mas, é a vitória honesta dos combates coletivos, o sentimento do dever cumprido e a eterna conservação dos valores eternos adquiridos (2Tm 4.7). Dessa forma, comparado ao aspecto biológico, pelo qual um ser vivo alcança o sucesso do desenvolvimento quando começa de baixo, na primeira fase da vida, e encerra seu ciclo pronto para dar frutos, alcançando o ápice quando reproduz. No Ministério pastoral, o sucesso se dá quando o obreiro inicia a liderança em um cenário inóspito e desenvolve-se em excelência para uma responsabilidade maior, através de um ministério eficaz e com frutos dignos de recompensas Divinas (Lc 19.17), não de elogios humanos.
As pequenas igrejas, em minha opinião, são as grandes geradoras de líderes de sucesso. São incubadoras de grandes pastores. Via de regra, pequenas empresas, lojas e negócios, qual quer que seja o ramo-atividade que exploram, são verdadeiros laboratórios para lapidação de brilhantes líderes. Peter Drucker (2012), um dos maiores pensadores da administração secular, conta que um de seus amigos tem comprado pequenas empresas de poucos recursos, formadas por gente simples e clientes que não são doutores, para instruir seus aprendizes executivos e só então ingressarem nas suas grandes corporações.
Porque só assim, diz ele, aprenderão o significado e a importância do respeito.
Os motivos pelos quais essas “pequenas igrejas” são as grandes geradores de pastores de sucesso são parecidos com a ideia de Drucker (2012). Elas têm grande carência de pessoal qualificado, poucos recursos financeiros, materiais e estruturais além de uma pequena quantidade de membros. Situações como estas podem desenvolver habilidades, caráter e maturidade ao ministro, fazendo com que evolua para uma responsabilidade maior e contribuindo para um ministério pastoral de sucesso, o qual se apresenta em:
1º) UM MINISTÉRIO ATIVO
Uma instituição pequena apresenta escassez de músicos, pessoal para o evangelismo, dirigentes e visitadores, dentre outros. Nesse cenário o pastor se vê na “obrigação” de está mais ativo nos trabalhos e desempenhar diversas funções para que a obra avance, além de valorizar a prática permanente da evangelização pessoal.
2º) UM MINISTÉRIO RELACIONAL
Os poucos membros que a instituição tem fará com que o pastor aprenda a amar, valorizar e visitar mais seus fiéis para que estes sejam mais maduros, ativos nos trabalhos e dotados de dons e talentos; assim como contribuintes regulares e compromissados com sua igreja, evitando a migração para outras instituições. Basicamente, nesse cenário aprende-se o significado real e a importância principal de um ministério pastoral de sucesso: o relacionamento fraternal.
3º)UM MINISTÉRIO SINGELO (HUMILDE) E DE APRENDIZAGEM
As “pequenas igrejas” são as grandes faculdades pastorais, laboratórios de administração eclesiástica e berçário de novos líderes. Geradoras de líderes humildes, não presunçosos e que respeitam todos os seus colegas como iguais conservos seus. Experiências como as de Moisés e Davi são exemplos de aprendizagem que começou de baixo e deu certo, diferente de Saul, do qual não se registra nenhuma experiência de liderança básica.
Moisés começou com as poucas ovelhas do rebanho familiar de seu sogro Jetro. Em um cenário desértico e com poucos recursos ao seu dispor, teve sucesso quando ouviu a voz de Deus e Dele, naquele campo escasso, recebeu, humildemente, seus primeiros treinamentos espirituais (Ex 3). Ao contrário do que, a princípio, aconteceu no Egito, onde queria orgulhosamente, iniciar a liderança como filho da filha de faraó, “do alto” como príncipe abastado e revestido de técnicas e do prestígio social egípcio (At 7.22-28).
Que o candidato ao ministério não vise começar sua carreira ministerial nas grandes catedrais, mas nas pequenas igrejas interioranas de nossa nação, que o levará um dia ao topo da liderança eclesiástica e terá o sabor das laboriosas batalhas e experiências de vitórias passadas, além do mérito divino e poderá dizer como o velho, experiente e bem sucedido ministro Paulo (2Tm 4.7): “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.”

Estilos de liderança

Estilos de liderança são perfis profissionais de liderança que um indivíduo carrega em seus “genes administrativos” ou adquire ao longo de sua carreira profissional.
Existem dois tipos de líderes: os que são chamados e capacitados por Deus para liderarem e os que lideram apenas porque se deparam ou são impelidos a situações que exigem liderança (líder situacionista). Porém, tanto para estes como para aqueles é preciso que tenham estilos de liderança com os quais desenvolvam atividades com mais significância e obtenham sucesso.
Os estilos moldam a maneira de liderar. Os líderes situacionistas podem adaptar-se a um ou mais estilo de liderança. Diferente dos líderes nato, que já nascem com um estilo próprio, que por sua vez pode ser aperfeiçoado e até mesmo adquirir novos estilos.
Assim, tanto o líder capacitado por Deus para liderança como o líder situacionista pode desenvolver mais de um estilo de liderança. Caroline Marcon, gerente do Hay Group, instituição americana especializada em consultoria empresarial, afirma que “o líder pode até ter tendência a um perfil específico, mas tem de ter flexibilidade suficiente para aprender e incorporar outros estilos em caso de necessidade”.
Bárbara Ladeia, articulista da revista Exame, comenta sobre os seis estilos de liderança da era moderna definidos por Caroline. Compararei esses estilos de liderança com personagens bíblicos descritos por Billie Davis em seu livro: “Pessoas, Tarefas e Alvos” (ICI, 1983).
São seis personagens bíblicos que se destacaram com seus respectivos estilos de liderança e se tornaram um modelo para pastores e líderes da atualidade, tanto aqueles que administram igrejas como aqueles que dirigem departamentos ministeriais, cristãos que exerce função de liderança intermediária em uma igreja local e pastores auxiliares.

Neemias: o líder coercivo e de liderança produtiva

Billie Davis apresenta-o como um líder decidido nas suas ações. Solucionava problemas emergenciais sem a participação coletiva de seus conselheiros e demais pessoal. O estilo coercitivo tende a funcionar bem em situações de emergência, em que “mandar fazer é mais fácil que discutir soluções com toda a base de empregados”, afirma Caroline Marcon. Ela ainda diz que líderes coercivos são “vigilantes e críticos, são ácidos e duros em suas críticas”.
No caso de Neemias, as palavras “ácidos” e “duros” podem ser trocadas por “firmes” e “decididos”. Ele era um líder coercitivo sobre os assuntos de negligências espirituais (Ne 13.23-26). As suas ferramentas de correção e tomadas de decisões eram sempre a Palavra de Deus e a disciplina corretiva inspirada pela ordem divina.
O líder com esse estilo de liderança não deve exercê-la de forma aleatória, pautada por suas convicções ou mesmo baseada pela prepotência do cargo que exerce – zelo sem amor causa tirania espiritual. Mas deve agir sob o manto da inspiração bíblica, com amor e serenidade, bem como regida pelo Espírito Santo. A tomada de decisão é o fator mais importante e característico desse estilo de liderança. O “mandar fazer”, o qual especifica Caroline, é uma ação particular do líder coercivo na resolução de problemas que, muitas vezes, é necessária para resolver agravantes urgentes. Billie Davis afirma: “Há ocasião em que um líder precisa resolver pessoalmente qual medida deve ser tomada” sem ser insuflado por terceiros.

Josué: o líder dirigente e de liderança comunicativa

Outro estilo de liderança moderno mapeado por Caroline é o líder dirigente. Ele dá direções claras para a sua equipe, dizendo exatamente o que espera de cada um. “É um estilo que exige experiência e preparação do chefe em questão. É uma gestão baseada em diálogo e comunicação”, afirma a especialista.
Billie identifica Josué como esse tipo de líder. Ele o define como um líder com uma mensagem clara e, no quesito das experiências, ele foi mentorado por ninguém menos que Moisés (Ex 17; 33 e Nm 15.5-10).
Quanto à comunicação, Josué compreendia e utilizava com sucesso sem igual seus princípios fundamentais (Js 2.1; 3.2-4,9; 8.3-8).
Todo líder cristão deve levar em consideração esse estilo de liderança. O pastor que sabe se comunicar com sua igreja será bem sucedido. De acordo com Caroline, esse líder garante a motivação dos funcionários através da transparência. “Ele quer engajar as pessoas para que elas sintam vontade de seguir suas orientações”, reitera a especialista.

Davi: o líder afetivo e de liderança espiritual

Houve um tempo em que o rei antecessor de Davi, Saul, foi atormentado por um espírito maligno. Isso lhe causava tormento, depressão e assombro. Logo seus criados deram a sugestão de chamar alguém para que tocasse de forma afetiva e espiritual para seu rei e o livrasse daquele tormento (1Sm 16.18).
Os adjetivos atribuídos a Davi: “animoso” e de “gentil presença” caracteriza-o como um dos líderes mais humano e fraternal das páginas sagradas. Essa virtude lideracional o identifica com o estilo de liderança moderno que Caroline o chama de Afetivo. “Quem dá mais atenção às pessoas que às tarefas é o chamado líder afetivo. Ele trata bem seus colaboradores e, não raro, são recompensados com lealdade e alto desempenho”.
Billie atribui esse mesmo pensamento a Davi dizendo que “ele mostrava-se leal e cheio de consideração ao tratar tanto com os seus superiores quanto com os seus subordinados”. Caroline diz que o líder afetivo tem um interesse genuíno nas pessoas e isso faz com que crie harmonia e proximidade na equipe. Foi exatamente o que Davi fez com os seus valentes (1Sm 22). A afetividade de um líder está interligada a sua espiritualidade. Um líder afetivo é um líder que lidera com mecanismos espirituais, Davi dá prova disso em seus salmos. Portanto sejamos pastores afetivos – espirituais!

Moisés: o líder democrático e de liderança relacional

Moisés aprendeu cedo a arte de delegar tarefas através de seu sogro Jetro (Ex 18). Embora a liderança espiritual exercida por um servo de Deus numa instituição religiosa, como a Igreja de Cristo, não seja uma democracia, essa liderança deve ser compartilhada entre seus auxiliares para que chegue ao sucesso institucional. O que definirá esse compartilhamento será a delegação de poder.
Dado as circunstâncias, Jetro instruiu Moisés para um dos estilos de liderança moderno mais participativo já visto: a liderança relacional. Moisés aprendeu e se tornou um líder democrático, que, nas palavras de Caroline, “é o melhor líder para criação de ambientes de alta performance. Isso porque o compartilhamento das responsabilidades faz com os liderados se sintam corresponsáveis e parte de uma construção coletiva”.
Na ótica da liderança democrática, Billie afirma “que o líder que prefere o estilo democrático trabalha mais dentro do grupo. Conduz o grupo para estabelecer regras. Permite que seu grupo participe de modo significativo na tomada de decisões”.

José (filho de Jacó): o líder modelador e de liderança intermediária

Como líder modelador, José foi um exímio gestor, detalhista e de recomendações assertivas em todas as situações que exerceu liderança. “As instruções detalhadas e a alta exigência são marcas registradas do líder modelador”, acrescenta Caroline ao se referir a esse estilo de liderança.
Podemos inserir e analisar José nesse contexto de liderança, pois ele detalhava suas instruções a fim de solucionar alguns problemas de gestão, como foi no caso da interpretação do sonho de Faraó (Gn 41.33-36). Além disso, ele exerceu liderança em um ambiente que era apenas intermediário. José “era apenas um escravo, e precisava receber ordens da parte de seu senhor”.
Nesse sentido, Billie afirma que a maioria dos líderes nas igrejas exerce liderança intermediária. Como por exemplo, o líder de departamento de jovens, de senhoras, supervisores de congregações, etc. Nessas circunstâncias, é imprescindível que o pastor, presidente da igreja local, saiba interagir equilibradamente com esse tipo de liderança, pelo fato dele próprio não fazer parte diretamente da gestão de tais setores.
Portanto, cabe a ele (líder intermediário) confiar integralmente nos demais líderes e, ao mesmo tempo, manter-se próximo para evitar extremos e revelias administrativas, mas com a independência que lhes é permitida.

Paulo: o líder treinador e de liderança progressiva

“Como um técnico de time de futebol, o treinador investe tempo e esforços na compreensão dos pontos fortes e fracos de cada membro da sua equipe. O objetivo é trabalhar com eles para que o desenvolvimento pessoal gere bons resultados”, afirma Caroline ao falar sobre o líder treinador.
O apóstolo Paulo é esse líder treinador, porque sempre treinava um sucessor na igreja que fundava. Quando chegava a sua hora de partir, capacitava um líder e, sem hesitar, passava o bastão da liderança (Tt 1.4,5).
Billie Davis apresenta as características mentoras de Paulo para com Timóteo, que se entrelaçam com as do líder treinador abordado por Caroline: “Um líder está constantemente aprendendo e crescendo, e também ajudando outras pessoas a aprenderem e crescerem. (…) Preocupado em conhecer sua equipe, o treinador conversa muito, se interessa em conhecer cada um, com foco sempre no longo prazo. (…) É perfil ideal para a formação de novos líderes”, conclui.

O caráter do pastor e o pastor de caráter

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.  Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas.” (João 10:11-15)
Ser pastor é algo ímpar dentro de um contexto que envolve fé e capacidade de servir. Servir a Deus em primeiro lugar e servir aos homens em consequência de servir a Deus. Nenhum homem pode dizer que serve a Deus sem que demonstre ser servo dos seus semelhantes. As palavras de Cristo falam de dar a sua vida pelas ovelhas. O próprio Jesus foi exemplo disso ao dedicar seu ministério ao serviço, atendendo a cada um que se aproximasse dele. Muitos foram curados, perdoados e agraciados com respostas sábias por parte dEle. Mais tarde o maior exemplo de doação foi quando Cristo doou voluntariante seu fôlego de vida em favor da humanidade.

Dar a vida pelas ovelhas

A dádiva de “dar a vida” não implica, necessariamente, que o pastor dever morrer pelas ovelhas, antes que é seu atributo ministerial a doação de si mesmo, seu tempo, sua paciência, seu ombro, seus ouvidos em favor de sua congregação. No Novo Testamento a palavra pastor, como designação de um oficio ministerial, é encontrada uma só vez, em Efésios 4.11, e vem da palavra grega poimén (ποιμήν), que significa apascentador, guarda, aquele que conduz um rebanho ao pastor, sustentador.
O ministério pastoral exige, senso de responsabilidade, amor e paciência, alegria e abnegação, ordem e humildade. Se este ministério for mal exercido, será a ruína da Igreja. A humildade, ao contrário do que se pensa, ela fortalece a liderança do pastor, pois humildade revela, antes de tudo, amor. Quem é humilde não se ofende, nem revida. A humildade livra o pastor do orgulho e da arrogância.
O pastor deve ter em mente a realidade daqueles a quem serve, os problemas que envolvem sua comunidade, as necessidades básicas das pessoas à sua volta. É dever do pastor dar um tipo de atenção que vá além de cumprimentos carismáticos e admoestações efusivas. As vezes acontece de pessoas se aproximarem de um pastor com determinada expectativa e sairem frustradas com a falta de atenção devida, recebendo uma desculpa qualquer em resposta aos seus anseios.

A ovelha perdida

Um fenômeno impressionante na igreja evangélica brasileira é o êxodo frequente, a migração de pessoas de uma denominação para outra, especialmente nos ramos pentescostais.  Uma das principais causas disso, por incrível que pareça, é a falta da devida atenção pastoral à real necessidade daqueles a quem serve.
Se algum pastor estiver lendo esta postagem, sugiro um pequeno exercício mental, memorize quantas pessoas deixaram sua congregação recentemente e quantas delas tiveram sua dedicação e esforço afim de permitir que ela permanecesse congregando contigo. Quantas pessoas que saíram de sua congregação receberam uma visita pastoral, ou o convite para tomar um cafezinho em seu gabinete?
Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la? (Lucas 15:4)
Infelizmente vamos ter como respostas muitas desculpas como rebeldia, desobediência, falta de fé, etc., contudo muitas vezes é mais fácil se livrar de uma ovelha trabalhosa do que a dedicação exigida para apascentá-la.

Chamado, dom ou profissão?

As escolas de líderes, formação e capacitação pastoral estão em alta, são muitíssimo concorridas. Paga-se valores altos por palestras e treinamento de pastores. É claro que a capacitação é fundamental. Mas antes de tudo deve-se ter em mente a real motivação que leva alguém a buscar esse nível de capacitação.
A motivação de cada um para o exercício pastoral está atrelada ao caráter daquele que almeja ser pastor. O meio evangélico torna-se campo fértil para pessoas que desejam enriquecer por meio da fé alheia, pois a liberdade religiosa e a facilidade para abertura de igrejas permitem que muitos aventureiros tenham metas eclesiásticas ambiciosas.
A Bíblia nos alerta em tempo e fora de tempo acerca do falso que nos cerca, a Palavra de Deus é nossa orientação quanto a tudo o que está diante de nós. Há textos que alertam sobre os falsos pastores, mas este texto nos fala sobre atributos que nenhum pastor deve evidenciar:
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. (2 Timóteo 3:1-5)

Personalidade, Caráter e Santidade

Se me perguntam: “Que homem é fulano?” Não posso lançar um discurso retórico, é preciso que eu o caracterize em poucas palavras, que eu o descreva segundo seus traços fundamentais de personalidade e caráter. Homens de boa reputação, este foi o primeiro requisito quando os apóstolos decidiriam instituir o diaconato.
A primeira exigência de um líder cristão é santidade, algo que deverá estar evidenciado em seu caráter, uma marca registada deste homem com pessoal. Ele precisa ser sensível ao pecado que outros possivelmente consideram aceitável. Isaías tornou-se sensível a sua fala impura logo que viu o Senhor exaltado no templo. O tremendo som da repetição de “santo é o Senhor dos Exércitos” pelo serafim, estarreceu-o (ls 6.1-3). Ele gritou:”Ai de mim! Estou perdido!” (v.5). Esse foi o efeito que a visão teve no jovem profeta.
É improvável que lsaías usara uma linguagem mais violenta, impura ou blasfema do que seus contemporâneos. Porém, um sentimento de culpa tomou conta dele no ambiente santo que enchera o templo. O véu, que separava a realidade do céu das coisas terrenas, foi partido. Deus preparou Isaías para liderar, fazendo-o completamente miserável diante de sua natureza pecaminosa.

Cheio do Espírito Santo

“Cheio do Espírito” foi o segundo traço de caráter que os apóstolos solicitaram dos líderes que cuidavam da distribuição diária (At 6.3). Há alguma controvérsia com relação ao significado dessa frase, mas é razoavelmente claro que a “plenitude do Espírito Santo”significa três coisas:
Primeiro, significa que o líder tornou-se corajoso e valente. A realidade do Espírito na vida de um homem como Pedro pode ser vista em seu sermão no dia de Pentecostes (At 2), e em sua resposta corajosa aos líderes e anciãos dos judeus, que tinham o poder de colocá-lo na prisão e matá-lo (At 4.8). O encontro de oração, após as ameaças dos líderes do Sinédrio, resultou em um novo encher do Espírito. A conseqüência foi que eles “com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (At 4.31).
Segundo, o enchimento do Espírito é encontrado no zelo e poder evangelístico que Filipe demonstrou em Samaria. Foi tão impressionante a unção pela qual Filipe proclamara Cristo (At 8.6), que multidões deram atenção ao que disse. Além do mais, os demônios gritavam quando foram expulsos das pessoas possuídas. Ele realizou milagres poderosos de curas de doenças físicas (v.7). Atualmente, não exigimos de líderes de organizações cristãs que realizem milagres, mas zelo por Deus e seu Reino são evidências claras da presença do Espírito.
Terceiro, a plenitude do Espírito significa que o líder não está sozinho. Ele tem um “assistente divino”. Sem o Espírito, será que Filipe saberia que precisava deixar o ministério frutífero em Samaria e viajar à Gaza para unir-se ao carro do eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes (At 8.26-31)? Permanece de importância máxima que o líder saiba a mente do Senhor antes de tomar decisões que venham afetar a sua vida e a vida de outras pessoas. Todos os filhos de Deus devem ser guiados pelo Espírito (Rm 8.14) ou “andar no Espírito” (GI 5.16,25), mas é ainda mais importante que o líder seja assim liderado. Suas decisões afetam mais pessoas. Sua vida chama a atenção como um modelo exemplar.

O princípio do Amor

Existe alguma qualidade de que um pastor careça mais do que o amor? O mundo se deteriora rapidamente devido ao egoísmo que penetra nossa cultura. O “fazer algo de forma correta” tomou o lugar do “fazer o bem”. Essa é a nova prioridade do nossos dias, colocando o amor em segundo plano.
O controle de qualidade se tornou mais importante do que o sacrifício em favor de outras pessoas. O “salvar a vida” por meio da “perda dela” por Cristo e pelos necessitados não é mais algo popular, atualmente, embora seja o ponto central daquilo que Jesus exige de seus seguidores (Lc 9.23-24). O amor é mais importante no Novo Testamento do que os dons espirituais ou o conhecimento (1Co 13; 8.1). Um pastor sem amor é como um corpo sem o coração. Morto e sem sentido que promove vaidade, em vez de maturidade cristã.
Paulo escreve para os Coríntios que o amor de Cristo nos constrange (2Co 5.14). Significa que qualquer pessoa que sente intimamente o amor que Cristo tem por ela, desejará segui-Io, e servi-Io. O custo do sofrimento e do esforço não é importante. A lealdade estabelece as raízes firmes nos corações daqueles que sentem que seus pastores verdadeiramente os amam.
É por isso que Jesus fez o contraste entre o mercenário e o pastor, em João 10. O mercenário não é o dono das ovelhas, nem se preocupa com o que acontece com elas. Quando o lobo aparece, ele foge. Não sente nenhuma necessidade de arriscar sua vida pelo bem-estar e proteção das ovelhas. O amor do pastor, ao contrário, é tão íntimo e sacrifical que ele dá a sua vida pelas ovelhas.

5 mulheres que transformaram o mundo missionário

Mulheres tem atuado de forma essencial na proclamação e solidificação do evangelho em diversas culturas e nações desde os tempos primórdios da história da Igreja. Da mulher samaritana por exemplo, que apresentou Jesus à sua cidade até Priscila que viajou por Roma, Grécia e a Ásia menor com o crescimento da igreja, a Bíblia está recheada de mulheres que conheceram à Jesus e então espalharam a mensagem sobre o Reino.
No início do movimento protestante missionário, mulheres eram somente autorizadas a acompanharem seus esposos em missão, mesmo já tendo seu chamado individual e sendo influentes no campo onde atuavam.
Conforme as missões foram progredindo, as mulheres começaram a conquistar mais espaço para moldar formatos que seguimos hoje e abrir oportunidades para homens e mulheres servirem. Abaixo citaremos algumas mulheres que tiveram ou ainda tem impacto na forma como enxergamos missões nos dias de hoje.

Cynthia Farrar: Abriu caminho para missionárias solteiras e educação para meninas

Cynthia foi a primeira missionária Americana solteira a fazer missões fora do país. Apesar da resistência das agências americanas em enviar mulheres sozinhas para a missão, Farrar foi escolhida e enviada para a India por causa de sua excelência em ensino. Ela deixou os Estados Unidos em 1827 e passou 34 anos em Bombay fundando e consolidando uma escola para meninas que acolheu 400 alunas já em seus primeiros 2 anos. Naquela época, a maioria dos pais indianos não queria que suas filhas estudassem, mas mesmo assim Farrar conseguiu criar novas escolas e lotá-las com meninas que tinham o desejo de estudar.

Betty Greene: Abrindo os céus para missionários

Betty Greene era fascinada por aviação desde pequena e seus heróis eram Charles Lindbergh e Amelia Earhart. Ela começou a voar durante a adolescência e iniciou sua carreira professional servindo no Serviço de Pilotos da Força Aerea Feminina na Segunda Guerra Mundial. Depois da guerra Betty desejava unir sua paixão por voar e sua fé. Ela ajudou a fundar a Irmandade Missionária de Pilotos Cristãos. Durante os 16 anos em que esteve nessa ação, Greene ajudou missionários a viajarem por 12 países e continuou servindo nessa instituição até sua morte em 1997.

Ruth Siemens: Rompendo em oportunidades de montar tendas

Ruth estudou pedagogia em Biola e era membro ativo na integração da Irmandade Cristã na universidade Chico State também. Ela tinha prometido servir a Deus se ele abrisse uma porta, pois ela tinha um chamado para o Peru, porém na época nenhuma oportunidade para lá surgia. Depois de ter começado a dar aula no ensino fundamental no litoral da Califórnia, Ruth foi surpreendida com uma oportunidade de dar aulas no Peru em 1954, não como uma missionária sem salário, mas sim como uma professora assalariada em uma escola bilíngue.
Depois de 3 anos dando aula no Peru e 11 no Brasil, Siemens viu a fidelidade de Deus nesses empregos tanto como sustento e como forma de ministrar sobre Deus. Ruth implantou muitos ministérios universitários.
Quando ela percebeu quantos alunos queriam se envolver em ministérios de tendas, ela começou a conectar os alunos com oportunidades de produção de tendas internacionalmente. Ruth também ajudou a definir o padrão de montar tendas como é conhecido hoje não só para cristãos expatriados conseguirem renda, mas também como algo profissional para pessoas comprometidas com missões e locais de evangelismo transcultural.

Mulheres e a Bíblia na Ásia: Criando caminhos para o evangelho em locais proibidos

Desde os trabalhos missionários mais antigos na Coréia, China e Índia, missionários reconheceram a influência que as mulheres daquelas regiões tinham em seus sistemas familiares e então começaram a fazer um esforço extra em treiná-las a ler e usar as escrituras. Essas mulheres se apaixonaram pela palavra de Deus e por compartilha-la em suas comunidades e fora delas, então o movimento As Mulheres da Bíblia foi lançado. Elas implantaram igrejas, lideraram irmandades e fizeram discípulas apaixonadas pela palavra assim como elas em todos os lugares que íam. Em 1917, uma pesquisa descobriu que o número de Mulheres da Bíblia era 2 vezes maior do que os de missionários estrangeiros naquela região!

Nikole Lim: Levando dignidade através de histórias criativas

Nikole é um exemplo contemporâneo de mulher inovadora em missões. Ela fundou a Freely in Hope (Livre em Esperança), uma ONG e plataforma que fornece educação para sobreviventes de violência sexual para que assim eles consigam realizar seus sonhos. Ela também faz parte do movimento Lausane e da rede cristã Red Letter. A estória verdadeira surge através das lentes de sua câmera. Nikole se formou em produção de filmes na Universidade de Loyola Marymount na California e usa sua experiência como fotográfa e cinegrafista para contar estórias de pessoas ao redor do mundo. Nikole enfatiza o que ela chama de “fotografar com dignidade” e ela consegue mostrar quem são as pessoas de verdade e ajuda outros a trabalhar com isso através de workshops e palestras.
Elisabeth Elliot escreveu, “ Qual é o lugar das mulheres na missão mundial? Jesus disse, ‘ Vocês [e a palavra significa todos vocês, homens e mulheres] são minhas testemunhas. Vocês são sal da terra, luz do mundo.’ Há milhares que sem referencia de onde vieram, o que sabiam ou o que eles eram, ainda sim tem acreditado que Jesus foi bem claro no que disse e se firmam em seguí-lo.”
Sou muito agradecida por essas e tantas outras mulheres que tem trilhado o caminho em ministérios transculturais.

O que tem a ver os ímpios com a perdiz?

Vivemos num mundo em que, se alguém tem muitas posses materiais, ele é considerado próspero. Essa visão fundamenta-se numa cosmovisão meramente materialista. Assim sendo, se uma pessoa só procura satisfação em coisas terrenas, logo, para ela, a realidade espiritual não tem importância alguma.
Para os ímpios ambiciosos, o mais importante é terem bens em abundância: dinheiro, veículos, mansões, apartamentos, etc. O resto fica para depois. Nesse caso, o dinheiro, para elas, é o seu deus supremo.
Na Bíblia, encontramos um personagem com essa filosofia de vida. Em Lucas 12.16-20, Jesus narra uma parábola acerca de um homem rico materialista:
O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
Podemos observar nesse homem uma acentuada preocupação com o crescimento material. Em nenhum momento de sua prosperidade ele faz menção de Deus, apesar de o Senhor ter mandado chuvas para a sua plantação e ter-lhe permitido uma boa colheita (Mateus 5.45). O texto sagrado diz que sua produção e seu granjeio foram violentos: “O campo (…) produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?”.
Todavia, o Senhor fez-lhe uma reprimenda, chamando-lhe de “louco” (v. 20). Isso mesmo, todos aqueles que priorizam as riquezas são “sem juízo” diante de Deus.
Biblicamente, entendemos que os tesouros dos ímpios servem-lhe de verdadeiras armadilhas. Na verdade, os impiedosos são como a perdiz: “Como a perdiz que choca ovos que não pôs, assim é aquele que ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias, as deixará e no seu fim será insensato” (Jeremias 17.11).
Mas alguém pode indagar: “E se o ímpio morrer cheio de riquezas?”. O apóstolo Paulo responde: “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele” (1 Timóteo 6.7). Consequentemente, restará ao ímpio tão somente o caixão de defunto e o túmulo sombrio. Dali para a frente, o caso é eternamente funesto.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016


Estudo Bíblico Jogos de Azar - Pode ou Não?


Já me fizeram esta pergunta várias vezes. Sou contra jogos de azar, mas este é o tipo de posição que admite revisão se me aparecerem argumentos melhores e mais coerentes do que aqueles que vou colocar aqui.

Entre os jogos de azar estão aqueles jogos permitidos por lei, que são as várias modalidades de loteria, os bingos - este último, muito usado até por igrejas cristãs e instituições - e os sorteios pelo telefone valendo dinheiro, carros e outros prêmios. Quem explora este tipo de jogo tem licença de órgão público competente. Mas nem por isso quer dizer que sejam jogos que convêm ao crente.

Temos também os jogos ilícitos, cujo mais popular é o Jogo do Bicho. Os cassinos são mais uma modalidade de jogos de azar cuja legalidade e implantação oficial está sendo discutida no Brasil. Para o cristão, o que realmente importa é se estas modalidades de jogo acabam por afetar algum princípio bíblico.

A Bíblia não proíbe de forma explícita os jogos de azar. Entretanto, nossa ética é elaborada não somente com aquilo que a Bíblia ensina explicitamente como também com aquilo que pode ser legitimamente derivado e inferido das Escrituras. Existem diversos princípios bíblicos que deveriam fazer o crente hesitar antes de jogar:

1. O trabalho é o caminho normal que a Bíblia nos apresenta para ganharmos o dinheiro que precisamos, Ef 4:28; 2Ts 3:12; Pv. 31.Quando uma pessoa não pode trabalhar, por motivos diversos, desde desemprego até incapacidade, ela deve procurar outros meios  de sustento e depender de Deus pela oração (Fp 4.6, 19). A probabilidade da situação do desempregado piorar ainda mais se ele gastar seu pouco dinheiro em jogo é muito grande.

2. Tudo que ganho pertence a Deus (Sl 24.1), e como mordomo, não sou livre para usar o dinheiro do jeito que quiser, mas sim para atingir os propósitos de Deus. E quais são estes propósitos? Aqui vão alguns mencionados na Palavra: (1) Suprir as necessidades da minha família (1Tm 5.8), o que pode incluir, além de sustento e educação, lazer e outras atividades que contribuam para a vida familiar; (2) compartilhar com os irmãos que têm necessidades e sustentar a obra do Evangelho (2Co 8-9; Gl 6:6-10; 3 João; Ml 3.10).

3. Deus usa o dinheiro para realizar alguns importantes propósitos em minha vida: suprir minhas necessidades básicas (Mt 6:11; 1Tm 6:8); modelar meu caráter (Filip 4:10-13); guiar-me em determinadas decisões pela falta ou suficiência de recursos; ajudar outros por meu intermédio; mostrar seu poder provendo miraculosamente as minhas necessidades. Jogar na loteria não contribui para qualquer destes objetivos.

4. Cobiça e inveja são pecado (Ex 20:18; 1Tm 6:9; Heb 13:5), e são a motivação para os jogos de azar na grande maioria das vezes. A atração de ganhar dinheiro fácil tem fascinado a muitos evangélicos.

5. Existem várias advertências no livro de Provérbios sobre ganhar dinheiro que podem se aplicar aos jogos de azar: o desejo de enriquecer rapidamente traz castigo (Pv 28.20,22); o dinheiro que se ganha facilmente vai embora da mesma forma (Pv 13.11); e riqueza acumulada da forma errada prejudica a família (Pv 15.27).

Uma palavra aos presbiterianos do Brasil: o Catecismo Maior da Igreja Presbiteriana do Brasil enquadra os jogos de azar como quebra do oitavo mandamento, “não furtarás”. Após fazer a pergunta, “Quais são os pecados proibidos no oitavo mandamento?” (P. 142), inclui na reposta “o jogo dissipador e todos os outros modos pelos quais indevidamente prejudicamos o nosso próprio estado exterior, e o ato de defraudar a nós mesmos do devido uso e conforto da posição em que Deus nos colocou”. É claro que esta posição oficial da IPB vale para seus membros, mas não deixa de ser interessante verificar os argumentos usados e sua aplicabilidade para os cristãos em geral.

É importante lembrar, ainda, que os jogos de azar são responsáveis por muitos males sociais, emocionais e jurídicos no povo, tanto de crentes como de não crentes. Menciono alguns deles:

1. O empobrecimento. Há pessoas que são cativadas pelo vício de jogar e, diariamente estão jogando. E, como só um ou poucos ganham, há pessoas que passam a vida toda jogando sem nunca ganhar. Não poucos perderam tudo o que tinham em jogos. Muitos pais de família pobres gastam o dinheiro da feira no jogo.

2. O vício de jogar apostando dinheiro. A tentação para jogar começa desde cedo a estimular uma compulsão entre crianças e jovens que começam a adquirir o hábito de “tentar a sorte”. Há milhares de jovens que já são viciados no jogo, especialmente com a vinda da internet e a possibilidade de jogos online com apostas.

3. Arruinar vidas e carreiras. Não são poucas as histórias de pessoas que se arruinaram financeiramente jogando na bolsa de valores – conheço pelo menos uma pessoa nesta condição – ou apostando em outros tipos de jogo.

4. Jogar dinheiro fora. As chances de se ganhar na loteria são piores do que se pensa. Para efeito de comparação, a probabilidade de uma pessoa morrer em um atentado terrorista durante uma viagem ao exterior é de 1 em 650 mil e atingida por um raio é de 1 em 30 mil. Se uma pessoa compra 50 bilhetes a cada semana, ela irá ganhar o prêmio principal uma vez a cada 5 mil anos.

Outra pergunta frequente é se as igrejas deveriam receber ofertas e dízimos de dinheiro ganho em loteria. Minha tendência é dizer que não deveriam. Guardadas as devidas proporções, lembro que no Antigo Testamento o sacerdote era proibido de receber oferta de dinheiro ganho na prostituição (Dt 23:18) e que no Novo, Pedro recusou o dinheiro de Ananias e Safira (At 5) e de Simão Mago (At 8:18-20).

Alguém pode dizer que o valor gasto nas apostas em casas lotéricas é muito pequeno. Concordo. Mas é uma questão de princípio e não de quantidade. Quando o que está em jogo são princípios, um centavo vale tanto quanto um milhão.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016


 


Temas Importantes para sua Meditação e Estudo da Palavra de Deus

O Espirito Santo

O Espírito Santo é a fonte da verdade. A Bíblia diz em João 14:16-17 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre, a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós.”
Receber o Espírito Santo significa nascer de novo. A Bíblia diz em João 3:5-7 “Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo.”
Para receber o Espírito Santo é só pedir e depois seguir a Sua direção. A Bíblia diz em Lucas 11:13 “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” Atos 5:32 “E nós somos testemunhas destas coisas, e bem assim o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.”
O Espírito Santo é parte da Trindade. A Bíblia diz em Atos 5:3-4 “Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno? Enquanto o possuías, não era teu? e vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois, formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.”
O Espírito Santo é Deus vivendo naqueles que creêm. A Bíblia diz em Mateus 18:19-20 “Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.”
O Espírito Santo está presente em tempos de tribulação. A Bíblia diz em Mateus 10:19-20 “Mas, quando vos entregarem, não cuideis de como, ou o que haveis de falar; porque naquela hora vos será dado o que haveis de dizer. Porque não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.”
O Espírito Santo ajuda-nos a adorar a Deus. A Bíblia diz em João 4:23-24 “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.”
O Espírito Santo dá-nos a habilidade de conversar sobre temas espirituais com convicção. A Bíblia diz em Atos 1:8 “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.”
Anjos e suas Atribuições
Quem são os anjos? A Bíblia diz em Hebreus 1:14 “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação?”
Quantos anjos existem? A Bíblia diz em Apocalipse 5:11 “E olhei, e vi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; e o número deles era miríades de miríades e milhares de milhares.”
São os anjos superiores aos seres humanos? A Bíblia diz em Salmos 8:4-5 “Que é o homem, para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Contudo, pouco abaixo dos seres celestiais o fizeste; de glória e de honra o coroaste.”
Os anjos podem aparecer em forma de seres humanos. A Bíblia diz em Hebreus 13:2 “Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos.”
Quem é o lider encarregado dos anjos? A Bíblia diz em 1 Pedro 3:22 “Cristo está à destra de Deus, tendo subido ao céu; havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potestades.”
Os anjos são guardiões especiais. A Bíblia diz em Mateus 18:10 “Vede, não desprezeis a nenhum destes pequeninos; pois eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêm a face de meu Pai, que está nos céus.”
Os anjos proveem protecção. A Bíblia diz em Salmos 91:10-11 “Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.”
Os anjos salvam os seres humanos do perigo. A Bíblia diz em Salmos 34:7 “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra.”
Os anjos cumprem as ordens de Deus. A Bíblia diz em Salmos 103:20-21 “Bendizei ao Senhor, vós anjos seus, poderosos em força, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra! Bendizei ao Senhor, vós todos os seus exércitos, vós ministros seus, que executais a sua vontade!”
Os anjos transmitem as mensagens de Deus. A Bíblia diz em Lucas 2:9-10 “E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo.”
Que papel desempenharão os anjos quando Jesus voltar pela segunda vez? A Bíblia diz em Mateus 16:27 “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras.” A Bíblia diz em Mateus 24:31 “E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.”
De onde vêm os anjos maus? Eram anjos bons que decidiram rebelar-se. A Bíblia diz em Apocalipse 12:9 “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele.”
Que influência têm os anjos maus? Eles lutam contra os justos. A Bíblia diz em Efésios 6:12 “Pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes.”
Qual será o destino final de Satanás e os seus anjos maus? A Bíblia diz em Mateus 25:41 “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos.”
Jesus Cristo
Desde o princípio Jesus (O Verbo) é divino e depois tornou-se humano. A Bíblia diz em João 1:1, 14 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.”
Por que foi necessário que Jesus assumisse a natureza humana? A Bíblia diz em Hebreus 2:17 “Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas concernentes a Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo.”
Jesus demonstrou a Sua humanidade e divindade ao resistir à tentação. A Bíblia diz em Hebreus 4:14-15 “Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou os céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer- se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”
Jesus demonstrou a sua divindade na Sua ressurreição. A Bíblia diz em Marcos 16:6 “Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o nazareno, que foi crucificado; ele ressurgiu; não está aqui; eis o lugar onde o puseram.”
O apóstolo Paulo dá testemunho da divindade de Cristo. A Bíblia diz em Colossenses 2:9 “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.”
Como se relaciona Jesus com o Pai Celestial? A Bíblia diz em João 10:30 “Eu e o Pai somos um.”
Jesus é o grande Médico. A Bíblia diz em Lucas 8:47-48 “Então, vendo a mulher que não passara despercebida, aproximou-se tremendo e, prostrando-se diante dele, declarou-lhe perante todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como fora imediatamente curada. Disse-lhe ele: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz.”
Mais cedo ou mais tarde todo o homem, mulher e criança reconhecerá que Jesus é o Senhor. A Bíblia diz em Filipenses 2:9-11 “9Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”
Jesus chama as pessoas para que se arrependam. A Bíblia diz em Mateus 4:17 “Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei- vos, porque é chegado o reino dos céus.”
Jesus não veio para eliminar a lei mas sim para nos mostrar como funciona. A Bíblia diz em Mateus 5:17 “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir.”
Jesus é o único caminho para chegar a Deus. A Bíblia diz em João 14:6 “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”
Jesus tem poder sobre a morte. A Bíblia diz em João 11:25 “Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá.”
O trabalho de Jesus tocou muitas vidas. A Bíblia diz em Mateus 4:23 “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.”
Que é preciso para seguir a Jesus? A Bíblia diz em Lucas 9:23 “Em seguida dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me.”
A vida de Jesus torna-se a nossa vida. A Bíblia diz em Gálatas 2:20 “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.”
Devemos tentar ser como Jesus. A Bíblia diz em Filipenses 2:5 “Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus.”
Reconheça a Jesus como o seu Salvador. A Bíblia diz em João 1:12 “Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.” 1 Pedro 3:18 “Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito.”
Deus
Que duas características são básicas na natureza de Deus? A Bíblia diz em Salmos 145:17 “Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e benigno em todas as suas obras.”
Como a Bíblia descreve a Deus? A Bíblia diz em Deuteronômio 32:4 “Ele é a Rocha; suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são justos; Deus é fiel e sem iniqüidade; justo e reto é ele.”
Que diz a Bíblia sobre o poder de Deus? A Bíblia diz em Jó 36:5 “Eis que Deus é mui poderoso, contudo a ninguém despre grande é no poder de entendimento.”
Podemos confiar que Deus manterá as Suas promessas? A Bíblia diz em Deuteronômio 7:9 “Saberás, pois, que o Senhor teu Deus é que é Deus, o Deus fiel, que guarda o pacto e a misericórdia, até mil gerações, aos que o amam e guardam os seus mandamentos.”
Descreve Deus numa palavra. A Bíblia diz em 1 João 4:8 “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.”
Deus tem compaixão. A Bíblia diz em Salmos 86:15 “Mas tu, Senhor, és um Deus compassivo e benigno, longânimo, e abundante em graça e em fidelidade.”
Deus é imparcial. A Bíblia diz em Atos 10:34-35 “Então Pedro, tomando a palavra, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é aceitável aquele que, em qualquer nação, o teme e pratica o que é justo.”
Que sacrificios está Deus disposto a fazer para me assegurar um bom futuro? A Bíblia diz em João 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Deus nos deu o melhor exemplo de verdadeiro amor. A Bíblia diz em 1 João 4:9-10 “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por meio dele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.”
Deus deleita-se em ser misericordioso connosco mesmo quando não merecemos. A Bíblia diz em Miquéias 7:18 “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade, e que te esqueces da transgressão do resto da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque ele se deleita na benignidade.”
As bençãos de Deus não são dadas sómente aos justos. A Bíblia diz em Mateus 5:45-46 “Para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo?”
Nada impede a Deus. Ele quer que tenhamos tudo. A Bíblia diz em Romanos 8:32 “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?”
Deus nos ama como um pai cheio de ternura. A Bíblia diz em 1 João 3:1 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus; e nós o somos. Por isso o mundo não nos conhece; porque não conheceu a ele.”
O amor de Deus é como um refúgio. A Bíblia diz em Salmos 36:7 “Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade! Os filhos dos homens se refugiam à sombra das tuas asas.”
Devemos seguir o exemplo de Deus. A Bíblia diz em 1 João 4:11 “Amados, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.”
O amor às vezes requer disciplina. A Bíblia diz em Hebreus 12:6 “Pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho.”
Deus nunca nos abandona. A Bíblia diz em Jeremias 31:3 “De longe o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí.”
Existe algo que possa nos separar do amor de Deus? A Bíblia diz em Romanos 8:38-39 “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” 

Abraão, Isaque, Eliezer, Rebeca e os Camelos


...a "Carruagem Divina" que nos leva a Noiva ao encontro do Noivo...

Gênesis vinte e quatro é um capítulo da Escritura de grande beleza e significado, seja ele considerado do ponto de vista histórico, tipológico ou alegórico. Em nossa meditação dessa maravilhosa porção da Palavra de Deus, vamos abordar o aspecto alegórico. Para o dr. Patrick Fairbairn “a alegoria corresponde rigorosamente ao que se encontra na origem da palavra. É o ensinamento de uma coisa por outra, da segunda pela primeira; deve existir uma semelhança de propriedades, uma seqüência de acontecimentos, semelhantes de um lado e de outro; mas a primeira não toma o lugar da segunda; as duas se mantêm inconfundíveis.” Outro erudito da Bíblia, o dr. Graham Seroggie, entende que a alegoria “é uma declaração de fatos supostos que aceita interpretação literal, mas ainda assim exige ou admite, com razão, interpretação moral ou figurada.” A definição dada pela Enciclopédia Delta Larousse é a seguinte: alegoria é “a expressão de uma idéia através de uma imagem, um quadro, um ser vivo.” O dr. Fairbairn oferece estes exemplos de alegorias na Bíblia: a vinha (Is 5.1-7), o quadro da velhice em Eclesiastes (12.2-6), Apocalipse, o Cântico dos Cânticos, o Salmo 45, Gálatas 4.22,23. Nosso desejo é estudar o capítulo vinte e quatro de Gênesis como uma alegoria. A história nele descrita é historicamente verdadeira, mas cremos haver nela lições espirituais importantes para a nossa caminhada com Senhor. Não se trata de criar nenhuma nova doutrina; desejamos apenas vestir as que já foram expostas no Novo testamento, com as roupagens da história de Gênesis 24.

Para os que desejarem um maior conhecimento da diferença entre parábola, símile, metáfora e alegoria, outros livros encontrados na língua portuguesa poderão ser de grande ajuda. Não é o nosso propósito discutir essas diferenças aqui. As palavras acima visam apenas esclarecer aquele que não estejam familiarizados com essa forma de apresentação da verdade bíblica.

Tendo dito estas palavras introdutórias, podemos iniciar nossa meditação nesse capítulo fascinante do Livro de Gênesis. Possa o Senhor ser gracioso para conosco e nos conduzir pela Coluna de Nuvem e pela Coluna de Fogo do Espírito Santo e da Palavra.

“...que o Pai da glória, vos dê espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dEle” – Efésios 1.17
Identificando os personagens

Lendo com atenção descobrimos várias pessoas que tomam parte nesta história: Abraão, Isaque, Eliezer com seus 09 companheiros, Rebeca e seus parentes. Abraão toma medidas para que Eliezer, seu servo, vá até sua parentela e traga de lá, se possível, uma noiva para o seu filho Isaque. Eliezer jura que cumprirá a vontade do seu senhor e parte levando dez camelos de sua propriedade.

Ao chegar à terra onde fora enviado, faz ajoelhar os camelos e ora suplicando a direção de Deus. Surge Rebeca, da parentela de Abraão, e Eliezer lhe pede de beber. A donzela prontamente se oferece para dar de beber a ele e aos seus dez camelos. O servo de Abraão procura saber quem é a donzela, e descobre que se trata de alguém da parentela de Abraão. Imediatamente ele se ajoelha e louva a Deus o Senhor do seu senhor Abraão, por lhe ter guiado os passos ao lugar certo. Rebeca corre a anunciar aos da casa de sua mãe o encontro com Eliezer. Labão, irmão de Rebeca, ao ver o pendente e as pulseiras nas mãos de sua irmã, correu a procura do tal varão.
Depois de explicar o motivo de sua viagem, o servo de Abraão aceita comer e beber com os familiares de Rebeca. Na madrugada seguinte se prepara para o retorno. Os familiares querem que Rebeca fique uns dez dias. Eliezer deseja voltar depressa ao seu senhor. Então os parentes perguntam a Rebeca: “Irás tu com este homem?” Ao que ela prontamente respondeu: “Irei (Gn 24.58). Eliezer, Rebeca e suas moças montam nos camelos e partem de volta a Abraão. Quando se aproxima da terra, Isaque vê os camelos ao longe. Rebeca levanta os olhos, vê Isaque, logo se cobre com o véu e então desce do camelo. Isaque recebe Rebeca como esposa, a ama e a conduz para a tenda de Sara, sua mãe.

Significado dos Personagens

Se quisermos entender este capítulo, precisamos saber qual é o significado de Abraão, Isaque, Eliezer, Rebeca e seus familiares, e as dádivas de Eliezer a Rebeca e aos seus familiares. Cada personagem representa um aspecto da verdade revelada no Novo Testamento. Nosso propósito, como já dissemos, é usar essa história para ilustrar a verdade já estabelecida no Novo Testamento. Que o Deus de toda a graça nos ajude e nos conduza pelo Seu Espírito Santo, na busca humilde e sincera das riquezas de Cristo contidas nesta maravilhosa porção da Palavra de Deus.

O Calvário, Israel e a Igreja

Os capítulos 22, 23, 24 do livro de Gênesis formam uma espécie de sanduíche, como disse um amado irmão em Cristo. Outros podem ser encontrados na Bíblia. Vários dos grandes estudiosos da Escritura estão de acordo com a seguinte interpretação destes três capítulos:

Gênesis 22: Isaque é oferecido no Monte Moriá, figura de Cristo sendo oferecido no Calvário.

Gênesis 23: Sara, esposa de Abraão morre, figura da nação de Israel que foi posta de lado, temporariamente, por ter rejeitado o Filho de Deus.

Gênesis 24: Eliezer parte em busca de uma noiva para Isaque. Aqui temos o Espírito Santo em Sua tarefa de buscar e preparar a Noiva para Cristo.
A seqüência dos fato está perfeitamente de acordo com o ensino do Novo Testamento: Jesus dá Sua vida na Cruz e é rejeitado pela nação de Israel. A nação é posta de lado e um novo vaso é levantado por Deus: a Igreja dos redimidos. Desde o Dia de Pentecostes o Espírito Santo está adornando a Noiva, para o grande dia das Bodas do Cordeiro (Ap 19.9). A Igreja hoje ainda está sendo santificada pela lavagem da água (o Espirito) por meio da Palavra (Ef 5.25-27).

Abraão, Isaque e Eliezer
Todos os que escrevem sobre este capitulo concordam que Abraão representa o Deus Pai. Quem dá as ordens é Abraão e suas ordens devem ser obedecidas nos mínimos detalhes. Seu propósito é buscar uma Noiva para Isaque, seu filho, do meio da sua parentela. Quando Deus disse “não é bom que o homem esteja só” Ele não pensava apenas em Adão, mas principalmente em Seu Filho. No final da Bíblia temos as Bodas do Cordeiro. Quem executa essa tarefa de adornar a Noiva é Eliezer, que simboliza o Espírito Santo. A Noiva é encontrada à beira de um poço, outra figura do Espírito e da Palavra (a Pia de Bronze, Ex 38.8). Isaque só aparece no fim da história, quando vê Rebeca chegando montando um camelo. É muitíssimo interessante o registro do que Isaque estava fazendo, quando Eliezer chegou: “Isaque saíra ao campo à tarde, para meditar” (Gn 24.63). Não é exatamente isso que o Noivo amado está fazendo à Direita do Pai, enquanto o Espírito Santo está na terra preparando a Noiva para o encontro final? “Porquanto vive sempre para interceder por eles” (Hb 7.25). Que maravilha saber que enquanto viajamos por esta terra, nosso amado Noivo intercede por nós e é o nosso Advogado junto ao Pai celestial. Que certeza segurança!

Rebeca, os Parentes e os Amigos

Quando um crente é abençoado, todos os seus parentes e amigos também podem ser envolvidos. Pode ser até imperceptível, mas a manifestação da vida do Senhor é algo abrangente. Muitos recebem dádivas do Alto, sem saber que elas estão sendo concedidas a eles por causa da fidelidade de outros, como aconteceu com Rebeca e seus familiares. Até Labão, seu irmão, que era de caráter muito duvidoso, foi agraciado. Quando uma casa recebe um grupo de irmãos para orar, louvar e adorar o Senhor, aquele lar é abençoado e os vizinhos também. Se um grupo de cristãos começa a se reunir num determinado lugar, ali chegou o vaso de Deus para abençoar as pessoas daquele lugar. Podem ser apenas bênçãos temporais, relacionadas com saúde, proteção e o pão de cada dia, mas em muitos casos a bênção maior da salvação em Cristo também se torna realidade. Rebeca representa a Igreja que alem de abencoada, tambem disponibiliza para seus familiares e amigos...

Dádivas do Espírito Santo

As duas primeiras coisas que Eliezer deu a Rebeca foram: um pendente de ouro e duas pulseiras (24.22). O pendente simboliza submissão e a pulseira indica o serviço dedicado. Ao falar com os familiares de Rebeca sobre seu encontro com ela, Eliezer disse algo muito interessante com respeito ao pendente: “Pus o pendente no nariz dela e as pulseiras sobre suas mãos” (24.47). Estas jóias são de ouro e nos falam daquilo que tem sua origem em Deus. O ouro representa a natureza de Deus, da qual participam todos os que crêem no Senhor Jesus. O pendente, que parece ser a tradução mais correta, indica que não somos mais donos de nós mesmos. Ele era colocado no nariz, por onde respiramos. A respiração, por sua vez, indica que estamos vivos. Quando o Senhor nos salva, o pendente é colocado em nosso nariz; isso significa que dali em diante Ele vai governar até nossa respiração, isto é, nossa vida. Os braceletes representam a capacidade para o serviço espiritual prestado ao Senhor. Rebeca recebeu ainda “jóias de prata, jóias de ouro e vestidos” (24.53). As jóias os dons do Espírito e os vestidos os atos de justiça do crente ou seu caráter (Ap 19.7-8).

O Personagem Esquecido : O Camelo
Os personagens mencionados no inicio desse estudo, são lembrados por todos os que estudam esse capítulo 24 de Gênesis. Todavia, existe um outro de tremenda importância, e que geralmente não é lembrado: os Camelos. Os dez camelos de Abraão são mencionados cinco vezes neste capítulo, e fazem parte essencial dessa história maravilhosa: (1) São levados por Eliezer (24.10), (2) Eliezer os faz ajoelhar junto ao poço (24.11), (3) Rebeca dá de beber a eles (24.20), (4) Rebeca monta neles (24.61), e (5) Rebeca salta deles (24.64). Os dois primeiros estão relacionados com Eliezer, e os três últimos com Rebeca. Estas cinco referências ao “personagem esquecidos” nos levam às seguintes considerações:

1 – Abraão é o dono dos camelos (Gn 24.10)
– Abraão é quem os envia (Gn 24.10)
3 – Eliezer é quem os controla (Gn 24.11)
4 – Rebeca é quem dá de beber a eles (Gn 24.18)
5 – Rebeca é levada por eles (Gn 24.61)

Significado dos Camelos

Os camelos representam a “Carruagem Divina” para levar Rebeca a Isaque, ou seja, Os lideres, obreiros, pastores que guiam e levam as ovelhas ao encontro do Supremo Pastor. Em sua sabedoria, Deus envia um grande número deles ao nosso encontro, com intuito de que sejam habtáculos do Espirito Santo, para que possam preparar e conduzir a noiva até o noivo. Os Camelos simbolizam o meio de transporte espiritual que o Espírito Santo utiliza, para nos conduzir ao Noivo amado...

Os camelos, refletem a orientacao de Deus à noivas para que possa vencer as provas que enfrentamos pelo caminho e que fazem parte do processo educativo de Deus para nós. Se desejamos ser paciente ou perseverantes, temos que provar a tribulação (Rm 5.3); se queremos viver piamente em Cristo Jesus, padecemos perseguições (2 Tm 3.12); a entrada no Reino através de muitas tribulações (At 14.22). Quando o Senhor nos faz passar “por várias provações” (Tg 1.2) é preciso que “a perseverança tenha a sua obra completa” (Tg 1.4). Quando provados, devemos perseverar até o fim, porque “depois de aprovado, o homem que suporta a provação, receberá a cora da vida, que o Senhor prometeu aos que O amam” (Tg 1.12). A coroa da vida aqui não é a vida eterna; a coroa é para os reis, para aqueles que vão reinar com Cristo. Ela tem a ver com o galardão e não com a dádiva da vida eterna. Por isso precisamos ser treinados. José sofreu em grande medida, antes de poder se assentar no trono no Egito. “Se sofremos com Ele, com Ele também reinaremos” (2 Tm 2.12). A oitava bem-aventurança fala do grande galardão nos céus, para aqueles que são perseguidos por causa da justiça e injuriados por causa do Senhor (Mt 5.1-12). Todos que desejam ser trabalhados pelo Espírito Santo, a fim de que a imagem do Filho Primogênito seja reproduzida neles, passam por provas duras e difíceis.

Como tratamos os Camelos?

Os camelos podem tomar cerca de 200 litros de água de uma só vez. Eles são intrumentos de travessia no deserto pois não necessitam ficar bebendo água a todo momento e é o transporte mais rápido pois é um animal preparado para o deserto. Possui bossa (corcova), ondulaçao na parte superior, que ao contrario do que pensam, nao é cheia de agua e sim de gordura, acumulada pelo animal em periodos de alimentacao abundante o que lhe permite sobreviver em periodos de escassez. Outras adaptações à vida no deserto incluem: uma pelagem esparsa e suave que permite refrigeração; patas de base larga, com uma área que impede que se enterrem na areia; pestanas longas que protegem os olhos do animal durante tempestades de areia. O pelo do camelo pode ser branco-sujo, bege-claro ou castanho-escuro. A prova que Eliezer fez com a Noiva de que, alem de dar agua para ele, tambem deveria saciar a sede dos camelos, o que ensina obediência nao só ao Espirito Santo, mas tambem à aqueles que são usados e enviados por Ele. Não foi facil para Rebeca, saciar a sede de dez camelos que bebem em media 200 litros de agua... Isso é obediencia, misturada com humildade...

Os Camelos são enviados pelo Pai
“Tomou, pois, o servo (Eliezer) dez camelos do seu senhor (Abraão)” Gn 24.10
Quão difícil é aceitar os ensinamentos e repreensão dos nossos lideres que são enviados por Deus. Reagimos como que dizendo: Não concordo com isso, nao aceito homem mandar em mim e outras murmuracoes que entristecem àquele que enviou.  A biblia nos ensina que seriamos rejeitados e muitas vezes apedrejados, dai a explicacao da palavra a Eliezer: Va buscar uma noiva (se possível) ao meu filho Isaque. Elizer estava montado em um camelo e mais nove o acompanhava, que na tipologia tambem significa os Nove Frutos do Espirito Santo disponibilizados para aqueles que buscam fazer a vontade de Deus... Gl. 5:22 Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.

Os Camelos são controlados pelo Espírito Santo

“Eliezer fez ajoelhar os camelos fora da cidade”
Gn 24.11

Eliezer representa o Espírito Santo que busca, adorna e conduz a Noiva ao encontro do Noivo, o Senhor Jesus. Logo depois de dizer que os camelos pertencem a Abraão (o Pai), lemos que Eliezer “fez ajoelhar os camelos” (24.11), indicando que eles estavam sob seu controle. Em nossa experiência cristã, isso significa que os lideres devem se curvar para que os Espirito Santo possa fazer a sua Vontade. As pessoas não chegam até nós por acaso, Deus as coloca para nos ensinar liçoes e aprendermos o caminho certo para o grande encontro. Para um filho de Deus não existe o fator “sorte”. Deus está assentado no Trono e nada escapa ao Seu conhecimento providencial. Como disse um servo do Senhor: “Para um cristão não existe acidente”. Que bom saber que não fomos entregues à sorte cega deste mundo mal. Um pardal não pode cair ao chão e morrer, sem que o Pai tenha conhecimento disso. Ele cuida dos lírios do campo, como não cuidará dos Seus filhos? Quando um fio de cabelo cai da nossa cabeça, Ele sabe qual é o seu número. Ele vê as nossas lágrimas (Is 38. 5b), as guarda no Seu odre e as registra em Seu livro (Sl 56.8). Ele está conosco na travessia do “Vale da sombra da Morte” (Sl 23.4).