sexta-feira, 20 de setembro de 2019

A resposta da Bíblia

A Bíblia mostra que Deus não criou o Diabo. Ele criou a pessoa que se tornou o Diabo. A Bíblia diz o
seguinte sobre Deus: “Perfeita é a sua atuação, pois todos os seus caminhos são justiça. Deus de fidelidade e sem injustiça; justo e reto é ele.” (Deuteronômio 32:3-5) Dessa declaração podemos concluir que Satanás, o Diabo, já foi perfeito e correto, um dos filhos angélicos de Deus.
Em João 8:44, Jesus disse que o Diabo “não permaneceu firme na verdade”, indicando que Satanás numa determinada época era verdadeiro e puro.
No entanto, assim como todas as outras criaturas inteligentes de Jeová, o anjo que se tornou Satanás tinha a liberdade de escolher entre o certo e o errado. Por escolher se opor a Deus e incitar o primeiro casal humano a se juntar a ele, esse anjo fez de si mesmo Satanás, que significa “Opositor”. — Gênesis 3:1-5; Revelação (Apocalipse) 12:9.


Como evitar a influência do Diabo

Você não precisa viver com medo do controle demoníaco, pois a Bíblia mostra como é possível ter êxito em se opor ao Diabo:
  • Aprenda a reconhecer os métodos, ou “desígnios”, do Diabo. — 2 Coríntios 2:11.
  • Obtenha o conhecimento da Palavra de Deus, a Bíblia, e ponha em prática o que aprender. Aplicar os princípios bíblicos o protegerá da influência do Diabo. — Efésios 6:11-18.
  • Livre-se de qualquer coisa ligada a atividades demoníacas. (Atos 19:19) Isso inclui livros, revistas, pôsteres, filmes e músicas que promovem o espiritismo.
  • A resposta da Bíblia

    A influência do Diabo e dos demônios sobre a humanidade é tão grande que a Bíblia diz: “O Maligno controla o mundo inteiro.” (1 João 5:19
    • Engano. A Bíblia aconselha os cristãos a “lutar contra as artimanhas do diabo”. (Efésios 6:11,  Uma de suas artimanhas é enganar as pessoas, levando-as a acreditar que seus agentes na verdade são servos de Deus. — 2 Coríntios 11:13-15.
    • Espiritismo. O Diabo desencaminha as pessoas por meio de adivinhos, astrólogos e médiuns espíritas. (Deuteronômio 18:10-12) O uso de drogas, o hipnotismo e as técnicas de meditação que esvaziam a mente também expõem as pessoas ao controle demoníaco. — Lucas 11:24-26.
    • Religião falsa. As religiões que ensinam doutrinas falsas enganam as pessoas, levando-as a desobedecer a Deus. (1 Coríntios 10:20) A Bíblia chama essas crenças de “ensinos de demônios”. — 1 Timóteo 4:1.
    • Possessão demoníaca. Na Bíblia, encontramos relatos de espíritos maus que assumiram o controle de humanos. Em alguns casos, as pessoas endemoniadas ficavam cegas ou mudas, ou até machucavam a si mesmas. — Mateus 12:22; Marcos 5:2-5.

  •  A Bíblia identifica os métodos usados pelo Diabo para influenciar as pessoas.
  • (2 Coríntios 1:3) Fica claro que “o Deus de todo o consolo” não vai permitir que o Diabo viva mais do que o necessário, nem que os efeitos de sua influência continuem. Por outro lado, Deus não vai eliminar o Diabo antes do tempo, sem que o tribunal universal tenha declarado o caso encerrado.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Estudo Bíblico Os 9 Dons Espirituais

É importante salientarmos que na nossa convicção, os Dons Espirituais estão ativos e disponíveis a Igreja do Senhor Jesus Cristo para edificação dos santos, isto é, vigoram nos dias atuais, isso quer dizer que este expediente da comunicação sobrenatural de Dons por parte do Espirito Santo de Deus, não morreu com os Apóstolos, mas nos é dada hoje, segundo a vontade Daquele que distribui a cada um como quer e a quem quer.
O apóstolo Paulo diz aos Coríntios:
“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados. Portanto vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de milagres; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a diversidade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer” (1 Cor. 12:1-11).
Como podeis ver Paulo desejava que os crentes (não só os de Corinto) não estivessem na ignorância acerca dos dons espirituais. Ora, de qual ignorância fala neste caso? Da que ignora a existência dos dons espirituais ou da que ignora as suas funções no corpo de Cristo e o seu correcto uso? Considerando que aos Coríntios não faltava algum dom, porque isso o diz Paulo no início da sua epístola, e no meio deles havia quem falava em outra língua e quem profetizava (porque isso se evidência pelo discurso que Paulo faz a seguir), Paulo não queria que os Coríntios estivessem na ignorância acerca do uso dos dons.

É claro porém que se crentes ignoram a existência dos dons espirituais (nada de admirar, se se considerar que ao tempo de Paulo haviam até crentes que por um certo tempo não sabiam da existência do Espírito Santo) é necessário instruí-los para que esta ignorância cesse de existir, sendo que os dons são para a Igreja, para a sua edificação e não para a sua destruição. Paulo o diz claramente: a cada um é dada a manifestação do Espírito para o que for útil. Se notem bem estas palavras “para o que for útil” porque elas anulam todos aqueles raciocínios que querem fazer crer que os dons do Espírito Santo hoje não são mais necessários.
De fato se naquele tempo a manifestação do Espírito era útil à Igreja, consequentemente ela tem de ser útil também agora à distância de mais de mil e novecentos anos. Se o Espírito edificava a Igreja pelos seus dons, de certo Ele continuará a edificá-la mediante aqueles mesmos dons ainda hoje. Se o Espírito naquele tempo desejava edificar a Igreja de Deus por meio dos seus dons, de certo desejará edificá-la ainda hoje.
Ou porventura alguém pode demonstrar que este não é o sentimento do Espírito? Não, não há ninguém que possa demonstrar que o sentimento e o operar do Espírito tenham mudado, e não há ninguém que possa mudar o seu sentimento e o seu operar.
Ele ainda hoje distribui os seus dons como Ele quer, e não há ninguém que o possa impedir. Ora, como vimos o Espírito é um, mas os dons são variados. Em outras palavras o Espírito Santo concede manifestações diversas no seio da Igreja de Deus. E isto porque as necessidades são variadas na Igreja; um pouco em suma como no corpo humano, em que há diversos membros com diversas funções com base nas necessidades.
Os olhos capacitam ver, os ouvidos ouvir, os pés caminhar, a boca comer, o estômago e o figado digerir o que se comeu, etc.
Assim também no corpo de Cristo, dado que as necessidades são variadas o Espírito dá a cada um capacidades diferentes para suprir às diversas necessidades presentes no seio da irmandade. Ele não dá a todos a mesma manifestação do Espírito, mas a todos Ele dá uma manifestação de acordo com a vontade de Deus.
A vontade de Deus porém que não exclui de modo algum o desejar por parte do crente estes dons, de facto Paulo diz várias vezes para ambicionar os dons espirituais: “Desejai ardentemente os maiores dons” (1 Cor. 12:31), “procurai abundar neles, para edificação da igreja” (1 Cor. 14:12), diz Paulo.
A coisa é clara, estes dons devem ser objecto de busca por parte de todos nós, ninguém excluído. Não há uma categoria de crentes que está excluída desta busca. Todos devem estar envolvidos nela. Quem não os deseja na realidade não quer que a Igreja seja edificada pela manifestação do Espírito.
Ele não quer que a Igreja de hoje seja edificada por meio dos dons, como o era a igreja antiga. Mas vejamos de perto estes dons de que fala Paulo, a fim de compreender o porquê de eles serem dados para a edificação da igreja, a fim de compreender a sua utilidade.

Palavra de Sabedoria.

Este dom é a revelação de um facto que deve acontecer. Revelação que pode ser dada por meio de uma visão, de um sonho, ou por meio de uma voz escutada. Alguns exemplos da palavra de sabedoria na Escritura são os seguintes. Em Antioquia um certo profeta de nome Ágabo levantando-se “dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo; e isso aconteceu no tempo de Cláudio César” (Actos 11:28).
Ainda Ágabo, alguns anos depois, desceu a casa de Filipe “tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o varão de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios” (Actos 21:11). Também neste caso a predição de Ágabo se cumpriu.

Palavra de Ciência ou Conhecimento.

Este dom é a revelação de um facto que está acontecendo ou que já aconteceu. Também esta revelação pode ser dada em visão ou em sonho ou mediante uma voz. Alguns exemplos bíblicos em que encontramos a manifestação deste dom são os seguintes. Jesus disse à mulher samaritana:
“Vai, chama o teu marido e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta” (João 4:16-19).
A mulher compreendeu por esta palavra de ciência que quem lhe falava era um profeta. O apóstolo Pedro através de uma palavra de ciência veio a saber que Ananias e Safira tinham vendido a propriedade deles por um preço superior ao dinheiro que Ananias depois levou aos pés dos apóstolos de facto lhe disse:
“Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno? Enquanto o possuías, não era teu? e vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois, formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (Actos 5:3-4).
E por esta sua mentira foi morto por Deus, juntamente com sua mulher que mentiu depois dele.

Fé.

A fé de que Paulo fala como dom, não é a fé que vem pelo ouvir a Palavra de Deus e pela qual se é salvo e se recebe o Espírito Santo.
É uma fé especial concedida pelo Espírito Santo a alguns em certas ocasiões para fazer alguma coisa de particular. Por exemplo Jesus mediante este dom matou a fome a milhares de pessoas por bem duas vezes com poucos pães e poucos peixes (cfr. Mateus 14:15-21; Mar. 6:30-44; João 6:1-15, e Mat. 15:32-37; Mar. 8:1-9), caminhou sobre as águas do mar da Galileia (cfr. Mat. 14:25; Mar. 6:48), e fez secar num instante uma figueira (cfr. Mat. 21:18-19).

Cura

Os dons de curar são dons que capacitam quem os recebe de curar os doentes. Como no caso de Jesus, o poder do Senhor estava com ele para fazer curas (cfr. Lucas 5:17). Jesus deu o poder de curar os enfermos aos seus doze discípulos conforme está escrito:
“E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal” (Mat. 10:1; cfr. Lucas 9:1-2).
E eles curavam os doentes, vivendo Jesus, conforme está escrito:
“E, saindo eles, percorreram todas as aldeias, anuncinado o evangelho, e fazendo curas por toda a parte” (Lucas 9:6).
Também o apóstolo Paulo tinha dons de curar de fato em Malta está dito:
“Aconteceu estar de cama, enfermo de febre e disenteria, o pai de Públio; Paulo foi visitá-lo, e havendo orado, impôs-lhe as mãos, e o curou. Feito pois isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha tinham enfermidades, e eram curados” (Actos 28:8-9).
Se cuide bem porém para evitar pensar que quem tem os dons de curar pode curar indiscriminadamente quem quer porque a cura para que possa acontecer necessita da fé por parte do doente (recordai-vos que em Nazaré Jesus não pôde fazer muitas obras poderosas por causa da incredulidade que havia naquela cidade) e também da permissão de Deus, ou seja, que a cura do indivíduo entre no querer de Deus para com ele naquele tempo.
A respeito disso façamos presente que Paulo quando escreveu a Timóteo a primeira epístola ainda não tinha curado Timóteo das suas frequentes enfermidades (cfr. 1 Tim. 5:23), e quando lhe escreveu a segunda epístola disse a Timóteo de ter deixado Trófimo doente em Mileto (cfr. 2 Tim. 4:20). Isto nos ensina que quem recebe os dons de curar se deve também ele submeter à vontade de Deus. Uma outra coisa a dizer a respeito das curas é que quando também um crente não tenha os dons de curar ele deve orar pelos irmãos doentes para que Deus os cure: Tiago diz de facto: “Orai uns pelos outros, para serdes curados” (Tiago 5:16). Note-se que é uma ordem e não algo de facultativo. A cura acontece pelo poder de Deus, mediante a fé por parte do doente no nome do Senhor Jesus. Para descrever isto não há melhores palavras do que aquelas que Pedro dirigiu aos Judeus depois de ter curado o coxo à porta do templo dita ‘Formosa’:
“E pela fé no seu nome fez o seu nome fortalecer a este homem que vedes e conheceis; sim, a fé, que vem por ele, deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde” (Actos 3:16).
Estas palavras as pode dizer todo aquele que recebeu os dons de curar depois de ter curado um doente. Se desejem ardentemente pois os dons de curar, e quem os recebe os ponha ao serviço dos homens sem pedir compensações de nenhum género e mantendo-se humilde e puro. Que o nome do nosso grande Deus seja glorificado através das curas feitas em nome de Cristo; e as obras do diabo destruidas.
Que se reconheça ainda hoje que no meio da Igreja há um Deus que cura toda a doença, que pode fazer e faz o que nenhum médico pode fazer. A Ele seja a glória em Cristo Jesus. Amen.

Operação de Milagres ou Maravilhas.

Como se pode bem ver este dom é distinto dos dons de curar, porque enquanto os dons de curar dizem respeito a curas de um mal o dom de poder de operar milagres diz respeito à operação de sinais e prodígios vários. Aquilo que se deve ter presente é que este dom é um poder de fazer determinadas coisas por ordem de Deus. Para explicar este dom com as Escrituras citarei os exemplos de Moisés e o das duas testemunhas que devem aparecer antes da vinda de Cristo.
De Moisés é dito que quando Deus lhe apareceu na chama de uma sarça ardente lhe ordenou de descer ao Egipto para libertar o seu povo da mão de Faraó. Deu-lhe o poder para fazer sinais e prodígios diante de Faraó, de facto lhe disse:
“Quando voltares ao Egipto, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, para que não deixe ir o povo” (Ex. 4:21).
No caso dos dois ungidos que devem aparecer está dito no livro do Apocalipse:
“Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem” (Ap. 11:4-6).
Como se pode bem ver a autoridade recebida por Moisés e a que receberão os dois ungidos diz respeito a fazer coisas que não estão relacionadas com curas físicas.

Discernimento de espíritos.

Mediante este dom o Espírito Santo capacita o crente de discernir a presença de espíritos malignos em pessoas ou próximo de pessoas ou ver os espíritos enquanto operam malvadamente. Existem espíritos de vários géneros, isto é, ocupados a fazer várias formas de mal. Existem espíritos que provocam mudez e surdez como aquele expulso daquele menino epiléptico por Jesus, de facto Jesus lhe disse:
“Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele” (Mar. 9:25).
De modo que nestes casos para que a cura se faça é necessário discernir o espírito ou os espíritos que provocam as doenças para depois expulsá-lo ou expulsá-los em nome de Cristo Jesus. Existem espíritos enganadores que estão ocupados a enganar; Paulo diz de facto que em dias vindouros “alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores….” (1 Tim. 4:1).
Destes espíritos os há muitos no seio do povo de Deus; mediante eles toda a sorte de falsa doutrina é feita crer a certos crentes. Existem espíritos que fazem sinais e prodígios; João viu alguns deles em visão de facto diz:
“E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso” (Ap. 16:13-14).
Note-se que neste caso João diz ao que se assemelhavam estes espíritos, porque todos os espíritos têm uma semelhança. Há espíritos que se assemelham a macacos, outros a rãs, outros a crocodilos, outros a serpentes, outros a cabras, a porcos, etc.

Profecia, Diversidade de línguas, Interpretação de línguas

Examinaremos estes três dons à luz do quanto Paulo diz no capítulo 14 da primeira epístola aos Coríntios. O apóstolo Paulo diz qual o dom espiritual os crentes devem buscar primeiro, a saber, o de profecia de facto diz desejar “principalmente o de profetizar” (1 Cor. 14:1). Porquê exactamente este e não o dom da diversidade das línguas (ou seja a capacidade de falar várias línguas estrangeiras) por exemplo?
Paulo o explica pouco depois.
“Porque o que fala em outra língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. O que fala em outra língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. Ora, quero que todos vós faleis em outras línguas, mas muito mais que profetizeis, porque quem profetiza é maior do que o que fala em outras línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação” (1 Cor. 14:2-5).
Eis explicado então porque é a profecia preferível às línguas (como dom naturalmente).
Porque enquanto quem fala em outra língua fala a Deus (obviamente quem também fala em uma só língua estrangeira porque não tem o dom da diversidade das línguas, fala a Deus) porque ninguém o percebe e fala mistérios, e para que a igreja entenda o que ele disse e receba edificação é necessário alguém que tenha o dom de interpretação que interprete o seu falar estrangeiro; quem profetiza fala aos homens uma linguagem de edificação, consolação e exortação que como é falado na língua percebida por todos assim não tem necessidade de ser interpretado e edifica a igreja.
Como vimos Paulo diz que queria que todos falassem em outras línguas, mas muito mais que todos profetizassem porque quem profetiza é superior a quem fala em outras línguas (pela razão adoptada antes). Mas esta superioridade cessa de existir se quem fala em outras línguas também interpreta, de facto Paulo diz: “A não ser que também interprete para que a igreja receba edificação”. Porquê aquele “a não ser que”? Porque no caso de quem fala em outras línguas interpretar, também a igreja entenderá o que o Espírito disse em outras línguas através dele a Deus, e receberá edificação.
Façamos um exemplo explicativo: ponhamos o caso de no meio da assembleia um irmão orar em outra língua a Deus pedindo-lhe para libertar o irmão Fulano na Costa do Marfim de homens malvados que se preparam para matá-lo por causa da sua fé, e que depois de assim ter orado interprete a oração dirigida a Deus em outra língua. Que acontecerá na assembleia? Acontecerá que os crentes poderão dizer ‘Amen’ àquela oração porque terão percebido no que ela consistia. E naturalmente eles todos receberão grande edificação em saber que o Espírito pela boca daquele crente intercedeu por um filho de Deus a eles desconhecido que se encontra numa nação de um outro continente.
No caso o falar em outras línguas antes consistisse num cântico a Deus então a igreja perceberá as palavras daquele cântico espiritual. Eis pois porque a igreja receberá edificação pela interpretação das línguas. Não é como alguns crêem, por falta de conhecimento, que as línguas mais interpretação é uma profecia, ou seja, um falar aos homens, e por isso a igreja receberá edificação. Porque a edificação não se recebe exclusivamente ouvindo falar uma mensagem de exortação, consolação e edificação dirigida aos homens, mas também ouvindo uma oração ou um cântico (neste caso interpretado de uma outra língua). Isto está fora de dúvida. Ora, Paulo depois de ter dito a não ser que ele interprete para que a igreja receba edificação diz:
“Se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como que falando ao ar. Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significado. Se, pois, eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim. Assim também vós, já que estais desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles para a edificação da igreja. Por isso, o que fala em outra língua, ore para que possa interpretar. Porque se eu orar em outra língua, bem ora o meu espírito, mas o meu entendimento fica infrutífero. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” (1 Cor. 14:9-15).
Estas palavras do apóstolo têm o evidente objectivo de fazer perceber aos crentes que o falar em outra língua no meio da assembleia não será de alguma utilidade aos outros se não for acompanhado pela interpretação. Em outras palavras, o falar em outra língua privado da interpretação é como uma trombeta que dá um som desconhecido; é como alguém que fala uma língua bárbara da qual não se percebe nada. Aproveita sim a quem fala em outra língua porque o edifica (o edifica não porque percebe aquilo que diz, mas porque fala pelo Espírito), mas não aproveita à igreja porque ela não entende o que é dito. Eis porque Paulo diz: “Por isso, o que fala em outra língua, ore para que possa interpretar” (a fim de poder edificar a igreja, além de a si mesmo). Porque se eu oro em outra língua ora o meu espírito mas o meu entendimento fica infrutífero. Então que devo fazer, eu que oro em outra língua? pergunta Paulo.
Orarei em outra língua (com o espírito) mas também interpretarei (orarei também com o entendimento); cantarei em outra língua (com o espírito) mas também interpretarei o meu cantar (cantarei com o entendimento). Isto para que a igreja receba edificação. E logo depois Paulo diz:
“De outra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o amém sobre a tua ação de graças aquele que ocupa o lugar de indouto, visto que não sabe o que dizes? Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado. Dou graças a Deus, que falo em outras línguas mais do que vós todos. Todavia na igreja eu antes quero falar cinco palavras inteligíveis, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida” (1 Cor. 14:16-19).
Paulo em outras palavras diz: em caso contrário se tu não fazes como eu te digo, isto é, no caso de tu orares ou cantares em outra língua sem dar a interpretação como poderá quem te ouve dizer ‘amen’ à tua acção de graças (note-se que Paulo, falando assim, confirma que o crente quando fala em outra língua se dirige a Deus também quando se encontra junto a outros crentes)? Não poderá; sim realmente tu farás uma bela acção de graças mas o outro não será edificado. Eu dou graças a Deus que falo em outras línguas mais que todos vós, isso não obstante na igreja prefiro dizer cinco palavras compreensíveis que dez mil em outra língua. E depois ele diz:
“Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento” (1 Cor. 14:20).
Como dizer, na simplicidade sede como as crianças, mas não sejais crianças quanto à inteligência, sede antes adultos quanto à inteligência. A este ponto Paulo cita estas palavras pronunciadas por Deus por meio de Isaías:
“Está escrito na lei: Por gente de outras línguas e por lábios de estrangeiros falarei a este povo; e nem assim me ouvirão, diz o Senhor” (1 Cor. 14:21).
E depois diz:
“De modo que as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos; a profecia, porém, não é sinal para os incrédulos, mas para os crentes. Se, pois, toda a igreja se reunir num mesmo lugar, e todos falarem em outras línguas, e entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão porventura que estais loucos? Mas, se todos profetizarem, e algum incrédulo ou indouto entrar, por todos é convencido, por todos é julgado; os segredos do seu coração se tornam manifestos; e assim, prostrando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, proclamando que Deus está verdadeiramente entre vós” (1 Cor. 14:22-25).
Aquele “De modo que” depois daquelas palavras de Isaías estão confirmar que com base no que Deus disse através de Isaías as línguas são sinal para os incrédulos e não para os crentes, enquanto a profecia é sinal para os crentes.
Eis porque Paulo diz que se entra algum não crente e se ouve todos falar em línguas dirá que somos loucos, enquanto se todos profetizam o não crente terá os pensamentos do seu coração manifestos e reconhecerá que Deus está no meio de nós. Mas então o que se deve fazer?
Paulo responde:
“Quando vos congregais, tendo cada um de vós um salmo, ou um ensinamento, ou uma revelação, ou um falar em outra língua, ou uma interpretação, faça-se tudo para edificação. Se há quem fala em outra língua, sejam dois, ou quando muito três a fazê-lo; e cada um por sua vez, e haja alguém que interprete. Mas, se não houver intérprete, estejam calados na igreja, e falem para si mesmos, e para Deus. E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. Mas se a outro, que estiver sentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos, um a um, podereis profetizar; para que todos aprendam e todos sejam consolados; e os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas; porque Deus não é Deus de confusão, mas de paz” (1 Cor. 14:26-33).
Em relação às línguas dizemos que, se há quem fala em outra língua devem falar em línguas apenas dois ou no máximo três, e um depois do outro, e alguém deve interpretar; mas se não há quem interprete, os que falam em outras línguas devem fazê-lo em voz baixa e não como uma trombeta. Os profetas, os quais têm o dom de profecia, falem; também aqui porém dois ou três no máximo, e os outros examinem as profecias.
No caso porém se for dada uma revelação a um profeta que está sentado o precedente deve-se calar. A conclusão do discurso de Paulo é esta:
“Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém quer ignorar isto, que ignore. Portanto, irmãos, desejai profetizar, e não proibais falar em outras línguas; mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Cor. 14:37-40).
As coisas são claras, as palavras de Paulo são mandamentos do Senhor. Então, o profetizar deve ser desejado ardentemente, o falar outras línguas não deve ser impedido, mas tudo deve ser feito decentemente e com ordem.
Que o Senhor possa encontrar corações dispostos em sua Igreja para receber os Dons Espirituais, que são úteis para o Corpo hoje.

Fé e Palavra


“A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm.10.17).

Qual seria a relação entre ouvir a palavra e crer? Sabemos que “a fé é a certeza das coisas que se esperam e a convicção dos fatos que não se vêem” (Heb.11.1).

Esta passagem bíblica define a fé, seja boa ou má, pois há o risco de alguém crer em algo que espera, mas não virá, e algo que não vê porque não existe nem existirá.

Crer por crer, muita gente crê, mas isto não significa que a fé dessas pessoas seja boa e útil. Em muitos casos é uma crença morta, incapaz de salvar, como nos ensinou Tiago (2.14,26). Precisamos, portanto, de uma garantia para a fé. Encontramos esta segurança apenas na palavra de Deus. Portanto, a fé gerada a partir desta Palavra é genuína. O resto é superstição, presunção ou suposição. Como disse Pedro, “sobre a tua palavra lançaremos as redes” (Lc.5.5). Isto é acreditar e fazer como Jesus mandou.

Se esperamos algo que Deus prometeu, então, podemos esperar com certeza. É assim que ouvir a palavra alimenta a nossa fé. Não podemos crer naquilo que desconhecemos. O conhecimento vem antes da verdadeira fé. Não podemos acreditar em tudo e em todos. João escreveu "Não creiais a todo espírito" (IJo.4.1).

Colocar a nossa fé em algo é como preencher um cheque. Antes disso, deve existir o conhecimento do emitente e do saldo, ou seja, de tudo o que Deus nos prometeu e garantiu. Tem gente por aí esperando riqueza material sem que Deus tenha lhes feito tal promessa. (Isso não impede que a pessoa trabalhe para crescer, mas esta já é outra história).

Aqueles que, mesmo possuindo uma bíblia, não a leem, estão se abstendo do alimento de sua fé. É possível que suas dúvidas cresçam e comecem a causar problemas. Eis um dos motivos pelos quais precisamos frequentar os cultos e, especialmente, as reuniões de estudo bíblico. O abandono da igreja pode ser o suicídio da fé.

Quando Paulo diz que a fé vem pelo ouvir, ele está mostrando que a fonte da fé não pode ser o próprio indivíduo. Eu preciso ouvir, e não é ouvir qualquer coisa, mas a palavra de Deus. Se eu emprestar os meus ouvidos à heresia, é possível que ela venha gerar uma fé maligna no meu coração. Então, preciso ser seletivo, evitando as fontes sujas.

"Não escutes a todas as palavras que te disserem, para que não venhas a ouvir que o teu servo te amaldiçoa" (Ec.7.21).

Os sentidos físicos são as portas e janelas da alma. Precisamos ser cuidadosos com o que recebemos por meio deles. Por isto também está escrito: "As más conversações corrompem os bons costumes" (ICor.15.33).

A audição costuma se antecipar em algumas situações em relação aos outros sentidos. O olho não viu, as mãos não tocaram, o nariz não sentiu, a boca não saboreou, mas o ouvido já ouviu. Assim aconteceu na tentação de Eva. O que foi ouvido pode afetar a alma e mudar o comportamento, para o bem ou para o mal. É assim que recebemos as influências que usam a música como veículo.

No texto de Romanos 10, Paulo estava preocupado com a salvação, e não com resultados materiais alcançados pela fé. A salvação vem por intermédio da fé em Jesus, mas como creriam naquele do qual nada ouviram? E como ouviriam sem que houvesse pregação? E como haveria pregadores se não fossem enviados? Ele estava juntando elementos que nos levam a concluir pela importância do ministério evangelístico e das missões que devem ocupar lugar especial nos projetos e ações das igrejas cristãs.


Provérbios 13
13.1 — O filho sábio ouve a instrução (Pv 10.1,17) e é melhor do que o escarnecedor — o pior tipo de insensato (Sl 1.1). Alguns tolos são ingênuos e inexperientes, mas abertos a sugestões; às vezes até os que já são insensatos há tempos repensam sua posição. O escarnecedor, porém, ri da justiça e não gosta de censuras.

13.2,3 — É destacado aqui o uso apropriado da fala, tornando-se assim um recurso valioso. Entretanto, quando a fala não é usada de forma adequada, pode gerar contendas e dissensões. Às vezes, dizer a palavra errada pode até por uma vida em risco.

13.4 — O preguiçoso é consumido por desejos insaciáveis porque nunca são realizados. A pessoa laboriosa pode conseguir seus objetivos e encontrar a satisfação.

13.5 — A pessoa que aborrece a palavra de mentira não se sente simplesmente mal com isso, mas a evita a todo custo.

13.6 — Nos provérbios, a justiça é retratada como amiga e a impiedade como inimiga (Pv 11.27). A impiedade nos fere, mas a justiça nos ampara.

13.7 — Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma. Este paradoxo de a ganância levar à pobreza e a generosidade conduzir à riqueza é um tema recorrente nas Escrituras (Pv 11.24; Mt6.19-21). A questão não é quanto dinheiro se tem, mas como é usado.

13.8 — Uma pessoa muito rica pode ter de gastar essa riqueza para pagar um resgate. Porém, o pobre tem pouca probabilidade de passar um apuro pelo qual tenha de pagar um resgate. Boa parte dos pobres poderia querer correr este risco, mas há algum valor de proteção pessoal na pobreza.

13.9 — Para o antigo israelita, a candeia era a única fonte de luz a noite. Sem ela, a pessoa não tinha como enxergar o caminho a sua frente (Pv 20.20; 24.20).

13.10 — A palavra soberba (Pv 11.2) não se refere a autoestima ou a uma postura mental positiva, mas a arrogância e a recusa de adorar a Deus. Este tipo de orgulho é egoísta e leva a conflitos.

13.11 — Este provérbio descreve as consequências naturais a longo prazo de trapacear. As pessoas que comprometem sua honestidade para ficarem ricas simplesmente adiam a necessidade inevitável de trabalhar para ganhar o seu pão. Chega o dia em que sua trapaça é exposta, momento em que, provavelmente, os colegas honestos já obtiveram algo digno e duradouro por meio da labuta.

13.12 — A árvore de vida (Pv 11.30) simboliza o alcance de um desejo profundamente sentido. É como retornar ao jardim do Éden.

13.13 — Uma pessoa pode desprezar a instrução ou reagir com reverencia a ela, compreendendo que o Orientador maior é Deus. A correção só existe para o bem de cada um.

13.14 — Seguir a sabedoria é algo que nos conduz direto para a fonte de vida (Pv 10.11). Se pesquisarmos sobre a antiga Judá, descobriremos que em sua terra árida havia uma fonte para saciar a sede das pessoas e dos rebanhos. Era uma necessidade — uma fonte de vida —, assim como a sabedoria é indispensável ao ser humano. A fonte também servia como ilustração da salvação (Is 12.1-3).

13.15 — A graça de Deus e de outras pessoas — a boa reputação — é altamente desejável, porque ela assegura que você não estará só em sua vida. A graça provem do bom entendimento.Uma boa reputação era a primeira qualificação listada pelos apóstolos para os diáconos da igreja do primeiro século (At 6.3).

13.16 — Mais um provérbio em que coloca o prudente e o tolo frente a frente. Neste versículo, destaca-se que o primeiro costuma agir com entendimento, o que é adquirido no estudo da Palavra, e que o segundo vive segundo a sua insensatez.

13.17 — Naquela época, era comum contratarem mensageiros particulares quando os serviços postais do governo não estavam funcionando. Esses homens tinham de ser diligentes e fieis em seu ofício. Só que, durante a viagem, o mensageiro era surpreendido por imprevistos ou envolvia-se com coisas prejudiciais. Assim, ele se desviava de seu propósito principal e não cumpria sua missão com êxito, prejudicando quem o contratou. Por isso, este versículo faz uma retaliação ao
mau mensageiro. É preciso ser um mensageiro fiel, bem-sucedido.

13.18 — Este é mais um provérbio sobre o desprezo a instrução (Pv 13.1). Fala da pobreza como consequência logica daquele comportamento inconsequente.

13.19 — Poucas coisas agradam tanto quanto a realização de um desejo. Entretanto, a insensatez dos tolos é tão profundamente enraizada que, se ele abandonar seu caminho autodestrutivo, sente-se enfermo. O termo usado para esta sensação ruim, “abominação”, é o mesmo usado para falar do sentimento do Senhor diante das atitudes tolas em outras passagens (Pv 11.1).

13.20 — A escolha de amigos (Pv 12.26) é extremamente importante, pois a influência destes sobre nossa vida é muito mais forte do que a maior parte das pessoas percebe.

13.21 — O mal é inimigo do pecador (v. 6), e não amigo; ele é seu perseguidor, e não companheiro.

13.22 — No livro dos Provérbios, riqueza é um tópico com muitos desdobramentos. Dentre as diversas abordagens, vemos que a riqueza pode ser um beneficio da vida reta (Pv 13.11; 10.22), mas isso não é garantido (Pv 28.6); notamos que ela não pode tornar a pessoa boa (Pv 11.4), e, no fim, importa menos do que alcançar graça aos olhos de Deus (Pv 11.28). O homem de bem sabe disso e confia no Senhor para suprir suas necessidades. Em contrapartida, o pecador tenta amealhar e conservar a riqueza, mas no fim fracassa.

13.23 — Este provérbio aborda a injustiça; observa que alguns pobres até têm bens, mas estes lhe foram tomados por falta de juízo [falta de justiça, na NVI].

13.24 — Este é o primeiro de vários provérbios sobre disciplina familiar. Quando os pais disciplinam os filhos com amor, estão copiando o exemplo da correção com amor exercida por Deus (Pv 3.11,12).

13.25 — A satisfação genuína esta ligada a retidão; o fracasso abjeto está ligado a perversidade.

domingo, 15 de setembro de 2019


Toda ferramenta preparada contra Ti!

Toda ferramenta preparada contra Ti......Isaías 54:17

"Toda ferramenta preparada contra Ti não prosperará; toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor e a sua justiça que de mim procede, diz o Senhor".

1) É Deus quem faz...
2) É você quem tem que fazer
3) A promessa é de Deus

Analisando pela hermenêutica, a primeira parte é Deus quem faz...
TODA FERRAMENTA FORJADA CONTRA TI...
  Ferramenta forjada, é aquela que previamente é preparada no fogo, moldada para uma determinada guerra, antecipadamente projetada. Isto, dando uma suposta certeza aos que assim trabalharam nesta ou nestas armas, de que elas seriam infalíveis.

É assim que o maligno trabalha. Ele recruta pessoas mentalmente fracas, de índoles pervertidas, caráter corrompido, e trabalha nestas mentes para se levantar contra tudo o que é objeto de culto a Deus. Certamente que o primeiro alvo são os santos de Deus.

Existem pessoas que se levantam contra pastores, contra o louvor, contra a liturgia, contra tudo, até contra a zeladoria. São pessoas de mentalidade fraca.
Lembre-se de uma coisa: São estas pessoas que precisam ser curadas, e não rejeitadas.

Ele diz que não prosperará. Descanse, pois nisto.
A segunda parte é você quem tem que tomar posição de guerra em oração...TU A CONDENARÁS...venha de onde vier, rejeite toda língua ferina contra você... Mas lembre-se, a nossa luta não é contra a carne e sangue, por isso, perdoe os que te acusam, ou os que te ferem levianamente, mas destrua em oração as palavras MALDITAS contra você.
E em terceiro lugar, as promessa vem de Deus: "Esta é a herança dos SERVOS do Senhor..." Deixe-se abraçar por estas promessas, pois, "esta é a justiça com que Ele te cobre..."

Em Isaías 59 estão escritas as palavras mais impressionantes com respeito a justiça e o juízo. Não existem lugares, aonde se possa encontrar, ver e viver estes atributos, pois é somente pela presença de Deus, que se manifestam, tanto a justiça, juízo e misericórdia.
Está escrito neste capitulo abençoado do profeta Isaías, que, o Senhor procurou por alguém e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor. Está escrito:
“Pelo que seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve”.
E na continuidade da palavra profética, está escrito: “Porque se revestiu de justiça, como de uma couraça...” vers.16,17
Atente para esta palavra, pois,quando você, pela palavra da verdade, é abraçado pelo evangelho da salvação, a couraça da justiça, esta mesma couraça, é colocada sobre a sua vida, (Ef.6.14) para que você aprenda a apagar os dardos inflamados do maligno, aprenda a destruir as setas que voam ao meio dia e a amaldiçoar toda língua ferina, toda arma forjada contra você. É desta maneira que você trará sobre a sua vida...A JUSTIÇA QUE VEM PELA FÉ.

sábado, 14 de setembro de 2019


O que é a marca da besta? Vai ser um chip que seremos obrigados a colocar?


Apocalipse 13:16? Será que essa marca da besta é um chip que será obrigatório de ser implantado em nós e sem ele não poderemos comprar e vender as coisas? Fico muito confusa e com medo de ter essa marca e perder a minha salvação.
Cara leitora, sobre esse assunto da marca da besta e deste famoso chip, é muito importante que analisemos o contexto todo do texto bíblico para que tenhamos uma visão correta do que esse texto realmente quer nos ensinar. Vamos fazer isso agora e realmente saber o que a Bíblia diz sobre essa tal marca da besta?
O que é a marca da besta? Vai ser um chip que seremos obrigados a colocar?

O que é a marca da besta? Seria um chip que será implantado em nós?

(1) O texto que fala a respeito dessa marca que a besta vai exigir que as pessoas tenham é este: “A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome” (Apocalipse 13:17).
O que podemos observar primeiramente é que essa besta exerce grande influência sobre o mundo, pois opera grandes sinais e maravilhas, levando as pessoas a adorarem a trindade satânica: o dragão, a besta que emerge do mar e a besta que emerge da terra (Apocalipse 13:13-15). Ou seja, essa besta passa longe de ser um ser asqueroso ou um monstro como muitos pintam. Será alguém ou um grupo de pessoas que seduzirá o mundo de forma muito atraente, mas, claro, menosprezando claramente os princípios da Palavra de Deus e fazendo com que as pessoas se afastem das verdades de Deus.
(2) Essa tal marca que a besta colocará nas pessoas é uma imitação clara da marca que o próprio Deus coloca em Seus servos. Em Apocalipse 7:1-8 observamos que Deus “sela” os Seus servos. Ou seja, aqueles que são de Deus tem também uma marca, o selo de Deus em suas vidas.
A Bíblia nos esclarece que todos os servos de Deus, ao crerem em Jesus, recebem esse selo, que é a presença viva do Espírito Santo: “em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa” (Efésios 1:13). Ser “selado” não é ter alguma marca física especial, mas uma marca em nosso ser, ou seja, o novo nascimento e uma nova vida que agora anda nos caminhos de Deus, buscando fazer a vontade do Pai.
(3) Muitas pessoas, desde meados dos anos 1970-1980 apontam que essa marca da besta seria um chip, ou até mesmo o código de barras que já foi apontado anos atrás como sendo a marca da besta, devido eles serem amplamente usados nos comércio para compras e vendas. Porém, isso não é algo provável e não se harmoniza com o texto bíblico. Vejamos:

Por que a marca da besta não é um chip?

A marca da besta citada em Apocalipse é simbólica como outras diversas passagens deste mesmo livro. A fronte (cabeça), onde a besta quer colocar a sua marca, indica os nossos pensamentos, intenções, convicções. A mão direita é símbolo das nossas ações, da nossa forma de agir, de onde colocamos as nossas forças.

Sendo assim, é muito mais provável que essa marca da besta, semelhantemente a marca de Deus (o Selo do Espírito Santo), seja colocar na mente e nas ações das pessoas (Apocalipse 13:14) tudo aquilo que desagrada a Deus. Seria muito simplório da nossa parte acharmos que a implantação de um simples chip seja o objetivo dessa besta. Ela quer desviar pessoas, destruir vidas. E isso se faz marcando a vida das pessoas com o desejo pelo pecado, fazendo-as se desviar da verdade e virarem as costas para Deus.
A besta marca as pessoas fazendo-as seguir aquilo que ela deseja. Porventura não é isso que tem ocorrido em nossa sociedade e em várias outras em todos os tempos? Os servos de Deus, que não aceitam essas marcas, ou seja, não aceitam essas seduções, são perseguidos e sofrem retaliações. Quem acompanha as notícias dos campos missionários pode ver claramente como ocorre terríveis perseguições porque pessoas confessam o Cristo e desejam andar nos caminhos Dele.
Em alguns países, sabemos, quem professa ser servo de Jesus, é praticamente expulso da sua família, da sociedade. Esse tipo de retaliação irá atingir um ápice muito grande nos últimos tempos, fazendo com que todos aqueles que não aceitam as ideias impostas pela besta sejam gravemente perseguidos e expulsos da sociedade, sendo considerados como pessoas que não fazem parte do sistema. Ou seja, não tem nada a ver com chip!
(4) Alguns têm vivido desesperados, achando que o governo vai exigir que se coloque um chip e com isso irão perder a sua salvação. Isso não passa de desespero bobo. Aqueles que são selados por Deus não podem ser selados pelo diabo: “Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai” (Apocalipse 14:1). Como já vimos que a marca da besta não tem nada ver com chip ou com códigos de barra, sabemos que a influência do Maligno é para que as pessoas não andem nos caminhos de Deus. Essa é a marca que os não convertidos têm.
Os verdadeiros servos de Deus são conhecidos pela identificação com o Cristo, pela sua forma de viver segundo os padrões de Deus. Os que são do Maligno rejeitam a Deus, rejeitam a Palavra do Senhor e rejeitam Cristo e todos quantos querem viver como Deus deseja.
(5) E para finalizar essa questão, eu costumo brincar com meus alunos sobre toda essa questão de chip, dizendo a eles o seguinte: Se algum dia o governo exigir que se coloque um chip, para me precaver, vou colocar esse chip na mão esquerda, assim, se caso esse chip seja mesmo o chip da besta, então estarei a salvo, pois na Bíblia diz que somente quem colocar na fronte ou na mão direita é que terá a marca! (risos).
Brincadeiras à parte, como servos de Deus temos que entender que Deus é soberano. Que ele é o autor da nossa salvação e que Deus não está nem um pouco preocupado com essas questões, pois nada poderá fugir ao poder Dele, à Sua soberania. Veja como Deus trata essas teorias da conspiração da qual muitos têm medo: “Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas. Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles” (Salmos 2:1-4).
Não fique preocupado com essas coisas. Apenas vivia dia a dia o evangelho e nenhuma marca do maligno estará em sua vida. A promessa de Deus a respeito daqueles que são verdadeiramente Seus servos é de proteção infalível até que cheguemos aos braços do Pai nos céus: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar” (João 10:28-29).