quinta-feira, 14 de julho de 2016


ABIATAR: O SACERDOTE


Quem foi Abiatar? Foi filho do sumo sacerdote Aquimelech, da tribo de Levi e da linhagem de Eli I Sm 14:3; 22:11; 23:6. Seu nome significa “pai de excelência” ou “pai de mais do que o suficiente.” Ele viveu durante os reinados de Saul, David e Salomão e, durante o reinado de David, se tornou sumo sacerdote. Tinha dois filhos, Jonatã e Aimeleque, o mesmo nome do seu pai ; II Sm 15:27, 36; 8:17. Abiatar foi criado em Nobe, “a cidade dos sacerdotes”, a curta distância de Jerusalém. Quando o rei Saul mandou que Doegue, o edomita, matasse seu pai, o sumo sacerdote Aquimelech, e outros 85 sacerdotes, no dia do massacre, não sabemos como, mas Abiatar conseguiu escapar e fugiu para David, que também estava fugindo de Saul. Ao fugir, levou consigo o éfode que continha o Urim e o Tumim. Abiatar actuou ao lado de David por cerca de 40 anos. Mas, nos anos finais de sua vida, ele actuou em contraposição ao plano de Deus. Davi indicou por vontade divina Salomão para ser seu sucessor, mas Abiatar colocou-se do lado de Adonias, o irmão mais velho de Salomão, e com Joabe, o general do exército de David. Após a entronização de Salomão, Abiatar foi isolado para Anatote, onde viveu seus últimos anos destituído do sacerdócio. Teve um triste fim!

"MAS VÓS SOIS A GERAÇÃO ELEITA, O SACERDÓCIO REAL, A NAÇÃO SANTA, O POVO ADQUIRIDO, PARA QUE ANUNCIEIS AS VIRTUDES DAQUELE QUE VOS CHAMOU DAS TREVAS PARA A SUA MARAVILHOSA LUZ." I PEDRO 2:9


MENTIRAS E TRAGÉDIA. QUE MENTIRA DISSE DAVID AO SACERDOTE AQUIMELECH? DAVID MAIS UMA VEZ ENTRA EM CENA PARA COMPOR O CONTEXTO DA VIDA DO SACERDOTE ABIATAR. DAVI QUANDO FUGIA DO REI SAUL FOI TER COM O SACERDOTE AQUIMELECH NA REGIÃO DE NOB, LUGAR ONDE VIVIAM VÁRIOS SACERDOTES DE ISRAEL. VER I SAMUEL 21: 1-3. A MENTIRA DE DAVID ERA QUE SAUL O TINHA ENVIADO PARA JUNTO DE AQUIMELECH PARA UMA MISSÃO ESPECIAL E SECRETA. V. 3. COM ESSA MENTIRA, ELE DEU A ENTENDER QUE SAUL CONFIAVA NELE, POIS, AFINAL, QUEM ENVIARIA UM INIMIGO EM MISSÃO SECRETA? COM FOME, PEDIU CINCO PÃES PARA COMER. ALIÁS, PEDIU MAIS DUAS COISAS, UMA ARMA E QUE AQUIMELECH CONSULTASSE A DEUS POR ELE. I SAM. 22:10 E 15. O QUE ACONTECEU COM AQUIMELECH E COM OS OUTROS SACERDOTES? A MENTIRA DE DAVID CUSTOU A VIDA DE AQUIMELECH E DE TODOS OS DEMAIS 85 SACERDOTES, MENOS ABIATAR, QUE CONSEGUIU FUGIR.VER I SAMUEL 22:18. COMO REAGIU DAVDI À NOTÍCIA DO MASSACRE? ELE RECONHECEU QUE TINHA ERRADO E DISSE: “EU DEI OCASIÃO CONTRA TODAS AS ALMAS DA CASA DO TEU PAI.” I SAMUEL 22:22. AS MENTIRAS DE DAVID TEVE CONSEQUÊNCIAS DESASTROSAS PARA O SACERDÓCIO DO SENHOR. ANTES DE FAZERMOS ESCOLHAS DEVEMOS MEDIR AS CONSEQUÊNCIAS. QUE AS ESCOLHAS SEJAM PARA O BEM E PAUTADAS PELA PALAVRA DE DEUS.


 ABIATAR, O SACERDOTE. Abiatar tornou-se o sumo sacerdote durante o reinado de David. Ele foi fiel ao rei, excepto, bem no final, quando o rei já estava velho. Esse homem participou de alguns eventos peculiares junto com Davi.d Por exemplo, ele levou a arca tirada dos filisteus que estava na casa de um israelita, na segunda tentativa, para o templo. Ele serviu de espião no palácio na revolta de Absalão, quando Davidf ugiu, e deu conselho a Absalão mas que favoreceu a David, e deu mais tempo para que este fugisse para uma distância maior, evitando um confronto desproporcional. Ele enviou mensagens a David, orientando-o quanto à fuga e informando-o quanto aos planos de Absalão. Mas algo bem interessante torna Abiatar singular. Ele sofreu com David, em sua longa fuga. Podemos dizer que Abiatar fugia junto com David desde que essa fuga iniciou. Muito importante é que junto com David havia um sacerdote fiel a Deus. Esse homem deve ter influenciado os demais homens de David que eram em geral fugitivos da lei e pessoas com problemas com a lei. A fidelidade daqueles 600 homens a David deve ter sido influenciada por esse sacerdote, que perdera seu pai e seus amigos mais íntimos. Ele sofreu muito junto com David, tendo que se submeter ao mau tempo, às ameaças de inimigos e de Saul. Em todas as aventuras de David, em tudo o que o futuro rei sofria, lá estava Abiatar, sofrendo junto. Ele era para David a ligação com Deus, era o homem de Deus para o futuro rei, enquanto passava pelos dias maus. As funções de Abiatar eram espirituais e de um bom sacerdote.


 A REVOLTA DE ABSALÃO. Em II Samuel 15-18 narra a triste história de Absalão que se rebelou contra o governo do seu pai. Absalão veio em direcção à Jerusalém para destruí-la, mas David fugiu para evitar um banho de sangue. Que papel desempenhou Abiatar neste episódio? Na fuga, o fiel Abiatar e também Zadoque, sacerdotes, com os levitas resolveram pegar a Arca do Concerto, onde se encontravam os dez mandamentos, para levar junto com David. Essa foi uma decisão prudente. Eles, sendo os sacerdotes, eram os guardiões da lei. Mas David mandou que a levassem de volta. E o raciocínio dele era coerente. Ou seja, era assim: vou fugir, mas, se Deus quer que eu continue como rei, Ele vai me fazer voltar, portanto, deixem a arca no seu lugar, para que voltando, ela já esteja lá. Ver II Samuel 15:29 O rei tomou mais uma decisão sábia: de enviar de volta seus homens mais fiéis, ou seja, Zadoque, Abiatar sacerdotes e Usai. Eles voltaram para o palácio, e lá serviram como agentes de David, para lhe informar o que se passava. Pela sucessão de acertos, já se pode ver que Deus estava com David, não com Absalão, que nem percebeu que homens muito fiéis a David não seriam, de uma hora para outra, também fiéis a ele. Abiatar foi fiel a David, pois viver no palácio sem a presença do rei era colocar sua via em risco, mas ele preferiu aceitar a condição do Rei David.

A ESCOLHA DE ABIATAR. Por força da tradição Adonias devia ser o sucessor de David e não.Surpreendentemente Abiatar não ficou com David. Essa não parecia ser uma revolta de guerra, e sim de substituição do rei, ou, um subtil golpe de estado. Uma substituição sem o rei saber, muito estranha, mas não ouve luta armada e nem era a intenção de Adonias. Parecia ser algo natural e evidente, pois ele agora era o primogénito. Visto do ponto de vista humano, estava tudo correcto. Mas Deus pensava diferente. O próximo rei seria Salomão. Deus olha adiante, conhece o futuro, e com base nesse conhecimento toma decisões. O que fez Adonias para transferir o reino para si? Com as informações que temos em I Reis 1:1 a 10. Adonias estava fazendo uma revolta suave, digamos, uma mudança bem diplomática. Afinal, convidou todos os seus irmãos, convidou todos os homens de Judá que eram servos do rei, convidou também Joabe, o comandante do exército de Davi, que era aparentado do rei, era filho de Zeruia, irmã de Davi II Samuel 2.18. E quem mais convidou? Abiatar, o sumo sacerdote de Davi.Em I Reis 1:5 Adonias diz. “Eu reinarei.” Adonias deu a entender que a posição de Abiatar não era de oposição a David, mas de apoio a algo que seria natural. Mas ele sabia que Deus já tinha determinado Salomão para ser o Rei. Em I Reis 2: 13-25 mostra o fim trágico de Adonias. Abiatar devia ficar do lado de David para eleger Salomão ao trono, pois essa era a vontade de Deus. Quando a tradição toma o lugar da Palavra de Deus, acontece a maior desgraça na vida do ser humano.

 O DESTINO DE ABIATAR. Que decisões Salomão precisou tomar? Uma vez Salomão sendo entronizado, como era o certo, por causa da situação criada, viu-se logo no início de seu reinado, na contingência de tomar decisões muito duras e cruéis. Mas deveria tomar essas decisões, de dar um destino aos que haviam feito e apoiado aquela conspiração. Isso em nome da estabilidade de seu reinado. Acabou tendo que mandar matar Adonias, depois de um perdão que não serviu para nada. Teve que mandar matar Joabe, que embora homem dado a violência, fora fiel a David, e destituiu Abiatar do sacerdócio e mandou viver num lugar distante do reino. Ver I Reis 2: 26 e 27. A vida de Abiatar encerra-nos uma lição importante. Não é suficiente ser fiel a vida toda e no final cometer um erro fatal. Como teria sido linda a história desse homem, se quando convidado a se aliar a Adonias, tivesse permanecido fiel a David, como era o correto. Teria sido honrado por David, e por Salomão, e continuaria, por algum tempo, conforme sua idade, a ser o sumo sacerdote de Salomão, participando em seu reinado.

URIAS: A FÉ DE UM ESTRANGEIRO


Quem foi Urias? Ele era um estrangeiro Hitita que aceitou pertencer ao povo de Israel por influência de família, e mais tarde casou-se com Batseba que era israelita. Ele pertencia ao exército de Davi, que era muito respeitado. Ele era um dos 37 valentes de Davi, e nunca havia perdido uma batalha. Urias impressiona por ser um homem verdadeiro e autêntico. Urias bêbado foi melhor do que Davi sóbrio. Ele não foi manipulado por Davi. Imagine o encontro dos dois na ressurreição do santos!
 “Amarás, pois, o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder.” Deut. 6:5

 O DECLIVE ESCORREGADIO. Quem teve maior culpa; Davi ou Batseba? Os dois. Bateseba por não cuidar com as aparências. Bela e atraente como era, devia tomar banho dentro de casa, e não no pátio. As mulheres cristãs devem cuidar para não servir de tropeço para alguns homens despreparados espiritualmente. Davi errou porque não mantinha uma comunhão íntima com Deus, e cedeu às tentações do poder, e da sensualidade. Davi estava no seu pior momento espiritual. Davi estava crescendo no poder e caindo na fé. Geralmente o caráter de uma pessoa é conhecido quando ela detém algum poder. O pecado de Davi desencadeou muitas desgraças para o reino de Israel: a) Amom provocou um incesto e violação contra sua irmã Tamar. Ver II Sam. 13:14 b) Absalão provocou a morte de Amom. Ver II Sam. 13: 28 e 29 c) Houve a morte de muitas pessoas do reino. Ver II Sam. 15. O pecado sempre traz graves consequências. “...E disse Natã a Davi...Todavia, porquanto, por este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do Senhor blasfemassem, também o filho que te nasceu, certamente morrerá. II Sam. 12:13 e 14. Quais foram os passos do pecado de Davi? a) Davi enviou Joabe para combater contra os Amonitas. II Sam. 11:1. Ele devia ter ido junto também para guerrear a guerra do Senhor. b) Davi enviou mensageiros para levarem Batseba ao palácio real. V. 3 e 4. As intenções do rei foram as piores. Ele estava atordoado pela tentação sexual c) Ele cometeu adultério com Batseba. V.4 . d) Batseba informou Davi sobre sua gravidez. V.5. e) Davi pediu para Urias ir dormir com a mulher. V. 13. f) Davi enviou a ordem de morte pela própria vítima. V. 14 e 15. Em Atos 13:22 lemos: “...Achei Davi, filho de Jessé, varão conforme o Meu coração, que executará toda a Minha vontade.”Como pode? É que Davi se arrependeu. Seu arrependimento está relatado no Salmo 51.

 NINGUÉM É UMA ILHA. Davi como rei, podia tirar a mulher do outro a força, e levar para o palácio; e ainda mandar matar o marido. Por que ele não fez isso? Davi quando estava no seu melhor momento espiritual, defendeu Saul e não ousou tocar no ungido do Senhor. Sua sensibilidade espiritual estava aguçada; agora na guerra contra os Amonitas nem sequer foi com seu exército. "Mente desocupada é oficina de Satanás." O cristão que experimentou a salvação em Jesus, pode até voltar para os mesmos pecados após sua apostasia, mas sempre fica com o senso da presença de Deus na sua vida; foi por isso que Davi encontrou uma maneira covarde de resolver suas vontades carnais. Quando Urias voltou da guerra, Davi chamou Urias e não Joabe. Urias devia ter desconfiado da chamada do rei. Quem devia ser chamado pelo rei era Joabe, o comandante, e não um soldado raso. Com a insistência de Davi para Urias ir dormir com sua esposa, Urias disse: “A arca, e Israel, e Judá ficam em tendas; e Joab meu senhor, e os servos do meu senhor, estão acampados no campo; hei de eu entrar na minha casa, para comer e beber, e para deitar com minha mulher? Pela tua vida e pela vida da tua alma, não farei tal coisa.” II Sam. 11.11.Urias poderia ter dito: Que bom que o rei reconheceu meus esforços e agora vou aproveitar esta oferta, afinal ninguém é uma ilha. Que senso de responsabilidade e do dever tinha este homem! O tiro saiu pela culatra do revólver, e Davi ficou na pior.

UM ESTRANGEIRO EM ISRAEL. Urias é referido na Bíblia como o Hitita. Ele era um estrangeiro que se converteu à religião de Israel. Como casou-se com Batseba, que era israelita, tornou-se nacional, e servia o Deus de Israel. Deus deixou instruções muito claras sobre o casamento com pessoas fora da religião. Em Deut. 7:3 encontramos: “Nem te aparentarás com elas: não darás as tuas filhas aos seus filhos, e não tomarás as suas filhas para os teus filhos.” O apóstolo Paulo em II Cor. 6:14 menciona: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis, porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?" A semelhança de outros personagens da Bíblia, Urias foi alguém que, ao se converter a Deus, o fez com toda alma, mente e coração. Rute e Raabe são outros nomes que figuram como estrangeiras, mas que foram aceitas por Deus como prova do Seu amor e misericórdia para com todos os povos e em todas as épocas. Servimos um Deus que arrebanha todos aqueles que aceitam pela fé o sacrifício do nosso Senhor Jesus. Por que, normalmente, os que se convertem para Jesus na fase adulta, demonstram maior fervor e dedicação a Deus do que um cristão nascido na fé? Independente das nossas origens, mediante a fé que exercemos na palavra, e em Cristo, podemos pertencer a família celestial. Tudo vai depender da ligação que tivermos com Jesus.

QUANTO VALE UM NOME? Para construir um nome leva uma vida, mas para destruí-lo basta um momento. Os nomes eram muito importantes para os israelitas. Estudamos na semana passada sobre Nabal. O significado do seu nome era “Tolo” e tinha mesmo tudo a ver com sua personalidade. Dependendo das circunstâncias da vida da pessoa, os nomes até eram mudados: a) Abrão teve se nome alterado para Abraão b)Jacó para Israel e C)Daniel teve o nome alterado para Beltessasar. O nome de Urias significa. “A minha luz é o Senhor.” Embora ele fosse um Hitita por nascimento, por escolha ele pertencia ao Senhor. Hoje é fácil conhecer o significado e a origem dos nomes. Urias honrou o nome que tinha. Ele foi monogâmico. Ele foi fiel ao seu posto de trabalho. Ele recusou privilégios especais em relação aos seus colegas de trabalho. Sua morte foi honrosa. Urias foi punido por ser correcto. Como é connosco hoje? Quando em situações difíceis, somos fiéis a Deus e às pessoas? Alguns escolhem sacrificar princípios em favor de benefícios pessoais, e não se importam em ver o nome na lama.

 UM HOMEM DE PRINCÍPIOS. A fidelidade não confere riquezas, mas sim paz de espírito. Urias não recebeu honras humanas; pelo contrário, ele perdeu sua esposa e a vida, por ser fiel a Deus. Ele morreu por ser verdadeiro e íntegro. Morreu por recusar a colaborar com o erro. Morreu por não se deixar manipular. Por você ser fiel a Deus, não é garantia de que tudo correrá bem na sua vida. Servir a Deus; não é sinonimo de aplausos dos homens, pelo contrário. “Aqueles que querem viver piedosamente em Cristo Jesus, sofrerão perseguição.” Quais são as qualidades de Urias a serem ressaltadas? 1) ERA FIEL.”Não farei tal coisa” II Sam. 11:11 2) ERA CORAJOSO. Era valente II Sam. 23:39. 3) ERA DE CONFIANÇA. Não abriu o envelope com o conteúdo da sua morte. II Sam. 11:7 e 14. 4) ERA HUMILDE. Dormiu com seus colegas, pois a guerra não tinha terminado. II Sam. 11:9 e 13.
Davi caiu por causa de sua arrogância e independência de Deus. “Foi o espírito de confiança própria e de exaltação do eu que preparou o caminho para a queda de Davi.” Conflito e coragem, 117
“A obra de Deus requer homens de alto poder moral para empenhar-se em sua divulgação. Procuram-se homens cujo coração seja fortalecido com santo fervor, homens de firme propósito que não sejam facilmente abalados, que possam renunciar a todo interesse egoísta e dar tudo pela cruz e a coroa. A causa da verdade presente está precisando de homens leais à retidão e ao dever, cuja integridade moral seja firme, e cuja energia seja compatível à generosidade da providência de Deus. Qualificações como estas são de maior valor do que riqueza incalculável investida na obra e causa de Deus. Energia, integridade moral e forte propósito pelo que é reto são qualidades que não podem ser supridas com qualquer quantia de ouro. Homens que possuem estas qualidades têm influência em toda parte. A vida deles é mais poderosa do que eloquência sublime. Deus requer homens de sensibilidade, homens inteligentes, homens de integridade moral, os quais Ele possa fazer depositários de Sua verdade, e que representem corretamente Seus sagrados princípios na vida diária.” Testemunhos para a Igreja, v.3, p. 23


RISPA: A INFLUÊNCIA DA FIDELIDADE


QUEM FOI RISPA? Era filha de Aiá. Ver II Samuel 3:7. Seu nome significa: “Brasa viva”. Ela era uma das concubinas de Saul. Ela foi abusada pelo comandante Abner, depois da morte de Saul, que foi censurado pelo rei Isbosete. Em II Samuel 3. 7-12 mostra que por causa desta censura, Abner deixou de apoiar Isbosete e passou a apoiar Davi. Mas nós sabemos que por trás desta decisão estavam dois motivos: 1) Abner já tinha percebido a fragilidade de Isbosete para reinar, então usou este motivo para abandonar Isbosete e passar para o lado de Davi. 2) Já fazia parte dos desígnios de Deus que Davi fosse o rei, e assim aconteceu. Rispa teve dois filhos com Saul que foram mortos pelos Gibionitas, por ordem de Davi, que se vingaram de Saul matando seus filhos e mais gente. Rispa ficou cuidando dos corpos dos seus filhos e dos outros mortos por muito tempo. Diante desse quadro, seria normal que ela se julgasse vítima. Mas sua atitude foi nobre e elevada. Ela não reclamou, não se queixou, mas agiu. Construiu uma tenda improvisada com panos pretos e, por muitas semanas, cuidou dos sete corpos em decomposição para que as aves de rapina e animais selvagens não os devorassem, até Davi ordenar que eles fossem sepultados com dignidade. Alguns comentadores mencionam que ela tenha ficado lá à cuidar dos corpos entre 2 a 6 meses.
VERSO ÁUREO: “Ele te cobrirá com as Suas penas, e debaixo das suas asas estarás seguro: a Sua verdade é escudo e broquel.” Salmo 91:4

 O que era uma concubina? Não era uma prostituta como alguns podem pensar. Era uma mulher, escolhida de entre as servas ou empregadas de uma família, para habitar o palácio e poder gerar filhos. Se tivesse a sorte de gerar filhos do sexo masculino, as concubinas recebiam o direito de esposas legítimas. A nossa sociedade não aceita o concubinato de forma legal. Hoje algumas legislações já começam a dar direitos iguais para as mulheres que vivem com homens por um tempo mais alargados e que tem filhos. As leis dos países ocidentais não permitem um homem ter mais que uma mulher. Mas nos tempos patriarcais isso era comum. Em Gén. 25:5 e 6 menciona o caso de Abraão que tinha concubinas. Em Juízes 8: 30 e 31 mostra Gideão que teve concubinas. Em II Samuel 5:13-16 menciona Davi tendo concubinas. Com a morte do rei Saul, Rispa ficou sem segurança e precisou viver de favores, e demonstrou ser uma grande mulher. Deus nunca foi a favor de uma homem ter mais que uma mulher, e de uma mulher ter mais que um homem. O próprio Deus disse: “Qualquer que atentar para uma mulher, para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Mateus 5.28

 O nome de Rispa não aparece como sendo principal. Primeiro aparece Davi que já é conhecido nos dramas anteriores e não necessita de mais apresentação. Depois aparece Abner que era um brilhante defensor da continuidade do reino de Saul com Isbosete, embora soubesse que Deus havia prometido o reino de todo o Israel a Davi. Certo dia, o rei Isbosete acusou Abner de ter adulterado com Rispa, a concubina de Saul, seu pai. Não sabemos se isso ocorreu ou não, porque o texto bíblico não esclarece. O facto de alguém manter relações com a mulher ou as concubinas de um rei indicava sua intenção de usurpar o trono. Logo a seguir aparece Isbosete que era fraco na administração e liderança e não tinha como sobreviver se fosse abandonado por Abner. Ele foi assassinado por dois de seus servos, e todo o Israel passou a seguir Davi. A breve dinastia de Saul terminou com a morte de seu filho Isbosete. Finalmente aparece Rispa com os papéis secundários e passivos. Ela não aparece como uma mulher activa, com uma participação romântica e explícita com Abner. O autor bíblico simplesmente menciona seu nome no drama entre os dois homens Isbosete e Abner. Ao acusar Abner de adultério com Rispa, Isbosete nem sequer mencionou o nome dela. Disse apenas: “Por que possuíste a concubina de meu pai? 2Sm 3:7 E Abner, insensível e indignado, respondeu: “Você está me acusando pela maldade de uma mulher” 2Sm 3:8. Embora fosse tão desconsiderada pelos homens, a simples menção dela mudou a história de Israel. Mas a simples menção do episódio provoca uma mudança de rumo na história de Israel. Isbosete foi assassinado por seus servos, e Abner foi friamente assassinado por Joabe. Então, novamente aparece a figura de Rispa dando protecção aos corpos de seus dois filhos e mais cinco netos de Saul, mortos pelos Gibeonitas como acerto de contas. Após esse ato de dedicação, amor e fidelidade, Davi enterrou com dignidade os sete corpos e mais os corpos de Saul e Jônatas. Esse ato de Davi trouxe finalmente tranquilidade e aceitação aos descendentes de Saul. Rispa aparece como pacificadora e não revoltada. Grande lição para todos os cristãos de hoje. Em situação de desespero, devemos confiar nas promessas de Deus de que dias melhores virão.

 OLHO POR OLHO, OU UMA SOLUÇÃO CONVENIENTE? Os Gibeonitas usaram de astúcia. Eram um povo pagão, e sabiam usar dos meios pagãos para conseguir as coisas, ou seja, mentindo e enganando. Assim tornaram-se rachadores de lenha e carregadores de água. E Saul achou-se com o direito de, depois do acordo entre esses dois povos, fazer justiça, eliminando-os dentre o povo de DEUS. Tal coisa já não era justiça, havia um acordo entre os dois povos, e deveria ser respeitado, principalmente pelo rei, o maior dentre o povo de Deus. Se nem o rei respeita os acordos, então a nação vai em direcção a desordem e caos. Então Deus enviou uma grande seca que durou 3 anos. Josué deveria ter destruído os Gibeonitas, mas não o fez. Saul tentou fazer, mas não conseguiu. Davi, em vez de buscar o conselho de Deus para resolver os problemas do seu reino, buscou o favor de um povo inimigo. Nunca foi da vontade de Deus que houvesse tanto sangue. Essas mortes nunca foi da vontade de Deus que acontecesse. Se Davi tivesse buscado ao Senhor nestas circunstancias, o rumo da história teria sido outro. A associação como os incrédulos sempre traz consequências desastrosas para os filhos de Deus. Há momentos na vida do cristão que ele tem que romper com tudo aquilo que o pode levar para a bancarrota espiritual. Em II Cor. 6:14 lemos: “ não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis, porque que sociedade tem a justiça com a injustiça?...”

 Onde Rispa mostrou ser fiel? Davi concordou com o pedido dos Gibeonitas, e sete descendentes de Saul, incluindo dois filhos de Rispa, foram mortos, foi aqui que Rispa entra em cena outra vez.

 O que fez Rispa quando os seus filhos foram mortos? Apenas podemos imaginar a dor e o sofrimento de Rispa ao ver os sete corpos no chão. Ela ergueu uma espécie de tenda com panos para proteger os corpos. Rispa se destaca, como sendo fiel, no meio de homens cruéis e sem juízo incluindo Davi. Rispa é um símbolo de mulheres que sofrem caladas por verem tanta crueldade de homens que exploram a mulher em todos os aspectos. Nada encontramos a respeito de Rispa ter ficado desanimada diante de tantas provações ou de ter condenado Davi de ter entregue seus filhos nas mãos dos Gibeonitas. Como uma ovelha muda ela ficou calada. Rispa foi uma reconciliadora. Reflectiu a imagem de Jesus, que foi o maior reconciliador, e nós somos chamados para isso também. “Foi missão de Jesus reconciliar os homens com Deus, e assim, uns com os outros” Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 47.

 De que maneira Davi foi afectado pela humildade de Rispa? Muitos dos vizinhos de Israel consideravam ser fundamental um sepultamento decente para que os falecidos pudessem ser lembrados nos anos posteriores. Alguns exageravam com os túmulos, como era o caso dos faraós com suas grandes pirâmides. 

E Davi, filho de Deus,não permitiria um sepultamento digno? Ele permitiu porque houve uma insistência de Rispa em desejar um sepultamento digno para seus filhos. Ela não gritou, não praguejou, mas soube aguardar a boa resposta Rei. Ver II Samuel 21:11-14. O escritor bíblico fez questão de identificar essa mulher pelo nome de seu pai e de ser concubina de Saul. No entanto, sem usar poder nem de articulação política, somente cumprindo o seu dever, Rispa influenciou para a reconciliação de toda uma nação. Ela fez a sua parte, e o resultado foi positivo e gigantesco. Cada um de nós precisa fazer a sua parte para promover o bem estar a a alegria daqueles que vivem do nosso lado.


JOABE: O DÉBIL HOMEM FORTE DE DAVI


Quem foi Joabe? Ele era sobrinho de Davi; filho de Zeruia, irmã do rei. Absaí e Asael eram seus irmãos. Seu nome significa. “Jeová é pai” Ele foi o comandante do exército de Davi mesmo quando este ainda não era rei. Ele tomou parte direta na morte de Urias, a pedido de Davi. Este homem também matou Absalão. Joabe misturava o lado bom e o lado mal que tem o ser humano; no entanto, ele não buscava a graça de Deus para dominar as suas paixões humanas. Joabe era um grande estrategista de guerra. Quando Davi desafiou o seu exército para invadir Jerusalém, ele prometeu o cargo de comandante para aquele dos seus homens que expulsasse os habitantes de Jerusalém (Jebuseus). O vencedor foi Joabe. Ver I Crônicas 11:6

 Como entender este ponto? Aqui encontramos dois exércitos: De um lado estavam Davi e Joabe, e do outro lado estavam Abner e Isbosete. Acontece que com a morte de Saul, Abner que era o comandante de Saul, não aceitaria Davi como rei; pois ele sempre perseguiu Davi, então rapidamente Abner colocou Isboset, que era o 4º filho de Saul para ser o rei em Israel. Passado algum tempo, Abner percebeu que, com Isboset no governo; as coisas não iam bem, então ele procurou fazer alianças com Davi e se ofereceu para unir o reino. Ver II Samuel 3:1-22. Abner, em defesa própria, matou Asael, o irmão mais novo de Joabe, e isto Joabe nunca esqueceu. Ver esta história em II Samuel 2: 17-23. Joabe, por questão familiar(vingança) correu atrás de Abner e o matou na quinta costela também. Ver II Samuel 3:27. Mas as coisas não pararam por ai: “Joabe, pois, e Absaí seu irmão, mataram a Abner por ter morto a Asael, seu irmão, na peleja em Gibeon.” II Samuel 3: 30. A vingança e o juízo pertencem somente a Deus. Quando o homem tenta desempenhar as funções que são pertinentes apenas à Deus, a vida lhe corre mal.

 Qual é o preço do pecado? É muito alto, pois um pecado tem a tendência de levar a outro pecado. Podemos dizer que Davi teve uma vida muito infeliz por causa dos seus vários pecados. Tamar foi violentada por amom, Absalão matou Amon, Absalão morreu em guerra, Adonias foi morto por salomão, o primeiro filho que teve com Bate-seba morreu ainda bebé. Abiatar o traiu no final do seu reinado. Etc... Quanta desgraça na sua vida! Davi ficou muito triste com a morte de Abner e repreendeu severamente a atitude de Joabe. Ver II Samuel 3.28-35. Quando Davi presenciou isto em seu reino, ele ficou sem ação também, pois lembrou de seus erros que foram semelhantes. Quando Absalão realizou a conspiração para tomar o reino de Davi, Absalão ficou suspenso numa árvore, pois tinha os cabelos grandes e volumosos então Joabe matou-o. Ver II Samuel 18:14. As consequências dos nossos pecados podem demorar para aparecer, mas serão, em algum dia, serão reveladas. Imagine a dor de Davi em saber que seu comandante de confiança tinha matado o seupróprio filho!  O reino de Davi é uma mescla de honra e vergonha por tantas coisas ruins que aconteceram.

 O que fez Joabe? Na lição de hoje Absalão ainda está vivo e o objetivo é mostrar o caráter de Joabe. Em II Samuel 14 menciona a estratégia que Joabe montou para aproximar Absalão e Davi, pois com isso ele tiraria vantagens políticas. Por um lado Davi já estava no fim do seu reinado, e Absalão era um natural sucessor ao trono; e Joabe ficaria bem com os dois. Joabe contratou um mulher sábia da região de Técoa para ir ter com o rei a fim de aproximar pai e filho. E conseguiu! Foi às custas e astúcia, mas conseguiu. Joabe fez o correto, que deveria ser feito, quanto à reconciliação entre Davi e seu filho Absalão, mas, atente, ele o fez com o motivo errado. Ele queria levar vantagem, queria criar condições para, quem sabe, no futuro ser o comandante das tropas de Absalão. Sendo assim, é óbvio que ele não se aconselhou com Deus. Quando se faz algo por interesse próprio, nunca uma pessoa pede conselho a Deus. E aqui podemos aprender algo importante para nós. Fazer o que Deus deseja que façamos, mas com método errado, ou motivo errado, na verdade só dá problemas.
 Davi ficou muito zangado com Joabe porque ele havia desatendido às suas ordens e matou Absalão. 

O que fez Davi? Davi tomou duas medidas misturando administração e política: a) Tirou Joabe do comando das forças militares. Essa era uma decisão administrativa, motivada pela desobediência explícita de Joabe por ter matado Absalão contrariando as ordens expressas de Davi. b) Em lugar de Joabe, colocou Amasa, que era primo de Joabe para ser o comandante das forças militares. Essa era uma decisão política. Como Amasa tinha sido o comandante das forças militares de Absalão, Davi o favoreceu com o posto mais elevado do exército para agradá-lo e trazê-lo para junto de si. Mas Amasa durou pouco. Joabe, com seu irmão Abisaí, o encontrou, e Joabe o matou fria e traiçoeiramente. Ver II Samuel 20:8-10. Joabe atraiçoou Amassa, pois eram primos e tinham boa amizade.

 Que motivo levou Joabe matar Amassa? Porque ele foi posto de lado por Davi e já não era o número um. Joabe pensava mais nos resultados imediatos e lucros que seus esforços podiam dar, do que nas próprias pessoas. Hoje a lado material fala mais alto para a maioria das pessoas. Que pena!

Qual foi este golpe? Ele apoiou Adonias, o último filho mais velho do restante dos filhos de Davi. Ele pensava que Davi, por ser idoso já podia ser enganado facilmente. Mas Deus mantinha o profeta Natã e Batseba para orientarem Davi. o rei frustrou as intenções de Joabe e Adonias; e anuncia Salomão como Rei. Joabe Ainda continuou no reinado de Salomão, mas realizou uma outra tentativa de golpe, então Salomão perseguiu Joabe. Ele se refugiou no altar do sacerdócio, mas foi denunciado e morto. Ver II Reis 2: 28-35. Joabe é simbolo daquelas pessoas que brincam com Deus. Na vida de Joabe não se percebeu os brilhos da devoção pessoal à Deus. Em Gálatas 6: 7 lemos: “Não erreis; Deus não se deixa escarnecer, porque tudo o que o homem semear, isso, também ceifará.” Antes do julgamento final , há sempre misericórdia. Davi e Salomão demonstraram misericórdia para este homem, mas Joabe nunca se arrependeu verdadeiramente. Se Joabe fosse ter com Deus arrependido, ele seria perdoado. Ele teve a oportunidade de viver e de ser salvo, mas escolheu a morte.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

4 dicas jurídicas preciosas para líderes eclesiásticos


Os tópicos a seguir abordam temas de legislação em relação às instituições religiosas.

I – BARULHO NO TEMPLO (LIMITE DO RUÍDO)

Inúmeras ações são ajuizadas contra instituições religiosas, sob a alegação de excesso de barulho, com perturbação do sossego público. Muitas dessas ações resultam em interdição dos templos, inquéritos policiais, ‘pesadas multas’ e, ainda, indenizações aos vizinhos.
Assim, deve-se saber qual o limite de ruído (som/volume) permitido. Isso porque, a fiscalização pode constatar eventual excesso de ruído por meio de aparelhos específicos, como o “Medidor de Nível de Pressão Sonora (MNPS)”, também chamado de decibelímetro.
Na cidade de São Paulo, para o período compreendido entre as 07h e 22h, o limite de ruído é de 80 dB (decibéis) (Lei Municipal de São Paulo, nº 2651/2007, artigo 64, parágrafo único, inciso II). Cada cidade possui sua respectiva legislação, como um limite previsto.
No entanto, a NBR 10.151 (Associação Brasileira de Normas Técnicas) fixa o limite de 55dB (entre 07h e 22h). Como se vê, é abaixo daquele limite determinado pela legislação da Cidade de São Paulo (80dB).
Em tais casos, quando o limite da legislação municipal é maior, recomenda-se que as instituições aleguem, como defesa, que a Resolução nº 1/90, item V, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, determina que cabe ao Município legislar sobre as condições de sossego e bem-estar público, no que tange à emissão de níveis sonoros.
Assim, não estaria o templo religioso limitado à NBR 10.151 e, sim, ao limite imposto pelo município.
Cumpre alertar que, o ruído excessivo é tratado na “Lei de Contravenções Penais”, no “Código de Trânsito Brasileiro” e em normas municipais, como o “Programa de Silêncio Urbano – PSIU, em São Paulo/SP”. Além disso, o excesso de ruído pode se enquadrar na “Lei de crimes Ambientais”, gerando autos de infração de grande monta.

II – REDES SOCIAIS E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS

A rede social tem sido uma ferramenta importante para a divulgação das mensagens religiosas. Contudo, recomenda-se cautela quanto ao teor do que se compartilha.
O Código Civil, em seu artigo 927, estabelece que aquele que causar dano a outrem, por ato ilícito, deve repara o dano, ou seja, indenizar a vítima.
O que vem a ser dano? Dano é uma expressão extremamente vaga. Sendo dano material, basta comprovar o fato. Por outro lado, o dano moral é subjetivo, exigindo a interpretação do judiciário. Em muitos casos, pessoas hipersensíveis utilizam-se de ação judicial, requerendo indenização, por meros aborrecimentos, não conseguindo alcançar êxito.
De qualquer forma, recomenda-se que se evite ofender a honra e a imagem das pessoas. Além disso, até mesmo compartilhar informações ou notícias pode comprometer o internauta.
Vale lembra que calúnia, injúria e difamação constituem crime, previsto no código penal.

III – IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DAS INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS

A Constituição Federal proíbe que o Poder Público institua impostos sobre templos de qualquer culto (artigo 150, VI, a e b). Havendo cobrança, pode a instituição apresentar defesa.
São exemplos de cobranças tributárias que, frequentemente, são julgadas ilegais: a) renda proveniente de aluguéis de propriedade das entidades, sendo o valor destinado às finalidades sociais; b) cobrança de IPTU sobre os imóveis das entidades que são imunes por lei; c) cobrança de ICMS sobre mercadorias destinadas ao trabalho assistencial, religioso ou filantrópico; e d) cobrança de impostos aduaneiros sobre equipamentos destinados à finalidade social das entidades.
Para tanto, a instituição deve estar regularizada, inclusive, quanto a todos os seus documentos contábeis.

IV – RELIGIÃO E PODER JUDICIÁRIO

O conselho dos mais experientes é que, se possível, prefira a via amigável para resolver conflitos. Evite utilizar-se do Judiciário por caprichos e mesquinharias. Tenha certeza de que os juízes têm milhões de casos gravíssimos e urgentes para resolver.
Enfatize-que, não se está falando de obrigações contratuais ou trabalhistas entre religiosos. Tais relações fogem do assunto religioso. O que não se recomenda é levar ao Judiciário problemas oriundos da convivência entre fiéis. Fique bem claro!
Aliás, a ordem bíblia parece ser bastante contrária a acionar o Judiciário por questões entre religiosos. Transcreve-se abaixo o trecho da Primeira Carta do Apóstolo São Paulo aos Coríntios (capítulo 6):
(…) “Quando algum de vocês tem uma queixa contra um irmão na fé, como se atreve a pedir justiça a juízes pagãos, em vez de pedir ao povo de Deus que resolva o caso? Será que vocês não sabem que o povo de Deus julgará o mundo? Então, se vocês vão julgar o mundo, será que não são capazes de julgar essas coisas pequenas?”.

Cristo, o exemplo do nosso ministério



Pessoas que almejam o episcopado buscam incansavelmente estudar para levar um bom alimento para o seu público-alvo.
Com isto estudamos vidas de pregadores piedosos que fizeram muitas coisas para o cristianismo na terra, como: Agostinho de Hipona, Martinho Lutero, João Calvino, John Wesley, George Whitefield, Jonathan Edwards, Charles Finney, Charles Haddon Spurgeon, dentre outros.
Mas com isto perdemos um pouco o foco e esquecemo-nos do principal, esquecemo-nos do maior dos ministérios na terra, que foi o ministério de Cristo. O ministério que fez que todos estes que foram citados acima, tivessem vidas piedosas e ministérios relevantes para o reino de Deus.
Nós que almejamos o episcopado, devemos focalizar a vida de Cristo como exemplo para nosso ministério. Não posso isentar a vida destes homens como referência para nossa vida, porém o ministério de nosso Senhor Jesus Cristo é mui mais relevante do que qualquer ministério que passou na terra.
A coisa mais importante em um ministério não é ele ficar marcado apenas na terra, mas, produzir outros ministérios mais efetivos do que o primeiro. O próprio Cristo relatou aos seus discípulos: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.” (João 14.12 ARC).
O ministério ele deve ser ponte para outros ministérios, devemos ser líderes que fazemos outros líderes, pois, um bom líder faz líderes maiores do que ele*!
Para ser base para próximos ministérios, vejo que há três passos a serem feitos, que consegui extrair do esplêndido ministério de Cristo.

Preparar-se

Jesus nos teus 12 anos, crescia em estatura e se fortalecia em espírito. No período pascoal como era de costume sua família vai para Jerusalém. Em meio de homens doutos, homens polidos, Jesus se destaca, pois Ele começa a interrogar os doutores e os mesmos admiravam-se com sua inteligência e respostas. (Lucas 2.46-47)
Assim é notório de que Cristo, em sua infância, não passou uma infância apenas como uma criança comum, mas Ele se preparou como todo bom judeu exauriu toda Torá. Após sua preparação no período da sua infância, Jesus vai para o deserto para ser tentado, para assim iniciar seu ministério. Com toda uma preparação pré-ministerial, vemos que Cristo não iria agir de maneira precipitada, pois se preparou por volta de 30 anos para viver um ministério de três anos e meio.
Após a preparação inicia-se o ministério de Cristo.

Escolher/Ensinar

Jesus escolheu pessoas para segui-lo, pessoas nas quais, ele viu qualidades, pessoas nas quais Ele viu que seria útil em sua obra, desde ali começou a dar exemplo como líder, mostrando como deveria se importar mediante as situações, mostrando o que era mais correto a ser feito, liderando futuros líderes. Ele começou a prepara-los.
Nós como líderes devemos ser como Jesus, olharmos as pessoas que tem potencial e guiarmos elas para voos mais altos. Exemplo uma ave, ela tem potencial para voo, nós sabemos como ensina-las, porém cabe a nós direciona-las ao voo ou cortar suas asas, nós como bons líderes, devemos almejar em fazer líderes maiores do que nós, portanto devemos conduzi-los a voos maiores.

Delegar funções

Após ver o potencial, e ensina-las a voar, agora é o momento de deixa-las voar, para ver se aprenderam com os ensinamentos. Em Lucas 9:1-6 vimos Jesus delegando funções aos discípulos deixando-os livres para anunciar o evangelho. Não mostra que Jesus foi com eles. Tanto que no verso 10, mostra que os apóstolos retornaram, e contaram tudo o que aconteceu.
E nós? Em nossa caminhada, iremos ver pessoas com potencial e não delegaremos nada a elas, porque dizemos que não é o tempo ainda, tem que se preparar mais. Porém temos que analisar ver quem tem este potencial e ensinar, como disse nos capítulos anteriores, e delegar funções para que eles aprendam.
Nós só vamos descobrir se alguém aprendeu se a pessoa for provada naquilo. E foi isso que Cristo fez, delegou funções, e não desistiu de ensinar a eles. Assim tem que ser com nós. Ninguém foi maior que Cristo, porém os apóstolos fizeram obras maiores do que a Dele, cumprindo aquilo que Ele falou!
Jesus não teve um receio, deixou que eles sentissem como seria a vida ministerial deles por um momento, assim, delegou, deu as instruções e deixou caminhar. Nós só descobriremos se alguém aprendeu se a pessoa for provada naquilo. Foi assim que Cristo fez, delegou funções, não desistiu de ensinar a eles. Assim que devemos ser. Ninguém foi maior que Cristo, porém os apóstolos fizeram obras maiores do que a Dele, cumprindo aquilo que Ele falou!
Nós como líderes ou futuros líderes, não devemos pensar em termos um ministério de sucesso, onde nosso nome fique marcado na história, onde seremos reconhecidos pelos homens, mas, devemos ter um ministério relevante, um ministério que impulsione outros ministérios, um ministério base para outros. Pois um bom líder faz líderes maiores do que ele!
* Lembrando que não há líderes maiores do que Cristo. Mas a efetividade com a pregação e conversão no ministério dos apóstolos foi bem maior que o ministério de Cristo. Pois Cristo os preparou para levar o evangelho.

O peso do cetro

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E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. Gênesis 1:28
Observamos que logo depois de ter criado toda a criação, o Senhor Deus, criou o homem. Nos registros anteriores, percebemos que este ganha certa importância na criação, pois deverá gerenciá-la, estando logo abaixo do Criador na cadeia de comando.
Grande poder de fato foi dado ao homem, mas como todo grande poder, isso requer dele enorme responsabilidade no cumprimento de seus papéis. No ambiente do lar isso não muda, o homem continua exercendo papel de subgerente da criação, mas agora não só este oficio está sobre seus ombros, mas também deverá, como sacerdote, apresentar em seu lar honrado diante do Altíssimo.
Ser o príncipe do lar, é de fato uma posição de honra e destaque, mas o verdadeiro homem, não usa isso como justificativa para fazer com que ele seja o centro do lar, tendo de ser servido por todos (esposa e filhos), muito pelo contrário, agora muito mais do que os que estão sob seus cuidados ele deve trabalhar exaustivamente para que tudo ocorra segundo os princípios estabelecidos pelo Reluzente.
Nossa sociedade tem o vicioso costume de distorcer princípios, o que não é nenhuma surpresa, pois sabemos que isso é efeito da ação do pecado no homem. Umas destas distorções acontece quando se olha para o conceito de família e até do homem (espécie) que o mundo têm. Para uma ala crescente da sociedade, homem e mulher devem ser iguais, sem que um exerça liderança ou domínio sobre o outro. Para esse grupo, os papéis do primeiro podem, sem qualquer problema, ser executado pelo segundo.
Outra distorção é quanto a formação da família. A noção homem + mulher = família, vem sendo brutalmente atacada, sendo disseminado o diabólico conceito de que família na verdade é um indivíduo que ama outro indivíduo, estando esta junção livre de requisitos de gênero em sua formação.
Ainda uma outra afronta há que se confronte com o padrão bíblico, a cultura dos “homeninos”. Homens que não são construídos sobre princípios de responsabilidade, equilíbrio, integridade, esforço, cada vez mais ocupam espaço na sociedade. Homens que não exercer suas funções com qualidade, mas preferem se acovardar das responsabilidades do trabalho, da gerência de uma lar, e querem apenas obter dinheiro para gastar em festas, onde se relacionam despretensiosamente com quantas “mulheres” puder.
Além disso, gastam toda a vida em programas que não traz nenhum aprimoramento a sua masculinidade e valores que estão atrelados a mesma, perdem tempo com videogames, futebol, não que essas atividades em si sejam ruins, mas tais homens as praticam como fuga da realidade carregada de obrigações, até porque não estão qualificados para tal.
O cetro foi concedido ao homem para que o mesmo pudesse administrar toda a criação em harmonia para uma adoração ao Soberano, através do bom funcionamento da mesma, exatamente como o próprio Criador o fez. De forma alguma isso deve fomentar algum tipo de vaidade ou orgulho, pois o não somos soberanos como é apenas o Reluzente, devemos com humildade exercer nosso papel na criação.
Ensinar nossas esposas a lei de Deus, e exortá-las com todo amor e carinho, para que ela tema e trema diante do Rei, e assim o obedeça. Educar nossos filhos nos caminhos do Mestre, usando de empenho e reverência, para que os mesmo aprendam que a lei do Senhor é boa, e possam caminhar conforme ela.
O totalitarismo exercido no lar, em hipótese alguma se adéqua ao pensamento do criador para a família. O cetro é uma ferramenta, não apenas um símbolo.  Um homem segundo o coração de Deus, deve se sacrificar pelo bom andamento do seu lar. Ainda que custe gotas de sangue, ou mesmo sua vida, ele foi nomeado pelo Reluzente para edificar seu lar sob o que fala as escrituras, e por elas, deve instruir cada membro de sua casa e amar o Senhor Deus de todo coração, de toda alma, com todas as forças.
Não há regalias no oficio de rei do lar operado pelo homem. Com isso, também não é queremos dizer que somente há sofrimento e árduo trabalho atrelado ao papel do homem, no entanto o prazer do homem deve ser a edificação do seu lar, segundo o princípio bíblico. O cetro é pesado, mas o homem bíblico deve sentir alegria ao carregá-lo, pois para isso ele fora incumbido, para promover a harmonia de sua casa em adoração ao Criador.

Nova lei Argentina abre portas para perseguição de evangélicos

Nova lei Argentina abre portas para perseguição de evangélicos tocha-olímpica-sobre-o-protetor-3813943.jpg

Apesar de a Argentina ter a liberdade religiosa garantida pelo artigo 14 de sua Constituição, o estado de Córdoba criou uma lei provincial, que pretende prevenir qualquer situação de “manipulação psicológica”. Essa lei gerou uma grande controvérsia, abrindo portas para a perseguição da igreja cristã no país.
Segundo a missão Portas Abertas, essa lei tem sido aplicada de forma abusiva contra as organizações religiosas. Segundo o artigo 3, a manipulação psicológica pode ocorrer “em grupos que utilizam técnicas que exijam grande devoção ou dedicação a uma pessoa, ideia ou objeto, onde se usa de proselitismo, doutrina dinâmica ou técnicas persuasivas para promover a destruição de personalidade”.
Pouco tempo depois de ser promulgada, o pastor batista Marcelo Nieva foi acusado por políticos e pela polícia de dirigir uma “seita controversa.” Ele conta que “por causa disso, as acusações e o ódio contra a igreja têm aumentado significativamente, principalmente depois que a imprensa noticiou isso. Pessoas quebraram as janelas da igreja e saquearam as propriedades dos irmãos”, desabafa.
O pastor está pedindo orações pela nação. “Em meus 37 anos de ministério, nunca imaginei que a igreja na Argentina poderia ser atacada. Nosso país sempre se orgulhou de ser uma nação tolerante”, afirmou.
Cerca de 18 meses atrás, ele e um amigo foram alvejados enquanto estavam fazendo uma viagem. Em abril deste ano, Nieva foi atacado enquanto ia à igreja com a esposa, que está grávida do segundo filho do casal. Dias depois, o abrigo de mulheres mantido pela igreja para mulheres vulneráveis, incluindo ex-dependentes químicas e prostitutas, foi apedrejado.
Dois membros da força militar nacional têm montado guarda 24 horas por dia em frente ao templo da igreja dele. Para o pastor, a polícia local só agiu em seu favor por que os policiais vindos da capital estão lá. Ele disse que sua igreja vem sofrendo quatro anos de perseguição religiosa das autoridades locais. 

Igreja liberta 4500 escravos cristãos das mãos do Talibã

Igreja liberta 4500 escravos cristãos das mãos do Talibã tocha-olímpica-sobre-o-protetor-3813943.jpg

Uma igreja de 400 membros, localizada no sul da Califórnia iniciou um projeto de evangelização no Paquistão que deu frutos muito além do imaginável. Através de uma parceria com um pastor paquistanês, fundaram uma escola cristã e atualmente cuidam de cerca de 2 mil alunos.
Além disso, conseguiram libertar mais de 4500 escravos cristãos, que estavam sob o domínio do grupo islâmico Talibã. Nesse processo, dois líderes muçulmanos se converteram a Cristo e agora há centenas de novos crentes na região.
O nome da igreja não foi revelado por questões de segurança. Seus líderes, os pastores J. P. e Mark trabalharem junto com o pastor Tariq, que é do Paquistão, para tirarem da condição análoga à escravidão milhares de pessoas que trabalhavam nas fábricas de tijolos, base da economia naquela região.
Por causa do câmbio favorável, o dinheiro doado pela congregação foi suficiente para fazer muitas coisas num país devastado pela guerra.  J.P, 73 anos, foi pessoalmente ao Paquistão com outros pastores em viagens missionárias. Eles viram de perto o sofrimento dos cristãos, que são duramente perseguidos por serem minoria. Num dos cultos públicos, viram um dos comandantes do Talibã se render a Jesus Cristo, um forte testemunho para a população local.

Ameaças e arrependimento

Este líder talibã era muito temido e fazia constantes ameaças aos pastores. Durante a tratativa para que liberasse seus escravos, ele exigiu o pagamento do equivalente a mil dólares por família.
O americano J. P., que conduzia a negociação, afirmou não ter todo o dinheiro pedido consigo, pois estava no banco. Nisso, um dos soldados talibãs encostou sua metralhadora AK-47 na garganta do pastor. A situação ficou tensa.
Contudo, J. P. não se intimidou e confrontou o líder talibã. Disse a ele: “Um dia eu vou estar perante Deus e terei de prestar contas de como conduzi minha vida. Você também vai estar diante de Deus algum dia, e precisará dizer como você viveu sua vida”.
Tendo dito isso, J.P. pediu a redução do preço pela libertação dos escravos cristãos e que voltassem ao que fora combinado anteriormente. Foi então que ouviram um pedido surpreendente: “Você pode orar por mim? Meus rins estão falhando”.
O pastor americano concordou, impôs as mãos sobre as costas do homem e orou para que Deus o curasse. No dia seguinte, mais de 4 mil escravos cristãos foram libertos das mãos do Talibã. J. P. afirma: “Esse foi o dia mais feliz da minha vida. Fui para a cama e disse: Deus nada pode ser melhor que isso”.
Porém, no domingo onze clérigos muçulmanos entraram na igreja durante o culto. Estavam acompanhados de centenas de seus seguidores. Quando J. P. fez o apelo, centenas daqueles muçulmanos aceitaram a Cristo, incluindo um clérigo xiita.
O homem imediatamente começou a pregar para todos que Jesus era o Messias! Dias depois, ele contou que teve a visão de um homem vestido de branco, que se apresentava como “o grande médico”.
Era Jesus, que o visitava e realizou uma cirurgia em seu coração doente. No dia seguinte, aquele líder muçulmano procurou seu cardiologista, que fez novos exames e confirmou: “Seu coração está normal”.
Profundamente tocado pela visão com Cristo, com seu testemunho, a esposa também se converteu. Ele já se tornou um pregador no Paquistão. Como desejo de levar a Palavra de Deus a todos pediu ao pastor mil Bíblias em sua língua nativa, o urdu.