quinta-feira, 30 de junho de 2016


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Presidente da Palestina culpa Israel por terror mundial

Uma decisão da Assembleia Geral da ONU aprovou por maioria a Palestina como um Estado observador não-membro, em novembro de 2012. Pouco mais de dois anos depois (por 488 votos a favor e 88 contra), o Parlamento Europeu apoiou uma “solução de dois Estados”, que reconhece “em princípio” a existência de um Estado da Palestina. Na ocasião, foi anunciado que o Hamas seria removido da lista de grupos terroristas.
Oficialmente, Islândia e Suécia são os únicos países europeus a reconhecer a Palestina como nação independente, incluindo Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental como capital.
Os parlamentos de Portugal, Irlanda, França, Espanha e Inglaterra pediram que suas nações fizessem o mesmo. O Vaticano – cujo regime é único – fez o anúncio oficial em 2015. O Brasil divulgou o reconhecimento em 2010, ainda no governo Lula, anunciando uma doação de 10 milhões de dólares para o Hamas e a doação de um terreno de 16 mil metros quadrados em zona privilegiada de Brasília para a construção de uma embaixada da Palestina.
Nesta quinta (23) foi dado outro passo importante na tentativa dos palestinos de convencerem o mundo que vivem sob ‘ocupação’ de Israel desde 1967. Na assembleia do Parlamento Europeu, em Bruxelas, o discurso de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, foi recheado de frases de impacto e meia-verdades, além de repetir as mesmas mentiras de sempre.
Na porção de sua fala, Abbas fez uma promessa infundada. “Para que o terrorismo acabe, precisamos criar um estado palestino, tendo como capital Jerusalém Oriental… Uma vez que essa ocupação [de Israel] acabe, o terrorismo terminará… Enquanto isso não ocorrer, o extremismo e o terrorismo naõ terão fim no Oriente Médio e em todo o mundo”.
Através de um argumento questionável e uma lógica falha, tentou jogar sobre o governo de Israel a culpa pelos atentados que ocorrem em todo o mundo em nome de Alá, bem como os assassinatos de cristãos, yazidis e judeus por extremistas como o Estado Islâmico.
Para Abbas, é preciso que Israel seja detido com a ajuda da UE, mas sem especificar como isso seria feito. Mesmo assim, foi aplaudido pelos europarlamentares no final.
Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, afirmou publicamente que “ajudar a assegurar a estabilidade e o bom funcionamento da Palestina é um dever moral para a União Europeia”.
Curiosamente, o presidente de Israel Reuven Rivlin, que discursou no dia anterior no mesmo Parlamento, anunciou que estava disposto a se encontrar com Abbas. O pedido foi recusado pela delegação palestina.
Contudo, em declaração à imprensa, Abbas afirmou que “nossas mãos estão estendidas, no desejo de alcançarmos a paz”. Ele não explicou os motivos de sua recusa. A resposta de Rivlin foi: “Não podemos construir a confiança entre nós, se não começarmos a falar diretamente, sem intermediários”.

Contradições de um líder terrorista

Após ser pressionado pelo governo dos Estados Unidos, Israel aceitou o chamado Acordo de Oslo, quando foi criada a Autoridade Palestina (AP), em substituição à Organização pela Libertação da Palestina (OLP), um grupo político com um braço terrorista. Era um ‘primeiro passo’ para a fundação de um Estado palestino independente.
Em 2005, Abbas foi eleito presidente da AP, mas ele administra apenas a Cisjordânia em nome do seu grupo político-militar Fatah. A Faixa de Gaza é controlada pelo Hamas, reconhecido como grupo terrorista por muitos países. Embora possuam diferenças políticas de fundo religioso, Fatah e Hamas se unem quando se trata de fazer atentados terroristas contra Israel.
Na última semana, por exemplo, uma campanha anunciada promovida pela Autoridade Palestina e líderes do Hamas avisou à população que os muçulmanos palestinos que venderem suas propriedades aos judeus, em Jerusalém, serão incriminados por traição à Alá e podem ser mortos por isso.

ONU não reconhece genocídio de cristãos por muçulmanos download.jpg


ONU não reconhece genocídio de cristãos por muçulmanos


São abundantes as denúncias de meninas e mulheres sendo oferecidas e vendidas em mercados de escravos gerenciados pelo Estado Islâmico. Além disso, espancamentos, estupros coletivos, assassinatos e torturas realizados pelo grupo terrorista contra homens e mulheres de todas as idades impõem “condições de vida que provocam uma morte lenta”.
Tudo isso está presente no relatório da Comissão Internacional Independente de Inquérito das Nações Unidas sobre a Síria, presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro. O problema é que o Estado Islâmico do Iraque e Al-Sham (ISIS na sigla em inglês) só está sendo condenado por praticar genocídio contra a minoria étnica-religiosa yazidi.
A ONU se recusa a reconhecer que os crimes contra a humanidade e crimes de guerra dos radicais islâmicos também incluem cristãos. Infelizmente, a organização internacional segue a decisão do governo Obama, que se recusa a admitir o fato.
Por outro lado, o Congresso americano aprovou por 393 a 0 o reconhecimento que o genocídio na região inclui os cristãos. Decisão similar foi feita pelo Parlamento Europeu.
Aparentemente, a vida dos yazidis tem um valor diferente da de qualquer cristão. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) publicou o documento que aborda as violações aos direitos humanos na região. Ele pode ser lido aqui.
A única menção aos cristãos, no parágrafo 162 afirma: “No território controlado pelo ISIS as condições de vida são difíceises e muitas vezes precárias…. O direito de existir dos cristãos dentro de qualquer estado islâmico existente em qualquer tempo, é reconhecido, desde que paguem o imposto religioso da jizya”.
Repressão é igual para todos as minorias
Não há repreensão pública contra os atos igualmente bárbaros cometidos contra os cristãos.  Contudo, a imprensa mundial vem divulgando há pelo menos dois anos que os yazidis sofrem o mesmo tipo de perseguição que todos os outros grupos “não muçulmanos”.
A diferença é apenas geográfica, uma vez que essa minoria se concentra no norte do Iraque enquanto os cristãos estão espalhados pela maior parte do Iraque e da Síria, bem como no norte da África, onde outros grupos extremistas fazem uma limpeza étnica e religiosa similar, jurando fidelidade ao Estado Islâmico.
A comissão da ONU pediu o reconhecimento internacional do genocídio, mas ressalta a necessidade de se “garantir a proteção da minoria religiosa yazidi no Oriente Médio”. Agora, pede que esses crimes sejam levados a um tribunal internacional.
Foi encaminhado ainda um pedido para o Conselho de Segurança que leve “urgentemente” a situação na Síria ao Tribunal Penal Internacional, ou para estabeleça outro tribunal que julgue as violações do direito internacional cometidas na região.


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Polícia ameaça multar cristãos que insistem em adorar a Jesus publicamente, na Índia

Os extremistas hindus da vila Hunter, no Distrito de Palamu confrontaram o cristão Gunni Bhuiya no dia 14 de junho próximo a uma estrada. Bhuiya lhes disse que ainda acreditava e adorava a Jesus Cristo, então os extremistas hindus voltaram a maltratá-lo e o ameaçaram de morte, segundo relatos de líderes cristãos da região.
 
“Eles disseram a Bhuiya que, como os cristãos ainda estão adorando a Cristo, mesmo depois de terem sido espancados, agora poderiam ser mortos”, disse o pastor Sanjay Kumar Ravi à agência internacional de notícias sobre a igreja perseguida, ‘Morning Star News’.
 
Os cristãos da área estão vivendo com medo, enquanto os extremistas hindus os proíbem de adorar a Jesus, os boicotam economicamente e ameaçam matá-los. Como se não bastasse isso, a polícia ameaçou multar os cristãos se eles continuaram adorando publicamente a Jesus.
 
Agressão
No dia 8 de maio, extremistas hindus liderados por Dilip Chandra, Ram Chandra Vanshi e Dil Narayan Yadav convocaram 25 cristãos de seis famílias para uma “reunião pública”, forçando-os a entrarem em veículos e levando-os para uma escola, nos arredores da aldeia.
 
“Cerca de 100 pessoas de três aldeias vizinhas estavam à espera, quando chegamos ao local. Então começaram a nos dizer que estamos errando se continuarmos a orar a Jesus, que devemos seguir o hinduísmo e realizar a puja (rituais hindus) apenas aos ídolos”, disse o Pastor Ravi.
 
Os cristãos se recusaram a aceitar a imposição dos extremistas hindus. Em vez disso, o pastor Ravi começou a compartilhar seu testemunho com a multidão, dizendo que Cristo o tinha curado de uma doença em 2007 e que ele tornou-se um seguidor de Jesus desde então.
 
“O testemunho do pastor enfureceu o público ainda mais”, disse o Rev. Akash Nandi ao Morning Star News. “Então os extremistas começaram a espancar o pastor Ravi e outros cinco homens cristãos, enquanto gritavam que eles deveriam renunciar a Cristo ou então seriam mortos”.
 
Quando os cristãos se recusaram a renunciar sua fé, os extremistas hindus furiosos ameaçou matar e enterrá-los.
 
“Eles gritavam uns com os outros para trazer querosene para que eles pudessem nos queimar”, disse Pastor Ravi.
 
Nandi disse que os cristãos insistiam: “Façam o que quiser, não vamos deixar Cristo por nada”.
 
Os extremistas, em seguida, amarraram as mãos e as pernas de seis homens cristãos e chutaram, bateram e os espancaram com pedaços de paus, disseram os líderes. Os agressores então os penduraram de cabeça para baixo e continuaram a espancá-los.
 
Como o abuso continuou por cerca de meia hora, o pequeno Eraj Ram, de 5 anos de idade, pediu aos agressores que parassem de bater em seu pai, Naresh Ram.
 
“Ele cruzou as mãos e pediu-lhes para parar de bater seu pai, no entanto, os extremistas o pegaram pelo colarinho e o jogaram de lado”, disse o pastor Ravi.
 
Gritando que eles não devem adorar a Cristo mais, os extremistas, em seguida, derrubaram os homens cristãos no chão e os pisotearam, segundo relatos dos pastores.
 
Todos os homens agredidos estavam sangrando pela boca, as mãos de Naresh Ram foram quebradas e o pastor Ravi sofreu uma lesão interna que o deixou com dor intensa no peito, juntamente com cortes nas mãos e escoriações em grande parte do seu corpo.
 
Os agressores ordenaram aos cristãos que deixassem a vila ou então seriam queimados vivos e teriam suas casas destruídas.
Os cristãos conseguiram voltar para suas casas e deixaram a aldeia na madrugada do dia seguinte. Na aldeia de Ramgarh, tiveram suas feridas tratadas por um médico local.
 
Polícia

Mais tarde naquela manhã, os cristãos foram para delegacia de Ramgarh, relatar o ataque à polícia, mas os policiais se recusaram a registrar o caso e somente no dia 10 de junho chamaram os agressores à delegacia.
Cerca de 50 dos hindus apareceram para se encontrar com três líderes cristãos da área. A polícia forçou os cristãos a assinarem uma declaração de que eles iriam adorar a Jesus somente em suas casas, ou então serão multados em 10.000 rúpias (150 dólares), juntamente com outras punições possíveis.
“Fomos forçados a assinar o vínculo, não temos outra escolha, pois já não outro lugar para ficarmos, exceto nessa aldeia”, disse Pastor Ravi.
 
“Nós só podemos orar em nossas casas, com nossas respectivas famílias, os nossos movimentos são acompanhados de perto e os extremistas nos disseram para abandonar a Cristo, ameaçando nos espancar em todas as oportunidades que tivessem”, disse o pastor Ravi.


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Papa afirma que Lutero não estava errado ao propor a reforma

urante sua viagem de volta para Roma, o Papa Francisco concedeu uma coletiva onde foi questionado a respeito da Reforma Protestante, dizendo que para a Igreja da época, Lutero não estava errado.
“Acredito que as intenções de Lutero não tenham sido erradas, era um reformador, talvez alguns métodos não foram corretos, mas naquele tempo, se lemos a história do Pastor – um alemão luterano que se converteu e se fez católico – vemos que a Igreja não era precisamente um modelo a imitar: havia corrupção, mundanismo, apego à riqueza e ao poder”, declarou o líder católico que voltava da Armênia.
Francisco afirmou que Lutero era “inteligente” e “deu um passo adiante” dizendo os motivos que o levaram a tomar tais passos. “Hoje protestantes e católicos estamos de acordo na doutrina da justificação: neste ponto tão importante não havia errado. Ele fez um remédio para a Igreja, depois esse remédio se consolidou em um estado de coisas”.
O líder católico, porém, criticou as divisões entre as igrejas propondo uma aproximação. “A diversidade é o que talvez nos fez tanto mal a todos e hoje procuramos o caminho para encontrar-nos depois de 500 anos. Eu acho que o primeiro que devemos fazer é rezar juntos. Depois devemos trabalhar pelos pobres, os refugiados, tantas pessoas sofrendo, e, por fim, que os teólogos estudem juntos procurando… Este é um caminho longo.”
Contudo, o Papa entende que só haverá uma unidade plena depois da volta de Cristo. “Certa vez disse brincando: ‘eu sei quando será o dia da unidade plena, o dia depois da vinda do Senhor’. Não sabemos quando o Espírito Santo fará esta graça. Mas, enquanto isso, devemos trabalhar juntos pela paz”.

Pastores fazem orações em nome de Alá “contra islamofobia” tocha-olímpica-sobre-o-protetor-3813943.jpg

Pastores fazem orações em nome de Alá “contra islamofobia”


A Igreja Presbiteriana dos EUA (PCUSA) fez orações a Alá durante a reunião da Assembleia Geral da denominação, realizada na semana passada.
“Alá nos abençoe e abençoe nossas famílias e abençoe nosso Senhor. Nos guie no caminho reto de todos os profetas: Abraão, Ismael, Isaque, Moisés, Jesus e Maomé”. Estas palavras foram repetidas diante da congregação durante o encontro nacional que reuniu líderes presbiterianos em Portland, Oregon.
Wajidi Said, co-fundador do Fundo de Educação Muçulmano, conduziu os participantes na invocação do nome do deus islâmico. O momento foi parte do momento do programa reservado ao ministério ecumênico e inter-religioso da PCUSA.
A oração realizada durante a sessão de abertura do encontro, acompanhou um momento dedicado à intercessão pelas pessoas feridas no atentado em Orlando, ocorrido recentemente. “Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso, louvemos ao Senhor… a paz esteja com eles e a paz esteja com Deus”, pediu Said. Ele também orou pela paz sobre a vida dos “fanáticos” e dos “islamofóbicos.” Centenas de pastores presentes concordaram com um “amém” no final.
Mais tarde, no final da sessão, o pastor Gradye Parsons fez um pedido de desculpas a quem, porventura, se ofendeu com a oração. A PCUSA afirmou durante a reunião que defende “relações positivas com pessoas de outras tradições religiosas” e está empenhada em lutar “contra o aumento da islamofobia”.
Com cerca de um milhão e seiscentos mil membros, a PCUSA é o maior segmento dos presbiterianos americanos. Pautada pela teologia liberal, desde 2011 ela ordena pastores homossexuais. No ano passado, anunciou o primeiro caso de ordenação de duas lésbicas que vivem maritalmente, como pastoras.
A aproximação de evangélicos e muçulmanos é defendida por outras denominações americanas, como a Igreja Universalista, que cedeu um de seus templos para islâmicos fazerem suas orações.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Há apóstolos ainda hoje?

Atualmente, a igreja evangélica se depara com um fenômeno conhecido como “Movimento Apostólico” ou nomenclaturas parecidas para denominar os “ungidos” e “soberanos” de algumas denominações. Mas fica a questão: – Existe legitimidade bíblica para esta auto-afirmação apostólica?

Para responder satisfatoriamente a esta pergunta, torna-se necessário situarmos os apóstolos do ministério pessoal de Jesus, no escopo universal da Igreja. Quando procedemos assim descobrimos que aquele ministério apostólico e os próprios apóstolos, estão restritos a uma época única na História da Igreja.
Em Efésios 2.20 lemos a respeito dos apóstolos como “ fundamento” da Igreja, enquanto que Cristo é a“ Pedra Angular”. Como o fundamento da Igreja foi lançado uma só vez, é lógico acreditar que já não existem apóstolos no modelo que nos é apresentado nos Evangelhos.
Em Mateus 10.16, o Senhor Jesus Cristo diz a seus apóstolos “ eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos…”  Foi nessa condição que os apóstolos de Cristo viveram, pregaram e morreram.
Segundo a tradição, assim morreram os apóstolos:
– Mateus sofreu martírio pela espada, na Etiópia;
– João foi lançado numa caldeira de óleo fervente, mas sobreviveu. Foi depois desterrado para a ilha de Patmos, e mais tarde morreu em avançada idade em Éfeso.
– Tiago, irmão de João, foi morto à espada por ordem de Herodes, em Jerusalém;
– Tiago, o menor, foi lançado do Templo abaixo; ao verificarem que ainda vivia, mataram-no à pauladas;
– Filipe foi enforcado em Hierápolis, na Frígia;
– Bartolomeu foi esfolado por ordem de um rei bárbaro;
– Tomé foi amarrado à uma Cruz, e, ainda assim pregou o Evangelho até morrer;
– André foi atravessado por uma lança;
– Judas Tadeu foi morto à flechadas;
– Simão, o zelote, foi crucificado na Pérsia;
– Pedro foi crucificado de cabeça para baixo;
– Paulo, acorrentado no cárcere, disse: “Quanto a mim estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da Justiça me está guardada à qual o senhor, reto Juiz me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quanto amam a Sua vinda.” (2 Tm 4.6-8).
Não muito tempo depois disso, foi decapitado por ordem de César.
Portanto, devido á sua natureza e caráter ímpar, esse ofício apostólico não pode ser transferido.Entretanto, vale a pena ressaltar que, em sentido secundário ainda há apóstolos, homens de elevada autoridade conferida por Deus, os quais tem a cumprir serviços especiais de grande importância para a Igreja.

Qualificações para o apostolado

De acordo com Atos 1.21-22 após a ascensão de Cristo, o candidato ao apostolado tinha que preencher os seguintes requisitos:
Ser alguém que tivesse tido livre curso entre os demais apóstolos, e ter conhecido o senhor Jesus Cristo pessoalmente, desde o seu batismo;
Ser alguém que tivesse visto a Cristo ressurreto;
Ser alguém que tivesse testemunhado a ascensão de Cristo ao céu.
Vale ressaltar, porém, que nem discípulo de Cristo, mesmo tendo todas estas experiências, era apóstolos. Acima de todas estas experiências pairava a necessidade de ser escolhido por designação divina.
A única exceção a essa regra quádrupla apresentada, está relacionada à pessoa de Paulo, que discorre sobre a sua comissão apostólica, como tendo-a recebido diretamente de Cristo ( Rm 1.1; 1 Co 1.1, 15).
Evidentemente, Paulo não preenchia as qualificações de Atos 1.21, mas a experiência que ele teve a caminho de Damasco foi uma aparição do Cristo ressuscitado ( 1 Co 15.8), de sorte, que sem impedimento ele podia afirmar: “ … vi Jesus…”  ( 1 Co 9.1); e dessa forma era testemunha da ressurreição de Cristo. Paulo incluía-se no número dos apóstolos e com eles se identificava pela pregação do mesmo evangelho ( 1 Co 15.8-11).
Paulo, o apóstolo a quem foi dada uma revelação ímpar quanto à Igreja e seu ministério divinamente constituído, foi o primeiro dos escritores do Novo Testamento a descrever este ministério na sua verdadeira dimensão.

Apóstolos

A palavra apóstolo ocorre mais de oitenta vezes no Novo Testamento; em geral significa: enviado com uma missão.
No Novo testamento, como forma de tratamento, esta palavra tem uma quádrupla aplicação:
Jesus Cristo, como enviado de Deus (Hb 3.1).
Àqueles que foram enviados por Deus a pregar em a Israel (Lc 11.49)
Àqueles que foram enviados pelas Igrejas(2 Co 8.23; Rm 16.7)
Àquele grupo de homens que mantinham a dignidade suprema da Igreja primitiva
Na epístola de Paulo aos Efésios capitulo 4 e versículos 8 e 11, lemos:
“… Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens… ele mesmo concedeu uns para apóstolos…”
Destas palavras de Paulo depreende-se que Jesus Cristo mesmo, e não outra pessoa, é a fonte e origem do apostolado.

Razões de ser do apostolado

Os versículos 13 e 15 do capitulo 3 do Evangelho de Marcos, mostram 3 razões porque Cristo escolheu doze apóstolos dentre Seus discípulos e os fez Seus associados ministeriais:
“… para estarem com ele…” (v. 14). Este texto bíblico comparado com os paralelos de Mateus e Lucas mostram que Jesus fez desses doze discípulos, apóstolos Seus e os chamou a estarem com Ele, não só pelo propósito de querer ensiná-los e depois enviá-los a pregar o Evangelho, mas também como prova de que Ele, como Deus humanizado, apreciava a companhia daqueles aos quais amava. Só à luz desta fato é que podemos compreender porque os apóstolos formavam aquele círculo de amizade tão achegado a Jesus, de sorte que onde quer que Ele se encontrasse, ai estavam eles.
Essa amizade e companheirismo entre os apóstolos e o Mestre, tornou-se tão sólida a ponto de, nos momentos de rejeição do seu ministério, Jesus poder dizer a respeito deles: “Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações.”  Em decorrência disso, lhes fez a seguinte promessa:“Assim como meu Pai me confiou o Reino, eu vo-lo confio, para que comais e bebais à minha mesa no Meu Reino; e vos assentareis em tronos para julgar as doze tribos de Israel”. (Lc 22.28-30)
“… para os enviar a pregar.” (v. 14).
O fato de Jesus haver escolhido doze apóstolos e os haver enviado após si, mostra circunstâncias interessantes:
Jesus tinha consciência das limitações físicas às quais estava sujeito, pelo que estava impedido de bilocar-se, isto é, estar em mais de um lugar ao mesmo tempo.
Ressalta o interesse de Cristo em fazer daqueles que obedecem a Sua voz, participantes do seu plano redentor em relação ao mundo. A esses ele disse não somente “vinde”, mas também, “ide”.
Para “… expelir demônios” ( v. 15). A capacidade de expelir demônios e declarar libertos os atormentados por espíritos maus, não era uma autoridade nata dos apóstolos; era antes a manifestação do Poder que Cristo a eles delegara. Jesus mesmo lhes havia dito: “… sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15.5)
Conscientes do Grande potencial que representavam, devido ao relacionamento que gozavam com Cristo, os apóstolos foram feitos os seus mais legítimos representantes no primeiro ano da Igreja primitiva. Eles constituíam uma espécie de extensão do próprio Cristo na Terra.
Seus olhos, ouvidos, lábios, coração, mãos e pés, eram olhos, ouvidos, lábios, coração, mãos e pés do próprio Cristo. Por isso podiam olhar para multidões e delas ter compaixão; Podiam ouvir o murmúrio dos corações infelizes que buscavam o conhecimento do verdadeiro Deus; Podiam advertir os homens do perigo do Inferno e da necessidade de se achegarem a Deus; Podiam amar as almas de maneira profunda, de sorte que não mediam esforços para alcança-las para Deus; Podiam afagar com carinho aqueles que buscavam um amigo mais chegado que um irmão; Estavam prontos a sair por ruas e valados à procurar daqueles que no mundo estavam a vagar sem Deus, sem esperança e sem salvação.
De acordo com Atos 1.21-22 após a ascensão de Cristo, o candidato ao apostolado tinha que preencher os seguintes requisitos:
Ser alguém que tivesse tido livre curso entre os demais apóstolos, e ter conhecido o senhor Jesus Cristo pessoalmente, desde o seu batismo;
Ser alguém que tivesse visto a Cristo ressurreto;
Ser alguém que tivesse testemunhado a ascensão de Cristo ao céu.
Vale ressaltar, porém, que nem discípulo de Cristo, mesmo tendo todas estas experiências, era apóstolos. Acima de todas estas experiências pairava a necessidade de ser escolhido por designação divina.
A única exceção a essa regra quádrupla apresentada, está relacionada à pessoa de Paulo, que discorre sobre a sua comissão apostólica, como tendo-a recebido diretamente de Cristo ( Rm 1.1; 1 Co 1.1, 15).Evidentemente, Paulo não preenchia as qualificações de Atos 1.21, mas a experiência que ele teve a caminho de Damasco foi uma aparição do Cristo ressuscitado ( 1 Co 15.8), de sorte, que sem impedimento ele podia afirmar: “ … vi Jesus…”  ( 1 Co 9.1); e dessa forma era testemunha da ressurreição de Cristo. Paulo incluía-se no número dos apóstolos e com eles se identificava pela pregação do mesmo evangelho ( 1 Co 15.8-11).

Entendendo a permissão de Deus 

Entendendo a permissão de Deus

Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta,fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus. (Hebreus 12:1-2)
Permissão: s.f. Ação ou efeito de permitir; autorização. autorização, concordância e consentimento
Há momentos em nossa vida que somos provados diante  de circunstâncias terríveis, que muitas vezes não entendemos. Parece um pouco difícil entender como um filho de Deus pode ser provado tão ardentemente em sua vida.  Também difícil compreender como um Pai permite que um dos seus filhos sofra risco de vida, como vemos com Abraão no sacrifício de Isaque (Genesis 22).
São questionamentos como esses que norteiam a mente de muitos cristãos e que leva a um questionamento:
Como podemos entender a vontade permissiva de Deus ?
Quando entendemos um dos atributos de Deus que é Sua Soberania, ou seja, Seu Poder Absoluto, sua supremacia diante de tudo que acontece, podemos certamente compreender também o porque da sua permissão antes algumas circunstâncias.
A palavra de Deus é bem clara quando diz:
Ó SENHOR, tua é a grandeza, o poder, a glória, a vitória e a majestade, porque tudo quanto há no céu e na terra a ti pertence. Ó SENHOR, o reino é teu, e tu governas soberano sobre tudo e todos!
( 1 Cr 29:11)
“Tudo o que o Senhor quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos”.
(Salmo 135:6.) 
“Mas nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou”. Salmo 115:3.
Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas. (Hebreus 4:13)
É essa soberania, poder, força e supremacia é que chamamos de Vontade Permissiva de Deus.
Mas o fato é que nunca entenderemos a Soberania de Deus, se olharmos isoladamente para esse atributo e condicional de Deus pelos olhos espirituais. Precisamos olhar para Sua Soberania entendo sempre que o Senhor tem sempre o melhor para os seus e isso independe de sofrimento e glória, de vida ou morte.  A soberania de Deus precisa ser olhada através dos olhos da fé.  Foi isso que aconteceu com os amigos de Daniel quando prestes a serem lançados na fornalha ardente disseram:
Então Sadraque, Mesaque e Adebe-Nego responderam ao rei: “Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos condenados por isso e lançados na fornalha de fogo ardente, o nosso Deus, Elah, a quem cultuamos pode livrar-nos, e ele nos livrará das tuas mãos, ó majestade.Contudo, se ele não nos livrar, fica sabendo, ó rei, que não cultuaremos aos teus deuses, tampouco adoraremos a estátua que ergueste!” (Daniel 3:16-18). 
Deus usa as circunstancias para nos mudar e também nos fortalecer. É por isso que muitas vezes não entendemos as permissões de Deus e queremos sair das circunstâncias desfavoráveis.  As permissões são provas de fogo que Deus nos coloca para que aprendamos suas lições e cumpramos seu propósito.
Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo;
(1 Pedro 1:7)
Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse;Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.
(1 Pedro 4:12,13)
Vemos que a permissão de Deus e sua provas servem para revelar algo a nós, e para que sejamos e façamos parte daquilo que o Senhor tem proposto.
As Sagradas Escrituras estão recheadas de história de homens e mulheres que foram provados em sua fé. Como não citar o fiel  Daniel na cova dos leões, a João na Ilha de Patmos e ao temente Jó que com a permissão de Deus foram provados.  Conforme o livro de Hebreus no capítulo 11 vemos que  uma lista de heróis que foram provados em sua fé. Essa nuvem de testemunhas, descrita em Hebreus 12, tiveram sua fé provada no fogo das aflições terrenas,mas obtiveram êxito.
Vemos fortemente a soberania de Deus na vida dessas pessoas, não somente pelos livramentos,mas também pela morte de alguns em razão da sua fé. Como diz o escritor no livro de Hebreus alguns foram torturados, não aceitando resgate, outros levaram escárnios, açoites, algemas e prisões. Outros entretanto, como muitos dos apóstolos, foram apedrejados, serrados no meio e mortos a fio da espada. (Hebreus 12:35-37).
O próprio escritor de Hebreus entendia tudo depende da vontade de Deus . Ele relata que o o avanço para a maturidade na fé e do ensino cristão mais aprofundado depende da permissão de Deus. |
Conforme está escrito:
Assim os faremos , se Deus o permitir. (Hb 6:3)
Vemos portanto que a permissão de Deus tinha um fim proveitoso, pois mesmo não recebendo a concretização da promessa de Deus , receberam bom testemunho de sua fé.  E a palavra acrescenta dizendo que Deus proveu coisas superiores a nossa respeito, através da vida destes guerreiros da fé (Hb 11:39-40).
As vezes, amados, através do sofrimento ou da morte de um herói , o Senhor arrebata e recruta milhões para Cristo.  Através da cegueira de um religioso perseguidor , o Senhor o torna um apóstolo influenciador. Creio que deve ser assim que devemos enxergar a soberania de Deus, crendo no seu agir e confiando sempre nas suas decisões.  Independente das condições, dos fins,que Deus nos proporciona, o Senhor sempre proverá algo melhor para seus filhos.
O maior exemplo disso é seu filho Jesus. Através de Sua soberania, Deus permitiu  e aprouvesse que seu filho vivesse, sofresse e morresse em nosso lugar para nos salvar.
Como está escrito:
Mas aprouve ao Senhor esmagá-lo pelo sofrimento; se ele oferecer sua vida em sacrifício expiatório, terá uma posteridade duradoura, prolongará seus dias, e a vontade do Senhor será por ele realizada. Após suportar em sua pessoa os tormentos, alegrar-se-á de conhecê-lo até o enlevo. O Justo, meu Servo, justificará muitos homens, e tomará sobre si suas iniqüidades.
Eis por que lhe darei parte com os grandes, e ele dividirá a presa com os poderosos: porque ele próprio deu sua vida, e deixou-se colocar entre os criminosos, tomando sobre si os pecados de muitos homens, e intercedendo pelos culpados. (Isaías 53:10-12)
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida (João 3:16)

Renunciando o mundo e vivendo para Deus

Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente. (Tt 2:12)
Estamos vivendo num tempo onde muitos dos valores éticos, morais e principalmente religiosos tem sido deturpados. Estamos vivendo num mundo onde as pessoas estão a cada dia mais egocêntricas, consumistas e amantes de si mesmas.
A própria palavra de Deus testifica isso que as pessoas nos últimos dias serão mais preocupadas consigo mesmas, sendo avarentos, presunçosos, soberbos, desobedientes, ingratos, profanos, cruéis e sem amor. Mais amigos dos prazeres deste mundo, do que de Deus. (2 Tm 3:2-5).
A questão é que muitos dessas pessoas de qualidade duvidosa  querem andar com Cristo.
Muitos querem andar com Cristo, porém do “seu jeito”, sem algum tipo de RENÚNCIA.
E um dos maiores conflitos desses “novos crentes” é se mostrar verdadeiramente um cristão autêntico num mundo como esse que vivemos.
É se mostrar “verdadeiramente”diferente do mundo.
Neste tempo muitos “crentes ” aparecem em nada diferentes das pessoas sem Deus .
Sendo que muitos desses “novos crentes”  agem iguais ou em muitos casos até pior que as pessoas que não conhecem a Deus.
Talvez por falta de um conhecimento mais aprofundado do assunto, muitos se “convertem” sem saber o que envolve ser uma
nova criatura em Cristo.  Muitos frequentam e até se batizam , sem entender o significado do que é renúncia.
Renuncia significa abrir mão, desistir de algo,não querer, deixar “voluntariamente”, abdicar, abster, abnegar e repudiar.
As Escrituras mostram tanto no Antigo, bem como, no Novo Testamento que o chamado de Deus exige muitas vezes que renunciemos
em muito da nossa vontade.
… Seja feita a tua vontade..(Mt 6:10)
Abaixo alguns exemplos de renúncia nas Escrituras:
Quando Deus chama Abraão e lhe faz promessas, se formos prestar bem atenção, ele exige também uma atitude de renúncia.
Pois assim diz a palavra de Deus:
“Sai da tua terra…… (Gn 12:1).
Abraão teve que sair de Ur dos Caldeus para a terra de Canaã, até Harã, onde ficaram por um tempo.
O crente tem sair da sua zona de conforto para ser confrontado. Se queremos crescer espiritualmente devemos sair do nosso comodismo e do conforto para viver uma experiência com Deus. Talvez em Ur  do Caldeus ,Abraão tivesse tudo que queria, mas foi preciso que ele passasse pelo Egito, para o lugar que Deus mostraria. Como peregrinos nesta terra devemos passar por este Egito (este mundo), mas não se conformar , nem se contaminar com este mundo.
Assim como o Egito não é lugar de israelita, o mundo e o seu modo de viver não é lugar para o verdadeiro crente.  O Egito,bem como, este mundo é apenas o lugar de  prova do cristão.
O cristão deve ter sua fé provada para que passado o tempo de sua provação nesse mundo ele possa se regozijar naquilo que Deus tem reservado para ele.
Diz assim a palavra do Senhor:
Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse;Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. 1 Pedro 4:12-13
Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações,Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo. (1 Pedro 1:6-7)
Abraão teve sua fé provada nas circunstâncias que passou no Egito.  Assim como Abraão muitos crentes são atraídos para o Egito(para este mundo).   Foi lá que ele  se refugiou no tempo de fome na terra e foi lá que teve que decidir muitas coisas.  Havia no Egito água suficiente para sustentar a sua família e suas coisas. Mas foi também no Egito que ele andou distante da terra prometida.
O Senhor permite em  sua infinita misericórdia que venhamos a passar pelo Egito, mas deseja que o sustento e a segurança do crente seja exclusivamente Dele em todas as circunstâncias.  Masem algumas circunstâncias não é fácil decidir. Foi no Egito que Abraão teve que decidir se dizia que  Sarai era sua mulher. Devido a sua insegurança  foi que Abraão resolver mentir  a faraó dizendo que Sarai era sua irmã e não a sua mulher.  Com medo de retalhação para si, para sua mulher e para quem estava ao seu redor foi que ele tomou esta triste decisão.  Isso quer dizer que a renúncia muitas vezes vai requerer certo grau de risco para a  própria vida.
Isso também ocorreu em outro momento, quando Abraão precisou ajudar a libertar seu sobrinho Ló do cativeiro de Sodoma que este foi levado.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

 

Livro de Ageu – Mãos à obra!

Ageu e Zacarias são contemporâneos. Eles tiveram seu ministério profético no período persa da história dos hebreus (550 – 330 a.C.). Os profetas Daniel, Joel e Malaquias completam o quadro da atividade e da literatura profética hebraica desta época. A menção ao templo de Salomão (2:13) parece sugerir que Ageu fora testemunha ocular do templo de Salomão, tenha sido levado ao exílio e retornou. Portanto, ele tinha por volta de 80 anos quando iniciou seu curto ministério profético.
O profeta Ageu animou os judeus que retornaram do cativeiro babilônico a restaurar todos os aspectos litúrgicos do culto veterotestamentário tais como: o calendário religioso, a adoração, as festas levíticas e os sacrifícios. Pouco tempo depois, o profeta Zacarias reforçou o chamado de Ageu para uma renovação espiritual quando conclamou o povo a reconstruir o templo. Este trabalho foi necessário em virtude do fracasso na reconstrução do templo durante o primeiro retorno dos exilados.
Nem todos os exilados desejavam retornar para Jerusalém, pois haviam estabelecido raízes em sua nova terra (Jr. 29:4-9), tornando-se prósperos comerciantes. Seus filhos já estavam com mais de 50 anos, sendo até mesmo avós. Essa nova geração não conhecia a terra de seus ancestrais e não tinham o mesmo senso nacionalista de seus pais. Isso explica a razão do desânimo e falta de interesse na reconstrução do templo.
Ageu é designado como profeta (1:1; Ed. 6:14) e mensageiro do Senhor (1:13). Estes títulos corroboram seu comissionamento divino. Embora ele não seja mencionado entre os que retornaram do cativeiro na lista de Esdras 1 e 2, acredita-se que tenha voltado para Jerusalém sob a liderança de Sesbazar, filho de Joaquim, o último rei de Judá.
Seus oráculos foram transmitidos em um período de quatro meses a partir do segundo ano do reinado de Dario (520 a.C.), o rei persa, embora um intervalo entre o anúncio dos oráculos e seu registro não seja descartado. Portanto, é muito provável que seu livro tenha sido escrito até a finalização do templo em 515 a.C.
O ministério de Ageu aconteceu durante o reinado de Dario I, rei da Pérsia (521 – 486 a.C.), que permitiu que os povos conquistados anteriormente pelos babilônios retornassem à sua terra de origem, incluindo os judeus.
Nos primeiros anos do retorno os judeus tentaram reconstruir o templo; mas, devido também à seca, à péssima colheita, mencionada pelo profeta Joel, o projeto foi abandonado. Outro fator que influenciou igualmente na desistência da reconstrução do templo foi o desânimo dos judeus frente às péssimas condições de vida sob o domínio persa em detrimento da visão do Estado judeu e do templo descritos pelo profeta Ezequiel.
Sob a inspiração de Ageu e Zacarias, o grupo liderado por Zorobabel e Josué reiniciou os trabalhos de reconstrução do templo em 520 a.C, dezessete anos depois da primeira tentativa, com término em 515 a.C. (Ed. 6:15).
Estrutura de Ageu
O livro de Ageu estrutura-se da seguinte forma:
  1. Oráculo 1: o desafio da renovação da Aliança – 1:1-15
  2. Oráculo 2: a promessa da renovação – 2:1-9
  3. Oráculo 3: o chamado à santidade – 2:10-19
  4. Oráculo 4: Zorobabel como descendente davídico – 2:20-23
As mensagens de Ageu são pormenorizadamente datadas. Provavelmente ele tenha seguido a tradição iniciada por Jeremias e Ezequiel, os profetas do período do exílio. Sua mensagem começa com o apelo à população para reconstruir o templo de Jerusalém. Fundamentados nas profecias de Ezequiel (caps. 40 a 48), tanto Ageu quanto Zacarias, provavelmente, consideravam a reconstrução do templo como o início da era messiânica.
Ageu passa um sentido de urgência e gravidade em sua mensagem ao usar por 29 vezes a expressão “assim diz o Senhor”. Sua mensagem foi endereçada aos líderes de Judá, Zorobabel (político) e Josué (religioso).
Ageu utilizou-se de uma disposição de textos invertida, chamada de quiasmo. Este padrão é notado quando lemos que a primeira e a terceira mensagens começam como o termo “assim diz o senhor” (1:2; 2:11) e tratam sobre a agricultura, terminando com uma advertência. A segunda e quarta mensagens terminam com a expressão “declara o Senhor dos exércitos” (2:9; 2:23) e tratam sobre a restauração de Israel e contém uma benção.
A primeira mensagem era um chamado à reconstrução do templo, que havia parado na época de Sesbazar. O povo, em virtude das condições escassas, estava cuidando em primeiro lugar de seus interesses pessoais. Ageu os confronta associando o fracasso das colheitas ao abandono pela casa de Javé. Ageu os anima a colocar os interesses de Javé à frente dos interesses particulares a fim de obter a benção divina (1:8; 1:13).
A segunda mensagem veio um mês depois como continuação do encorajamento à reconstrução e também foi endereçado ao governador e ao sumo sacerdote. O desânimo abateu-se sobre a população quando comparou-se a nova estrutura do templo com a antiga forma nos tempos de Salomão (2:3; Ed. 3:12). Ageu os incentiva a continuar e anuncia uma promessa escatológica de que todas as nações viriam a Jerusalém, e essa nova casa seria cheia da glória do Senhor (2:6-7). Ageu transmite que a benção não estava na aparência ou riqueza externa, mas na presença de Deus entre seu povo. Entretanto, essa promessa teve um cumprimento imediato quando Dario encontrou o decreto de Ciro e permitiu que não apenas o templo fosse reconstruído, mas também enviou provisões para que se terminasse o templo o mais breve possível (Ed. 6:4, 8-10).
A terceira mensagem de Ageu veio um mês após a primeira profecia de Zacarias (Zc. 1:1-6), que anunciava a necessidade de arrependimento do povo. Por isso a mensagem de Ageu insiste nessa atitude (Ag. 2:17). Ageu afirma que a impureza contamina muito mais do que a santidade, e confronta os sacerdotes que tinham a função de interpretar as escrituras. Contanto que os sacrifícios servissem para a remoção do pecado a iniquidade do povo era tamanha que estava contaminando o sacrifício (Ag. 2:14). O pecado do povo era a apatia em não colocar os alicerces do templo (Ag. 2:15); por essa razão Javé os castigara com uma produção menor do que estavam acostumados (2:16-17). A mensagem de Ageu exigia o retorno do povo (2:17) que termina com o lançamento dos fundamentos do templo e um tom positivo do Senhor (2:18-19).
A quarta mensagem (2:20-23) foi endereçada a Zorobabel e é muito parecida com a primeira com o acréscimo de uma linguagem escatológica (“destruir o trono dos reinos”). Essa mensagem também inclui elementos messiânicos ao comparar Zorobabel com um anel de selar (2:23). Zorobabel, um descendente de Joaquim é a esperança messiânica. O profeta Zacarias também associou Zorobabel com as esperanças messiânicas, pois descendia da família do rei Davi (Zc. 3:8; 6:12).
Essa esperança messiânica serviu para encorajar toda a nação na reconstrução do templo, que foi finalizada em 515 (Ed. 6:14-15).
Propósito e conteúdo
Ageu trata sobre os seguintes assuntos:
  • A definição das prioridades corretas
  • A fidelidade de Javé na renovação da Aliança
  • O templo como símbolo da Aliança
A tarefa de Ageu era incentivar os judeus que retornaram do exílio a reconstruir o templo de Jerusalém que fora destruído por Nabucodonosor setenta anos antes. Suas quatro mensagens tinham o objetivo de animar o povo para suas responsabilidades, direitos e deveres para com a Aliança.
O templo
O livro de deuteronômio estabelece um lugar para a adoração de Deus (Dt. 14:23-25; 16:2-11). Durante a época dos juízes, Siló foi este lugar (Js. 18:1). O lugar definitivo tom ou forma apenas no reinado de Davi, que, embora, não tenha construído o templo, deixou tudo planejado e reunido para a execução do projeto (1 Cr. 22:1-16).
O templo simbolizava a presença de Javé entre o povo de Israel e tinha a função de lembrar o povo sobre a verdadeira adoração que deveria ser prestada a Deus.
Entretanto, na época de Jeremias (627 – 582 a.C.) o templo havia se tornado uma espécie de objeto mágico para o povo de Israel. Os judeus pensavam que simplesmente o templo, por si só, garantiria segurança e bem-estar. Em razão dessa confiança mal depositada Jeremias previu sua destruição. Ezequiel, pouco tempo depois, viu a glória de Deus deixar o templo. Isso representava a insatisfação de Deus por causa de suas transgressões, mas também a presença de Deus no meio do povo durante o exílio. Deus não estava restrito a apenas um lugar.
A mensagem de reconstrução do templo não deve ser vista como contraditória a Jeremias, pois Ageu estava convidando o povo à correta adoração a Javé e não à confiança cega em uma construção. A atitude de humildade e reverência diante de Deus seria acompanhada pela reconstrução daquilo que simbolizava a presença de Deus entre o povo.
A sociedade estava se renovando e renovava-se também a presença de Javé entre Israel, por isso a reconstrução do templo foi tão importante naqueles dias.