segunda-feira, 27 de julho de 2020

Quem Eram Lóide e Eunice?

Lóide e Eunice eram, respectivamente, a avó e a mãe de Timóteo. Elas são mencionadas na Bíblia de forma direta apenas uma vez (2 Timóteo 1:5). Lóide e Eunice são descritas como mulheres piedosas de fé genuína. O significado do nome Lóide é discutido por causa de sua raridade naquela época; mas o nome Eunice significa “vitoriosa”.

Lóide e Eunice, avó e mãe de Timóteo

Eunice era uma judia, presumivelmente filha de Lóide, que havia se casado com um homem grego. Naquela época os casamentos mistos entre judeus e representantes de famílias frigias podiam indicar elevada posição social. Muitos estudiosos consideram que Eunice já fosse uma viúva na ocasião em que é citada na Bíblia Sagrada.
Lóide e Eunice provavelmente moravam em Listra, uma colônia judaica na província da Galácia. Curiosamente foi naquela cidade que Paulo acabou sendo apedrejado (Atos 14:19). Alguns intérpretes sugerem que talvez elas morassem em Derbe, outra cidade da licaônica que ficava a cerca de 120 quilômetros de Listra. Apesar de linguisticamente ser possível, isto é pouco provável.

O bom exemplo de Lóide e Eunice

apóstolo Paulo fala que Timóteo era conhecedor das Escrituras do Antigo Testamento desde muito novo (2 Timóteo 3:15). Isso significa que muito provavelmente Lóide e Eunice seguiam devotadamente a religião judaica.
O fato de Timóteo não ter sido circuncidado no período apropriado segundo o judaísmo, possivelmente implica na influência familiar de seu pai que era gentio. Paulo visitou Listra durante sua primeira viagem missionária.
Então parece que Eunice e Lóide receberam a mensagem do Evangelho e foram convertidas a Cristo como resultado dessa visita do apóstolo. Essas mulheres judias viram Jesus Cristo como o cumprimento das promessas do Antigo Testamento; e através da obra do Espírito Santo, elas depositaram sua confiança nele.
Quando retornou à cidade de Listra em sua segunda viagem missionária, Paulo encontrou o jovem Timóteo que havia sido bem instruído no Evangelho por sua mãe e avó. À luz de todo contexto, aparentemente Lóide e Eunice tiveram participação fundamental na conversão de Timóteo ao cristianismo. Paulo escreve que a fé genuína habitou primeiro em Lóide e Eunice, e depois em Timóteo (2 Timóteo 1:5).
O bom testemunho do neto e filho de Lóide e Eunice chamou a atenção de Paulo. Então o apóstolo resolveu levar o jovem junto em sua viagem. A partir daí Timóteo passou a ser um grande companheiro de Paulo, tornando-se um apadrinhado do apóstolo. Paulo tratava Timóteo como seu filho (cf.1 Coríntios 4:17; Filipenses 2:22; Timóteo 1:2,18; 2 Timóteo 1:2; 2:1).
Apesar de serem citadas nominalmente uma única vez no Novo Testamento, Lóide e 
Eunice são apresentadas de forma notável. Com diligência, elas instruíram Timóteo nos princípios da Palavra de Deus. O resultado desse discipulado pode ser visto durante todo o ministério do jovem obreiro que se tornou um dos mais importantes líderes da Igreja Primitiva.

domingo, 19 de julho de 2020


A VIGILÂNCIA CONSERVA PURA A IGREJA


 Mais uma vez o Espírito Santo quer nos despertar dizendo que o tempo se abrevia (1 Co 7.29). meditemos hoje na parábola de Jesus, escrita em Mt 25.1-11, onde encontramos 10 virgens que ouviram o clamor da meia-noite (v 6) mas apenas cinco delas estavam preparadas para ele. Deus nos abre os corações para compreendermos a Sua Palavra, pois temos a necessidade de estar devidamente preparados! Amém.

I.                   MEIA-NOITE: O DIA QUE JÁ PASSOU

À meia-noite (exatamente às 2400 horas), o dia terminou definitivamente. Tudo o que nele aconteceu pertence ao passado, ao dia de ontem. Este é o sentido da expressão à “meia-noite”. Ela mnos fala de um dia, de um período de tempo que terminou. Do ponto de vista bíblico, o período de tempo (“o dia”) que está para terminar é a dispensação da Igreja (Rm 11.25; Lc 21.24), e no momento em que Jesus arrebatar a Sua Igreja, fiel, este período haverá terminado definitivamente. Vivemos, portanto, os últimos momentos da Igreja aqui na terra.
A Bíblia diz que somos o sustentáculo da verdade (1 Tm 3.15). Que grande é a nossa responsabilidade! Por isso Jesus mandou que trabalhemos enquanto é dia (Jo 4.9), pois a NOITE há de vir, e então não será possível fazer mais nada!.

II.                MEIA-NOITE: INÍCIO DE UM NOVO DIA

Este fato diz respeito ao mundo inteiro. Aproxima-se 0o momento exato a meia-noite, quando um novo dia vai raiar. Que dia será esse? O atalaia responde: “Vem a manhã e vem também a noite” (Is 21.11,12).
1.      A manhã começara: Um novo dia, o dia da eternidade, cujo início se dará quando Jesus chamar para Si aqueles que lavaram suas vestiduras em Seu preciosos sangue. Esse é o dia de Jesus Cristo (1 Co 1.8; 2 Co 1.14; Fp 1.6,10; 2.16). Naquele momento, melhor do que nunca, Jesus verá o fruto do seu trabalho e de seu sofrimento (Is 53.11). Os que são do Senhor ressuscitarão e serão transformados os vivos (1 Co 15.23), e Jesus levará a sua Noiva para a sala das bodas, onde a Igreja e o Cordeiro se unirão para todo o sempre (2 Co 11.2; Ap 19.9; 21.9). Desde já oremos e digamos: “Amém. Ora vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).
2.      A noite vem: Quando Jesus levar a Noiva, começara também o “dia da ira do Cordeiro”, para o mundo que rejeitou a Jesus (Ap 6.16,17). O grande lagar da ira de Deus será pisado sem misericórdia (Ap 14.9; 15.7; 16.19; 19.15). AS trevas dominarão a terra (Is 8.21,2). Para os homens que não houverem dado crédito às palavras de Deus começara o dia da vingança, a ira de Deus será executada repentinamente, assim como foi nos dias de Noé (Gn 7.11,12; Mt 24.39).

III.             MEIA-NOITE, A HORA DE TREVAS

Para o povo de Deus, familiarizado com as Escrituras nada parece estranho nem admirável, quando vencermos trevas, angústias e dificuldades, pois sabemos pela Bíblia que estas coisas anunciam a vinda iminente de Jesus. O “lugar escuro” em que vivemos (2 Pe 1.18), parece iluminado pelas promessas gloriosas da Palavra de Deus. As nossas almas se consolam com as profecias, pois quanto mais escura a noite, mais perto estamos da vinda de Jesus.
1.      A natureza sente as trevas: Quando Jesus morreu, o Sol deixou de brilhar, e houve trevas na terra (Mt 27.45).
Hoje, toda a natureza geme, pelas coisas que hão de sobrevir `na terra (Rm 8.22,23). Por isso há terremotos, peste, fome, catástrofes de toda a ordem: A Bíblia já previu tudo isto (Lc 21.11,25).
2.      Os homens sentem as trevas: A Bíblia fala de tempos difíceis, quando o homem, em particular, será atormentado por tentações de toda espécie (1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-4). As perseguições à Igreja, o ódio aos crentes e a corrupção moral, provam que já anoiteceu há muito tempo (Lc 17.28; 21.12,16,17).
3.      As nações estão em trevas: Há guerras e rumores de guerras (Lc 21.9; Mt 24.6). O perigo de guerras nucleares, biológicas e químicas constituem uma sombra ameaçadora, que paira sobre todo o mundo (Lc 21.25,26). O mundo já se preparou para maior catástrofe de todos os tempos, a Grande Tribulação (Mt 24.21), enão há lugar para recuo. As trevas da meia-noite já chegaram.

IV.             MEIA-NOITE: A VINDA DO NOIVO!

Durante milénios, os salvos cantam e falaram da segunda vinda de Jesus. Muitos crentes, que esperavam aquele grande dia, dormiram no Senhor, guardando a fé; e os que hoje vivem esperam ansiosos a segunda vinda de Jesus! Mas, a partir da “meia-noite”, ninguém mais dirá que “Jesus virá”. Pelo contrário: à meia-noite ouvir-se-á o clamor de júbilo contido que encherá a terra e o céu: será a Noiva exclamando: “CHEGOU O NOIVO”!!! Em Mt 25.10 está escrito: “Chegou o esposo”. Naquele glorioso momento, o poder do Espírito Santo operará milagres (Rm 8.11; Fp 3.21), pois os que morreram em Cristo ressuscitarão com corpos gloriosos, e os que estiverem vivos serão transformados, e todos juntos serão arrebatados ao encontro com o Senhor nos ares (1 Ts 4.11-18; 1 Co 15.51-54). Seremos arrebatados ao céu, para mão sofrermos a dor e a desgraça que atingirá o mundo todo. Iremos entrar nas moradas que Jesus foi nos preparara, e para as quais fomos comprados com o Seu precioso sangue (Ap 7.14).

V.                O CLAMOR DA MEIA-NOITE, UM BRADO DE ALERTA

“Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo”! (Mt 25.6). É este o clamor que ouvimos em nossos dias. Meu irmão, você está ouvindo já este clamor? Está escutando como o Espírito Santo diz ao mundo e aos salvos que vem breve? Está atento aos sinais dos tempos? Está atento ao cumprimento das profecias? (Lc 21.28,29; 1 Pe 1.19). Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz à Igreja (Ap 2.7). Mas aquele que já ouviram a voz do Espírito Santo devem divulgar as palavras eternas do evangelho, enquanto houver tempo! Fomos chamados por Deus para sermos atalaias, e nossa função é despertar o povo! (Ez 3.17-21; Hc 2.1-3). Temos que anunciar aos homens que Jesus vem breve. Obreiros e crentes em geral: não nos cansemos de anunciar a volta de Jesus!
Não é bastante que uma vez tenhamos sido feitos filhos da luz, e vestidos de vestes nupciais. Precisamos vigiar e permanecer prontos para a vinda do Senhor. Por isso diz a Bíblia: “Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11). Os membros da Igreja de Filadelfia eram agrada´veis a Deus., mas precisavam “guardar” o que haviam recebido do Senhor, para não serem roubado. É isso que a Palavra de Deus nos ensina, com a ordem “Vigiai” (Mc 13.36,37).
1.      O sono espiritual é um sinal dos últimos tempos: O sono pode ser causado, primeiramente, pela desobediência como aconteceu a Jonas (Jn 1.6). Quando obedecemos a Deus, somos revestidos do poder do Espírito Santo (At 5.32), para não adormecermos. Também a preguiça causa sono (Pv 24.30-33). Quando Davi ficou em casa, desocupado, enquanto o seu exército combatia, caiu em tentação (2 Sm 11.1,2). Por isso é uma bênçãoi para o crente estar muito ocupado na Igreja do Senhor, servindo-O ali! Esgotamento espiritual, por falta de renovação, também pode causar sono. Está escrito que Abraão teve que lutar contra o sono ao pé do altar (Gn 15.12). Precisamos do poder de Deus, para ficarmos fortes e resistir a tudo, inclusive ao sono.
2.      Seremos guiados vigiados, se usarmos os meios que Deus põe à nossa disposição: Ele nos desperta pela Sua Palavra. Jesus despertou seus discípulos, falando-lhes (Mt 26.45,46). Como é preciosa a Palavra de Deus! Quem a estuda com atenção, encontra sempre incentivo e despertamento. Aleluia! O Espírito Santo nos conserva vigilantes e acordados. Ele é como o óleo na lâmpada (Mt 25.1-8). Vive, pois, uma vida, onde há inteira liberdade para o Espirito de Deus operar (2 Co 3.17), e isto o conservará preparado para o encontro com o Senhor. A oração é outro fator de importância, para o qual Jesus chama a nossa atenção. Disse Ele: “Vigiai e orai para que não entreis em  tentação” (?Mt 26.41; Mc 13.33). E acrescentou: “O espírito está pronto, mas a carne é fraca”, significando que, se os discípulos orassem, o Espírito prevaleceria sobre a carne. Por que a oração é um recurso tão importante para  nos manter vigilante? Sim, porque pela oração vivemos em comunhão com Deus. Então ficamos fortes e felizes! Sim, porque pela oração vivemos em comunhão com Deus. Então ficamos fortes e felizes! Sim, porque pela oração vivemos em comunhão com Deus. O rosto de Moisés resplandecia quando tinha estado com Deus, com monte (Ex 34.29) Semelhantemente, também , Estevão (Ar 6.15). A oração é uma arma eficaz contra Satanás (Ef 6.18). Quando combatemos e prevalecemos vigilantes. A oração é, finalmente, o meio pelo qual receberemos as bênçãos de Deus. A oração nos enche de Sua graça, e nós faz prontos para o grande culto nas nuvens. Que Deus nos guarde, a todos, vigilantes, a fim de podermos ver um dia a glória de Deus! Estejamos atentos à nossa conduta sempre buscando a santificação e purificação, para que não apareça alguma mancha em nossos vestidos, porque “qualquer que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro” (1 Jo 3.3). Assim estaremos sempre preparados, e um dia O veremos tal como Ele é (1 Jo 3.2).

sábado, 18 de julho de 2020

Deuteronômio 8

8.1-20 — Somente Yahweh era a fonte de todas as bênçãos, tanto no deserto como na Terra Prometida. Neste sentido, Moisés aconselha os israelitas a lembrar-se do que Deus fizera por eles, no Egito e no deserto, e a permanecer gratos por causa do cumprimento da promessa. Assim, não se esqueceriam do Senhor nem o abandonariam.

8.1 — Para que vivais. Neste contexto, o verbo vivais possui o mesmo significado de salvar a vossa alma em Tiago 1.21 e 5.20.

8.2 — E te lembrarás. Neste momento, o Senhor estimula os israelitas a lembrarem que Ele os havia guiado no deserto durante quarenta anos, para humilhá- [los], tentá- [los] (pô-los à prova), e para saber o que estava no seu coração, ensinando-os a confiar nele. Ao fazer isso, Deus não só os encoraja a serem retos e fiéis a Ele, como também os prepara para enfrentarem as novas provações que viriam. A resposta dos hebreus a estas determinaria as reais intenções do povo.

8.3 — Deus supriu Seu povo com alimento no deserto (Ex 16), mas mostrou-lhe que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor. Jesus afirmou esta verdade usando as mesmas palavras para resistir a Satanás (Mt 4.4; Lc 4.1-4) Isso significa que os seres humanos têm uma natureza espiritual que só pode ser satisfeita quando se buscam os nutrientes contidos na Palavra de Deus.

8.4 — Além de providenciar maná e água, o Senhor conservou as roupas e as sandálias do povo no deserto por quarenta anos!
8.5,6 — E guarda os mandamentos do Senhor. Os ensinamentos de Deus são atemporais, portanto válidos inclusive para os dias de hoje (Hb 12.5-11).

8.7-9 — A terra tinha todas as coisas necessárias para o sustento da vida e para o desenvolvimento de uma economia: água, tipo de solo apropriado para plantações diversas e metal para a fabricação de utensílios (Dt 11.8-12). As várias nascentes contrastavam com o Nilo, o único manancial disponível para os que viviam no Egito (Dt 11.10). As inúmeras espécies de plantas surpreenderiam os israelitas, recém-saídos de uma longa jornada numa terra árida.

8.10-14 — Louvarás ao Senhor. A resposta perfeita à expressão tiveres comido e fores farto, ou seja, à plenitude, é o agradecimento e a adoração. Neste sentido, vale ressaltar o costume judeu de agradecer após certas refeições festivas. A importância de louvar a Deus pela abundância reside no fato de que, se as pessoas não o fizessem, se esqueceriam do Senhor, se tornariam soberbas e gananciosas, correndo o risco até mesmo de negar que Deus lhes deu todas as provisões necessárias (v. 17). Em pleno gozo das bênçãos, o povo poderia começar a achar que não precisaria de mais nada e que era autossuficiente, por isso foi feita a advertência se não eleve o teu coração.

8.14-16 — Teu Deus, que te tirou da terra do Egito[...] que te guiou[...] e tirou água para ti da rocha[...] que no deserto te sustentou. Estas quatro alusões históricas relembram: (1) a libertação do Egito, (2) a presença de Deus no deserto, (3) a provisão de água e (4) a provisão de maná. Mediante a experiência no Egito e no deserto, o Senhor levou Seus filhos a tomarem decisões que evidenciariam sua verdadeira natureza, daí a necessidade de humilhá- [los] e prová- [los]. Ao aplicar testes realmente difíceis, Deus foi um excelente Mestre, porque tinha como objetivo um bom futuro para Seu povo: para, no teu fim, te fazer bem.

8.17 — Moisés avisou os hebreus de que prosperidade e poder geralmente levam a uma autoexaltação e à rejeição de Deus.

8.18 — O poder concedido por Deus não tem relação alguma com a manipulação humana, o domínio político, a competição e todas as outras formas de se obter vantagens e estar na dianteira. Ele é a graça.

8.19,20 — A sentença divina para o povo no caso de este se inclinar a outros deuses era perecer como as nações que os israelitas foram incumbidos de extirpar.