sexta-feira, 23 de outubro de 2015


A Serpente do Éden


Um dos temas que despertam interesse de estudo na Bíblia é a respeito da serpente que, segundo o terceiro capítulo de Gênesis, tentou Eva e fez com que, assim, a humanidade fosse corrompida. Como era essa serpente? Ela falou por si só ou algum “espírito” a manipulou? A partir de agora faremos uma análise muito cuidadosa acerca dessas questões.

Mas antes de "dissecarmos a serpente do Éden", é bom deixar claro de que esse estudo parte do pressuposto de que a narrativa de Gênesis não seja alegórica, mas sim um relato. É claro que existem as interpretações alegóricas da narrativa de Gênesis...

Vamos começar.

A SERPENTE FALOU SOZINHA?

Quase todos os cristãos de hoje afirmam que a serpente não falou sozinha com Eva, mas que o diabo é quem usou a serpente como “fantoche” e tentou Eva dessa maneira. No entanto, muitos judeus e outras pessoas afirmam constantemente que a Bíblia não diz que a serpente foi usada por Satanás, mas sim que ela “falou por si só” porque era a criatura "mais astuta que Deus havia criado". Afinal a serpente do Éden foi “possuída” ou não?

Cientificamente falando, a possibilidade de uma serpente falar sozinha é zero. Isso porque as serpentes são surdas, são mudas (não possuem cordas vocais) e tem a língua bifurcada, e isso as impossibilitaria de falarem por si só. A única chance de uma serpente ter falado algum dia seria a do caso se tratar de algo sobrenatural. É aí que entra Lúcifer.

Então, uma interpretação plausível seria a de que Nachash (o termo em hebraico para a serpente do Éden) era Lúcifer, o líder dos anjos caídos, que possuiu uma serpente para "arruinar a Criação". A associação de idéias apóia-se, gramaticalmente falando, na associação de uma palavra cognata de nachash com cobre ou latão e daí com "brilhante", forçando a aproximação com "Lúcifer", "portador de luz".

O Antigo Testamento não costuma "fazer animais falarem". As únicas exceções são a serpente do Éden e a jumenta de Balaão, mas esta fala por milagre de Deus, o que não é o caso da serpente do jardim do Éden, que obviamente não foi usada por Deus. No entanto a Bíblia evidencia que, realmente, quem fez o “milagre” da serpente falar foi Satanás, pois em Apocalipse, Satanás é chamado de “A antiga serpente”(ton ophin ton archaion, em Apocalipse 20:2). Logo, não resta dúvidas: a serpente não falou por si só; de acordo com a Bíblia, Satanás a induziu.

Uma questão que poderia se levantar por curiosidade seria: por que Satanás se apoderou de uma serpente, e não de um crocodilo, por exemplo? O texto bíblico de Gênesis 3 e a ciência possuem a resposta.

Gênesis 3,1 diz que “a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito”. Esse talvez seria o motivo de Satanás ter escolhido seletivamente a serpente.

As serpentes fazem parte de um grupo diverso de répteis. Elas são animais surpreendentes biologicamente falando: uma serpente consegue engolir presas maiores do que a boca, e se é capaz de fazer incríveis contorcionismos, devido o corpo ter centenas de vértebras. O crânio da cobra é uma modificação do crânio dos diápsidos (lagartos), onde a articulação mandibular permite uma grande abertura da boca, uma vez que os maxilares das serpentes não são fundidos. A variedade de serpentes (ou Ofídios) é impressionante: existem serpentes aquáticas, tropicais, em regiões frias, arborícolas, cavernícolas, enfim... as serpentes, devido á excelente adaptação que adquiriram, conseguiram dominar quase todos os ambientes.

Só essa pequena análise basta para justificar o porquê de Satanás se apoderar de uma serpente.

A MALDIÇÃO MODIFICOU A SUA ESTRUTURA?

Analisando a narrativa de Gênesis 3, vemos que os primeiros seres humanos e antepassados da humanidade, Adão e Eva, foram advertidos por Deus de que, se comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, certamente morreriam, o que fizeram tendo sido instigados pela serpente, tendo Eva aceitado a instigação primeiro e oferecido a fruta a Adão, que aceitou. Como resultado, então, a malícia começa a se manifestar em seus corações: cobrem-se imediatamente, envergonhados por estarem nus. Se escondem de Deus também. Ele, ao encontrá-los, pergunta porque se escondiam, quem lhes havia dito que estavam nus, e se eles o haviam desobedecido, quanto à árvore. Eles confessam o pecado, mas, covardemente, tentam justifica-lo, jogando a culpa um no outro. Após a confissão de Adão e Eva, Deus amaldiçoa a serpente (Satanás), por ser a causadora de todo este infortúnio. Essa maldição se encontra em Gênesis 3, 14:

"Porquanto fizeste isso, maldita serás mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida."

Muitos cristãos afirmam, baseado no versículo acima, que antes a serpente não rastejava, que só começou a rastejar graças á maldição. Estes abrem duas hipóteses com relação á diferenciação que a serpente do Éden possuía com relação ás espécies modernas antes do pecado original.

Uma delas é a de que antigamente a serpente possuía asas. Existiria essa possibilidade? Ou melhor, a Bíblia fala isso? O fato é que não há em nenhum momento a afirmação ou descrição na Bíblia de que a serpente antes da maldição possuía asas; a “serpente alada” faz parte da mitologia de muitos povos como hindus, gregos, aztecas, maias, etc. O dragão citado em apocalipse é chamado de "A antiga serpente", mas isso quer dizer que o dragão representa Satanás, e não que a serpente em sua forma original era alada.

Ainda também existe a questão científica. Segundo a ciência existiria a possibilidade de uma serpente ter tido asas e voar? Temos que entender que para voar, não basta só ter asas. Algumas leis da aerodinâmica devem ser obedecidas, em virtude de uma coisa chamada “Lei da gravidade” descrita por Newton, segundo a qual, existe uma força de atração entre os corpos cuja intensidade é diretamente proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separa. Portanto, além de asas, é preciso que todo o corpo possua uma estrutura aerodinâmica. Os pingüins, por exemplo, tem asas mas não voam, assim como os avestruzes e inúmeras outras espécies de aves que, não obstante até mesmo tem asas, contudo, seus corpos, anatomia e disposição de seus músculos não oferecem ao indivíduo portador de asas a menor condição para voar...

Com os répteis voadores que realmente existiram no passado, como os pterossauros, a regra continuava a mesma. O maior deles, oQuetzalcoatlus (ao lado), mesmo tendo 12 metros de envergadura alar, possuía ossos ocos (para superar a lei da gravidade), tal qual as aves, e uma estrutura aerodinâmica perfeita, além de asas que se formavam de forma similar á dos morcegos modernos.

Entretanto, uma serpente possui o corpo esguio, sem ossos leves, o que é o oposto de uma estrutura aerodinâmica. Além do mais, onde seriam e como seriam as suas asas? O fato é que não existe qualquer estrutura no corpo da serpente que indica que esta possuía asas e voava. Mas e o que dizer da a serpente planadora (Chrysopelea paradisi)? Como o nome diz, esta espécie plana, não voa, e mesmo assim usa esse recurso para "saltar" de uma árvore para a outra. A presença de asas atrapalharia, e não ajudaria a serpente planadora em suas manobras. E mesmo que os dragões cuspidores de fogo tenham existido (a Bíblia no livro de Jó dá margem para a existência desse bicho e estudos recentes na paleontologia também estão abrindo essa possibilidade) eles certamente devem ter tido uma estrutura aerodinâmica, diferente da serpente. (retirado de informações de Syel Ragm Ivo)

A outra hipótese é a de que, antes da maldição, a serpente possuía pernas. Essa afirmação é de certo modo plausível e ao mesmo tempo também não é. Isso porque as serpentes modernas possuem, realmente, "patas vestigiais". Muitos criacionistas afirmam que isso é o que sobrou das pernas que, antes, a serpente possuía. Entretanto, levando em conta o registro fóssil, a história "muda de cara".

De acordo com a paleontologia, os primeiros ofídios apareceram em meados da Era Mesozóica, há 100 milhões de anos atrás, e além de possuírem habitos aquáticos, possuíam pernas. Na verdade, o estudo da transformação biológica que as gerações de ofídios sofreram durante o período da Criação, no início, foi cheio de controvérsias entre os paleontólogos, mas hoje tem-se um panorama mais sólido da questão.

Um antepassado provável dos ofídios parecia realmente uma cobra com patas e seu nome científico era Tanystropheus. A classificação anteriormente dada a essa espécie era como pertencente ao grupo dos ofídios, porém estudos mais minuciosos provaram que a criatura era um Prolacertiforme, mas a posição genealógica da espécie não muda em muita coisa, pois os prolacertiformes foram, até onde as evidências mostram, antepassados diretos de cobras e lagartos.

Algumas cobras da Era dos Dinossauros possuíam diminutas patas, como oPachyrhachis (foto ao lado). Já no Eoceno a coisa muda, pois a Giganthophis, ou Anaconda gigante, não possuía pernas e seus fósseis datam dessa época...Ou seja, as cobras modernas surgiram no 6º dia de acordo com os fósseis, porém antes de Adão. E mesmo que existissem fósseis de cobras com patas no registro Cenozóico (6º dia), existe um fato que não se pode ignorar: tanto o extinto Tanystropheus como o também extinto Pachyrhachiseram animais rastejantes.

Mas então no que realmente a serpente foi afetada com a maldição? O que a Bíblia quer dizer em Gênesis 3?

Assim como a questão das asas, a Bíblia não diz em específico que o animal usado para tentar Eva havia tido pernas e que depois as perdeu. Mesmo que as palavras de Gênesis 3:14 possam levar alguns a pensar que esse tenha sido o caso, não precisamos concluir que, antes dessa maldição, as serpentes eram diferentes das de hoje fisicamente falando. Por que não?

Em especial porque o verdadeiro alvo da condenação de Deus era Satanás — o espírito invisível que fez mau uso daquele animal inferior. A Bíblia chama Satanás de “pai da mentira” e “a antiga serpente”, como já vimos. Essas expressões pelo visto se referem ao fato de Satanás ter usado um animal visível, a serpente, como seu porta-voz para induzir Eva a desobedecer à ordem de Deus(João 8:44; Apocalipse 20:2).

Deus criou as serpentes e, aparentemente, Adão tinha dado esse nome a elas antes desse ato enganador de Satanás. Não se pode culpar a serpente irracional que falou com Eva. Aquele animal não tinha condições de saber que Satanás o manipulava ou de entender o julgamento de Deus contra os desobedientes.

UMA PROFECIA DE MUITO TEMPO ATRÁS

Então, por que Deus falou do rebaixamento físico da serpente? O comportamento típico da serpente no seu ambiente natural, rastejando em seu ventre, simbolizava muito bem a condição rebaixada de Satanás. Tendo antes usufruído uma posição elevada como um dos anjos de Deus, ele foi relegado a uma condição rebaixada (a Bíblia afirma ainda em 2 Pedro 2:4 que Satanás e os demais anjos caídos foram lançados no "tártaro", ou inferno).

A questão da afirmação "pó comerás todos os dias da sua vida" exprime também a condição do Opressor.
Vejam bem: serpentes realmente rastejam, mas... elas não comem pó! Agora observemos esta afirmação sob o prisma espiritual: Satanás é o pai da mentira (João 8:44) e tem o poder da morte (Hebreus 2:14)... podemos considerar que os pecadores e seus pecados são uma espécie de alimento para ele. Observe que, em muitas citações da Bíblia, o pó está relacionado á morte física (leia Eclesiastes 3,20 e Gênesis 3,17-19). Fazendo uma analogia, a serpente (Satanás) realmente passou a alimentar-se de "pó"!

Além disso, assim como uma serpente literal pode ferir o calcanhar de uma pessoa, Satanás, em seu estado rebaixado, "machucaria o calcanhar" do “descendente” de Deus (Gênesis 3:15).

Esse versículo às vezes é chamado de “O Primeiro Evangelho” porque prediz a vinda daquele que nasceria da semente de mulher e “pisaria na cabeça” da semente da serpente, enquanto que a semente da serpente conseguiria apenas “ferir o calcanhar”. E temos aqui uma referência sobre a vinda do Messias, o prometido libertador (Jesus Cristo), que lutará com o diabo. Ele veio da semente da mulher. A semente do homem não é mencionada, somente a da mulher, o que tem implicações na nascimento de Cristo a partir de uma virgem. O diabo “feriu o calcanhar” de Jesus quando Jesus foi morto na cruz. Mas Jesus “feriu a cabeça” de Satanás, um golpe fatal, renascendo da morte, vencendo o pecado, a morte, o inferno e... A sepultura.

Essa "maldição", como podemos ver, trata-se de uma das primeiras profecias relatadas na Bíblia, Assim, ao amaldiçoar aquela serpente visível, Deus ilustrava apropriadamente o rebaixamento e, por fim, a destruição da invisível “antiga serpente”: Satanás.

CONCLUSÃO

Não há dúvidas de que realmente foi satanás que indiziu Adão e Eva a desobedecerem a Deus, por meio de um ofídio indefinido.
Contudo, é de extrema importância que venhamos nos lembrar de que, ainda hoje, o mesmo ser que se apoderou de uma serpente continua a enganar muitos na atualidade, por meio de falsos ensinos, por exemplo. Não é a toa que a Bíblia muitas vezes o chama de "Vil tentador" ou de "Enganador". Que possamos, então, ter discernimento e conseguir resistir ás tentações que o inimigo das nossas almas coloca em desfile á nossa frente. Mas é claro, sempre ter em mente também que "maior é o que está em nós do que o que está no mundo". O poder de Satanás não pode com o de Deus, pode ter certeza!

terça-feira, 13 de outubro de 2015

 dia-de-finados-biblico




O que é o Dia dos Mortos? Esse dia é bíblico?

No dia 2 de novembro se celebra o culto aos mortos ou o dia de Finados. Qual a origem do culto aos mortos ou do dia de Finados?
O dia de Finados só começou a existir a partir do ano 998 DC. Foi introduzido por Santo Odilon, ou Odílio, abade do mosteiro beneditino de Cluny na França. Ele determinou que os monges rezassem por todos os mortos, conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os lugares e de todos os tempos. Quatro séculos depois, o Papa, em Roma, na Itália, adotou o dia 2 de novembro como o dia de Finados, ou dia dos mortos, para a Igreja Católica.
A) os espíritas crêem na reencarnação. Reencarnam repetidamente até se tornarem espíritos puros. Não crêem na ressurreição dos mortos.
B) os hinduístas crêem na transmigração das almas, que é a mesma doutrina da reencarnação. Só que os ensinam que o ser humano pode regredir noutra existência e assim voltar a este mundo como um animal ou até mesmo como um inseto: carrapato, piolho, barata, como um tigre, como uma cobra, etc.
C) os budistas crêem no Nirvana, que é um tipo de aniquilamento.
D) As testemunhas de Jeová crêem no aniquilamento. Morreu a pessoa está aniquilada. Simplesmente deixou de existir. Existem 3 classes de pessoas: os ímpios, os injustos e os justos. No caso dos ímpios não ressuscitam mais. Os injustos são todos os que morreram desde Adão. Irão ressuscitar 20 bilhões de mortos para terem uma nova chance de salvação durante o milênio. Se passarem pela última prova, poderão viver para sempre na terra. Dentre os justos, duas classes: os ungidos que irão para o céu, 144 mil. Os demais viverão para sempre na terra se passarem pela última prova depois de mil anos. Caso não passem serão aniquilados.
E) os adventistas crêem no sono da alma. Morreu o homem, a alma ou o espírito, que para eles é apenas o ar que a pessoa respira, esse ar retorna à atmosfera. A pessoa dorme na sepultura inconsciente.


Embora muitos dos que celebram o Dia dos Mortos chamam-se cristãos, não há nada Cristão sobre tais práticas. A celebração do Dia dos Mortos por pagãos é uma coisa, mas para os Cristãos participarem ou tolerarem tais práticas não é bíblico. Oferecemos esta resposta num espírito de mansidão e respeito, orando para que possamos alertar outras pessoas e equipar os Cristãos, para que possam então ser capazes de responder aos sem esperança e sem Cristo no mundo (Efésios 2:12), quando esses nos perguntam sobre o motivo da esperança que está dentro de nós (1 Pedro 3:15).

A força que leva as pessoas a participarem neste evento profano é a falsa ideia de que por meio de seus rituais e práticas podem conversar com seus queridos parentes falecidos, pois eles supostamente participam destas cerimônias. Isso simplesmente não é verdade. Biblicamente, há apenas mais um "dia" a que os mortos impenitentes podem certamente antecipar: o dia em que estaremos diante de Deus para o julgamento final (Apocalipse 20:11-15). Quando uma alma passa para a eternidade, ou ela entra na presença bendita do Senhor, ou continua a aguardar o julgamento final antes de serem lançadas no inferno eterno. A Bíblia diz que "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo" (Hebreus 9:27). Isto simplesmente e claramente significa que quando uma pessoa morre, o corpo se desintegra em pó, mas a alma permanece consciente no estado em que irá habitar por toda a eternidade, seja na condenação do inferno ou eterna glória com Deus. 

No evangelho de Lucas, Jesus ensinou que Deus criou um abismo intransponível entre aqueles que estão no céu e aqueles que estão em tormento (Lucas 16:26). A palavra grega traduzida como "posto" significa estabelecer ou firmar. Cada alma que morre sem Cristo perdeu toda a esperança. A alma morta e impenitente tem que enfrentar uma eternidade de sofrimento indescritível, destruição eterna, longe da presença de Deus e da glória do Seu poder. O próprio Jesus disse: "E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna" (Mateus 25:46). Antes de morrer, o impenitente desfruta da "graça comum" que Deus concede a todas as pessoas, tanto os maus como os justos. Essas experimentam os cheiros, sabores e sons da vida, podem até se apaixonar e experimentar de outras alegrias que fazem parte da vida. Mas no momento em que morrem sem Cristo, são cortadas de tais bênçãos para sempre.

Como a passagem citada acima ensina, após a morte vem o juízo. Além da decomposição do corpo que segue a morte (o corpo físico volta aos seus elementos físicos constituintes - " ... porque tu és pó e ao pó tornarás" [Gênesis 3:19]), qualquer tipo de negócio aqui na terra chega ao fim, e não pode haver qualquer outro envolvimento nas coisas da vida (Eclesiastes 9:10). Os mortos não têm sabedoria para oferecer àqueles que os consultam no Dia dos Mortos, nem são capazes de ouvir e responder às orações que lhes são oferecidas.

No Dia dos Mortos, cada celebrante que invoca as almas dos que já partiram estão participando de um pecado abominável e totalmente inútil (Deuteronômio 18:10-12). Apenas Um é digno e poderoso o suficiente para invocar os mortos, e Ele vai chamá-los à ressurreição da condenação (João 5: 28-29). Aqueles que morreram em Cristo não estão realmente mortos, uma vez que vão imediatamente à presença do Senhor; a Bíblia diz que esses "dormem". A morte é certamente dolorosa para aqueles que não têm esperança e estão sem Cristo (1 Tessalonicenses 4:13). No entanto, nós que conhecemos ao Senhor somos incentivados pelo conhecimento de que assim como Jesus morreu e ressuscitou, assim, através de Jesus, Deus trará com Ele aqueles que dormem. "Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Tessalonicenses 4:16-18). Esta é a verdade!

A Palavra de Deus nos adverte em Isaías 8:19 a não consultar os espíritos e adivinhadores: "... não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?" Deuteronômio 18:10-11 nos diz que aqueles que consultam os mortos são "detestáveis" ao Senhor. O fato de que a UNESCO oficializou a celebração do Dia do Morto como sendo uma "obra-prima do patrimônio oral e imaterial da humanidade" não altera o fato de que, de acordo com os padrões bíblicos, os Cristãos não devem ter nada a ver com esses mitos (1 Tim. 4 : 7; ver 1:4).

Segundo a UNESCO, as diversas manifestações do Dia dos Mortos são "representações importantes do patrimônio vivo da América e do mundo"; contudo, com todo o respeito devemos declarar as razões bíblicas por que esta comemoração tradicional é espiritualmente nociva e ofensiva. Quando qualquer tradição ou costume é contrária à vontade de Deus expressa na Sua Palavra, não pode haver nenhuma justificativa para honrar e preservá-la. Na verdade, aqueles que a defendem estão estupidamente provocando a ira de Deus (2 Crônicas 33:6). Como já vimos, a Bíblia nos adverte a não consultar (ou fazer perguntas) aos mortos, como muitas vezes é feito no Dia dos Mortos. Em resumo, o povo de Deus deve separar-se das práticas pecaminosas exercitadas nesse ou qualquer outro dia e assim evitar a ira que virá sobre aqueles que as praticam (Apocalipse 18:4).

A missão primária da Igreja é alcançar a todas as culturas e grupos étnicos e fazer discípulos, batizando-os e ensinando-os a observar tudo o que Cristo ordenou (Mateus 28:19-20), até que cada membro do corpo de Cristo esteja de acordo com a imagem do Senhor Jesus (Gálatas 4:19). E enquanto seria bom seguir o exemplo do apóstolo ao tornar-se tudo para todas as pessoas, para que seja possível salvar alguns, isso não significa que seja permissível mudar a mensagem (o evangelho). Pelo contrário, devemos nos humilhar e confiar que Deus vai usar Sua Palavra não diluída para trazer a bênção de salvação para aqueles fora da fé (1 Coríntios 9:22-23). Não devemos participar da alteração criativa do evangelho para remover os seus aspectos de confronto, mas apresentá-lo na sua pureza, embora saibamos que isso vai invariavelmente ofender algumas pessoas, e estas acabarão acusando o verdadeiro evangelista de ser intolerante. Isto não é uma surpresa, pois o evangelho sempre foi uma pedra de tropeço para muitos.

O Dia dos Mortos vai de encontro ao evangelho da verdade encontrado na Escritura. Como tal, deve ser evitado por ser mais uma manifestação das mentiras de Satanás que "anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar" (1 Pedro 5:8).

 



Como o vínculo entre pais e filhos impacta no desenvolvimento infantil

Ter filhos é um ensinamento diário. Não basta apenas alimentar, aquecer, acolher e cuidar da cria. Desde a vida uterina é preciso se conectar com aquele bebê que logo chegará em um mundo onde tudo é novo, ou seja, há uma vida inteira de descobertas. E como nós, pais, podemos ajudá-los?
Algumas receitas simples e que vão auxiliar  na conexão e no desenvolvimento dos nossos filhos foram passadas durante o V Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, promovido pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal,  que aconteceu nesta semana em São Paulo. A convite da Kimberly-Clark,  que busca agregar conhecimento a respeito do desenvolvimento durante os primeiros anos da criança, o blog Mães de Peito cobriu o evento mostrando um olhar diferenciado sobre o que foi exposto pelos palestrantes.  O professor da Universidade de Harvard, Ronald Ferguson, deu cinco dicas práticas para serem colocadas na nossa rotina.
1 – Aumente o amor e administre o estresse dentro de casa
Muito amor, colo, abraços e carinho. Infelizmente não dá para eliminar de uma vez o estresse, mas minimizá-lo e fazer reforços positivos de todas as formas ajudam
2 – Fale, cante e aponte para o seu bebê
Viu uma maçã no mercado? Mostre para ele, diga que é uma maçã, que ela e vermelha, gostosa. Quanto mais o seu bebê associar um objeto ao que você fala e canta para ele, mais habilidades e desenvolvimento ele terá
Charge feita durante o simpósio (Foto: Mães de Peito)
3  – Conte, agrupe e compare
Desde bebê faça brincadeiras lúdicas ensinando a criança os números, o que é grande e pequeno, alto e baixo, largo e estreito, enfim, ensine brincando
4 – Explore
Ajude seu filho a explorar o mundo, o seu corpo com movimentos e brincadeiras divertidas e, de preferência, ao ar livre
5 – Leia e discuta
Leia com os seus filhos desde muito cedo. Não apenas leia a historinha, mas fale com ele depois sobre o livro, faça ele te mostrar onde está o patinho, por exemplo, e o estimule a contar o que ele viu e entendeu
Não tenha vergonha de falar com seu bebê na barriga e quando ele ainda tem poucos dias ou meses de vida. Eles entendem, reconhecem a voz dos pais e se sentem acolhidos desta forma. Vai dar banho? Converse com ele enquanto tira sua roupinha e sua fralda dizendo que chegou a hora de brincar na água, de ficar cheiroso.
Ronald diz que essas pequenas ações no dia-a-dia podem gerar grandes impactos no desenvolvimento infantil das crianças. “80% do desenvolvimento cerebral acontece nos três primeiros anos de vida. As experiências na primeira infância são cruciais e são a base para todos os ensinamentos futuros”, afirma.
Ele ressalta que uma criança que é estimulada desde cedo, quando completa dois anos, está seis meses adiantada – em vários aspectos, como na fala, desenvolvimento motor, entre outros – do que aquelas crianças que não tiveram a mesma participação dos pais.
Charge feita durante o simpósio (Foto: Mães de Peito)
Charge feita durante o simpósio (Foto: Mães de Peito)
A importância da figura materna e paterna no desenvolvimento infantil foi amplamente discutida durante os dois dias de simpósio. Independente de os pais trabalharem  fora ou não, é preciso ter essa conexão durante o período que estiverem com os filhos. “O sucesso do desenvolvimento infantil dos filhos depende dos pais. Eles precisam estar mais tempo com as crianças, engajadas com elas”, disse uma das palestrantes, a americana Lori Roggman, professora de desenvolvimento humano na Universidade de Utah, nos EUA.
EDUCAÇÃO PUNITIVA NÃO FUNCIONA
A psicóloga Rosely Sayão também ressaltou durante o evento  a importância dos pais seguirem seus instintos e tradições na hora de criar e educar seus filhos. “É preciso um olhar atento para os nossos filhos. O que ele quer dizer quando ele chora?”, questiona.
Ela diz que a atual geração de pais faz os filhos pularem etapas da infância obrigando os filhos a ter tarefas e responsabilidades de adultos. Para a psicóloga, os pais precisam dar mais atenção aos filhos e eliminar punições como palmadas, cantinho do pensamento e o uso de tablets apenas com o objetivo de deixar as crianças quietas.  “Essas tecnologias móveis fazem as crianças ficarem caladas, é um cala boca. Elas ficam hipnotizadas. Essa é uma facilidade para os adultos”, diz.
Para a psicóloga, a atual geração está mais centrada nos desejos do adulto do que nos das nossas crianças. “É nesse momento que elas perdem a sua infância”, observa.

 


'Igreja é homofóbica, cheia de medo e ódio', diz padre gay afastado pelo Vaticano



  • Padre católico há 17 anos, o polonês Krysztof Charamsa, 43, causou alvoroço dentro e fora do Vaticano após se declarar homossexual
    Padre católico há 17 anos, o polonês Krysztof Charamsa, 43, causou alvoroço dentro e fora do Vaticano após se declarar homossexual
Sacerdote católico há 17 anos, o polonês Krysztof Charamsa, de 43 anos, causou alvoroço dentro e fora do Vaticano após se declarar homossexual e apresentar seu companheiro, o catalão Eduard Planas, em Roma.

Para o anúncio, o padre escolheu uma data estratégica: dia 3, véspera do início do Sínodo de Bispos, reunião em que líderes da Igreja Católica discutem, até 24 de outubro, questões relacionadas à família.

Em entrevista à BBC Brasil, ele defendeu o anúncio naquele momento por acreditar que "um sínodo que quer falar da família não pode excluir nenhum modelo familiar. Homossexuais, lésbicas e transexuais têm direito ao amor e a construir famílias".

Charamsa também tornou público seu "Manifesto de liberação gay", no qual pede o fim da discriminação de pessoas homossexuais por parte da Igreja Católica.

Após o anúncio, o padre Charamsa foi afastado de seu trabalho como funcionário da Congregação para a Doutrina da Fé (o antigo Santo Ofício, cuja função é promover e tutelar a doutrina da fé e da moral em todo o mundo católico), em que também era secretário-adjunto da Comissão Internacional Teológica. Além disso, foi demitido das duas universidades católicas em que dava aulas, em Roma.

Apesar das consequências imediatas, afirma que sente aliviado. "Sou um padre gay e estou feliz em poder dizer isso abertamente", declara nesta entrevista, concedida em um hotel em Badalona, perto de Barcelona, na Espanha.
BBC Brasil - Após anunciar sua homossexualidade, o senhor tem recebido demonstrações de apoio e críticas. Como vê a repercussão da sua declaração?
Krysztof Charamsa - Por parte do Vaticano, a consequência foi automática. Perdi meu trabalho na Congregação e nas universidades pontifícias. Por outro lado, tenho recebido palavras de conforto, apoio, gratidão e relatos de pessoas que se sentem identificadas e liberadas com meu gesto. Admito que foi um gesto dramático, quase de desespero diante de uma igreja que considero homofóbica, cheia de medo e ódio. Eu vivi o pesadelo da homofobia da minha igreja.
BBC Brasil - Por que o senhor diz que a igreja é homofóbica?
Charamsa - Porque ainda não é capaz de encarar a realidade, não deu o passo dado pela medicina e leis de alguns Estados. Não há nada o que curar na homossexualidade, não é delito ser homossexual. Não se pode viver toda a vida no armário, numa quase esquizofrenia de não aceitação de si mesmo. Você não pode imaginar o sentimento de culpa de um gay crente! A mentalidade cristã fundiu em nós que ser homossexual é pecaminoso e diabólico.
BBC Brasil - Qual é o desafio da Igreja Católica para atrair esse coletivo?
Charamsa - A igreja não faz nada para atrair essas pessoas! Eu trabalhava na Congregação para a Doutrina da Fé, que preparou, de 1975 até hoje, quatro documentos sobre a homossexualidade. Todos se referem aos homossexuais em termos negativos, não à luz da ciência moderna. Os documentos dizem que todo desejo ou ato homossexual não é humano. Como se pode falar assim de uma grande comunidade que sempre existiu em cada época da história?
BBC Brasil - Quando o senhor decidiu que era o momento de dizer ao mundo que é gay?
Charamsa - Sair do armário é um processo difícil e longo, mas hoje vejo o quanto foi necessário e salvífico para mim, me fez feliz, me fez forte. Ao tomar essa decisão, pensei também nas pessoas que por anos vivem em um armário de medo e de ódio.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Estudo Bíblico sobre As Crianças e a Bíblia


Confira aqui Estudos Bíblicos para o Dia das Crianças 2015. A Bíblia é clara ao referir-se sobre a importância de ensinar as crianças no caminho do Senhor, portanto, este é um compromisso da família e da igreja que jamais deve ser negligenciado.
Nós sempre compreendemos que as datas comemorativas nos servem para além de celebrarmos algo especial, refletirmos sobre nossas responsabilidades e compromissos. Assim, o dia das crianças também é importante para nos lembrar de que o cuidado com os pequeninos tem que ser intenso, inclusive na educação.

Desde os mais antigos Deus, se preocupou com o ensino bíblico para a criança. A primeira prova disso é que Ele teve o cuidado de organizar uma instituição educacional que se responsabilizasse pelo ensino, desde a mais tenra idade do indivíduo " o lar ou a família.

Compreende-se que o plano fundamental de Deus concernente à educação do seu povo deveria iniciar no lar. O temor do Senhor, a guarda dos estatutos e mandamentos, deveriam ser passados de pais para filhos, de geração em geração, a fim de que o conhecimento de Deus fosse uma constante entre o povo.

A criança ocupava lugar importante no seio da família israelense (Sl 127.3 e 128.1-3). Sua educação nos preceitos bíblicos era prioridade. Cabia aos pais o zelo pela instrução dos filhos que, por ordem divina, deveria ser constante e diligente (Dt 4.9-10;6.1-7 e 11.18-19).

Está claro nas Escrituras que, de acordo com a vontade divina, os mandamentos do Senhor seriam ensinados em todos os momentos (andando, falando assentados em casa, à mesa, pelos caminhos, de dia e à noite, quando a família se reunia). À criança era concedida a oportunidade de fazer perguntas (Ex 12.26-27; Gn 22.7-8), o que tornava o ensino eficaz e mais interessante.

Mais tarde, além do lar, as crianças também aprendiam com os sacerdotes e profetas. Algumas delas eram dedicadas a Deus e entregues ao sacerdotes para educá-las. Um desses casos é o de Samuel, que foi entregue ao sacerdote Eli ainda bem novinho (1Sm 1.20-28). O profeta também era uma figura importante na educação nacional. Muitos jovens eram enviados às escolas de profetas a fim de estudarem as Escrituras e se prepararem para substituir seus antecessores (1Sm 10.10;19.19; 2Rs 2.5 e 4.38).

Propósito

Deus preparou um plano de reconciliação para a humanidade perdida e distanciada do seu Criador. Havia, portanto, necessidade de transmitir à humanidade a mensagem de perdão, de fé e esperança, bem como os preceitos e normas para uma vida de comunhão com o Senhor.

Para isso, Deus separou Israel, um povo especial, para que o mesmo transmitisse aos outros povos o propósito divino. Era fundamental que as gerações tomassem conhecimento dos fatos acontecidos no passado, para serem enriquecidos no presente e não serem esquecidos no futuro.

A transmissão da herança histórica era assunto que deveria ser ensinado à criança até que ela alcançasse maturidade e, conseqüentemente, condições de transmitir à geração seguinte. Além da história do povo, a idéia do conhecimento de Deus, a adoração e obediência ao Criador, o reconhecimento pelos seus feitos, todos esses aspectos eram pontos fundamentais na educação da criança israelita. Graças a tais cuidados por parte de Deus é que o conhecimento do Todo-Poderoso chegou até os nossos dias.

Crianças educadas, homens usados por Deus
Podemos citar alguns exemplos relacionados ao assunto:

Adão

Entendemos pelas Escrituras que Adão ensinou aos seus filhos quando eles se propuseram a oferecer suas ofertas a Deus (Gn 4.3-4).

Abraão

É certo que Abraão transmitiu os ensinamentos bíblicos a seu filho Isaque ainda pequeno. A prova disso é que o jovem conhecia todo o ritual do sacrifício, e quando seguia para o monte Moriá com seu pai, sentiu falta do cordeiro para o holocausto (Gn 22.7).

educação de Moisés

Ele era o legislador de Israel, foi educado em toda a ciência do Egito como filho de Faraó (Ex 2.10 e At 7.22). No entanto, sua meninice teve a influência dos ensinamentos de sua própria mãe hebréia (Ex 2.8-9), que não descuidou de ensinar-lhe os princípios divinos. Isso lhe serviu de base para não se contaminar com a idolatria e guardar, no coração, o temor do Senhor e a fé em um único Deus, criador de todas as coisas.

O cuidado de Loide e Eunice

Mesmo tendo um pai grego que certamente lhe ensinava acerca da mitologia e da filosofia da época, Timóteo recebeu também de sua avó e de sua mãe ensinamentos das Escrituras (2Tm 1.5 e 3.14-15), desde a sua meninice. Tais fundamentos foram a base de sua fé e conduta, o que o tornou grande evangelista ainda bem jovem.

Através dos tempos

Os ensinos do Antigo Testamento tiveram ressonância através dos tempos e a preocupação em transmitir as verdades bíblicas às crianças foi um dos pontos observados nas sinagogas até mesmo no tempo do cativeiro.

Jesus nunca excluiu as crianças das multidões que vinham a ele ouvir os seus ensinamentos (Mt 14.21). Ele repreendeu seus discípulos quando pretendiam excluir as crianças do seu convívio (Mc 10.13-14).

A continuidade do ensino

Lendo as cartas do apóstolo Paulo, entendemos que o ensino sempre foi assunto de relevância na Igreja (Rm 12.7; Cl 1.28; 2Tm 2.2 e3.14-15) e no lar.

Através dos tempos, a Igreja passou por muitas provações, perseguições e até mesmo profundas mudanças. Todavia, Deus sempre continuou preocupado com a questão da transmissão dos seus preceitos e mandamentos.

Na Reforma

Através da História, constatamos que Deus sempre levantou homens preocupados e interessados na educação. Martinho Lutero, o ilustre reformador protestante, por exemplo, empenhou-se em promover a educação concentrada no lar, como registra o Antigo Testamento. Reconhecia, no entanto, que as autoridades do Estado também deveriam desenvolver programas educacionais para as crianças tomando para si a responsabilidade de ajudar os pais naeducação dos filhos. Ele sugeria um currículo que desse ênfase aos estudos bíblicos e à música (para isso, a Bíblia deveria ser traduzida para o vernáculo, proporcionando a facilidade da leitura da mesma), ao lado de outras disciplinas.

Outro nome é João Calvino, fundador da Academia de Genebra, onde se ensinava a crianças e adultos. Ele teve a grande preocupação de convocar a igreja para retornar à tarefa de ensinar às crianças nos moldes do Antigo Testamento.

Os colonizadores

Da mesma forma como os hebreus nos tempos antigos, os colonizadores nos séculos passados, quando vieram da Europa para habitar na América, não faziam distinção entre educação religiosa e educação secular.

Quase todas as famílias, senão todas, eram protestantes. Vieram para o Novo Mundo fugindo das perseguições religiosas, em busca de liberdade para exercitar a fé em Jesus. A principal razão para ensinar a seus filhos a ler era para que pudessem ler a Bíblia. Assim, procuravam transmitir de modo simples, mas convincente, um patrimônio moral e espiritual e um viver de acordo com os ditames bíblicos.

Cada família tinha o cuidado de realizar o culto doméstico. Os pais chegaram até a ser obrigados por lei a ensinarem os preceitos divinos aos seus filhos.

Surgimento das escolas

Caso os pais não cumprissem seu dever de ensinar, a comunidade se responsabilizava por transmitir um ensino mais adequado e eficaz. Assim foram surgindo as primeiras escolas para complementação do ensino no lar. Aos mais ricos era concedido o privilégio de contratarem pessoas para irem à casa ensinar as crianças.

Atualidade

É fato incontestável que os judeus sempre premiavam pela educação de seus filhos. Eles consideravam a educação tão importante quanto a oração. Esse zelo pelo saber originou-se do preceito bíblico registrado em Deuteronômio 11.19. Ainda hoje se pode observar o cuidado e preocupação em transmitirem aos seus filhos a Lei do Senhor e os preceitos de Jeová. Consideram a educação da criança prioritária.

Somos também o povo escolhido de Deus (Hb 8.10 e Tt 2.14). Assim, a educação cristã está também embasada nos mesmos princípios e ditames expostos nas Escrituras.

A Igreja de Cristo tem como objetivo primordial a salvação do homem e o seu preparo para viver Jesus eternamente. A educação é o agente de mudança.

Para isso, a Igreja se propõe a ensinar a Palavra de Deus de modo sistemático, prático e progressivo, alcançando pessoas de todas as idades, principalmente as crianças. A instituição educacional da igreja é a Escola Dominical. O ensino bíblico, ou melhor, a educação cristã deve ser compreendida como uma tarefa que não se limita apenas a algumas horas de estudo aos domingos na EBD. Mas, como um processo, um contínuo aprendizado de crenças e valores, de hábitos, atitudes, maneiras de sentir e de agir de acordo com o querer de Deus.

Cada cristão deve tornar-se uma pessoa zelosa, praticando boas obras com o objetivo de melhor servir a Jesus e ser capaz de influenciar na vida da comunidade, da sociedade em que está inserido. Nessa tarefa cabe aos pais a responsabilidade maior.

Dificuldades atuais

A sociedade atravessa um período de profundas mudanças. Em conseqüência, os lares são abalados de forma preocupante, o que traz sérios problemas no que se refere à educação do indivíduo.

De um lado está a necessidade da busca de meios de sobrevivência colaborando para que as mães também deixem o lar e se dediquem a algum trabalho para ajudar a sustentar a economia da família. De outro, as mulheres que "vestindo a roupagem" do desejo da realização pessoal e da procura de um "espaço" na sociedade, fogem das suas responsabilidades de esposa e mãe. E ainda levando-se em consideração os desmandos dos pais, as brigas, as ocupações extras, a separação dos cônjuges, que no final chegam ao divórcio na maioria das vezes.

Todos esses acontecimentos na vida familiar levam a criança ao abandono, à falta de orientação, a necessidade de alguém para  identificar-se, de ajuda para resolver seus problemas.

Falta a presença dos pais para incentivá-la a crescer, a desenvolver-se, quer elogiando-a ou repreendendo-a, conforme a situação. Determinando e cobrando tarefas. Ensinando-a a respeitar limites, a ser útil, a participar do grupo familiar. Dando-lhe oportunidade de partilhar das alegrias e das dificuldades do dia-a-dia. Ensinando-a a fazer escolhas e a tomar decisões. Caminhando junto a ela, apontando-lhe o caminho (Pv 22.6). Orientando-a a lidar com seus próprios sentimentos.

São os pais e, principalmente a mãe, as pessoas responsáveis para "descortinar" conhecimentos. É a qualidade do mesmo que determinará seus resultados. Sem dúvida, os ensinamentos bíblicos oferecidos ao indivíduo desde a sua infância é que nortearão sua vida de modo eficaz tornando-o um cidadão honrado. Capacitando-o a colaborar para o bem estar da sociedade e da nação. E, acima de tudo, fazendo-o um futuro cidadão dos céus.

sábado, 10 de outubro de 2015

 


A figueira infrutífera

“Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha; e indo procurar fruto nela, não o achou. Disse então ao viticultor: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho; corta-a; para que ocupa ela ainda a terra inutilmente? Respondeu-lhe ele: Senhor, deixa-a este ano ainda, até que eu cave em derredor, e lhe coloque esterco; e se no futuro der fruto, bem; mas, se não, corta-la-ás” (Lc 13.6-9).

Esta parábola começa com algo estranho: “Uma figueira no meio da vinha”. Vinha é uma plantação de videiras. Por que haveria ali uma figueira? Por uma concessão e propósito do proprietário. Neste texto, como em outras passagens bíblicas, o ser humano é comparado a uma árvore.
O dono da vinha é Deus, o Pai. Se estamos no meio da vinha do Senhor, é apenas por sua graça e amor. Não temos a natureza e a qualidade correspondentes à santidade divina, mas vivemos pela misericórdia. Nunca deveríamos fazer exigências diante de Deus com base em direitos ou méritos. Reconheçamos a graça e sejamos gratos.
Todo cultivo representa investimento e tem um propósito. Nesse caso, o objetivo era a frutificação. O Senhor tem expectativas ao nosso respeito. Ele fez grande investimento em nossas vidas e o maior deles foi o sangue precioso derramado no Calvário. Além disso, ele nos deu o seu Santo Espírito e dons e ministérios.
Os frutos são resultados esperados. O problema é que a expectativa de Deus é, geralmente, diferente da nossa, assim como pais e filhos têm, quase sempre, diferentes desejos e planos. Os pais se preocupam com a saúde, o caráter, a formação educacional e profissional do filho, mas ele, sendo uma criança, talvez queira apenas um brinquedo novo. O que temos desejado, planejado e realizado? Quais têm sido nossas prioridades?
O texto fala sobre um tempo de avaliação. Quando chegamos ao final de cada ano, fazemos avaliações. Aqueles a quem Jesus se dirigia tinham a tendência de avaliar os outros (Lc 13.1-5), mas precisamos fazer o auto-exame (1Co 11.28). Quando o fazemos, é possível que nos gloriemos de muitos resultados que talvez não sejam os que Deus deseja.
Uma figueira pode ser alta, forte, bonita, com folhagem exuberante e até flores, mas, se não tiver fruto, não estará cumprindo sua missão. Todas essas características são boas, porém insuficientes. O bom não substitui o melhor. Afinal de contas, para quê servimos nós? Para produzirmos sombra? Somos enfeites? Nossa madeira terá alguma utilidade? Nossas folhas servirão como vestimentas? (Gn 3.7). O que o Senhor procura em nós é o fruto. Muitos objetos podem produzir sombra, mas a figueira existe para produzir figos.
Podemos ter alcançado tantas coisas nesta vida: dinheiro, bens, posições, cargos, títulos e, ainda assim, não termos produzido fruto.
Quando Jesus voltar, muitos apresentarão um relatório diante dele, dizendo: Senhor, em teu nome nós profetizamos, expulsamos demônios, fizemos sinais e maravilhas. Então, ele lhes dirá: Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade (Mt 7.22-23).
Desta passagem bíblica, entendemos que o exercício dos dons espirituais não é fruto diante de Deus. Tanto é assim que, nos escritos de Paulo, os dons (1Co 12) estão separados do fruto do Espírito (Gl 5.22). Podemos trabalhar muito e não produzir o que Deus espera de nós, assim como Marta trabalhava, mas não agradava ao Mestre (Lc 10.40).
O que seria então o fruto? O antônimo da iniquidade. Não é apenas evitar o pecado, mas fazer algo positivo em seu lugar. “Cessai de fazer o mal e aprendei a fazer o bem…” (Is 1.16-17). O fruto do Espírito é o contrário das obras da carne (Gl 5.16-22). Podemos resumi-lo em duas palavras: santificação e amor. A santificação combate o pecado. O amor não nos deixa inativos, mas nos faz produzir o bem.
Outra forma de definir o fruto é “aquilo que fazemos de bom por outras pessoas”. O que eu fizer por mim mesmo não vale como fruto. Como disse Lutero, “nenhuma árvore produz fruto para si mesma”. Podemos comer e beber do melhor todos os dias, mas nada disso supera o valor de um copo d’água dado ao sedento (Mt 10.42).
Naquela parábola, o dono da vinha veio procurar o fruto e, não o achando, ficou decepcionado. A figueira é um símbolo de Israel e representava diretamente aqueles judeus aos quais Jesus contou a parábola. Em última instância, ela nos representa também, pois Deus tem a mesma expectativa a nosso respeito.
Não tendo achado o fruto almejado, o Senhor mandou cortar a figueira. Temos neste ponto a manifestação da justiça divina. Em seguida, ocorre a intercessão. O viticultor parece representar o Senhor Jesus, que é nosso advogado diante do Pai (1Jo 2.1). Personificando o amor divino, ele clama: “Senhor, deixa-a mais este ano”. Então, a execução judicial foi adiada.
Cada dia das nossas vidas é uma nova oportunidade. Se estamos ainda nesta terra, é porque não fomos cortados. Ainda podemos frutificar.
O viticultor se prontificou a cuidar da figueira, cavando em volta e adubando. O Senhor ainda se propõe a investir mais em nós. O processo pode ser difícil. Cavar em volta pode ser um procedimento incômodo, que vêm romper a dureza do solo, expor o que está oculto, retirar as pedras e nos fazer mais receptivos à água que representa a Palavra de Deus. O adubo pode não ser agradável, não cheira bem, mas é necessário. Precisamos aprender também com as coisas ruins que nos sobrevêm.
Que Deus nos ajude a reconhecer tais processos em nossas vidas, de tal maneira que não venhamos a rejeitar a divina intervenção.
A figueira ganhou tempo, mas uma nova avaliação já está marcada. O juízo final se aproxima. Precisamos frutificar enquanto Deus nos permite.
Jesus disse àqueles homens: “Se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis” (Lc 13.5). O arrependimento é o primeiro fruto que o Senhor procura.
Que tipo de árvore você é?



Existem várias passagens bíblicas que nos mostram que a árvore é símbolo do homem. Uma delas está nos Salmos 1:3 “Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará”.

Diz que o justo será como árvore plantada junto a ribeiros de água; sendo a água um dos símbolos da Palavra de Deus – a Bíblia.

Se o crente não estiver com a sua vida alicerçada na Palavra de Deus, será como uma árvore inútil, e que não servirá para alimentar vidas. E é isso que temos visto em nossos dias, árvores secas, pessoas vazias da Palavra e que dão mal exemplo e péssimo testemunho. Estes só dão frutos podres e problemáticos e ninguém consegue ver ou encontrar frutos desejáveis.

Como disse um estudioso da Bíblia: “Entre o joio e o Trigo só se sabe quem é quem quando os frutos aparecem. Você abre o Trigo e ele tem o alimento, e o joio quando é aberto está vazio”. E isso é uma grande verdade! O joio não serve para nada não alimenta vidas. Sua semente pode até matar, mas o Trigo é cheio, e serve para alimentar vidas. Com o Trigo podemos preparar vários alimentos, inclusive, o pão que é um alimento universal.

Aprendemos algo muito importante com essa simbologia da árvore e o homem. A árvore só está de pé quando suas raízes adquirem certa profundidade, fica enraizada e então, produzirá frutos. Assim é a nossa vida! Só produziremos frutos quando estivermos enraizados na Palavra de Deus. Não sendo só ouvintes, mas praticantes da Palavra.

Não adianta somente dizer: “leia a Bíblia”! Pois advogados, juizes, espíritas, e outros segmentos seculares, diabólicos ou não, também lêem a Bíblia. Mas devemos praticar a Bíblia. Pois, muitos hoje, atrás de púlpitos lêem a Bíblia e tem certo conhecimento das Escrituras, mais são árvores secas, que não alimentam vidas; os seus frutos produzem morte. Porque, apenas falam do que está na Bíblia, mas não vivem e nem praticam a Palavra de Deus.

Não adianta dizer que servem a Deus, e que conhecem a Bíblia, se os frutos não condizem com o que falam.
Eu nunca vi uma árvore dar frutos pela metade! Nunca vi uma mangueira seca de um lado, e do outro produzindo mangas! Ou é árvore frutífera, ou é árvore seca. Sem meio-termo! O próprio Jesus falou que: “Assim toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”. (Mt 7:16-20) Palavras gloriosas que saíram da boca do próprio Senhor. Fica bem claro que a árvore má produz frutos, só que são frutos maus. E esse é o sinal que o Senhor nos dá para identificarmos a árvore má e a árvore boa: pelos seus frutos.

Quando vejo pessoas que se dizem crentes odiando os outros, desejando que os outros caiam, que se desviem, mentindo, caluniando, eu fico a me perguntar: com quem essas pessoas estão aprendendo essas coisas? Com Cristo não é, pois o Senhor Jesus disse: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Portanto, se você ver pessoas desejando mal ao próximo, se alegrando com a fraqueza dos outros, brigando, praguejando, pode ter certeza que é uma arvore má e está aprendendo com o próprio diabo e não com Cristo. Pois Ele nos ensinou ser humilde e manso de coração. Ensinou-nos a perdoar e a pedir perdão.

Quando uma árvore está seca, isso é notório. É visto de longe! Ela ainda está no mesmo local em que foi plantada, ainda continuam chamando-a de mangueira, ou goiabeira, ou seja, o nome que for, mas não é mais fértil. Está seca! Não alimenta mais vidas. No local em que foi plantada a água não irriga mais. Logo, ela secou e para nada mais presta. Ela estar plantada no mesmo lugar e ser chamada de mangueira, é só uma questão de tempo, pois o Agricultor virá, e mostrará a todos que ela é uma árvore inútil. Lembra do que Ele fez com a figueira? A amaldiçoou, e disse: Nunca mais nasça fruto de ti! Sabemos que essa figueira simboliza a nação de Israel, mas que também simboliza o homem e a mulher. E se Deus estiver procurando frutos em tua vida e não achar? Cuidado! Ele ainda é o mesmo, e a quem muito é dado, muito será cobrado. Portanto, se você é uma mangueira, você tem a obrigação de dar mangas, pois essa é tua função. Se você falhar, Deus cobrará muito caro de você, pois Ele é amor, mas é justiça também.

Se a árvore estiver plantada em uma boa terra, terra molhada irrigada pela Palavra de Deus, jamais secará. Mas se a terra secou, não é mais irrigada com a Água do Espírito, certamente essa árvore secará.

Um dos sintomas que mostra que uma pessoa está seca e que não produz mais frutos bons é quando pensa e age como que: só ela serve a Deus; só ela tem um ministério; só ela tem um chamado; só a igreja dela é a certa; que só ela tem a razão, e se julga até insubstituível. Isso é terrível! Essa pessoa está sequíssima, e não alimenta mais vidas.

Cuidado, para não pensar que os frutos da estação passada te alimentarão pelo resto da vida! Não podemos esquecer que todo ano, a árvore tem de produzir novos frutos. Pois os frutos do passado, da estação passada, foi para aquele momento. Não é a toa que todo ano a árvore tem de produzir frutos, e existem árvores que produzem o ano todo, e você nunca sente falta de determinados frutos, você os come por toda a sua vida.

Que tipo de árvore você é? Aquela que produz maus frutos, ou a que produz bons frutos só em uma estação, em um período do ano? Ou você é aquela que produz frutos durante todo ano, e nunca deixa de produzir? Pense nisso!

É triste vermos pessoas, que um dia foram árvores férteis, que serviram para alimentar vidas, que quando abriam a boca realmente tinham palavras de vida, e agora o que lhes restaram foram palavras de morte. “Pastores” que usam os púlpitos, não mais para alimentar vidas, mas para desabafos, para afrontar e tentar desmoralizar os outros, pensando que só eles estão certos.

Não enxergam que são árvores secas, e que de longe isso é notório. Não tem mais Palavra e nem a Rhema de Deus (palavra revelada). As palavras que pregam são baseadas em intrigas e fofocas que lhe chegaram aos ouvidos. Não tem unção. Querem gritar para mostrar aos outros que estão de pé, mas não estão. Gritam por emoção e não por unção. Estão vazios! Querem viver dos frutos que produziram no passado. Os seus corações estão cheio de ódio, inveja, rancor e orgulho. Criam frases heréticas dizendo que: Sou insubstituível! Isso é uma heresia terrível, pois os únicos que são insubstituíveis são: O Pai, o Filho, e o Espírito Santo.

Como mencionei no início deste estudo que a árvore é símbolo do homem. Então vejamos:

Se o agricultor tem um pé de laranja, e por algum motivo esse secou e, não tem mais produzido laranjas, o agricultor vai arrancá-lo, adubar, irrigar e tratar a terra, para plantar outro pé de laranja no lugar desse que secou. Esse novo pé de laranja que foi plantado no lugar do outro, o substituirá, e dará laranjas, e não limão ou outra fruta qualquer.

Nesse mundo, NINGUÉM é insubstituível. Pobre coitado e miserável é aquele que pensa que Deus nunca o substituirá. Aquele que pensa assim, Deus fala com ele da mesma forma que disse para Saul: Que ele veria o seu sucessor (Davi) crescer diante dos seus olhos. Pois segundo o dicionário da língua portuguesa substituir é: pôr ou ser posto em lugar de outra pessoa, tirar mudar ou deslocar para por outro e etc. E foi isso que aconteceu com Saul; Foi substituído por Davi, ficou para traz, e Davi viu a glória de Deus.

Em Ezequiel existe uma passagem fantástica que diz: “Assim saberão todas as árvores do campo que eu, o Senhor, abati a árvore alta, elevei a árvore baixa, sequei a árvore verde, e fiz reverdecer a árvore seca; eu, o Senhor, o disse e o farei” (17:24). É o Senhor que abate os que se exaltam, que se acham insubstituíveis. É o Senhor quem os derruba, e faz a árvore baixa crescer diante dos seus olhos. Pois ninguém julga como o justo juiz.

Jesus nunca desejou o mal de ninguém, nem mesmo o de Judas que o traiu, nem mesmo o de Pedro que o negou, nem mesmo daqueles que o matou. Ele disse a cerca dos tais: “Pai, perdoa-os, pois eles não sabem o que fazem”.

Esse é o sinal de uma árvore que produz bons frutos; não retribui o mal com o mal; não calunia; não mente contra o seu próximo, perdoa, não só de lábios, mas de coração.
Portanto, você é uma árvore, e é hora de analisar que tipo de frutos você está produzindo, ou melhor, é hora de analisar que tipo de árvore você é: se é boa, ou má.

“Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos”. (Jó 14:7)

Se você se identificou como uma árvore má, que seus frutos não estão agradando ao Agricultor, deixa Ele te podar. Pois Ele te podando crescerás novamente, e darás bons frutos. Ele quer que você produza frutos dignos de arrependimento. Só assim você brotará, e serás renovado pela Palavra de Deus.

“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu castiçal, caso não te arrependas”. (Apoc. 2:5).

Deus ainda te dá uma nova chance de se arrepender, de voltar ao primeiro amor. Deus te dá uma nova chance de salvação. Mas se não te arrependeres e o teu castiçal for arrancado, então ficarás como Saul, que jamais voltou para a posição que Deus o arrancou. “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”.