domingo, 26 de abril de 2020


Efésios 6

6.1-4 - Esse trecho tem o belo equilíbrio que esperamos encontrar na Palavra de Deus: os filhos devem obedecer aos pais, e os pais devem tratar os filhos de tal modo que estes se submetam aqueles. Os filhos devem obedecer aos pais por amor a Cristo, mesmo que os pais não sejam cristãos. Honrar pai e mãe e o único dos Dez Mandamentos que e seguido por uma promessa (Dt. 5.16) e respalda essa ideia. Sem dúvida, os filhos cristãos não devem fazer nada imoral, ainda que os pais ordenem que façam. Nesse caso, os filhos devem obedecer a Deus, e não aos homens (At. 5.29). Os pais, por sua vez, não devem ser excessivamente severos com os filhos nem ridicularizá-los: não provoqueis.

6.5 - Grande parte da população do império romano era de servos ou escravos. Essas pessoas eram consideradas meros bens e podiam sofrer abusos e até ser mortas por seus senhores sem nenhuma investigação do Estado. Em contrapartida, a despeito das funções distintas, na Igreja, os senhores ricos e seus escravos partiam o pão juntos e comiam-no a mesa do Senhor, como pessoas com o mesmo valor. Sem duvida, alguns escravos eram lideres espirituais com dons e ministravam a Palavra a pessoas que estavam muito acima deles na escala social.

6.6 - Não servindo a vista. Servos e senhores devem servir fielmente a Cristo, mesmo quando ninguém esta observando. Afinal, Deus vê tudo o que fazemos [e lhe prestaremos contas].

6.7 - Como a qualidade de nosso trabalho seria melhor se o fizéssemos em dedicação ao Senhor!

6.8 - A expressão recebera todo o bem que fizer se refere as recompensas futuras (Cl. 3.23-25) que serão dadas por Deus aqueles que aqui nesta terra tiverem vivido de acordo com a Sua Palavra e, por meio de suas ações e palavras, tiverem dado testemunho de Seu evangelho.

6.9 - Os senhores cristãos não devem fazer ameaças aos seus servos, mas devem lembrar-se de que eles também são servos de um Senhor no céu muito superior, que e totalmente justo. O Senhor que esta no céu e muito superior e totalmente justo.

6.10-20 - Esta passagem e uma das mais conhecidas e mais gratificantes de todo o Novo Testamento. Paulo provavelmente teve muito tempo para observar as partes da armadura de um soldado romano; afinal, por um longo período ele foi vigiado por um guarda durante sua prisão domiciliar em Roma.

6.10 - Fortalecei-vos também poderia ser traduzido por sede feitos fortes. A voz passiva do verbo no original grego sugere que nos mesmos não podemos fazer isso; só podemos ser fortalecidos pela graça do Senhor em nos, por meio de nossa fé que coopera com Ele.

6.11 - Toda a armadura de Deus e a proteção do cristão contra o mal e o maligno. Paulo usou a armadura usada pelo soldado romano em combate como uma alegoria da proteção espiritual que o cristão desfruta, tendo a salvação, a justiça, o evangelho e a Palavra, a fé, a paz como poderosas armas a sua disposição para combater o bom combate e vencer. Ciladas do diabo são truques sutis de Satanás para enganar e enredar os cristãos na guerra espiritual (2Co. 11.3).

6.12 - Nossa verdadeira batalha não e contra seres humanos, mas contra os seres espirituais, demoníacos, que estão operando no mundo espiritual e por intermédio de pessoas que não se submetem a Cristo, embora elas talvez nem tenham consciência disto.

6.13 - Para alguns, o dia mau e uma referência ao final dos tempos, quando o maligno iniciara uma campanha violenta contra Cristo e Seu exército. Uma visão mais comum e que qualquer luta espiritual na vida de um cristão pode estar em questão aqui.

6.14 - Os versículos 14-17 apresentam as seis “pecas” da armadura espiritual. Quatro são mencionadas de modo especifico, mas o cinturão e as sandálias estão implícitos. Tendo cingidos os vossos lombos com a verdade. Os soldados cingiam-se com um cinto, do qual pendiam tiras de couro para proteger a parte inferior do corpo. A verdade e considerada fundamental por Paulo (Ef 4.15,25), porque um cristão desonesto não pode esperar resistir ao pai da mentira, o diabo. A verdade em questão aqui também e a integridade, demonstrada por meio da autenticidade e honestidade.

E vestida a couraça da justiça. Nos tempos romanos, a couraça, feita de couro duro ou metal, envolvia o corpo todo do soldado, para que todo o tórax dele [onde estão concentrados os órgãos vitais] fosse protegido. A justiça que a couraça representa e tanto a justiça de Cristo, imputada a todos os cristãos, como as boas obras dos cristãos.

6.15 - Calcados os pês na preparação do evangelho da paz. Os pês de um soldado romano eram calcados com sandálias duras, de couro, que tinham tachas. Paulo usou essa imagem para representar a preparação do evangelho da paz Isso pode significar que o evangelho e o firme fundamento no qual os cristãos devem apoiar-se, ou que o soldado cristão deve estar preparado para seguir o evangelho e levá-lo por onde andar, para propagá-lo.

6.16 - Tomando sobretudo o escudo da fé. Sobretudo pode significar que o escudo deve ser usado contra tudo, mas também que ele deve proteger toda a armadura. Normalmente, o escudo de um soldado romano media cerca de 80 cm por 120 cm. O escudo do cristão oferece proteção contra todos os dardos inflamados do maligno. As flechas com fogo não podiam atravessar o escudo do soldado da Roma antiga, nem os ataques de Satanás podem penetrar o coração e a mente do cristão que deposita sua fé em Deus.

6.17 - O capacete da salvação. O capacete romano de modelo complexo protegia a cabeça do soldado e também o fazia parecer mais alto e imponente. A espada do Espírito e arma de defesa e de ataque para o cristão. E a Palavra especifica que precisamos desembainhar numa determinada situação para combater um golpe desferido contra nós e desarmar nosso oponente, fazendo-a penetrar nele. Para ter a Palavra precisa a mão, o cristão deve conhecer intimamente toda a Bíblia e saber manejá-la, usá-la bem.

6.18-20 - Paulo, um homem de oração (Ef. 1.15-23; 3.14-21), termina esta grande seção de sua carta para os cristãos de Éfeso com uma exortação para que se dediquem a oração.

6.18 - Sem a oração, toda a armadura seria inútil para os filhos de Deus. As orações gerais e as petições específicas no Espirito devem ser feitas por todos os cristãos e em todas as ocasiões, o que significa que eles devem manter-se orando em todo tempo. Eles devem lembrar-se ainda de que, além das orações, perseverança e paciência são essenciais.

6.19 - O apóstolo Paulo não se envergonhou de pedir aos outros cristãos que orassem para que ele tivesse a coragem e oportunidade de anunciar o evangelho. Mesmo estando na prisão, ele queria continuar a ser uma testemunha fiel do Senhor.

6.20 - Paulo era um embaixador em cadeias do evangelho de Cristo em Roma. Sua oração era para que ele pudesse falar livremente, como convém falar um embaixador do Rei dos reis.

6.21-24 - Os últimos versículos de Efésios revelam o apreço de Paulo pelo ministério de outros, especialmente o ministério de Tiquico (Cl 4-7). O fato de esta carta não terminar com saudações pessoais, como outras epístolas de Paulo (Rm 16), pode indicar que essa era uma carta circular, destinada a varias igrejas em torno de Éfeso. Sinceridade também poderia ser traduzida por sem corrupção.

quinta-feira, 23 de abril de 2020


Estudo de Hebreus 4:12

Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração.
Hebreus 4:12

Para a palavra de Deus – O design deste e do versículo a seguir é óbvio. É para mostrar que não podemos escapar da observação de Deus; que toda a falta de sinceridade, descrença e hipocrisia serão detectadas por ele; e que, como nossos corações estão perfeitamente abertos diante dele, devemos ser sinceros e não devemos tentar enganá-lo. A sensação é de que a verdade de Deus é toda penetrante e perspicaz, e que os verdadeiros pensamentos e intenções do coração serão trazidos à luz, e que, se houver insinceridade e auto-engano, não haverá esperança de fuga. Houve uma grande variedade de opiniões aqui sobre o significado da frase “a Palavra de Deus”. Alguns supuseram que isso significa o Senhor Jesus; outros, a totalidade da revelação divina; outros o evangelho; outros, a ameaça específica mencionada aqui. A “Palavra de Deus” é “o que Deus fala” – seja uma promessa ou uma ameaça; seja lei ou evangelho; seja uma declaração simples ou uma declaração de uma doutrina. A idéia aqui é que o que “Deus havia dito” é adequado para detectar hipocrisia e abrir a verdadeira natureza dos sentimentos da alma, para que não haja escapatória para os culpados. Sua “verdade” é adaptada para trazer à tona os sentimentos reais e mostrar ao homem exatamente o que ele é. A verdade sempre tem esse poder – seja pregado, lido ou comunicado por meio de conversação, ou impresso na memória e consciência pelo Espírito Santo. Não há como escapar da aplicação penetrante e perspicaz da Palavra de Deus. Essa verdade tem poder para mostrar o que é o homem, e é como uma espada penetrante que abre todo o homem; compare com Isaías 49: 2 . A frase “a Palavra de Deus” aqui pode ser aplicada, portanto, à “verdade” de Deus, por mais conhecida que seja a mente. De alguma maneira, revelará os sentimentos reais e mostrará o que é o homem.
É rápido – o grego ??? zon- “vivendo”. Não está morto, inerte e impotente. Tem um poder “vivo” e é enérgico e ativo. É “adaptado” para produzir esse efeito.
E poderoso – Poderoso. Seu poder é visto no despertar da consciência; alarmar os medos; revelando os sentimentos secretos do coração, e fazendo o pecador tremer com a apreensão do julgamento vindouro. Todas as grandes mudanças no mundo moral para melhor foram causadas pelo poder da verdade. Eles são tais como a verdade em sua própria natureza é adequada para o efeito, e se podemos julgar seu poder pela grandeza das revoluções produzidas, nenhuma palavra pode superestimar o poder da verdade que Deus revelou.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Amós 8
8.1-3 — Frutos do verão. As frutas que amadureciam no final da colheita, no final do verão, eram uvas, romãs e figos. Chegou o fim. Amós não podia entender o sentido dessa visão até Deus ter se pronunciado. A perversidade de Israel estava prestes a resultar em uma colheita-juízo. A maioria das boas colheitas constitui-se em tempos de alegria. Mas, nessa colheita, os cânticos do templo - os cânticos de ação de graças - virariam choro, pois a ceifa seria a da morte. 

8.4 — O termo destruís implica deixar sem meio de sobrevivência. 

8.5 — A festa da lua nova, comemorada no primeiro dia do mês do calendário hebraico, era um dia de sacrifícios especiais, um festivo sábado (Nm 28.11-15; 1 Sm 20.5). Em vez de cumprir a lua nova e o shabbat semanal com adoração, agradecimentos e descanso, as pessoas estavam impacientes para continuar a fraudar e oprimir os pobres. Em tempos bíblicos, o e f a era a medida mais comum de volume seco. Diminuir o efa, portanto, era enganar o freguês, roubando no peso. O siclo era uma unidade monetária. Aumentar o siclo, portanto, era roubar no preço (peso da prata), em relação à mercadoria entregue. 

8.6 — O sistema de servidão temporária, usado em Israel, para membros da comunidade da aliança deveria ser humanizado e ter um tempo delimitado (Êx 21.2,3; Lv 25.39-55). Os ricos e poderosos da época de Amós estavam fazendo dos pobres de Israel escravos, depois de os despojarem de suas terras. As cascas do trigo. As cascas e o refugo de eira, talvez até com fungos ou umidade, eram misturados ao trigo de qualidade para engrossá-lo e, assim, aumentar os lucros.

8.7 — A fórmula do juramento hebreu ressalta a sua seriedade: Deus não se esquecerá. A expressão as suas obras se refere às injustiças econômicas que Amós atacou nos versículos 4-6, bem como outros pecados, inclusive a infidelidade a Deus. 

8.8 — As expressões o grande rio e o rio do Egito referem-se ao rio Nilo. E será arrojada, e se submergirá. O Nilo sobe e desce vários metros em sua enchente anual. Amós pode ter tido a intenção de retratar um forte terremoto, em que as subidas e descidas da terra seriam tão trágicas quanto as vazantes e cheias do Nilo. Embora as enchentes do Nilo costumassem ser bem suaves no Egito, um terremoto que se parecesse com uma delas seria de fato violento. 

8.9,10 — O juízo de Deus reverteria tudo radicalmente - a luz à escuridão e a alegria ao luto. Naquele dia deve estar referindo-se ao dia do Senhor (5.18). Saco, um tecido áspero de pêlo de cabra ou camelo, era uma roupa desconfortável de se usar. Era, portanto, usado sobre a pele como sinal de luto ou de grande aflição. Raspar a cabeça para criar uma calva temporária era outro sinal de luto. 

8.11 — Em Amós 4.6, o profeta lembra ao povo de Israel que Deus enviara a fome à nação, e ainda assim o povo não havia se voltado para Ele. Agora, a fome seria não de comida, mas de ouvir as palavras do Senhor .

8.12,13 — De um mar até outro mar significa do mar Morto ao Mediterrâneo. Por toda parte. Quem procurasse a palavra de Deus em Israel teria de percorrer todo o entorno do território israelita, mas sem resultados. As virgens formosas e os mancebos referem-se àqueles que são os mais vigorosos e capacitados a sobreviver.

8.14 — Dá, no extremo norte, e Berseba, no extremo sul, eram as fronteiras dos domínios significativos de Israel. No tempo de Amós, Berseba ficava no reino de Judá. Israel podia até fazer juramentos em nome do Senhor, alegar que o adorava fielmente, do extremo norte ao extremo sul de sua terra, mas isso não aliviaria a fome da palavra de Deus.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Os quatro cavaleiros do Apocalipse

APOCALIPSE 6: 1–8

CAVALO BRANCO

“E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer. E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem e vê!” – Versos 2 e 3.
O que estava sobre ele tinha um arco e uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer. Este  é o Senhor Jesus, o único que venceu todas as batalhas desde a eternidade. O arco representa a revelação, arma que dá a vitória à distância, sem a necessidade de um confronto corpo a corpo. Jesus veio na revelação do Pai para reinar sobre todas as coisas e todo o poder Lhe foi dado nos céus e na terra. Ele é o Rei da Glória.
Os demais cavalos que são soltos, vêm para pelejar contra o cavalo branco, com o propósito de derrotar sua obra, e cada cavalo solto prepara o cenário para o surgimento do próximo.

CAVALO VERMELHO

“E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada”. – Verso 4.
O que estava sobre ele tinha o poder de tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada.
Representa o Movimento Bolchevista que culminou com a Revolução Russa em 1917. Este movimento trouxe para grande parte do mundo a falta de paz e a morte. A Guerra Fria e os mortos em número estimado em 50 milhões na Rússia são exemplos disso. Dentre os líderes que surgiram após a Revolução Russa, Stalin se destacou pela crueldade.

CAVALO PRETO

”E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro animal, dizendo: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho.  E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê!” – Versos 5 a 7.
O seu cavaleiro tinha uma balança na mão e trazia fome sobre toda a terra.
Representa o surgimento do Nazismo alemão de Adolf Hitler, que trouxe a fome a inflação e a miséria. A partir do final da  2ª Guerra Mundial, o mundo entrou num processo de desenvolvimento científico e tecnológico, visando o melhoramento do padrão de vida das pessoas, mas este desenvolvimento deixou muitas nações do planeta numa difícil situação, pois elas não conseguiram acompanhar este desenvolvimento, trazendo como conseqüência  a fome e a miséria para suas populações. Podemos perceber isso principalmente na África e em outros países subdesenvolvidos.

CAVALO AMARELO

“E olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra”. – Verso 8.
O seu cavaleiro se chama Morte, e foi-lhe dada autoridade sobre ¼ da terra para matar à espada, pela fome, pela mortandade e por meio das feras da terra.
Aponta para o Movimento Econômico e Comercial liderado pelos Tigres Asiáticos, os povos de raça amarela (Japão, China, Coréia, Malásia, Singapura, Taiwan e Hong Kong). Estes povos têm se levantado nesta última hora, como um grande poderio econômico e comercial de penetração em vários países do mundo, inclusive potências econômicas. Sua tecnologia avançada, principalmente na área da eletrônica, e sua mão de obra baratíssima, não tem competidores.
A China adotou o sistema do Cavalo Vermelho para se defender do Cavalo Preto.
Muitos destes povos viveram anos e anos de conflitos e guerras entre si e com outras nações, de modo que as “feras” citadas na Palavra, são os vírus mortais que surgiram destes conflitos.
O Cavalo Amarelo está desencadeando um processo de morte, fome e peste sobre o mundo. A competitividade gerada por ele e a conseqüente diferença de classes entre os povos, estão deixando um rastro de morte por causa da crescente violência, em virtude de fatores como o desemprego e falta de educação, de fome porque a produção agrícola diminui a cada ano, apesar do crescimento demográfico mundial  e de peste, pois o próprio sistema implantado favorece o surgimento de doenças novas e mais difíceis de combater.