quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

 

“A RODA GIGANTE DA TUA VIDA VAI GIRAR E QUEM TE VIU POR BAIXO VAI TE VER POR CIMA,
QUEM TE VIU CHORANDO VAI TE VER SORRINDO..."

Inacreditavelmente, acerca desse “apotegma evangélico”, pronunciado por irmãos habituados a citar em suas pregações e seus louvores e por outras que atuam, no presente do indicativo, em áreas da homilia em diversificadas funções eclesiásticas, percebi que, desde obreiros e aspirantes ministeriais a dirigentes de trabalhos de Círculo de Oração, grande foi a “abelhudice” e a “disforia” destes, em saber se existia alguma base bíblica para refutar este jargão que é tão comumente usado por muitos militantes no ministério da Palavra e do louvor existentes a décadas.

Esta frase, que é inclusive citada em pregações de pastores renomados no mundo cristão e sempre presente em trabalhos de círculos de oração ou cultos espalhados por este vasto país, gerou inquietações generalizadas e algumas indagações proeminentes já esperadas, entre elas a questão de ser ou não ser um tipo de “invencionice inovadora” infundamentada ou, pasmem os senhores, um tipo de “pecado herético”.

Nestes quase 30 anos lecionando em salas de aulas e, destes, 20 anos contribuindo para a formação de obreiros e teólogos no nosso querido Estado alagoano, temos nos deparado com essa e outras frases idiomáticas interessantes.

Poucos não são os questionamentos ofensivos por parte de muitos desconhecedores sobre tal adágio. Qualquer frase ou afirmação deve estar fundamentada na Bíblia. Existem normas e requisitos interpretativos que precisam ser levados em conta e obedecidos. Para que possa evitar aquilo que chamamos de “ Heresia”. Mas, vamos aos fatos!

Folheando as Sagradas Escrituras, não são poucas às vezes onde visualizamos os hagiógrafos se utilizarem de forma rotineira das famosas “Linguagens figuradas”.

A Bíblia usa linguagem simbólica e figurada, podendo ser compreendida por seu contexto ou até mesmo por comparação de outras passagens focando a mesma temática. Para essa linguagem ser vista, precisamos tão somente nos deleitarmos nos textos bíblicos e, em sintonia com os céus, pedirmos ao Senhor que “Desvende os nossos olhos, para que possamos ver as maravilhas da Lei do Nosso bom Deus” (Sl 119.18).

Muitas são as palavras presentes na Bíblia que foram empregadas com sentidos variados. Parte delas devem ser apreciadas na “lítera” observando textos e contextos porém outras devem ser avaliadas de forma metafórica.

Quando tratamos de “Simbologia Bíblica”, “Linguagem Simbólica” ou “ Comunicação Bíblica por Sinais” precisamos levar em conta uma noção clara dos símbolos, tipos, antítipos, sombras e variações. Assim sendo, concordando com o professor e doutor Joel Leitão de Melo, um tipo pode envolver vários símbolos e linguagens e, além do mais, é muito difícil compreender ou interpretar uma profecia bíblica sem entender a significação e linguagem simbólica.

Nós temos um exemplo bem claro disso no próprio Tabernáculo (Ex 25.8-9), onde cada peça, cada parte, cada utensílio tem sua representação, tem seu significado. A arca (Ex 25.10-16, 37; Hb 9.4), O altar do incenso (Ex 30.1-9; 34-38), o Castiçal (Ex 25.31-40; 37.17-24); A Mesa (Ex 25.23-30); A Pia (Ex 30.18-21); O Altar de Cobre (Ex 38.1-7) possuem uma “Linguagem Tipológica” para que se possa entender o seu significado. Mas além de elementos e instrumentos tipológicos temos também pessoas, eventos e histórias e possuem verdades intrínsecas na esfera da Tipologia Bíblica.

Um dos recursos bastante usados na Bíblia para Deus revelar suas verdades através de sua “ Comunicação Divina” também é o das famosas Figuras de Linguagens tais como Figuras de Construção ou Sintaxe, Figuras de Pensamentos e também Figuras de Palavras. A Bíblia é muito rica nisso.

É exatamente neste ponto onde está a beleza do dinamismo linguístico bíblico e também secular. Queridos, a linguagem, verbal ou textual, não deixa de ser uma atividade intelectual e exclusiva dos seres humanos. A prova salutar disso é que ao pronunciarmos uma frase ou uma palavra estamos, no mínimo, de acordo com o gramático José de Nícola e também baseado no que defende o Dr. Ulisses Infante, expressando um determinado “Estado mental” em uma decodificação adotada por um determinado grupo ou sociedade que comunga um mesmo território e/ou Etnia.

Não é novidade que para a linguagem cumprir sua “função social” neste dinamizado processo de comunicação é preciso que as frases verbais ou escritas tenham um determinado “Significado” comum ao meio que se é utilizada. Concordam?

Pois bem. A linguagem que age como decodificadora dos famosos “signos” ou “sinais, para ser linguagem DEVE SER COMPREENDIDA POR UMA COMUNIDADE OU SOCIEDADE EM COMUM.

Ora, como a mente humana tem uma imaginação criadora e por ser a linguagem dotada por uma “liberdade de expressão”, UMA MESMA FRASE PODE TER SEU SIGNIFICADO AMPLIADO, LEVANDO A SEUS OPERANTES A CONSTANTES E NOVOS CONCEITOS POR MEIO DE “ASSOCIAÇÕES”.

Observemos agora a frase:


“A RODA GIGANTE DA TUA VIDA VAI GIRAR E QUEM TE VIU POR BAIXO VAI TE VER POR CIMA, 
QUEM TE VIU CHORANDO VAI TE VER SORRINDO...”


O que é que vemos aqui a não ser uma forma de expressão comum a qualquer bom entendedor textual e gramatical, que é bem compreendida por seu uso na Sociedade hodierna Evangélica, representando, dentro da sua extensão conceitual, o conjunto de objetos do qual esse conceito, segundo o dicionarista e vocabularista de linguística moderna, Professor e Dr. Francisco da Silva Borba, “É o ATRIBUTO, EM CONTRASTE COM A SUA ‘CONOTAÇÃO’ ”, que gramaticalmente é a compreensão do que se quer dizer.

OU SEJA, PURA QUESTÃO DE SENTIDO DENOTATIVO EXPRESSADO NA FRASE OU SIMPLESMENTE: PURA QUESTÃO DE SEMÂNTICA. APENAS ISSO!

Não vejo nada de errado ou anormal na frase acima. O que vejo é uma figura de linguagem, em seu sentido denotativo expressando a IDEIA METONIMIZADA, destacando, na linguagem comum a todos, uma “SIMILIDADE” e ao mesmo tempo uma “CONTIGUIDADE” OU SEJA, UM INSTRUMENTO ATIVO E GIRATÓRIO (RODA GIGANTE) SENDO MOVIMENTADO PARA REPRESENTAR O SEU AGENTE, SUJEITO ATIVO (DEUS).

 

Qualquer de bom siso entenderá que AO PRONUNCIAR ESSA FRASE, na linguagem simples e coloquial, a pessoa na realidade quer dizer:


- DEUS VAI MUDAR A TUA HISTÓRIA

Como visualmente mudou a história de Jacó (Gn 25.26; Gn 32.27,28) e a história de Abraão e de Sara (Gn 11.30; 17.5,15;19;18.11,12,14;)


- DEUS VAI TE DAR VITÓRIA

Como deu notoriamente a José diante dos olhos de todos os seus irmãos (Gn 44.14; Gn 45.1-14)

- DEUS VAI TE HONRAR DIANTE DOS TEUS INIMIGOS

Como fez com vários homens na Bíblia entre eles o profeta Daniel (Dn 6.4,6,22,26-28); Da mesma forma com Ana perante Penina (1 Sm 1.6, 13, 20; 2.1- 11)


- DEUS VAI TE TIRAR DO DESERTO E TE COLOCAR EM MANANCIAIS

Como fez diante de várias testemunhas na vida de Mefibosethe. De Lo DeBar para o Palácio Real (2 Sm 4.4; 9.5-9)


Então, queridos leitores, espero ter ajudado e respondido as diversas pessoas que me questionaram. Finalizando quero dizer que ninguém é obrigado a concordar conosco e repito: Este é apenas nosso ponto de vista. Respeitando, é claro, a todos os demais pontos de vistas. Não poderíamos pecar por omissão e deixar no campo das dúvidas um assunto tão simples e óbvio a ser respondido.

Tudo que falamos procuramos fundamentar na Bíblia. Para que não venhamos a cair no mar do "achismo" ou das concepções visionárias. Sempre atentos e vigilantes. Queridos, as vezes precisamos atentar de forma mais séria para as Escrituras para que não venhamos a engolir “Elefantes” e nos engasgarmos com diminutas “formigas”.

Deus vos abençoe em Cristo Jesus e nos esforcemos para vivermos o dia de hoje como se Cristo voltasse agora. A paz do Senhor a todos e Oreis por nós.

sábado, 27 de novembro de 2021

A igreja do século 21?

                                                    

A Igreja Emergente: a Laodicéia do Século 21?


“...haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3).


Parece que cada geração tem sua própria apostasia específica e, em alguns casos, até mesmo depois de um avivamento espiritual. A igreja do século 20 começou numa batalha pelos fundamentos da fé cristã. Durante aquele período, os evangélicos cristãos da atualidade que crêem na Bíblia e que se constituem de fundamentalistas, separatistas e outros apaixonados amantes da Bíblia) experimentaram um crescimento sem precedentes. Mas então, muitos dos principais seminários começaram a se comprometer, fazendo concessões à filosofia pós-moderna do humanismo secular de nível superior. De 1920 a 1935, muitos líderes fundaram escolas cristãs, institutos bíblicos e seminários que geraram fiéis expositores da Bíblia e igrejas evangelizadoras que ganhavam almas para Cristo em todo o mundo. Infelizmente, vários jovens educadores ingressaram nas universidades seculares a fim de obter seu grau de phd. Depois de se graduarem, tornaram-se professores de seminário no encargo de ensinar os candidatos ao ministério pastoral a pregarem as Escrituras, sendo que eles mesmos nunca tinham exercido o pastorado, nem haviam se dedicado à pregação. Uma das máximas essenciais do processo educacional é a de que “não se pode partilhar aquilo que não se possui”. O que se verifica com freqüência, nos dias atuais, é que pastores jovens se formam nos seminários, todavia conhecem muito pouco sobre a pregação expositiva, sobre as doutrinas fundamentais, sobre a evangelização e nem mesmo possuem as ferramentas necessárias para atuarem como pastores. Hoje em dia, é comum ver pastores, recém-formados num seminário, assumirem o ministério pastoral de uma igreja, sem nunca terem sido alunos de um professor de seminário que realmente tenha exercido o pastorado de uma igreja.

Além disso, a lavagem cerebral de nossos filhos feita dentro das escolas públicas pelos humanistas seculares, desde a pré-escola até o ensino superior (especialmente nos cursos de pós-graduação) tem produzido uma geração pós-moderna que é avessa aos absolutos morais, ao Evangelho que é o único caminho de salvação e à autoridade da Palavra de Deus. Muitos jovens que estudaram em faculdades cristãs já foram influenciados por essa moderna filosofia secular [N. do T.: Nos Estados Unidos há instituições de ensino fundamental, médio e superior que são mantidas por denominações e entidades evangélicas, cuja proposta de ensino e orientação educacional baseia-se em princípios bíblicos cristãos]. Até mesmo em algumas escolas cristãs de ensino fundamental e médio, é possível encontrar professores com formação acadêmica de orientação humanista, que propõem o ensino de uma filosofia secular dentro de um ambiente cristão. É espantoso verificar o grau de desconhecimento da Bíblia que a maioria dos calouros demonstra ao entrar numa faculdade cristã. O único antídoto para aqueles que sofreram essa lavagem cerebral humanista por muitos anos é uma genuína conversão a Cristo, acrescida de um tempo investido no estudo minucioso da Palavra de Deus.

A secularização da educação cristã fez com que muitos pastores jovens e sinceros se tornassem vulneráveis aos ensinos da igreja pós-moderna, ou como [seus membros] preferem se designar, “Igreja Emergente”. Esse movimento bebe da essência do antinomianismo, uma filosofia na qual os adeptos questionam mais a Bíblia e os fundamentos da fé do que o ensino e a influência anticristãs de sua formação educacional secular. Eles contam com o apoio de Hollywood, da mídia esquerdista e da música “heavy beat” que transmite mensagens antibíblicas num apelo às emoções, enquanto a mente é deixada de lado. Tal música pode, muitas vezes, apelar aos impulsos da carne e já invadiu as igrejas, onde muitos líderes eclesiásticos alegam que ela lhes presta um auxílio no processo de “crescimento da igreja”, tentando provar, com isso, que estão no “caminho certo”.

Entre os falsos ensinos que brotam da Igreja Emergente encontra-se uma forma não tão sutil de ataque à autoridade da Bíblia – um claro sinal de apostasia. Eles não mais afirmam: “Assim diz o Senhor” (apesar do uso dessa expressão por mais de duas mil vezes na Bíblia), por temerem que isso ofenda aquelas pessoas que apregoam a igualdade de todas as opiniões quanto ao seu valor. A Palavra de Deus não é mais interpretada por aquilo que realmente diz; em vez disso, é interpretada por aquilo que diz para você, desconsiderando, assim, o fato de que a formação educacional e a experiência de vida de uma pessoa podem influenciar a maneira pela qual ela interpreta as Escrituras, a ponto de levá-la irrefletidamente a um significado nunca planejado por Deus para aquele texto.

Alguns dão a entender que Jesus foi um “bom homem, até mesmo um bom exemplo, mas Deus?”. Disso eles não têm certeza. Outros relutam em chegar a tal ponto de questionamento, porque se Jesus não é Deus que “se fez carne”, então não temos um Salvador. Entretanto, há outros da Igreja Emergente que põem em dúvida o milagre da concepção virginal de Cristo, Sua morte substitutiva e expiatória, Sua ressurreição corporal e, obviamente, questionam mais de mil profecias bíblicas, tanto as que já se cumpriram, quanto as que ainda estão por se cumprir, as quais descrevem o maravilhoso plano de Deus para o nosso futuro eterno. Uma indicação da situação em que eles realmente se encontram é evidenciada pelas declarações de um dos seus principais líderes (que é chamado de evangélico), “apesar dele agrupar a série de livros Deixados Para Trás na mesma
categoria de O Código DaVinci”.[1] Uma afirmação dessas, vinda de um dos líderes da Igreja Emergente, revela o grau de confusão ou de dolo a que eles de fato chegaram. Ou ele está confuso (iludido) quanto às mentiras gnósticas ocultistas que dominam o enredo de O Códico Da Vinci, ou rejeita, intencionalmente, a interpretação literal da Bíblia que é o fundamento da série Deixados Para Trás, baseada no livro de Apocalipse. Não temos nenhuma dúvida ao afirmar que os líderes da “Igreja Emergente” não crêem no arrebatamento pré-tribulacionista, porque não aceitam a divina inspiração e autoridade da Bíblia.

Os mestres pós-modernos que se denominam “evangélicos”, embora neguem a “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3), são bem rápidos em falar o que eles e outros filósofos heréticos pensam, porém, raramente dizem o que Deus deixou registrado por escrito em Sua biblioteca de sessenta e seis livros, a Bíblia. Eu, particularmente, creio que eles, na verdade, são hereges, apóstatas e lobos “disfarçados em ovelhas”. Devido ao fato do cristianismo liberal ter caído no vácuo do descrédito e das igrejas liberais terem ficado vazias, eles agora fazem uma tentativa de re-empacotar sua teologia sob a forma de pós-modernismo. Na realidade, a maior parte desses conceitos não passa daquilo que costumava ser chamado de modernismo ou liberalismo, ainda que expressos com uma terminologia pós-moderna.

É difícil obter deles informações quanto ao que realmente crêem, mas eles sabem, muito bem, que não crêem nos fundamentos da fé bíblica. Já é hora de chamarmos a atenção das igrejas para o fato de que tais pessoas são hereges e falsos mestres que“não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça” (2 Tessalonicenses 2.12), tal como Judas escreveu nos versículos 17 e 18 de sua epístola: “Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões”.

A mensagem do Espírito Santo dirigida à igreja de Laodicéia se enquadra perfeitamente à realidade deles: “Ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus. Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3.14-22).

Minha expectativa de que a verdadeira igreja evangélica assumisse sua posição “em alto e bom som” contra essa nova forma pós-moderna de apostasia, concretizou-se, recentemente, num simpósio de nosso Pré-Trib Study Group [Grupo de Pesquisas Pré-Tribulacionistas], ocorrido no final de 2006. Foram proferidas várias palestras excelentes que expuseram os erros desse novo movimento. Quase que simultaneamente recebi um exemplar do periódicoThe Master’s Seminary Journal [Jornal do Seminário Master’s] que também desmascarava esse movimento através de artigos escritos pelo Dr. John MacArthur e pelo Dr. Richard Mayhue, dentre outros articulistas. Em seguida, chegaram informações de que o Dr. John MacArthur está escrevendo um livro sobre o assunto. Certamente será uma obra completa, de modo que nos ajudará a confrontar essa heresia moderna pelas Escrituras, tal como somos expressamente orientados a fazer nestes últimos dias (i.e., “[provar] os espíritos se procedem de Deus”, 1 João 4.1). Pastores inexperientes e mal alicerçados na Palavra de Deus estão sendo influenciados por essa forma atual de apostasia. Se tais pastores, porventura, comprarem essas idéias nitidamente heréticas, levarão suas igrejas ao desvio da verdade, através de falsos ensinamentos. Se líderes cristãos proeminentes e bem conhecidos não se opuserem abertamente a essa distorção apóstata, é muito provável que se cumpram, negativamente, as palavras desta profecia: “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lucas 18.8).

Ao procurar uma igreja para sua família, certifique-se de avaliá-la pela importância que dá à Palavra de Deus. Você se lembra daqueles judeus “de Beréia”? Eles pesquisavam diariamente nas Escrituras para saber se os ensinamentos de Paulo e Silas eram legítimos e coerentes:“Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (Atos 17.11).

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Salmos 23

 


Salmo 23 é um salmo de confiança. Dentro dos seis versículos, há um desenvolvimento do único tema do primeiro versículo: Davi não tem medo ou preocupação, pois o Senhor é seu Pastor. Este salmo de confiança apresenta Davi de duas maneiras. Por um lado, ele é a “ovelha” cujo pastor é o Senhor. Ao mesmo tempo, uma das descrições mais comuns de realeza no mundo antigo é a de pastor. Neste sentido, Davi como rei era pastor do rebanho de Israel. Isso significa que o Salmos 23 também é um salmo real. Mesmo que a palavra “rei” não apareça nele, este salmo é uma descrição do que significa ser um bom governante. Além disso, o salmo fala profeticamente de Jesus. Ele é o Bom Pastor cujo rebanho confia nele (João 10) e o Rei cujo governo perfeito será estabelecido (Lucas 23:2, 3; Apocalipse 17:14). O salmo tem dois movimentos:(1) uma descrição do Senhor como pastor que cuida de todas as necessidades do salmista (vv. 1-4); (2) uma descrição do Senhor como Pastor, estendendo sua misericórdia a todos (vv. 5, 6).

 

23:1 O Senhor é meu pastor: as imagens de palavras que Davi usa para Deus vêm de sua própria vida e experiência. Ele foi pastor em sua juventude (1 Sam. 16:19).

 

23:2 Qualquer perturbação ou intruso assusta as ovelhas. Eles são animais muito medrosos e não podem deitar a menos que se sintam totalmente seguros. pastagens verdes: Davi usa uma linguagem eloquente para expressar sua visão do cuidado abundante que Deus dá ao seu povo. águas paradas: as ovelhas têm medo de riachos de fluxo rápido. O fornecimento de águas paradas por Deus tem um efeito calmante e acalma as ovelhas.

 

23:3 Ele restaura minha alma: Deus refresca seu povo com sua voz calma e toque gentil. Por isso, as ovelhas conhecem o Pastor e são conhecidas por ele (Jo 10:14). Pelo amor de Seu nome: as ações amorosas do Pastor procedem de sua natureza.

 

23:4 O vale da sombra da morte pode se referir a qualquer momento angustiante em nossas vidas. A consciência de nossa própria mortalidade geralmente vem com doenças, provações e dificuldades. Mas o Senhor, nosso Protetor, pode nos conduzir por esses vales escuros e difíceis para a vida eterna com ele. Não há necessidade de temer o poder da morte (1 Cor. 15:25-27). Você está comigo: o Bom Pastor está conosco até nas situações que parecem mais difíceis e preocupantes. Sua vara e seu cajado: os pastores antigos usavam a vara e o cajado para resgatar, proteger e guiar as ovelhas. Assim, eles se tornam símbolos do cuidado amoroso do Bom Pastor com seu rebanho. As ovelhas não estão sozinhas, seu pastor está de pé sobre elas, guiando-as para a segurança - assim como o Senhor está sobre nós e nos protege.

 

23:5 uma mesa diante de mim: a provisão de Deus é tão luxuosa, é como se ele tivesse preparado um banquete. ungir: normalmente, um convidado de honra no antigo Oriente Médio era ungido com azeite de oliva que continha perfumes. Minha taça: a provisão de Deus é tão abundante quanto o vinho oferecido a um hóspede por um anfitrião generoso. O tratamento generoso dispensado ao hóspede é indicativo do cuidado amoroso de Deus por seu povo.

 

23:6 O uso de bondade e misericórdia para descrever o amor leal de Deus intensifica o significado das duas palavras. O que é descrito no v. 5 é a misericórdia superabundante de Deus - amor que de forma alguma é merecido. O verbo hebraico “seguir” descreve um animal em perseguição. Quando o Senhor é nosso pastor, em vez de sermos perseguidos por feras, somos perseguidos pelo amoroso cuidado do Senhor. a casa do Senhor para sempre: a promessa de Deus aos israelitas não era apenas para o desfrute desta vida na terra da promessa (ver 6:1-3); era também para o pleno gozo da vida em sua bendita presença (16:9-11; 17:15; 49:15).


domingo, 10 de outubro de 2021

 



A Arca da Aliança


A arca da aliança para Israel, simbolizava a presença de Deus. Era através do propiciatório que Deus manifestava a sua shekinah. Para nós não somente a arca, mas todos os utensílios do templo, apontam para Cristo; Ele é a nossa arca e a presença constante de Deus em nós.

Pela misericórdia de Deus e com a indispensável ajuda do maravilhoso Espírito Santo, iremos analisar profundamente, a arca e os objetos existentes dentro dela.

Em Êxodo 25:10-22, lemos os detalhes a respeito da arca.

Vejamos algumas de suas particularidades :

A arca era de madeira e coberta de ouro, por dentro e por fora (vs 10,11)

Na simbologia bíblica, árvore e madeira é símbolo do homem. Isto significa que Cristo veio aqui na terra como homem (madeira), mas foi revestido da glória de Deus (ouro). Farás sobre ela uma bordadura de ouro ao redor (Revista e Atualizada). Algumas versões dizem: Uma coroa de ouro em redor (Revista e corrigida). Uma moldura de ouro ao redor (Thompson). Entendemos com isso que a vida de Cristo seria marcada com um sinal glorioso, e que todos veriam esses sinais de glórias em Sua vida. Essa marca sobre arca simbolizava a aprovação da vinda e do ministério de Cristo aqui na terra.

Quatro argolas de ouro e as porás nos quatro cantos dela... (vs 12)

Quatro na numerologia bíblica é o número que envolve uma operação de Deus que abrange os quatros cantos da terra. Essas quatro argolas simbolizam a aliança de Deus por meio de Cristo e que alcançaria os quatro cantos da terra. Deus estabeleceu a aliança com o homem fazendo a Sua parte: “Amando o homem de tal maneira que enviou o Seu Filho ao mundo, para que todo aquele que Nele crê não pereça mais tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Agora o homem, também tem de fazer a sua parte nesta aliança, que é: Aceitar o senhorio de Cristo em sua vida, sendo fiel a Palavra de Deus até o fim.

Farás também varas de madeira de acácia e os cobrirás com ouro; (vs 13)

Deus perguntou a Jeremias: “Que vês tu, Jeremias? E Jeremias Lhe respondeu:Vejo uma vara de amendoeir; e disse-lhe o Senhor: Viste bem, porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir” (Jr. 1:11,12). A vara é dos símbolos da Palavra. Isso significa que a Palavra de Deus (Cristo) seria glorificada e revelada ao mundo. A Palavra de Deus proclama a Sua Glória e Sua Majestade ao mundo. É necessário nos rendermos todos os dias a essa palavra para que a nossa vida reflita essa glória ao mundo que está em trevas.Somente com a Glória da Palavra libertaremos os cativos, que são presas fáceis nas garras do diabo.

Meterás os varais nas argolas aos lados da arca, para se levar por meio deles a arca (vs 14). Isto significa que: É a Palavra de Deus que traz a aliança para os homens; sem a Palavra, os homens nunca alcançariam a aliança com o seu Deus; é a Palavra que nos aproxima mais do Senhor; é a Palavra que nos mantém em constante comunhão com o nosso Deus; é a Palavra que se fez carne e habitou entre nós; é a palavra que nos mantém de pé, que nos levanta e que nos dá a vitória todos os dias.

Os varais ficarão nas argolas da arca e não se tirarão dela (vs 15).

A vontade de Deus para as nossas vidas é que a palavra de aliança, que a Sua glória revelada a nós por meio de Cristo, nunca seja tirada das nossas vidas. O propósito de Deus para com o Seu povo é o de sempre está presente nas horas da angústia, das dificuldades, das tribulações. Ele quer que venhamos sempre estar em Sua presença. Ele não quer retirar a Sua presença e a Sua Palavra das nossas vidas. Observe a expressão: “Não se tirarão dela”. A palavra da aliança que uma vez nos foi entregue por meio de Cristo, não será tirada. Há a vontade de Deus de estar em aliança com o Seu povo. Não será tirada se cumprirmos a nossa parte, pois se negligenciarmos, nas nossas próprias atitudes, de pecar, e praticar a iniqüidade nos afastarão da aliança, e da vontade de Deus.

O propiciatório: Era a tampa da arca. Era no propiciatório que o sangue do sacrifício era aspergido pelo sumo sacerdote. É através do sangue de Cristo que somos perdoados dos nossos pecados. Cristo é o nosso propiciatório. Paulo diz que Ele se fez propiciação pelos nossos pecados. Era por cima do propiciatório que Deus vinha e falava com o sumo sacerdote. Isto significa que através do Seu Filho e do Seu sacrifício, Deus se revela ao homem.

Os dois querubins em cima do propiciatório, tinham as faces voltadas um para o outro, olhando para o propiciatório (vs 20).
Esses querubins simbolizavam a presença de Deus. Os querubins voltados para o propiciatório significava a aprovação de Deus, apontando para o sacrifício expiatório do Seu Filho na cruz do calvário.

O numero dois é o número do testemunho, da confirmação. Deus estava confirmando, através dos querubins, que sempre estaria presente, cuidando e dando vitória ao Seu povo, enquanto o mesmo estivesse voltado para Cristo.

Enquanto estivermos voltados para a Palavra, Deus sempre estará presente em nossas vidas, aprovando a obra por nós realizada.

Dentro da arca continha: As tábuas da lei, um pote de maná, e a vara de Arão.

Esses elementos têm dupla simbologia.

Primeira simbologia:

As tábuas da lei simbolizam o Pai, que trouxe para Moisés a antiga aliança. A vara simboliza o Espírito Santo, que nos convence do pecado, da justiça e do juízo. O pote de maná, simboliza Cristo, que é a nova aliança revelada ao homem, e é o pão vivo que desceu do céu.

Segunda simbologia:

As tábuas da lei simbolizam a Palavra que condena, pois se o homem não guardar os mandamentos, será condenado e lançado no fogo eterno. A vara de Arão simboliza a Palavra que corrige. A Palavra de Deus sempre nos corrige e nos alerta para não cairmos no pecado. O pote de maná simboliza a Palavra que salva, que nos liberta, e que alimenta as nossas almas.

Só quem podia tocar na arca eram os levitas, dos filhos de Coate (Nm 4:15). Quando Uzá, com boa intenção, pensando que poderia ajudar e tocou na arca, logo foi fulminado. Pois a ordem de Deus tem de ser cumprida custe o que custar. Deus não precisa da nossa ajuda. Ele é soberano. É Ele quem determina as regras, e como servos que somos, obedecemos.

Esse episódio simboliza a condução de Cristo ao calvário. Quem tentasse impedi-Lo de cumprir a Sua missão, morreria; pois era plano e propósito de Deus que Cristo chegasse até a cruz.

Quando a arca estava em Bete- Semes os homens foram feridos porque olharam para dentro da arca do Senhor. Deus havia ordenado que ninguém poderia olhar para os objetos sagrados para que não morressem (Nm 4:20). Eles demonstraram falta de temor e de reverência pela Palavra de Deus. Isso significa que quem escarnece de Cristo e não guarda a Sua Palavra, a própria Palavra os julgará e os matará.

A arca estava presente no primeiro templo, significando a oportunidade que Deus estava dando ao Seu povo de se arrependerem e se converterem dos seus maus caminhos, e de terem os seus pecados redimidos através do sangue do cordeiro.

A arca foi tirada do meio do povo de Israel e levada por outros povos, simbolizando com isso a rejeição do povo judeu ao Messias, e a aceitação dos gentios.

No segundo templo, a arca não estava mais presente, ou seja, devido a dura cerviz, ao pecado de rebeldia, de idolatria, a presença de Deus havia se retirado. Esse segundo templo era menosprezado devido à ausência da arca. Se Cristo não estiver em nossas vidas, nada valerá a pena, pois é a Sua presença que nos dá forças, e nos torna mais que vencedores. Mas Deus havia lhes dado mais uma chance, a promessa de que: “A glória desse segundo templo será maior do que a do primeiro”. Pois agora o Seu filho estaria presente no templo, em carne, pois agora não seria mais simbolicamente e sim pessoalmente. Significando com isso que Deus estava dando uma oportunidade única do Seu povo se arrepender e de aceitar o Seu Filho Amado. Foi no segundo templo, que Cristo foi apresentado, e Simeão e Ana viram a glória de Deus. Foi no segundo templo que Cristo pregou, e operou sinais e maravilhas.

A arca da aliança desapareceu, nem a arqueologia encontrou nada a respeito da arca. Esse acontecimento simboliza a morte, ressurreição, e ascensão de Cristo. Até hoje nunca foi encontrado o corpo de Cristo, por mais que a ciência tente nunca irá encontrar, pois Ele ressuscitou e está vivo, e está assentado à direita do Pai, intercedendo por nós.

A cada dia devemos valorizar mais e mais a presença de Deus em nossas vidas, pois Ele prometeu que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos.

O preço já foi pago lá na cruz, a arca de Deus agora reside em nós que somos templo e morada do Seu Espírito. Se não valorizarmos a Sua Palavra, acontecerá conosco o que aconteceu com Israel: A glória de Deus ausentou-se do templo, e o povo foi destruído porque rejeitou o conhecimento, a palavra revelada que teve seu cumprimento em Cristo.

A igreja somos nós!


 A Igreja é o Corpo de Cristo. É preciso entender que quando celebramos a ceia, comemos do pão e bebemos do cálice, fazemos parte do Corpo. A Igreja não é simplesmente o que muitas vezes é pregado, que ela é o templo ou prédio onde se reúnem os irmãos. Não existe nada mais belo sobre a face da terra do que a Igreja. Ela é o Corpo de Cristo, a noiva do Senhor. Nós somos a Igreja do Senhor.


Vivemos um período confuso em nosso país, porque existem muitos desagregados, pessoas que dizem: “Eu quero Cristo, quero Jesus, mas não quero a Igreja”. Muitas pessoas estão decepcionadas com a Igreja. Elas falam da conversão, do batismo com o Espírito Santo, possuem dons espirituais, mas não querem fazer parte da Igreja. E ninguém pode fazer parte do Corpo de Cristo sem fazer parte da Igreja, porque ela é o Corpo do Senhor. Nos últimos dias, vivemos uma avalanche de ensinos errados, que levam muitas pessoas a afirmarem que querem Jesus, mas não querem a Igreja. Não querem compromisso,; e a igreja exige compromisso, o Corpo de Cristo exige compromisso. E você e eu fazemos parte desse Corpo.

Romanos 12, verso 5, precisa fazer parte de cada um de nós: “[...] assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros”. O corpo é formado pelos membros, e estamos ligados à cabeça que é o Senhor Jesus. O Corpo de Cristo não é formado pela soma das Igrejas, mas pelos membros. A Palavra diz que o Senhor conhece os que são dele. Uma pessoa pode estar na Igreja e não fazer parte do Corpo de Cristo. Pois o que leva uma pessoa a fazer parte da Igreja é o novo nascimento, a conversão. Quando ela aceita Jesus, como Senhor e Salvador, passa a fazer parte do Corpo de Cristo. Verso 5 de Romanos 12, diz assim: “[...] assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros [...]”. Não deve existir uma visão de ser cristão sozinho, mas sim a compreensão de que faz parte de um corpo. Diz claramente a Palavra: “e membros uns dos outros”.

Quando participamos da Ceia e comemos do pão, temos a compreensão de que é a mesma vida, a mesma realidade do Senhor.

Na Igreja não somos classificados por títulos, somos todos irmãos. Cada pessoa que recebe Jesus como Senhor e Salvador está ligado, passa a fazer parte do Corpo do Senhor. Na Igreja não pode existir alguém que queira Jesus, mas não a Igreja. Nunca veremos um pé ou uma perna andando sozinha na rua. Se estiver sozinha, vai apodrecer, ela precisa estar ligada ao corpo.

Quando lemos sobre a vida de Paulo, vemos a paixão, o ardor do seu coração por Jesus. Ele disse: “Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, [...]”.

Paulo experimentou uma gama de sofrimentos, não só os físicos, mas também os emocionais. Não que ele fosse uma pessoa masoquista, mas é como uma mãe que dá a luz e sente dores, e no momento em que tem a criança nos braços, a alegria é tão grande que a dor deixa de ser relevante.

Poderíamos estar em qualquer lugar, mas hoje somos crentes em Jesus, somos Igreja, e o inimigo vê em nós a sabedoria do Senhor. A Igreja é a beleza do Senhor. Precisamos ser fortes, pois o inferno vai se levantar contra nós, mas a Palavra diz que ele não prevalecerá. Somos filhos de Deus, a família Dele aqui na Terra. Todas as barreiras foram derrubadas para que fôssemos a Igreja, o Corpo de Cristo. Um alto preço foi pago por nós.

Por isso, ninguém deve dizer que ama a Jesus, mas não ama a igreja, “quero Jesus, mas não quero a igreja”, pois Jesus é a cabeça e nós somos o corpo.

sábado, 9 de outubro de 2021

Esther e o Rei Assuero

 


No capitulo cinco do livro de Esther lê-se que a rainha, disposta a implorar o favor do Rei Assuero, "se vestiu com trajes reais e se pôs no pátio interior da casa do Rei" Et 5:1. Ela não disse palavra alguma. Seu maior desejo era chamar atenção do Rei. Ela sabia que nas mãos de Assuero estava sua vida. Cetro estendido, vida. Cetro recolhido, morte. Ninguém mais, além de Esther poderia interceder pela nação de Israel. Esther, nas mãos de Assuero. Israel, totalmente dependente do sucesso da Rainha diante do Rei..

Números 24,6)

Elas se estendem como vales, como jardins à beira do rio, como aloés plantados pelo Senhor, como cedros junto das águas.

Palavra grega significando propriamente bastão curto, que é uma insígnia de reis, de governadores e doutras pessoas de autoridade (Gn 49.10 – Nm 24.17 – is 14.5). o cetro serve, também, de vara de correção e para mostrar a suprema autoridade que castiga ou humilha (Sl 2.9 – Pv 22.15 – etc.). o cajado do pastor era, também, chamado cetro (Lv 27.32) – nesta passagem a palavra vara é a queem outros lugares se traduz por cetro (*veja também Mq 7.14). os cetros eram feitos de ferro, de ouro, de prata, e doutros metais (Sl 2.9 – 125.3) – e também os havia de marfim e de madeira preciosa. Do mesmo modo se usava metaforicamente a palavra para exprimir predomínio (Gn 49.10) – e ao governo de Deus se chama o ‘cetro de equidade’ (Sl 45.6 – Hb 1.8).

O que é Equidade:

Equidade é o substantivo feminino com origem no latim aequitas, que significa igualdadesimetriaretidãoimparcialidadeconformidade.

Este conceito também revela o uso da imparcialidade para reconhecer o direito de cada um, usando a equivalência para se tornarem iguais. A equidade adapta a regra para um determinado caso específico, a fim de deixá-la mais justa.

Os cedros foram citados 85 vezes na Bíblia e cantadas por poetas, profetas e historiadores. Numa altura de quase dois mil metros de altitude, os cedros do Líbano fascinam pela sua majestade e seu verde eterno. Famosa pela madeira imperecível, estas árvores foram exploradas desde a Antigüidade. Na época fenícia, sua madeira foi explorada e m grande quantidade, em particular para o Egito e para as colônias fenícias do Mediterrâneo.
O Rei Salomão encomendou uma grande quantidade ao Rei Hiram de Tiro para a construção do templo de Jerusalém, enquanto os egípcios a utilizaram para a construção de navios e sarcófagos.
Hoje, da imensa floresta que cobria toda a montanha do Monte Líbano não existem mais que algumas reservas isoladas em Jaj, Tannourine, Ehden, Baruk e Maaser Al-chuf. Mas a mais célebre destas florestas é sem duvida a de Becharre, classificada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, que agrupa árvores de cedros centenárias, algumas até milenares, de tamanho e beleza admiráveis. Medindo mais de 30 metros de altura possuem longos troncos tortuosos e galhos abertos como braços em oração.
Os cedros são ainda mais impressionantes no inverno quando são envolvidos por um manto de neve imaculado. A região dos cedros de Becharre é também famosa pela estação de esqui que se distingue pela qualidade de suas instalações e, sobretudo pelo panorama excepcional que ela oferece do Vale de Kadisha.


Li um documento apócrifo que relata: “Ester desmaiou de tanto temor quando Assuero a olhou caiu sobre os ombros da criada que a acompanhava" Et 15:9, 10. Como todo apócrifo, esse documento está sujeito à negação, não pude, contudo, através deste relato, deixar de perceber a intensidade do momento. Ester foi ousada. Em Deus, foi ousada. Por confiar que o Senhor estava a lhe guardar.

Por três dias, Esther e todos os judeus jejuaram e se vestiram com sacos. Ester era pranto e dor, seu semblante estava abatido. Quando, porém, decidiu se "vestir com trajes reais e se colocar no pátio, defronte do aposento do rei" Et 51, a rainha estava radiante: Sua melhor roupa, jóias e melhor perfume. Rosto rosado, face reluzente. O Rei se encantou . Quanta beleza! Quanta ousadia! "O que queres, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará" Et 5:3



Houve um tempo em minha vida que me vesti com sacos e me cobri de cinzas. Por livre escolha, me fiz vítima. Por não compreender minha condição de rainha. Vivia escondida, da face de "Assuero". Temia o Seu Cetro. Assuero, para mim é a figura de Deus. Em Seu trono estava o favor. Em seu Cedro a justiça. Vivi nas recamaras do palácio. Dia e noite temendo Hamã- figura de Satanás. Uma prisão.

"Ester se vestiu com trajes reais" Et 5:1

"A ordenar acerca dos tristes de Sião que lhes dê glória em vez de cinza, oléo de gozo, em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado" Is 61:3

Jesus é a Vestimenta Real. Ele nos abre o Novo e Vivo caminho, para o trono, o Cetro de justiça: "Tende, pois, irmãos ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo Novo e Vivo Caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é a sua Carne... cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé" Hb 10:19, 20. Ainda que cheguemos em silêncio Ele nos ouvirá, porque nos conhece com perfeição. Ás vezes estamos tão abatidos que ao orarmos a voz se cala, somente gemidos e lágrimas diante de Deus. Ainda assim, Ele nos estende Seu Cetro, e o socorro vem, aleluia!!

"Ora sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam" Hb 11:6


Deus não é citado no livro de Ester, Sua presença, contudo é real. Em todos os acontecimentos. Ele estava alerta. Assim é conosco. Não estamos esquecidos por Deus. Por este motivo, necessitamos "deixar as cinzas e vestir majestade". No Senhor está a vida e quando nos colocamos no pátio real, com coração sincero e contrito Ele estende seu Cetro e transforma pranto em alegria.

sábado, 2 de outubro de 2021

Libertação de Cativeiros Espirituais


 

Libertação de Cativeiros Espirituais


Definição: São locais espirituais onde demônios aprisionam fragmentos de nossa alma, impedindo que o sucesso nos alcance em várias áreas, tanto do corpo, quanto da alma ou do espírito.

1. Yeshuw’ah (chamado de JESUS) veio para libertar os cativos de cativeiros espirituais:

- Em Efésios 4.8, ele mostrou seu poder destruir cativeiros e dar dons aos homens.
- “Quando ele subiu as alturas, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens”
- Em Lucas 4.17-19 ele disse que o Espírito Santo o ungiu para libertar cativos.
- “Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.”
- Em Lucas 13.16, Yeshuw’ah cura uma mulher encurvada, Filha de Abraão, que estava cativa há 18 anos.
- “Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?”

2. Laços da morte, levam a alma ferida ao cativeiro:

Você já ouviu falar de “coração partido?”. Existem situações que quebrantam nossa alma de maneira tão cruel, que permite demônios se aproximarem de nós, e levarem nossa alma aos cativeiros!

- 2 Timóteo 2.26, existem pessoas que estão cativas por laços feitos pelo diabo para cumprir a sua vontade.
- “...mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.”
- Salmo 116.3 e 4, Davi viu estes laços se aproximando dele.
- “Laços de morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; caí em tribulação e tristeza. Então, invoquei o nome do SENHOR: ó SENHOR, livra-me a alma.”
- Salmo 18.3 a 6, Davi fala novamente destes laços!
- “Invoco o SENHOR, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos. Laços de morte me cercaram, torrentes de impiedade me impuseram terror. Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam. Na minha angústia, invoquei o SENHOR, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos.”

3. Diversos cativeiros encontrados na Bíblia:

a) Lugares de escuridão e trevas:
- Jó 10.22 – Terra de profunda escuridão, da sombra da morte e do caos, onde a própria luz é trevas.
- Jó 37.19 - Ensina-nos o que diremos, pois não conseguimos por em ordem as idéias, por causa das trevas.
- Sl 107.10-12 - 10 Os que se assentaram nas trevas e nas sombras da morte, presos em aflição e em ferros, por se terem rebelado contra a palavra de Deus e haverem desprezado o conselho do Altíssimo, de modo que lhes abateu com trabalhos o coração—caíram, e não houve quem os socorresse.

b) Poços de lama e perdição:
- Jó 40.1-3 – Esperei com paciência no Senhor, ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor, tirou-me de um poço de perdição, tremedal de lama, colocou os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos, e pôs nos meus lábios um novo cântico, um hino de louvor ano nosso Deus.
- Elias entrou em um desses quando foi afrontado por Jezabel.
- Eu entrei em um desses, quando fui afrontado em Sobradinho (e me vi literalmente em sonho)
c) Lugar de chacais:
- Sl 44.18,19 – Não tornou atrás o nosso coração, nem se desviaram nossos passos dos teus caminhos, para nos esmagares (quebrantares) no lugar dos chacais, nos envolveres com a sombra da morte.

d) Cativeiro de profundeza de águas:
- Sl 69.1-3 - Salva-me, ó Deus, porque as águas me sobem até à alma. Estou atolado em profundo lamaçal, que não dá pé; estou nas profundezas das águas, e a corrente me submerge. Estou cansado de clamar, secou-se-me a garganta; os meus olhos desfalecem de tanto esperar por meu Deus.

e) Terra do esquecimento:
- Sl 88.12 - Acaso, nas trevas se manifestam as tuas maravilhas? E a tua justiça, na terra do esquecimento?
- A pessoa amada não te encontra.
- Seu chefe não te percebe no trabalho.
- Seus pais não te percebem dentro de casa
- Você não é percebido no ministério.
f) Cova da corrupção:
Isaías 38.17 - Eis que, para minha paz, eu estive em grande amargura; tu, porém, tão amorosamente abraçaste a minha alma, que não caiu na cova da corrupção, porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados.

- Amargura na paz.
- Vazio no coração.
- Tristeza.
- Angústia.

5. Situações que corrompem a alma, e atrai os laços do cativeiro:

- Consciência de pecado não confessado.
- Juras e promessas.
- Laços de alma.
- Fim de namoro ou noivado.
- Ocultismo e pactos espirituais.
- Drogas e alcoolismo.
- Maldicões ouvidas.
- Orgulho.
- Mágoa.
- Trauma.
- Palavra de afronta (Elias foi levado a um cativeiro de morte e deserto)

6. Nossa alma sinaliza os cativeiros através de sonhos:

1. (em DF) Sonhou com uma mulher em cima de um terraço, chamando os demônios (orgulho, ódio, vingança, medo...). Apareceram crianças saindo do chão. Um deles se identificou como “brincalhão”. Depois apareceu outro, e o brincalhão disse que o nome deste é: “Medo da escuridão”

2.(em DF) Sonhou que estava nu, e uma mulher nua tentava fazer sexo com ele. Ele relutava, mas ela insistia. No final, esta mulher conseguiu mexer com o coração dele, mas no momento certo um irmão em Cristo apareceu, e o tirou daquela situação.
3.(em DF) Sonhou (pastora) na noite anterior a ministração (sem saber do que eu falaria), que estava andando com dores fortes nas costas, e andava encurvada... ela queria alcançar um objetivo, mas estava encurvada. Quando acordou, estava sentindo forte dor nas costas.
4.(em DF) Sonhou que havia um demônio de prostituição chamado Incubus Sucubus tentando fazer relação sexual com muitos jovens da igreja (e alguns que desviaram). Ele e uma outra jovem relutavam, mas o demônio dizia: Pode vir fazer, não terá problema nenhum. Quando se posicionou decidido a resistir ao diabo, conseguiu sair daquela situação.

5. (em GO) Sonhou que estava dentro de um caixão, acorrentada, e esfaqueada pelos pastores.

6. (no RJ) Sonha constantemente que está no meio de fezes.

7. (no RJ) Sonha constantemente que está nu.

8. Sonha constantemente que conversa com alguém que já não faz mais parte de sua vida (laço de alma)

A GARANTIA DA LIBERTAÇÃO:

33 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Os filhos de Israel e os filhos de Judá foram oprimidos juntamente; todos os que os levaram cativos os retiveram e não os quiseram soltar. 34 Mas o seu Redentor é forte, o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; certamente, pleiteará a causa deles, para dar descanso à terra e inquietar os moradores da Babilônia. Jeremias 50.33-34

E meu povo habitará em morada de paz, e em habitações seguras, e em recessos de repouso. Isaías 32:18

Quando alguém é totalmente liberto do cativeiro, torna-se apto a receber manifestações profundas do poder de Deus!

“Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens.” Efésios 4:8

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Qual fruto o crente produz?



Analisando João 15, não é o fruto do espírito que glorifica a Deus, mas, o fruto produzido pelas varas, ligada à videira verdadeira, que glorificam a Deus.


Qual fruto o crente produz?

“Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim, nada podeis fazer.” (João 15:5)

 

Ganhar almas

É comum ouvirmos que dar fruto é ganhar almas! Sermões e mais sermões, orientando os cristãos a produzirem fruto são ministrados e, na sua grande maioria, a ideia de frutificar ensinada, é conquistar almas para o reino de Deus.

No Sermão de Jesus, que consta no capítulo 15, do evangelho de João, Jesus se apresenta como a videira verdadeira e os que estão ligados a Ele, como as varas (Jo 15:2-5).

Daí a pergunta: um novo convertido constitui ‘fruto’ ou, ‘vara’? Considerando que qualquer que confessa a Cristo, como salvador, passa a estar ligado n’Ele, que é a videira verdadeira, isso significa que os novos ‘convertidos’ constituem-se varas e não fruto. Certo é que o cristão, como vara ligada à videira, produz fruto, porém, o fruto não são os novos convertidos, pois, todos os que se convertem, passam à condição de varas e não à condição de fruto.

Cada cristão é uma vara e, por isso mesmo, Jesus diz que os seus discípulos são as varas (plural). Já, com relação ao fruto, ele é apresentado no singular, o que demonstra que é impossível os novos convertidos serem fruto.

Analisando as Escrituras, evidencia-se que não há qualquer relação entre dar fruto e ‘ganhar almas’. Ou seja, tal colocação é decorrente de má compreensão das Escrituras.

Um cristão tem a função de plantar e o outro de regar, porém, dar o crescimento, é algo que pertence a Deus. Novos convertidos não são o ‘fruto’ produzido por outros cristãos, antes, varas ligadas à videira.

“Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” (1 Co 3:7).

 

Moral e caráter

Outros apregoam que o fruto do cristão é a sua moral e o seu caráter. Para esse entendimento, apontam para o fruto do espírito que consta na epístola de Paulo aos Gálatas:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5:22; Ef 5:9).

O primeiro equívoco se dá ao atribuir à pessoa do Espírito Santo o ‘fruto do espírito’. Ora, se são as varas (cristãos) que produzem fruto, conclui-se que o fruto não é produzido pelo Espirito Santo, pois o Espírito Santo é o Consolador prometido (Jo 14:26; Jo 15:26) e não uma vara.

Em segundo lugar, se considerarmos que o ‘fruto é do espírito’, isso significa que tal fruto não diz do fruto das varas! O fruto provém das varas ou, do espírito?

Observe que, no capítulo 3, o apóstolo Paulo repreende os cristãos da Galácia, por terem iniciado a carreira cristã pelo espírito e que, após serem fascinados por doutrinas estranhas, estavam voltando à carne.

É imprescindível observar que o termo ‘espírito’ refere-se à verdade do evangelho, enquanto o termo ‘carne’ refere-se às questões decorrentes da lei, como circuncisão, tribo, nacionalidade, festas, sábados, luas, etc. Utilizando os termos ‘espírito’ e ‘carne’, o apóstolo dos gentios faz um contraponto entre ‘graça’ e ‘lei’.

Nesse sentido, os cristãos são ministros do espírito (2 Co 3:16), em outras palavras: pregoeiros da fé (Gl 3:10), diferentes dos judaizantes, que eram insensatos, ministros de um Velho Testamento, ou seja, da letra:

“O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica” (2 Co 3:6);

A palavra de Cristo é espírito e vida (Jo 6:63), pois, Ele é espírito vivificante (1 Co 15:45), portanto, o fruto do espírito que o apóstolo Paulo descreve refere-se ao que o evangelho produz, que é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança.

Qualquer que se deixa guiar pelo evangelho (espírito), não está debaixo da lei (Gl 5:18), vez que crucificou a carne com as suas paixões e concupiscências e, portanto, pertence a Cristo (Gl 5:24).

Estar ligado à videira verdadeira não é uma questão moral ou, de caráter, antes, decorre da palavra de Cristo. Os cristãos são limpos por causa das palavras que Cristo falou e não por causa da moral ou, do caráter. Só é possível estar ligado à videira, após nascer da água e do espírito e não através de uma mudança de caráter ou, de prática de atitude moral (Jo 15:3; Jo 13:9-10).

Apesar de os filhos de Israel possuírem moral e caráter diferenciado da dos gentios, contudo, por estarem debaixo da lei, as suas obras eram manifestas: cobiçosos, idólatras, prostitutos, murmuradores, etc., pois, faziam da carne o seu braço (1 Co 10:6-10; Lc 19:11-12). O povo de Israel era contado como transgressor, motivo pelo qual foi dada a lei (1 Tm 1:9).

“Assim, diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jr 17:5).

Os que confiam da carne, ou seja, na circuncisão, tribo, linhagem, zelo, fariseu, lei, etc., são malditos, pois fazem da carne o seu braço (força) e não confiam no Senhor (Fl 3:4-7). Já os que confiam em Deus, servem a Deus em espírito, ou seja, segundo a verdade do evangelho, que é água e espírito (Jo 3:5).

Aquele que está em Cristo é nova criatura, portanto, anda segundo o evangelho e não segundo a carne. Estar em Cristo é condição própria à nova criatura. Os que andam segundo o espírito são os que estão em Cristo Jesus, portanto, são novas criaturas:

“PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8:1);

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5:17).

Os que estão em Cristo são reconhecidos pelas questões do espírito e os que são segundo a carne, pelas questões da carne. Daí, a recomendação paulina:

“Assim que, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne e, ainda que, também, tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora, já não o conhecemos desse modo” (2 Co 5:16).

‘Carne’ é um modo de falar do que é exterior, não do coração, que leva o homem a gloriar-se:

“Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão, a que o é, exteriormente, na carne” (Rm 2:28);

“Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo e não confiamos na carne” (Fl 3:3);

“Pois que, muitos se gloriam segundo a carne, eu, também, me gloriarei (…) São hebreus? Também, eu. São israelitas? Também, eu. São descendência de Abraão? Também, eu” (2 Co 11:18 e 22);

“Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a vos circuncidar, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. Porque nem, ainda, esses mesmos que se circuncidam, guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne” (Gl 6:12-13).

A circuncisão não concede a filiação de Abraão, antes, a fé (Rm 9:8; Gl 3:7 e 9). Os judeus, por sua vez, entendiam que ser descendente da carne de Abraão era o que os qualificava como filhos de Abraão, daí a confiança e o gloriar-se na carne.

Quem são as pessoas que vivem segundo a carne? Os israelitas! Nesse sentido, os filhos de Israel eram sujeitos à lei de Deus? Não! Antes, a inclinação deles era a morte, pois, não podiam agradar a Deus, visto que andavam segundo a carne (Rm 8:5-8).

Devemos ter em mente que ‘carne’ e ‘espírito’ são termos utilizados que remontam a alegoria de Sara e Hagar (Gl 4:24), esta, escrava e aquela, livre.

“Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é também agora” (Gl 4:29).

Essa alegoria é apresentada pelo apóstolo Paulo aos cristãos de Roma, através do exemplo do marido e da mulher. Pela lei a mulher está por toda vida ligada ao marido e somente será livre da lei do marido quando o marido morrer (Rm 7:1-3).

Pelo fato de Cristo ter morrido por todos e todos morrerem (2 Co 5:14-15), certo é que os cristãos estão mortos para a lei, por causa do corpo de Cristo, portanto, livres da lei (Rm 7:4 e 6). Desse modo, o cristão serve a Deus em novidade de espírito (evangelho) e não na velhice da letra (lei) (Rm 7:6).

Entretanto, o apóstolo Paulo lembra que, quando os cristãos estavam na carne, portanto, debaixo da lei (Gl 4:21), a lei somente realçava as paixões do pecado (Rm 7:5) e, assim, eram contados como transgressores (1 Tm 1:9). Embora a lei seja espiritual, qualquer que é carnal está vendido como escravo ao pecado (Rm 7:14-15) e, por mais que queira obedecer a Deus, estará fadado a fazer o que não quer, pois, é impossível a alguém na carne, sujeitar-se à lei de Deus (Rm 8:8).

Antes de crer em Cristo, o desejo do apóstolo Paulo era servir a Deus, tanto que ele era zeloso da lei, “Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível” (Fl 3:6). No entanto, o que ele queria fazer (servir a Deus), ele não fazia, mas o que aborrecia (não servir a Deus), acabava por fazer (Rm 7:15).

A vontade do apóstolo Paulo, quando era escravo do pecado e estava na carne, era servir a Deus, porém, fazia o que não queria, consentindo, assim, com a lei, que é boa.

“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas, eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço, isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa” (Rm 7:14-16).

Embora, o prazer do apóstolo Paulo fosse a lei de Deus (Rm 7:22), por causa da carne, não era sujeito à lei de Deus (Rm 8:7-8). Esse quadro mudou quando Ele passou a andar segundo o evangelho (espírito) e não segundo a velhice da letra (carne).

De sorte que, com o entendimento que há no evangelho, o homem serve a lei de Deus, mas, com a carne, o homem somente tem zelo de Deus, porém, serve a lei do pecado (Rm 7:25; Rm 10:2).

 

Glorificar

Alguns entendem que glorificar a Deus é dar fruto, porém, Jesus é claro que o Pai é glorificado, quando as varas dão fruto.

“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (Jo 15:8).

A ideia que muitos nutrem, acerca do glorificarem a Deus com palavras de ordem, como: ‘Aleluia’, ‘Glória’, etc., não é dar fruto, porque só é possível glorificar a Deus, dando fruto!

Observe que não é o fruto do espírito que glorifica a Deus, mas, o fruto produzido pela vara, ligada à videira verdadeira, que glorifica a Deus.

 

Qual o fruto produzido pelas varas?

O fruto produzido por aqueles que estão ligados a Cristo, diz do fruto dos lábios criados por Deus:

“Eu crio os frutos dos lábios: paz, paz, para o que está longe; e para o que está perto, diz o SENHOR, e eu o sararei” (Is 57:19).

A confissão de que Jesus é o Cristo, é o fruto dos lábios, que estabelece a paz, que excede todo entendimento, tanto para judeus (perto), quanto para gentios (longe).

A confissão do nome de Jesus é o fruto produzido pelas varas, pois, só por Cristo, é possível sacrifício de louvor:

“Portanto, ofereçamos sempre por ele, a Deus, sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome (Hb 13:15).

Quando o homem ouve a mensagem do evangelho, reconhece que é pecador e invoca a Cristo, rogando pelo perdão gracioso de todas as iniquidades, passando à condição de vara ligada a videira, então, oferecerá a Deus, como novilhos, os sacrifícios dos lábios, ou seja, a confissão de que Jesus Cristo é o Senhor, o fruto dos lábios (Os 14:2; Sl 50:14; Sl 51:15).

No Livro dos Provérbios, que foi escrito para se compreender os adágios, parábolas e enigmas (Pv 1:1-6), temos o seguinte verso:

“Do fruto da boca de cada um se fartará o seu ventre; dos renovos dos seus lábios, ficará satisfeito” (Pv 18:20).

‘Fruto’, em relação ao homem, está relacionado ao que procede dos lábios. Desse proverbio, o alerta:

“O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque, da abundância do seu coração, fala a boca” (Lc 6:45).

Os homens sem Deus estão fartos dos renovos dos seus próprios lábios, pois, tudo o que dizem, procede dos seus corações enganosos.

Na Bíblia fruto está relacionado a palavras, como se lê:

“Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo” (Pv 25:11).

Em razão dessa verdade, Jesus alerta que não é possível identificar os falsos profetas pela aparência, pois são lobos devoradores que se disfarçam de ovelhas (Mt 7:15).

Como reconhecê-los? Pelos seus frutos!

“Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros, ou, figos dos abrolhos?” (Mt 7:16).

Os homens sem Deus produzem ‘frutos’ diversos, cada qual segundo os seus caminhos: “Portanto, comerão do fruto do seu caminho e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos” (Pv 1:31), já o justo produz o fruto segundo a sua raiz:

“O ímpio deseja a rede dos maus, mas a raiz dos justos produz o seu fruto” (Pv 12:12).

Sabedor de que é pelo fruto que se conhece alguém, o evangelista João alerta acerca dos anticristos, apontando para a mensagem que anunciam, dizendo:

“AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne, é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne, não é de Deus; mas, este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo” (1 Jo 4:1-3).

Deus é glorificado pelo fato de ter plantado árvores de justiça em Cristo, obras de Suas mãos (Is 60:21 e 61:3). Deus plantou, em Cristo, árvores de justiça, segundo o conselho de sua vontade, a fim de que os cristãos produzam muito fruto e constituam louvor à sua gloria (Ef 1:12; Is 43:7).

Qualquer que está em Cristo foi escolhido e designado para dar fruto, e o fruto permanecerá (Jo 15:16), o seja, o fruto que contém a semente que permanece para sempre:

“Mas a palavra do SENHOR permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada” (1Pe 1:25);

“Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus” (1Jo 4:15