sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016


Introdução ao Livro de Malaquias – Um novo recomeço


Sabe-se muito pouco a respeito do profeta Malaquias, pois o livro omite detalhes de sua vida e genealogia tal como Obadias. Talvez o nome Malaquias seja apenas o título do enviado de Javé. No verso 3:1 a mesma palavra Malaquias é usada para descrever a atribuição do profeta e não seu nome. A tradição judaica coloca Malaquias como membro da Grande Sinagoga assim como Ageu e Zacarias. Este conselho foi o responsável por reimplantar e reorganizar a vida social, cultural e religiosa de israel no pós-exílio.
O profeta Malaquias nos ajuda a entender melhor o contexto social e religioso de Judá após o cativeiro babilônico no início do século V a.C. Sua mensagem contra a idolatria (2:10-12), divórcio facilitado (2:13-16) e injustiça social (3:5) nos remetem à mensagem dos profetas pré-exílicos.
Quanto à integridade, o livro nem sempre foi uma obra distinta. Junto com Zacarias 9 a 11 e 12 a 14, Malaquias 1 a 4 fazia parte dos oráculos proféticos anônimos que estavam associados ao trecho de Zacarias 1 a 8. Apenas mais tarde os documentos que continham os trechos de Zacarias 9 a 11 e Zacarias 12 a 14 se fundiram para formar o livro todo do profeta Zacarias e o trecho de Malaquias 1 a 4 resultou em uma obra separada. Os eruditos chegaram a essa conclusão após analisarem a afinidade das introduções destes grandes trechos proféticos no mesmo período histórico.
O estilo literário de Malaquias com suas breves orações e estilo direto parecem sugerir que houve um período de anúncio oral das profecias antes do registro escrito definitivo.
A posição de Malaquias no cânon cristão não corresponde ao período cronológico, pois os livros de Esdras-Neemias, Ester e Crônicas são posteriores. Com relação à data da sua composição podemos afirmar que Malaquias foi redigido em meados da primeira metade do século V a.C por algumas razões:
  • O templo foi reconstruído em 515 a.C. Entretanto, Malaquias denuncia a queda na qualidade do culto que se prestava no templo já reconstruído (Ml. 1:7-14). Portanto, o livro de Malaquias é posterior a 515 a.C.
  • Malaquias cita a questão dos divórcios facilitados (Ml. 2:11). Sabemos que Esdras (458 a.C.) se opôs à prática do divórcio dos judeus para se casarem com mulheres pagãs. Como Malaquias cita este problema, supõe-se que Esdras ainda não havia interferido nessa questão.
O século V a.C. estava sob o domínio persa e o texto de Malaquias reflete essa influência quando ele cita “um livro memorial” (Ml. 3:16 cp. Dn. 7:10 e Dn. 12:1) e a expressão “sol da justiça” (Ml. 4:2). O termo “livro memorial” faz parte do desenvolvimento teológico hebraico sobre a vida após a morte, que ganhou notoriedade com o contato do judaismo com a cultura persa após o cativeiro. A expressão “sol da justiça” remete ao deus sol persa, que simbolizava a proteção e vitória nas batalhas. Ao utilizar este termo, Malaquias quis demonstrar que Javé daria proteção e segurança a todos os que o temessem quando visem o fogo consumidor no dia do Senhor.
A condições mencionadas por Malaquias evidenciam que o retorno do exílio não havia inaugurado a era messiânica. Ageu já havia apontado que o Estado davídico restaurado não havia se concretizado sob a liderança de Zorobabel (Ag. 2:20-23). Por isso o povo havia perdido o ânimo e começaram a questionar o amor e justiça de Deus (Ml. 1:2; 2:17). A crença nas promessas de Deus estava comprometida (Ml. 3:14-15), as leis não eram obedecidas e os mais humildes sofriam opressão (3:5); em contrapartida, os ritos religiosos oficiais eram desrespeitados e desprezados (1:7-14; 3:7-12).
Estrutura de Malaquias
O livro de Malaquias divide-se em argumentos da seguinte maneira:
  • Introdução: O mensageiro (1:1)
  • Primeiro argumento: Javé ama Israel (1:2-5)
    • Pergunta: Como o Senhor nos tem amado?
  • Segundo argumento: A infidelidade dos sacerdotes (1:6 – 2:9)
    • Pergunta: De que maneira desprezamos o seu nome?
  • Terceiro argumento: A repreensão dos infiéis (2:10-16)
    • Pergunta: Por quê?
  • Quarto argumento: A justiça de Javé em seu julgamento (2:17 – 3:5)
    • Pergunta: Onde está o Deus da justiça?
  • Quinto argumento: Arrependam-se (3:6-12)
    • Pergunta: Como voltaremos?
  • Sexto argumento: A justiça de Deus na restauração (3:13 – 4:3)
    • Pergunta: O que temos falado contra ti?
  • Epílogo: Lembrem-se de Moisés e Elias (4:4-6)
O estilo usado por Malaquias difere dos demais profetas, pois, ao invés de utilizar a fórmula tradicional dos profetas, “assim diz o Senhor”, o texto está estruturado com frases diretas em primeira pessoa em seis oráculos com dez perguntas e respostas. O padrão das perguntas e respostas segue o modelo abaixo:
  1. Declaração de uma verdade;
  2. A resposta do público
  3. A tréplica do profeta reafirmando a verdade dita no início
  4. Afirmações finais
Malaquias segue o padrão literário encontrado em pequena escala em outros profetas:
  • Isaias: 40:27-28;
  • Miquéias: 2:6-11;
  • Jeremias: 2:23-25, 29-32; 29:24-32;
  • Ezequiel: 12:21-28
Este modo de expor os oráculos contribuiu para o desenvolvimento do tema da Aliança de Javé com seu povo, criando inclusive o modo como as escolas rabínicas passaram a ensinar seus alunos, chamado método de ensino dialogal que foi também utilizado por Jesus no sermão do Monte (Mt. 5:21-27).
O quadro abaixo mostra o esquema geral dos argumentos apresentados por Malaquias:
Primeiro argumento: 1:1-5
Amor incondicional de Javé por Israel baseado em Deuteronômio 7. Este amor incondicional gerou a eleição de Jacó.
Segundo argumento: 1:6 – 2:9
A falta de amor de Israel por Javé se manifestou na falta de critérios na realização do culto que deveria ser prestado. O padrão deuteronômico (Dt. 14:23; 33:10) para os sacerdotes foi ignorado.
Terceiro argumento: 2:10-16
A quebra do primeiro mandamento manisfestou-se na união com pessoas pagãs e passaram a adorar outros deuses. Essa atitude teve como consequência a quebra do sétimo mandamento ao se divorciarem se suas esposas para aderir ao casamento pagão.
Quarto argumento: 2:17-3:6
De acordo com a visão do povo, Deus não se importava mais com a justiça na terra. Entretanto Deus iniciaria a justiça mandando um mensageiro do fim dos tempos que prepararia o caminho para a vinda de Javé entre seu povo.
Quinto argumento: 3:7-12
A crise era tempo de se apegar ao pouco que tinham. Deus queria ensiná-los a não depender dos poucos recursos materiais, mas queria que o povo se entregasse totalmente a ele.
Sexto argumento: 3:13-15
Qual era a necessidade da adoração a Javé. A confiança em Javé é trocada pela dúvida da existência.
Propósito e conteúdo
Malaquias aborda os seguintes temas:
  • A adoração sincera a Javé
  • Os justos e ímpios serão atingidos pelo Dia do Senhor
  • A fidelidade no casamento
  • O anúncio do Dia do Senhor
  • O divórcio
Malaquias é contundente com relação ao relacionamento entre os hebreus e a Aliança com Javé. Malaquias cita os desdobramentos da aliança ao mencionar a aliança de Levi (1:6 – 2:9), a aliança dos pais, o pacto cerimonial (2:10-16) e o mensageiro da Aliança.
Para Malaquias o arrependimento incluía as seguintes ações práticas:
  • Purificação do sacerdócio corrupto
  • Adoração sincera e não rituais mecânicos
  • Reparação dos excessos nos dízimos e sacrifícios que aconteciam no templo
  • Restauração das famílias
  • Prática da justiça social como um dos fundamentos da Aliança
O precursor
Embora Isaías diga algo a respeito do precursor do Messias(Is. 40:3), a ideia de que Elias seria este precursor é exclusiva de Malaquias (Ml. 4:5). este conceito desenvolveu-se durante todo o período dos macabeus e o Novo Testamento associa Elias com João Batista (Mt. 11:7-15).
Inclusivismo e exclusivismo
Na Bíblia temos livros como Esdras, Neemias, Ageu e Zacarias 1-8 que se colocam contra a inclusão de estrangeiros na comunidade pós exílica. Em contra partida, livros como Malaquias, Isaías 56-66, Rute e Jonas mantém uma postura inclusivista com reação aos estrangeiros na comunidade pós cativeiro.
Conquanto as duas posições estejam em tensão, podemos conciliá-las, pois ambas são palavras de Deus, mas dirigidas a grupos distintos. Quando a Bíblia ordena a exclusão dos estrangeiros, está, na verdade, condenando o sincretismo religioso. Este foi justamente o problema que levou Israel ao exílio, quando permitiu que práticas pagãs de idolatria e injustiça fizessem parte do dia a dia da nação. Era preciso cuidado para que estas práticas não corrompessem novamente a nação que se recuperava do cativeiro.
Por outro lado a Bíblia também ordena que os israelitas recebessem todos os estrangeiros, pois eles mesmos foram estrangeiros em terra estranha. A Bíblia sempre se coloca ao lado dos excluídos e marginalizados que não encontravam amparo nas estruturas de poder e que passaram por algum tipo de injustiça, pois olhariam para Javé na esperança de um futuro melhor (Ml. 1:11, 14; 2:10). É fundamentada na esperança de um mundo melhor que nasce a literatura apocalíptica onde Javé promete restaurar todas as coisas.



Habacuque

Introdução ao Livro de Habacuque – A lógica teológica!


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Por Que, Senhor ...?

Habacuque Questiona a Justiça de Deus

Vivemos num mundo violento, cheio de injustiça. Os jornais trazem notícias diárias de assaltos, assassinatos, atentados e ataques. Acreditamos que Deus domina tudo (Daniel 4:32), mas achamos difícil compreender a maldade que nos cerca. Pessoas inocentes são vítimas da crueldade de outros. Nações entram em conflitos uma contra outra. Olhamos para Deus com uma única pergunta: "Por que o Senhor permite tal violência e injustiça?"
O profeta Habacuque viveu, provavelmente, uns 600 anos antes de Cristo, na terra de Judá. O pequeno livro dele relata uma discussão entre o profeta e o próprio Deus. Habacuque pergunta e Deus responde. Habacuque se sente alarmado pela resposta de Deus e faz uma segunda pergunta. Deus responde de novo, e Habacuque aceita, humildemente, a réplica do Senhor, dando louvor a ele num cântico de adoração. Habacuque faz a pergunta que nós gostaríamos de fazer, e recebe a resposta com a atitude que devemos mostrar. Leia o livro de Habacuque, e observe os pontos principais da conversa.
Habacuque: Até quando, Senhor? (1:1-4)
Habacuque começa seu livro com uma série de perguntas: "Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? Por que me mostras a iniqüidade e me fazes ver a opressão?" (1:2-3). Habacuque viu a violência de Jerusalém e a injustiça de seus líderes, e não entendeu a tolerância do Senhor. Nós, que moramos hoje em grandes capitais como São Paulo, poderíamos fazer a mesma pergunta, "porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida" (1:4). O profeta pediu justiça. Ele queria livramento divino para proteger os inocentes e castigar os malfeitores.
Deus: Trarei destruição (1:5-11)
Deus respondeu ao pedido de Habacuque, concordando plenamente com sua queixa. O povo violento e injusto merecia o castigo, e Deus o traria logo. Ele prometeu a justiça naquela geração. Mas, o instrumento da ira divina seria o povo caldeu, ou seja, os babilônios. Deus descreveu este povo forte e cruel. Disse que os caldeus faziam suas próprias leis (não respeitando a autoridade de ninguém), destruindo seus inimigos e adorando seu próprio poder como se fosse um deus.
Habacuque: Assim, não! (1:12-17)
Quando ele ouviu a resposta de Deus, Habacuque ficou apavorado. Podemos entender a reação dele, pensando em nossa circunstância atual. Imagine pedindo a justiça de Deus contra os malfeitores da sua cidade e ouvindo tal resposta assustadora. Deus chamaria um povo cruel e forte para destruir a cidade! Quando Habacuque pediu justiça, ele não imaginou medidas tão drásticas. Ele questionou este plano de Deus, utilizando uma série de argumentos. Leia este trecho cuidadosamente e considere as implicações de seus pontos principais, baseados no caráter de Deus:
1. O Deus eterno não pode destruir seu povo escolhido: "Não morreremos".
2. O Deus santo não pode contemplar o mal e a opressão: "Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar".
3. Como é que o Deus justo usaria um povo ímpio (Babilônia) para castigar um povo relativamente mais justo (Judá)?: "Por que, pois, toleras os que procedem perfidamente e te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele?"
4. Como é que o Deus piedoso permitiria que o inimigo cruel alimentasse seu desejo de matar?: "A todos levanta o inimigo como o anzol, pesca-os de arrastão e os ajunta na sua rede varredoura; por isso, ele se alegra e se regozija.... Acaso, continuará, por isso, esvaziando a sua rede e matando sem piedade os povos?"
5. Como o Deus verdadeiro pode usar um povo que adora seu próprio poder militar?: "Por isso, oferece sacrifício à sua rede e queima incenso à sua varredoura; porque por elas enriqueceu a sua porção".
Habacuque: Esperando a resposta de Deus (2:1)
Depois de fazer suas perguntas, Habacuque mostrou uma atitude admirável. Ele disse: "Por-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu teria à minha queixa." Habacuque questionou porque ele não compreendia os planos de Deus, mas ele mostrou reverência para com o Senhor. Ele não apontou o dedo de acusação para criticar as decisões de Deus. Aqui, aprendemos uma lição valiosa. Podemos perguntar, mas o homem jamais tem direito de contrariar a sabedoria de Deus. Habacuque não entendia e, por esse motivo, perguntou. Mas, ele não demonstrou a arrogância de algumas pessoas que se acham mais sábias que o próprio Deus. Ele não julgou a decisão de Deus. Habacuque simplesmente aguardou a resposta.
Deus: Motivos para castigar os caldeus (2:2-19)
Na primeira resposta, Deus prometeu trazer um povo cruel e violento (os caldeus ou babilônios) contra Judá. Mesmo assim, ele conheceu os pecados dos caldeus e traria castigo sobre eles. Os motivos dados aqui servem de advertência para todas as nações, inclusive as modernas. Deus preparou o castigo da Babilônia por estas razões:
1. Acumular bens de outros (2:6-8). Pelas práticas desonestas e violentas, os caldeus acumularam bens que não pertenciam a eles. Tanto nações como indivíduos devem adquirir os seus bens por maneiras honestas. Deus castigará as pessoas e os povos que roubam e que não pagam as suas dívidas.
2. Confiar nas fortalezas humanas (2:9-11). Os caldeus usaram a riqueza conquistada em guerras para fortalecer sua própria nação. Colocaram seu "ninho" em lugar alto, achando que nenhum inimigo teria condições de invadi-lo. Até hoje, as nações se enganam da mesma maneira. Confiam nos seus sistemas de defesa e na força militar enquanto esquecem do princípio revelado por Deus há muitos séculos: "A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos" (Provérbios 14:34).
3. Edificar a cidade com sangue e iniqüidade (2:12-14). Os babilônios, como muitos outros impérios, construiram com violência e opressão. Deus nunca aprovou a maldade de homens que procuram levar vantagem sobre outros. Os mais fortes devem proteger os mais fracos, ao invés de abusar deles. Os mais ricos devem ajudar os mais pobres, e não explorá-los.
4. Envolver outros no pecado (2:15-17). A Babilônia induziu outros países a participar de seus pecados. A imagem que o profeta usa aqui é de uma tática bem conhecida. Quando as filhas de Ló queriam induzir o pai a deitar com elas, deram-lhe vinho (Gênesis 19:30-38). Quando Davi queria convencer Urias a voltar para a casa dele, ele lhe deu bebida forte (2 Samuel 11:13). Deus prometer inverter a situação. Ele mesmo daria para Babilônia o cálice da ira dele.
5. Praticar idolatria. Nas sentenças contra povos na Bíblia, encontramos diversos pecados que merecem a punição. Nenhum desses pecados é mais abominável ao Senhor do que a idolatria. A idolatria envolve uma rejeição total e insensata do Criador. Rejeição total porque o único verdadeiro Deus é substituido por um ou mais falsos deuses. Deus, nesse segundo discurso a Habacuque, destaca a insensatez da idolatria. Deus zomba dos ídolos e de seus seguidores, mostrando que é absolutamente absurdo adorar uma imagem. Observe os argumentos dele: Î O ídolo é uma obra de mãos humanas que se torna maior do que seu criador. O homem faz uma imagem e confia nela! Ï O ídolo é totalmente impotente. Não fala, não se mexe, não ensina e nem respira. Paulo resumiu o argumento, alguns séculos depois, quando disse: "...sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus" (1 Coríntios 8:4).
Por todos esses motivos, Deus pretendia castigar os caldeus. Eles serviriam, primeiro, de instrumento dele para punir o povo de Judá. Mas, menos de 50 anos depois da destruição de Jerusalém por mãos babilônicas, o império da Babilônia caiu. Deus, na hora que ele determinou, trouxe a justiça sobre esse povo ímpio.
Habacuque: O servo diante do Deus santo (2:20 - 3:19)
Em contraste com os falsos deuses feitos por mão humanas, "O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra" (2:20). Habacuque ouviu a segunda resposta de Deus é se sentiu "alarmado" (3:2). Ele não questionou mais. O capítulo 3 é um cântico de louvor, no qual o profeta reconhece a sabedoria, a justiça e o poder de Deus e se mostra absolutamente submisso a ele. Observe, na sua leitura do capítulo, os seguintes pontos: 1. Habacuque pede misericórdia (3:2). Ele sabe que Deus age em justiça, mas ele também conta com a piedade do Senhor. 2. O profeta louva a Deus, dando glória pelo poder e pela sabedoria dele. 3. Ele destaca o poder divino, reconhecendo que Deus usa sua grande força para aplicar justiça. 4. Habacuque vê Deus como muito maior do que o universo e, obviamente, muito superior aos inimigos humanos que ameaçam os justos. 5. O profeta se sente fraco, suportando a grandeza da revelação com grande dificuldade. 6. Habacuque deposita sua plena confiança no Senhor, dizendo que continuará louvando a ele, mesmo se não sobrar nada para sua alimentação.
Conclusão: A mensagem consoladora (3:18-19)

Habacuque começou o livro tentando entender o que Deus faz, e o terminou sem compreender, totalmente, a justiça e a sabedoria de Deus. Mas, ele aprendeu o mais importante, a mensagem que nos sustenta no meio de angústias: Não precisamos compreender tudo que Deus faz, mas precisamos saber que é Deus que faz!

Fé: relação viva com Deus ou conceitos pré-moldados?

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Epifania é um termo que vem do grego, significando “aparição; fenômeno miraculoso”. Ou seja, este termo traz a ideia de uma repentina sensação de entendimento ou consciência da essência de algo, e no âmbito espiritual, podemos dizer que são aqueles momentos sublimes que o cristão sente a clara presença e manifestação de Deus em sua vida, independentemente das circunstâncias que esteja vislumbrando naquele momento.
Assim, o que busco estar refletindo neste texto é como muitas vezes, nós, cristãos, acabamos por criar determinados padrões ou situações “pré-moldadas” de como essas manifestações de Deus ocorreriam no nosso dia-a-dia e como esse tipo de comportamento pode minar a felicidade e o contentamento na vida com Deus.
Um primeiro aspecto que eu vejo é aquela situação em que queremos condicionar a manifestação de Deus a um determinado local.
Algo parecido com o que víamos na Antiga Aliança, quando existia o “Santo dos Santos” que era uma sala no Tabernáculo e que, posteriormente, se tornou uma sala do Templo de Salomão, onde restava guardada a Arca da Aliança. Anualmente, havia uma cerimônia de sacrifício de um cordeiro, sem máculas, conforme nos mostra o livro de Êxodos 12:5, para expiar os pecados do povo (Levíticos 4:34).
E era nesse único momento em que o sacerdote designado tinha como falar diretamente com Deus, sendo que a sala era separada do templo por uma cortina feita de linho. Em caso de estar em pecado ao adentrar ao recinto, o sacerdote morria, e somente ele podia entrar.
Trazendo isso para os nosso dias, parecem que existem determinados irmãos que pensam que Deus somente se manifestará se ele for a um determinado “santo dos santos”, que existe no seu imaginário.
Por exemplo, ele coloca na cabeça que para as bençãos de Deus chegarem a sua vida é necessário “ir ao monte”, pois somente ali é que o “fogo desce. Ou ele precisará ir à determinados cultos, muitas vezes de igrejas que não são a sua, pois a que frequenta não possui “aquela unção especial”.
Isso quando não acontece algo também bastante comum, e que eu já vivenciei no início da minha fé, de achar que somente na presença de determinados “ungidos”, a presença de Deus seria mais facilmente perceptível. Assim, ficava impressionado com alguns missionários que contavam um testemunho “poderoso”, pois aquilo seria uma espécie de atestado de uma espiritualidade maior. Assim, eu precisava estar perto destes servos de Deus, para que “por osmose” Deus me tocasse.
Olho esse período e me vejo naquilo que o escritor da Carta aos Hebreus diz, ao tecer um paralelo entre a alimentação de um bebê e a condição espiritual dos cristãos. Estes são reprovados por não terem progredido na fé (Hb 5.11-14), continuando sendo como criancinhas recém-nascidas que necessitam de leite, não suportando ainda alimentos sólidos.
Outra situação são aquelas pessoas que acabam buscando profetas para tudo, em um movimento não muito diferente daqueles que vão a terreiros de cultos afros, para o pai-de-santo dizer o que pode ou não ser feito, abrindo os caminhos. Ou precisam de um irmão para sempre orar pela sua saúde, sendo interessante ressaltar que a própria pessoa ela mesmo não abre a boca para falar com Deus, não lê a palavra, não vai à igreja, etc. Quer se satisfazer apenas com o(a) “menino(a) de recados de Deus”.
Ademais, uma situação infelizmente que já pude observar, conversando com alguns irmãos, é a defesa da falsa ideia de que o dom de orar em línguas seria um comprovante de uma presença maior de Deus na vida da pessoa, esquecendo que tal dom é apenas um dentre vários outros citados na Bíblia, e nem o maior, já que o amor é o dom supremo (Coríntios I, cap. 13; vers. 1 a 13).
É como que, implicitamente, se colocasse na cabeça de alguns irmãos a heresia de se criar uma espécie de crente de 1a classe e um crente de 2a classe em uma mesma igreja. O de 1a classe seria aquele que já teria o dom de falar em línguas e, portanto, batizado com o Espírito Santo. O de 2a classe seria o que não tem tal dom, e o que, pior: não batizado pelo Espírito Santo.
Não poucas vezes tive a oportunidade de ver em situações diferentes irmãos que neste afã de orar em línguas apenas faziam repetir sons de outros ou tentavam enrolar as línguas, atos claramente humanos, e não espirituais, apesar de ocorrido em um ambiente de grande misticismo e comoção.
A partir destes exemplos que citei o que fica bem claro para mim é que esse tipo de comportamento por parte do cristão não se sustenta ao longo do tempo e acaba por minar, solapar seu contentamento no relacionamento com Deus, pois Ele precisa sempre aparecer em determinados locais, em determinadas horas, em determinadas circunstâncias, as quais fomos muitas vezes ensinados (equivocadamente). E se isso não ocorre, aí nasce um problemão na cabeça daquele cristão.
E por que penso que isso é um passo para uma vida de desapontamentos com Deus, quando não de neuroses e distúrbios sérios, principalmente se a pessoa não frequenta uma igreja de doutrina equilibrada ?
Para responder isso, faço uma analogia do relacionamento que uma pessoa tem com Deus com o relacionamento que ela pode ter com o seu cônjuge.
Imagine se você precisasse para ficar feliz e sentir o amor do seu cônjuge que ele lhe levasse SEMPRE para determinados locais “fashion” e bacanas. Ou imagine se para você se sentir completo(a), precisasse que este cônjuge apresentasse sempre algo novo, e espetacular, a chamar a atenção.
Creio que passado um determinado tempo, esta relação com seu cônjuge estaria extremamente desgastada, pois aqueles locais tão bacanas de outrora já não seriam mais tão incríveis, as “firulas” que o cônjuge produzia para chamar a atenção e que eram tão “divertidas” antes, não surtem agora mais tanto efeito de criar aquela sensação de alegria contagiante.
Em outras palavras, a rotina chegaria matando aquela relação e aí seria o momento de se perguntar: Essa relação vai perdurar ? O que liga estes cônjuges é uma genuína vontade de crescerem juntos, ou não?
Mas, alguém pode se perguntar: O que isso tem a ver com nosso relacionamento com Deus? Pessoalmente, acredito que muita coisa.
Isto porque, nossa fé pode virar uma espécie de “fé mecanizada”, ou seja, é como se a igreja que você frequenta tivesse lhe passado uma espécie de “mapa da mina”, dizendo tudo aquilo que você deveria ou não fazer, sob pena de Deus não se manifestar na sua vida. Ou você mesmo criou esse mapa, acomodando-se na sua vida espiritual como um lógica meramente de obediência a leis e deveres.
Aí, você busca seguir aquele script feito, e com o passar do tempo, sua fé parece começar a ruir e perder o brilho inicial, já que, mesmo seguindo 100% o “script” recebido, aqueles “momentos espetaculares” com Deus parecem ter ficado para trás. E de quem é a culpa ?
Certamente, não é de Deus, até porque Deus não se confunde com a religiosidade, com a religião. Como nos ensina Karl Kepler, em seu livro O FASCÍNIO DO DEVER PARA OS CRISTÃO, nos ensinos de Jesus, como de Paulo, João e outros autores do Novo Testamento, a motivação principal da vida cristã é a mensagem do amor de Deus, da salvação e descanso em Cristo, e da alegria e comunhão no espírito.
Assim, na realidade, este esgotamento espiritual a que me refiro é uma clara consequência de um tipo de comportamento que adotamos e que manifesta prioridades invertidas, já que busca a satisfação muito mais nas exterioridades, do que na vida interior, na oração e muitas vezes, no próprio silêncio da alma.
Neste sentido, uma das coisas que tenho mais aprendido nos últimos tempos é saber aguardar em Deus, em silêncio e é impressionante como tenho sentido em locais diferentes, horas diferentes e de formas bem inusitadas a mão bondosa de Deus na minha vida, me trazendo paz interior. Duas situações recentes me chamaram a atenção.
A primeira se deu quando eu estava fazendo a minha primeira viagem à Israel e no 2o dia, fui conhecer o Lago de Genesaré (também chamado de Mar da Galileia ou Mar de Tiberíades), que é a região ao norte de Israel, onde boa parte do ministério terreno de Jesus se deu.
Lá, há uma réplica de um barco que foi encontrado da época de Jesus, onde os turistas fazem um passeio de uns 50 minutos mais ou menos, cruzando aquele belo lago. Eu estava ali no barco, sem pensar em absolutamente nada, e de repente, fiquei impressionadíssimo com a quantidade de lágrimas que começaram a rolar na minha face, ainda mais sendo uma pessoa pouco emotiva e metida a ser muito racionalista.
E uma paz imperturbável e uma sensação de pertencimento, de completude e de ligação a algo muito maior que eu (o amor de Deus), tomaram conta de mim naquele momento.
Ou seja, uma situação onde a manifestação de Deus se mostrou clara para mim, sem pedir hora, sem pedir local, sem pedir um “ritual” específico meu, nada, nada. E aquilo me fez pensar sobre o que esboço neste artigo.
Deus, ele se manifesta como quer, onde quer e quando quer, e ele age de uma forma toda particularizada para cada um de nós. Vale dizer, ele sabe como falar e nos tocar naqueles pontos que Ele quer mexer. Daí, ser um tanto presunçoso da nossa parte querer rotular Deus, ou criar esqueminhas de como Ele pode agir ou não.
Ocorre que alguém poderia dizer o seguinte: Ter uma experiência espiritual em um local como esse é fácil, ou perfeitamente compreensível. Porém, isso que relato não é algo que se explique a partir de um mero “acidente topográfico”, como cito neste segundo exemplo abaixo.
Neste finalzinho de janeiro, eu estava visitei Arraial do Cabo com minha família. Eu estava ansioso porque queria naquela semana mandar mais um artigo para o Gospel Prime. E já tinham se passado quase dois dias daquela angústia e pensamento recorrente e nada vinha à minha cabeça.
Assim, no final da tarde daquele 2o dia, eu estava ali vendo meus dois filhos brincando na areia da praia e, também, sem pensar em absolutamente nada, além de vê-los e o pôr-do-sol já se fazendo presente, quando veio como um flash todo o texto que eu iria escrever e que viria a ser o artigo “FÉ E PERGUNTAS “SEM” RESPOSTAS”, que foi posteriormente veiculado no site do Gospel Prime.
Esse texto veio como uma resposta a perguntas que me incomodavam e que eu vinha me fazendo há tempos atrás, buscando compreender um pouco da soberania de Deus diante das tragédias humanas. O texto me trouxe conforto interior.
O que me deixou sem palavras, foi a inspiração repentina que mencionei. E vejo nela o cuidado de Deus, falando a mim naquele momento. Uma espécie de “insight” divino e que me trouxe uma paz, bem diferente das alegrias cotidianas, quando conseguimos algo que gostamos ou queremos.
Concluo, no sentido de que possamos estar atentos para as manifestações de Deus em nossas vidas, que se dão em um nível relacional, que muitas vezes se manifestarão nas coisas simples dos nosso dia a dia (o sorriso de uma criança, o sentir da natureza, a dor, o sofrimento, etc.) e que as epifanias sejam cada vez mais presentes neste nosso ano e que não sejamos dominados pelo mecanicismo de uma fé enjaulada e presa a modelos “pré-moldados”, mas livres no Espírito.

Antigo Testamento é reconhecido pela Unesco como “tesouro mundial”

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Conhecida como “Códice de Alepo”, o manuscrito contendo parte do Antigo Testamento foi escrito por volta do ano 920 depois de Cristo, em Tiberíades, por Shlomo Bem Buya’a.
Originalmente tinha 487 folhas, mas apenas 294 continuam preservadas. A maior parte do Pentateuco, os primeiros 5 livros da Bíblia, foi perdida, bem como os últimos livros: Eclesiastes, Jô, Ester e Esdras.
Durante séculos ele foi sendo cuidado por diferentes comunidades judaicas, tendo ficado por muito tempo no Egito. Roubado durante as Cruzadas, por volta de 1330, acabou ficando em Alepo, na Síria, onde recebeu o apelido pelo qual é melhor conhecido.
Voltou para Israel em 1958, sendo levado para o Museu do Livro, em Jerusalém em meados dos anos 1980. Continua em exibição no local até hoje.
Depois de anos analisando, a Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (UNESCO) finalmente aceitou colocar o livro no Registo da Memória do Mundo.
Oficialmente é um “tesouro mundial”, denominação que recebem algumas das mais importantes descobertas da história da humanidade. Embora não seja a cópia mais antiga do Antigo Testamento, a UNESCO considera que ele tem valor especial por ser a mais completa.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

“Assembleia de Ateus” na Globo troca Jesus por Darwin

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O programa “Tá no Ar”, da rede Globo foi criado pelo humorista Marcelo Adnet dois anos atrás. É considerado por muitos o melhor programa de humor da TV abeta. Contudo, desde os primeiros episódios ele gera descontentamento nos evangélicos por satirizar suas crenças e maneira de ser.
O primeiro ataque foi em 2014, com a sátira da série americana “Friends”, rebatizado de “Crentes”. No quadro, os personagens com nomes bíblicos falavam de amenidades citando termos conhecidos entre os evangélicos como vigília e escola dominical. A letra-tema do seriado americano foi reescrita, dizendo “pago o dízimo, 10% para o pastor”.
Em fevereiro de 2015, uma esquete mostrava um comercial de um DVD infantil, chamado de Galinha Convertidinha. A personagem usava saia, camisa, óculos e um coque e cantava uma canção infantil falando de juízo final. Entre os personagens estava o “Cãozinho Pastor”, um pastor alemão vestido de terno e gravata que pedia dinheiro. Havia também a personagem “Ovelhinha de Jesus”, que era muito burra.
Um mês depois, o programa colocou a travesti Rogéria narrar a Bíblia. O quadro ganhou o nome de “A Bíblia Segundo Rogéria”, onde ela usa o vocabulário e gírias de homossexuais para contar histórias como de Adão e Eva e de Moisés.
Analisando o “Tá no Ar” em sua coluna, o jornalista Ricardo Feltrin chegou a escrever “Nunca um programa da emissora debochou tanto de religiões e, especialmente, da figura dos evangélicos e seus pastores”.
Ontem (16), o programa voltou a usar elementos conhecidos dos evangélicos para ridicularizá-los no quadro “Assembleia de Ateus”. O cenário mostra um local que lembra um templo, que implicitamente seria da Assembleia de Deus. Contudo, o pregador, interpretado por Adnet, imita o jeito característico dos pastores da Igreja Universal falarem.
Usando uma série de menções ao ateísmo, o texto do quadro propõe uma troca de expressões comuns para os evangélicos por “equivalentes” ateístas. Por exemplo, o “aleluia” foi substituído por “eureca”. As orações terminam com “Em nome de Darwin, de Newton e de Albert Einstein” e o amém virou “a Nietzsche.”
O pretenso pastor chama as pessoas para “louvar a ciência e dar uma salva de palmas para o acaso”. A pintura no teto do templo, ao invés de imagens religiosas, tinha uma tabela periódica dos elementos químicos.
No lugar da Bíblia, é feita a leitura da “Segunda lei de Newton”. O quadro finaliza com um “período de louvor”, só que a Darwin e não a Jesus.
Nas redes sociais uma página ateísta compartilhou o vídeo, tendo mais de 200 visualizações em menos de 24 horas. Os comentários deixam claro que os evangélicos consideram esse tipo de provocação uma forma ofensiva de humor.

Cristãos oram em frente a clínicas de aborto e 49 mães desistem

Cristãos oram em frente a clínicas de aborto e 49 mães desistemtocha-olímpica-sobre-o-protetor-3813943.jpg
A campanha 40 Dias pela Vida reúne voluntários cristãos em várias partes do mundo. Este ano, ela teve início dia 10 de fevereiro e vai até 20 de março. Seu site oficial traz vários relatos das atividades do movimento que une católicos e evangélicos contrários ao aborto.
Lançada em 2007, a campanha mobiliza anualmente pessoas em várias cidades nos Estados Unidos e Canadá. Já possui uma “versão local” em vários outros países onde o aborto é legalizado.
Como fazem todo ano, os voluntários foram para frente de clínicas de aborto locais. Ofereceram panfletos com informações e se dispuseram a orar pelas mulheres que estavam entrado no local desejosas de interromper a gravidez. Uma parte da equipe fica em jejum e intercessão em suas igrejas.
O site LifeNews.com relata que, por causa das orações, até agora 49 mães decidiram no último momento salvar a vida dos filhos que esperavam.
Uma das voluntárias chama-se Michelle. Ela vive em Montgomery, Alabama. Conta que na sua cidade os voluntários conversaram com uma mulher, deram um panfleto e ofereceram ajuda. Disse também que gostariam de orar com ela.
A mulher chegou a entrar na clínica, mas logo em seguida saiu, pedindo para ser levada ao “Centro de recursos de gravidez”, que pertence a uma ONG cristã. Explicou que precisava de ajuda, pois seu marido não aprovaria sua decisão.
Chegando ao local, fez uma ecografia e viu pela primeira vez seu filho, que tinha cerca de oito semanas de idade. “Meu bebê tem braços e pernas!”, exclamou ela aos prantos. Esse é apenas um dos testemunhos da campanha deste ano.
Melody, que trabalhou na cidade de Edmonton, no Canadá, relata sua experiência. “Nós oramos com toda nossa força. Não podemos mudar o coração das pessoas nem fazer as coisas acontecerem do nosso jeito. É Deus quem faz. Obrigado, Deus Todo-Poderoso, por nos ouvir!”.
Ela é uma das coordenadoras da vigília de oração realizada na cidade. Afirma que eles irão continuar orando para que as mulheres rejeitem o aborto e as clínicas fechem. Segundo os organizadores, desde 2007 até agora 66 locais que oferecem aborto legalizado nos EUA e Canadá foram fechados após as campanhas de oração.