Bênçãos sem medida
Romanos 8.31-39
O apóstolo Paulo afirmou: “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por
nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57). Bênçãos são expressões das vitórias
concedidas por Deus. Certamente as bênçãos de Deus podem ser expressas
pelas palavras do estribilho do Hino 329 do Cantor Cristão: “Conta as bênçãos,
conta quantas são... Hás de ver, surpreso, quanto Deus já fez”. As bênçãos são
sem medida, porque estão sempre acima do que pedimos ou pensamos. Nada
merecemos da parte de Deus, mesmo assim as bênçãos nos alcançam. Elas
são a prova de que somos constantemente presenteados por Deus com graça
sobre graça,sem medida.
Jesus Cristo é sempre o fiador para que sejamos alcançados por bênçãos
sem medida. A Jesus, toda honra e toda glória pelas bênçãos recebidas, e por
aquelas que ainda iremos receber.
1 – Garantia para as bênçãos: Deus é por nós
Não existem bênçãos sem garantia. Todos os que recebem as bênçãos
divinas nada podem oferecer como garantia por elas. Elas não são recompensas
por aquilo que somos ou fazemos, porque nossos valores são
totalmente insuficientes para avaliar as divinas bênçãos.
A declaração paulina: “Deus é por nós”, confere a garantia preciosa para as
bênçãos. É um extraordinário privilégio ter Deus ao nosso lado. Nada poderá
vencê-lo. Deus não pode ser derrotado, e por isso ninguém ou nenhuma coisa
poderá prevalecer contra aquele que está ao lado de Deus.
É totalmente suficiente o companheirismo de Deus conosco e a nosso
favor. A certeza de sua presença em nossas vidas impede que haja qualquer
dúvida que bênçãos sem medida poderão acontecer.
Cada servo de Deus precisa estar em perfeita comunhão ou sintonia com o
Pai, que nos possibilita contar realmente com a divina presença para todos os
momentos. A parte de Deus é sempre feita com perfeição, então, precisamos
agir de forma que corresponda às expectativas de Deus a nosso respeito.
Quando Eliseu estava no monte, na companhia do seu jovem ajudante, as
tropas inimigas começaram a cercar aquele lugar. O jovem teve grande medo e
temia uma derrota iminente. Eliseu orou por ele para que sua visão espiritual
fosse aberta e, como resposta, ele conseguiu perceber a especial presença de
Deus através de seus anjos.
No cativeiro babilônico, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, companheiros
de Daniel, se negaram a adorar a estátua de ouro que o soberano
Nabucodonosor determinou para a adoração de todos. A punição que receberam
foi ser lançados na fornalha de fogo ardente, porque decidiram
permanecer fiéis ao seu Deus. Para a surpresa do rei, quando foi feita a verificação
do que estava acontecendo com eles, além de estarem passeando entre
o fogo, estavam na companhia de um quarto homem que tinha aparência dos
deuses. Aqueles jovens caminhavam no fogo e poderiam dizer: “Deus é por
nós”.
Podemos enfrentar as maiores adversidades, mas temos sempre uma
preciosa garantia: Deus está conosco!
2 – Segurança para as bênçãos: a entrega da vida de Jesus
Quando Deus esboçou o plano de salvação na eternidade, Ele projetou
oferecer o que tinha de melhor no céu: o seu Filho Unigênito. A escolha não recaiu
sobre qualquer dos anjos, mas no Unigênito Filho de Deus.
No final do ministério terreno de Jesus, Ele foi para o Jardim do Getsêmani
orar ao Pai. Ele sentiu o terrível peso dos pecados de toda a humanidade, e o
seu sacrifício na cruz seria o preço do resgate de todos aqueles que nele
cressem. Sua oração foi: “Pai, se possível for, passa de mim esse cálice” (Mt
26.39). A resposta à sua oração foi o silêncio do céu. A interpretação de Paulo
está expressa nestas palavras: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho
poupou, antes o entregou por todos nós...” (Rm 8.32a).
Há segurança para as bênçãos, porque Jesus entregou a sua vida como
preço pago na cruz do Calvário. Deus não o poupou, mas o entregou por nós,
porque era o único caminho que conferia segurança para as bênçãos sem
medida. Por isso Deus nos coloca diante da pergunta paulina: “Como nos não
dará também com ele todas as coisas?” (Rm 8.32b). Deus pode e deseja nos
abençoar com tudo aquilo que Ele projetou que recebêssemos, porque há
segurança para as bênçãos pelos méritos do sacrifício de Jesus.
3 – Cristo garante: Não há condenação!
Pessoas salvas não são pessoas que passam a ser perfeitas e sem
pecados. Alguns imaginam que podem condená-las, porque também estão
sujeitas a revelar imperfeições ou pecados, que é próprio da natureza humana.
Mas a Palavra diz: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus?”
(Rm 8.33a). A resposta não está nas possíveis justificativas humanas que
possam explicar os pecados cometidos, porque também elas não podem ser
convincentes. “É Deus quem os justifica” (Rm 8.33b).
Todavia, todo crente deve sempre lembrar: “Se dissermos que não temos
pecados, enganamos a nós mesmos, e não há verdade em nós” (1Jo 1.8). O
salvo está no abrigo da justificação de Deus para os seus pecados, que os
declara que Jesus já pagou o preço por eles. Isso significa que não existem
possibilidades de prevalecer qualquer acusação contra os escolhidos de Deus.
A condenação é uma consequência natural para um distanciamento de uma
pessoa em relação a Deus. Permanecer nesta situação pode implicar numa
condenação eterna.
O que pode acontecer com uma pessoa salva? Quem os condenará? Não
há condenação, Cristo garante. Contudo, elas não se tornaram melhores que
as outras. Todos estão garantidos em torno de Jesus Cristo. Esta garantia está
expressa em quatro declarações sobre Jesus: (1) Cristo morreu na cruz; (2)
Cristo ressuscitou dentre os mortos; (3) Ele está à direita de Deus; (4) Jesus
intercede por nós. A garantia de Jesus que não há condenação para o salvo, o
habilita a receber as bênçãos sem medida.
O reconhecimento da nossa fragilidade humana pode conduzir ao sentimento
de culpa para pecados cometidos, principalmente após a experiência da
salvação. Enquanto estivermos neste mundo estaremos sujeito ao pecado. A
diferença na vida do salvo é que ele passa a não ter nenhum prazer em
práticas pecaminosas. Ser uma nova criatura em Cristo Jesus é ter uma natural
indisposição para qualquer ação pecaminosa.
Quando Jesus nos garante que não há nenhuma condenação, nada fica
identificado que o salvo irá assumir uma vida perfeita. Isso nunca vai acontecer,
porque em nós permanece a natureza pecaminosa. Nossa experiência pessoal
com Jesus nos garante perdão para os pecados já cometidos e por aqueles
que vierem a ser cometidos, por isso nenhuma condenação pode alcançar o
salvo.
4 – Dificuldades e confrontos não nos separam do amor de Cristo
Na caminhada cristã podem acontecer dificuldades. É necessário renovar a
certeza da promessa enunciada por Jesus: “...eis que estou convosco todos os
dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20). Essa divina companhia
garante que não existem dificuldades que possam nos separar do amor de
Cristo.
Todos nós passamos pelas dificuldades enumeradas pelo apóstolo Paulo:
(1) tribulação; (2) angústia; (3) perseguição; (4) fome; (5) nudez; (6) perigo; (7)
espada; (8) ser como ovelhas indo para o matadouro (Rm 8.35,36).
Nossas vidas estão sujeitas a alguns confrontos, a saber: (1) nem a morte
– nem a vida; (2) nem os anjos – nem as potestades – nem os principados; (3)
nem o presente – nem o porvir; (4) nem a altura – nem a profundidade; (5) nem
alguma outra criatura (Rm 8.38,39).
Dificuldades ou confrontos são próprios da natureza humana. Podemos
não enfrentar todas as dificuldades ou confrontos. Mas qualquer que nos
alcance não nos poderá separar do amor de Cristo. Interessante que no ensino
paulino entre as citações das dificuldades e o enumerar dos confrontos, ficou
citado a divina promessa: “Em todas essas situações temos a vitória completa
por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37).
A vitória completa através de Jesus é a certeza de bênçãos sem medida.
Para pensar e agir
- Jesus Cristo nos garante uma vida de vitória. Conheço este caminho?
- Tudo se torna possível quando conhecemos o Deus conosco. Deus quer
estar ao nosso lado!
- Jesus é sempre a nossa segurança para as bênçãos. A entrega de sua
vida foi o preço pago por elas.
- Cristo garante que não há condenação para aqueles que nele creem.
- Dificuldades ou confrontos podem surgir na caminhada cristã , mas não
podem separar o salvo do amor de Cristo.
- Deus está sempre pronto para disponibilizar “bênçãos sem medida”.
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