sexta-feira, 20 de maio de 2016

Pastor que fundou “igreja do metal” diz que recebeu “chamado para converter os roqueiros”

Pastor que fundou “igreja do metal” diz que recebeu “chamado para converter os roqueiros” 

Decoração predominantemente preta, som alto e pesado, fiéis vestidos como autênticos roqueiros e pregações abordando o cerne do Evangelho. Essa é a Crash Church, fundada pelo pastor Antonio Carlos Batista há 18 anos, e conhecida como a “igreja dos metaleiros”.
“Recebi um chamado de Deus, pedindo minha ajuda para converter os roqueiros”, relembra Batista, que deixou a Igreja Renascer em Cristo para se dedicar ao projeto de pregar a um grupo de pessoas que geralmente são vistas com antipatia.
Hoje, 18 anos depois, semanalmente, aos domingos, 100 fiéis vestidos como roqueiros típicos, usando camisetas pretas, botas, acessórios de couro, brincos e piercings, se reúnem para ouvir a mensagem e “ouvir um som”. As músicas, por sua vez, não fogem ao figurino, e trazem nas letras temas ligados ao cristianismo.
O pastor, também tatuado, barbudo e cabeludo, hoje tem 49 anos e é muito diferente, fisicamente, do homem que iniciou o projeto. À época, conta, não era adepto do metal. Hoje, é vocalista da banda que nasceu com a igreja, Antidemon, e já viajou pelo Brasil e outros 30 países.
O aluguel do templo usado pela Crash Church, no Alto do Ipiranga, em São Paulo (SP), tem 200 m² e custa mensalmente R$ 2.400,00, valor que é pago da mesma forma que todas as igrejas se custeiam: ofertas e dízimos, entregues voluntariamente pelos frequentadores.
Uma das fiéis da Crash Church é Ana Batista – que não possui nenhum vínculo de parentesco com o pastor. Em 1996, Ana integrava o movimento Terrorista Punk e invadiu um templo evangélico no centro da cidade, armada de soco inglês e punhal, para agredir Antonio Carlos Batista, que dirigia o culto.
“Eu odiava religião, queria impedir o trabalho”, disse à reportagem da Veja SP. Ao entrar, decidiu esperar e terminou ouvindo um trecho da mensagem. A Palavra mudou sua percepção, a fez desistir do ataque ao pastor e se converter ao Evangelho. Quatro meses depois, foi batizada nas águas e permanece fiel. “Hoje sou uma serva de Deus”, resumiu Ana

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