Primeiros três séculos da Igreja: perseguições e triunfos
Na medida em que os anos foram-se passando, depois de sua inauguração no Pentecostes, a Igreja seguiu avançando dentro do Império Romano, crescendo a cada dia, pois o testemunho de fé aliado aos milagres que os descrentes vinham acontecer através da vida dos seguidores do Cristo Ressurreto acabava se tornando isca perfeita. A Igreja, nos primórdios, se alastrava somente entre as classes mais baixas, o que fazia com que artesãos, pequenos negociantes, proprietários de pequenas terras, passassem a pertencer à religião da revolução moral. Mas, como Jesus mesmo disse, que é impossível se ascender uma candeia e ocultá-la na escuridão, a Igreja foi brilhando, brilhando, a ponto de conquistar membros também entre as classes mais elevadas; soldados, pessoas próximas aos governantes e muitos outros tipos de gente se iam achegando ao evangelho.
Pelo fato de a Igreja seguir o Supremo Salvador, isso ia contra aquilo no que acreditavam os romanos, de que o estado era a suprema força e a religião era uma espécie de patriotismo. Por isso, os governantes consideravam os cristãos como anarquistas, uma gente que colocava em risco a hegemonia romana. A partir de Nero (54-68), os cristãos passaram a ser perseguidos e tinham a fé posta à prova pelo estado, que prendiam-lhes e os obrigavam a prestar adoração à estátua do imperador e a participar de cultos pagãos.
A igreja passou a receber maior oposição, quando os romanos perceberam que, apesar das perseguições, o número de cristãos só aumentava, e ainda, os cultos, principalmente a Santa Ceia, eram realizados com portas fechas. Até a primeira parte do III século os ataques aos cristãos eram de caráter local. Depois de experimentar um sossego por certo período de tempo, as perseguições – e de maneira ferrenha– tiveram início no governo de Décio e de mais dois sucessores (250-260), que se propuseram a fazer de tudo para exterminar o Cristianismo do Império.
Nesse período, muitos foram martirizados, e muitos abandonaram a fé. O imperador Galiano, interrompeu a perseguição e deu inicio ao longo período chamado de “Pax Longa” (260-303). Em 331, com o Édito de Tolerância, que foi publicado por Galério. Dois anos depois, o Édito de Milão, de Constantino e Licínio, imperadores do ocidente e oriente, estabeleceu a liberdade religiosa para todos, quando, de fato, os cristão deixaram de ser perseguidos, pois até então, quem não adorava aos deuses antigos e não seguia as religiões reconhecidas pelo império, era considerado um traidor.
Os períodos de perseguição foram importantes para mostrar quem, de fato, era uma pessoa de fé, o que fazia com que os não crentes se inspirassem a crer através dos cruéis testemunhos deixados pelos mártires, pois os gregos já haviam legado, como foi dito no artigo anterior, o saber de que a alma é imortal, e os cristãos falavam de céu e de inferno no pós-morte.
Falar sobre o avanço da igreja, suas perseguições e vitorias em um breve artigo, não requer grande riqueza de detalhes, apenas o suficiente para transmitir aos leitores, que ao longo dos séculos e milênios, a palavra de Jesus de que “as portas do inferno” jamais iriam “prevalecer contra a igreja”, podem ser testemunhadas pela história e também pela plena existência dela nos dias de hoje, como sendo palavras verdadeiras.
Com a historia da igreja nós aprendemos a nos portarmos de maneira coerente à nossa fé, em respeito a Deus e à aqueles que deram suas vidas pelo que criam, pois Deus trabalhou para a continuidade da Igreja pelos meios mais –ao ver humano– descabidos, mas que evidenciaram a grande verdade de que se somos de Cristo o mundo nos odiará, sempre, pois nossa cultura é de Santidade e não de pecado. No próximo artigo iremos falar um pouco sobre como passou a ser a vida da igreja a partir no período de que vai de vai de 313 a 590 d.C.
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