quinta-feira, 10 de março de 2016


CATEDRAL DAS ASSEMBLÉIA DE DEUS

 EM 

VILA PACHECO DA ROCHA/N.IGUAÇU-RJ.




 10. Os Trabalhadores da Vinha (Mt. 20:1-16) 
Esta parábola foi ensinada por Jesus aos seus discípulos. Isto vemos claramente nos versículos anteriores a parábola, quando Jesus ensina a seus discípulos algumas verdades acerca da entrada no reino (Mt.19:16-30). A parábola foi ensinada pelo fato de Pedro perguntar a Jesus o que ganharia por ter renunciado tudo para segui-lo (Mt.19:27-30)
I – NARRAÇÃO HISTÓRICA 
O proprietário de uma vinha resolveu colher suas uvas, em um determinado dia. Todos os seus servos, que trabalhavam para ele, regularmente durante o ano, saíram para a vinha às seis horas da manhã, enquanto o dono foi até à praça da cidade próxima, ao romper da aurora. Ele precisava encontrar alguns trabalhadores desempregados que estivessem dispostos a trabalhar por dia, pela soma razoável de um denário.
 Bem cedo, entre cinco e seis horas da manhã, alguns homens dispostos a trabalhar já permaneciam pela praça à espera de algum empregador que viesse oferecer-lhe trabalho. O proprietário da vinha falou com os homens, mencionou o pagamento diário de um denário, com o qual todos concordaram e foram levados para uma jornada de trabalho de 10 horas de trabalho.
Nos dias de Jesus, os trabalhadores se consideravam privilegiados ao conseguir um salário. Passar horas ociosas na praça, significava para o trabalhador que ele e sua família teriam que contar com a caridade dos empregadores. Com isso, um dia de trabalho era uma bênção para o trabalhador e sua família.
Enquanto os servos e os novos contratados estão ocupados trabalhando na vinha, o proprietário volta à praça para ver se consegue encontrar mais alguns trabalhadores. São entre oito e nove horas, e muitos estão ainda à toa, na praça. O empregador pergunta-lhes se trabalhariam o resto do dia em sua vinha. Ele não diz quanto vai pagar, mas promete um salário justo. Os trabalhadores conhecendo a reputação do dono da vinha, confiam nele plenamente e sabem que não ficarão desapontados ao fim do dia.
A medida que o trabalho progride, o proprietário calcula o número de horas de trabalho necessário ainda para terminar a tarefa antes que a noite caia. Fica evidente que o proprietário queria fazer a colheita toda naquele único dia. O dono da vinha sabe exatamente quando certas uvas devem ser colhidas.
 Se forem deixadas na videira por mais um ou dois dias acumularão açúcar demais perdendo assim o valor de mercado, pois a grande maioria das uvas eram para fabricação de vinho. Se o dia da colheita cai na sexta-feira, o fazendeiro faz tudo o que pode para conseguir trabalhadores adicionais e completar a tarefa antes do sábado.
Idas à praça próxima se repetem a intervalos regulares, ao meio dia e as três da tarde, com sucesso variado. Ao entardecer, parece que o projeto ainda não estará completo com os empregados já contratados até o cair da noite, ao menos que mais trabalhadores sejam contratados. O proprietário volta a praça as cinco horas e encontra alguns homens por ali. Pergunta por que estão na praça, àquela hora do dia. Eles respondem que ninguém veio contratá-los. O empregador diz: “Ide também vós para a vinha”. Não faz nenhuma menção ao pagamento.
II – OBSERVANDO PONTOS IMPORTANTES DA PARÁBOLA 
a) Na parábola toda o empregador é a figura dominante – Suas atitudes, seus procedimentos são manifestos do inicio até o fim da parábola. 
b) Várias questões surgem a respeito da administração da vinha. Porque o proprietário volta a praça por pelo menos cinco vezes. 
• Madrugada (entre 4 e 5 h. da manhã) – Saiu para assalariar , valor de um denário por dia– vss.1 
Terceira hora (9 h. da manhã) – Valor contratado “vos darei o que é justo” – vss. 3 e 4
 Hora sexta e hora nona ( meio dia e três horas da tarde) – Valor contratado “foi da mesma forma da hora terceira” – “vos darei o que é justo” – vss.
Hora undécima ( 5 h. da tarde) – O valor do contrato aqui não foi estipulado, mais o empregado parece saber que pelo menos no final, mesmo por ter trabalhado somente por uma hora, receberia o proporcional e poderia levar alguma coisa para casa. O empregado confia na reputação do empregador e aceita o serviço e confia na generosidade do dono da vinha. 
c) O empregador observava a norma bíblica de não reter o pagamento do trabalhador diarista –
(Lv.19: 13) - Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã. 
(Dt.24: 14 ) - Não oprimirás o trabalhador pobre e necessitado, seja ele de teus irmãos, ou seja dos estrangeiros que estão na tua terra e dentro das tuas portas.
15 No mesmo dia lhe pagarás o seu salário, e isso antes que o sol se ponha; porquanto é pobre e está contando com isso; para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado. 
d) A lei da procura e da oferta é sem dúvida observada – Menos trabalhador, aumenta a jornadas de dias de trabalho, mais energia será gasto por cada trabalhador, o rendimento depois de certo tempo de trabalho diminui consideravelmente por ser um trabalho braçal. Contratando-se trabalhadores mais tarde, chegam a vinha mais descansados e com energia para gastar, a colheita mantém um ritmo até o fim, a produção da colheita aumenta e diminui a jornada de trabalho.  
e) O empregador ciente dessas injunções, circunstâncias, dá instruções a seu capataz (chefe de um grupo de trabalhadores braçais) para que pague aos trabalhadores o seu salário. 
A recomendação foi : 
• “Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até os primeiros”. Vs. 8 
III – O PAGAMENTO DOS TRABALHADORES 
• Os da hora undécima ( 5 h. da tarde) – Receberam um denário por uma hora de trabalho – vs.9 – ficaram felizes, contentes e cheios de gratidão por causa da generosidade do dono da vinha. 
Os das 3 h. da tarde, meio dia e das nove da manhã – receberam um denário cada grupo – vs.10 - Se contentaram com o que receberam. A Bíblia não diz que eles fizeram alguma objeção com o capataz e o dono da vinha, tudo indica que ficaram satisfeito pela bondade do dono da vinha. 
• Os contratados a madrugada –Pensavam que receberiam mais do que os últimos contratados. Portanto receberam um denário cada um. A sua indignação manifestou-se imediatamente. 
IV - A MURMURAÇÃO DOS TRABALHADORES DE MADRUGADA 
(Mt. 20:10) - Vindo, então, os primeiros, pensaram que haviam de receber mais; mas do mesmo modo receberam um denário cada um.
11 E ao recebê-lo, murmuravam contra o proprietário, dizendo:
12 Estes últimos trabalharam somente uma hora, e os igualastes a nós, que suportamos a fadiga do dia inteiro e o forte calor. 
V - O EMPREGADOR NÃO SE DEMONSTRA OFENDIDO CHAMA-OS DE AMIGO COM UM TOM AMIGÁVEL 
(Mt.20: 13) - Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não ajustaste comigo um denário?
14 Toma o que é teu, e vai-te; eu quero dar a este último tanto como a ti.
15 Não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?
16 Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos. 
QUE VEMOS NO TEXTO? 
a) A conotação é de reprovação, mas com tom amigável – VS.13 
b) O fazendeiro se mostra Senhor da situação – Vs.14-15 
c) O trabalhador insatisfeito pode concorrer à justiça, mas não teria êxito, pois as evidências do contrato eram claros: “ tendo ajustado com os trabalhadores a um denário por dia”- vss.2 
d) O empregador não discute, não se explica e nem se justifica. Simplesmente faz a pergunta que o outro tem que responder afirmativamente: “Não combinaste comigo um denário ?” “Não me é lícito fazer o que quero do que é meu ?”. 
e) Se há alguém que sacrificou a parte econômica pela benevolência, este é o proprietário da vinha. Teria sido melhor para ele se tivesse pago a quantia exata merecida. 
f) O dono da vinha é acusado pela sua generosidade. “Ou são mau os teus olhos porque eu sou bom?” Com esta pergunta, o administrador põe à mostra a falsidade dos empregados da madrugada desapontados e demonstra sua bondade e gentileza enquanto eles mostraram inveja a avareza. Eles permanecem cegos à bondade do proprietário até que a máscara que escondia seu descontentamento é removida pela questão: “ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?”. 
g) Aqui temos o conceito do mundo e o conceito do reino: No mundo, o conceito é o do que trabalha mais, recebe mais. Isso é justo. Mas no reino de Deus, os princípios do mérito e da capacidade são postos de lado para que a GRAÇA PREVALEÇA. 
VI – AS LIÇÕES DA PARÁBOLA 
a) A graça vale mais do que a justiça imparcial e as práticas lucrativas de negócio. 
b) Ao ensinar a parábola, Jesus mostrou que Deus não trata os homens de acordo com o princípio do mérito, da justiça ou da economia. Deus não está interessado em lucros. Deus não trata o homem na base do “toma lá dá cá”, ou “uma boa ação merece recompensa”. Na graça de Deus não circulam porcentagens, porque “todos temos recebido da sua plenitude, e graça sobre graça”. (Jo.1:16). 
c) A parábola ensina que no reino dos céus a igualdade é a regra. “muitos primeiros serão os últimos” (Mt.19:30) . “Os últimos serão primeiros”( Mt.20:16). Mesmo que o trabalho possa variar, a graça é suficientemente para todos. 
• Todos fomos comprados por preço de sangue
• Todos foram batizados em um só corpo, e este corpo não é dividido
• Todos somos possuidores de um só Senhor
• Todos temos uma só fé
• Todos temos a mesma vestimenta de santidade 
d) Os trabalhadores queixosos podem ser comparados com o irmão mais velho da parábola do Filho pródigo (Lc.15:11-32). Juntos contavam com o comportamento de alguns fariseus que, por causa de seu zelo na observação da lei de Deus, contavam ter um lugar privilegiado no reino de Deus.
e) Esta parábola nunca será aceita por aqueles que querem impor à salvação regras e estipulações feitas pelos homens. No reino dos céus não existe a burocracia humana. A graça de Deus é plena e livre e superior de que qualquer cálculo. 
Essa história retrata um acontecimento comum nos tempos de Jesus: trabalhadores ficavam na praça esperando serem contratados para trabalharem nas lavouras. Eram diaristas que recebiam por jornada de trabalho.Assim, na história que Jesus contou o proprietário da vinha convoca trabalhadores nos diferentes horários do dia. No final, todos recebem o mesmo pagamento, provocando a indignação dos que foram contratados primeiro. 
Há muitas lições sobre o Reino de Deus nessa história. 
1)         Deus está convocando pessoas para trabalharem na sua obra Desde o início da história da humanidade, Deus chama pessoas para trabalharem pra Ele, a fim de que Seus propósitos se cumpram. Deus não faz acepção de pessoas e convoca, indiscriminadamente homens, mulheres, jovens, crianças, adolescentes, ricos, pobres, doutores ou pessoas quase sem instrução.
Enfim, Deus conta com pessoas para que a Sua obra se cumpra aqui na Terra. Ele é o proprietário da vinha que sai em diferentes horas do dia, procurando trabalhadores.Jesus disse que a seara é muito grande, mas há poucos trabalhadores. Por isso oramos e nos empenhamos pra que mais pessoas aceitem o convite pra trabalhar pra Deus. E creia: Vale a pena aceitar essa “proposta de emprego”. Ele é o melhor patrão que alguém pode ter.
2)         Não importa a que horas você foi chamado Na história que Jesus contou alguns foram chamados no início do dia, outros mais tarde e outros pertinho do fim do dia. Há diferentes significados pra essa parte da história. 
Um deles é que não há idade pra servir ao Senhor: alguns foram chamados no comecinho da vida, na infância, outros na adolescência, na juventude, na idade adulta ou até já no finalzinho do dia,numa idade mais avançada.Não importa: se você tem estado “na praça”, ou seja, ainda não está empregado no Reino de Deus, há lugar pra você também.  
A Bíblia traz promessas pra crianças, jovens e velhos. Veja, por exemplo o texto de Joel 2:28: “ E depois disto derramarei do meu Espírito sobre todos os povos.Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões.
 “Veja também a promessa do Salmo 92 pra aqueles que já são mais idosos: “ Mesmo na velhice darão frutos, permanecerão viçosos e verdejantes, para proclamar que o Senhor é justo”Se você é criança, adolescente ou jovem e ouviu o chamado do Senhor, não deixe pra depois,aceite seu convite prontamente. Mas, se você já é adulto ou até mais idoso e só agora foi chamado,alegre-se do mesmo jeito e vá trabalhar na vinha! 
3)         O Reino de Deus é um lugar de trabalho Quando somos chamados para o Reino de Deus, somos chamados para o trabalho. 
Aliás,sempre que Deus chama alguém, Ele o faz para dar uma missão para essa pessoa. A entrada no Reino é pela graça, mediante a fé em Jesus. Mas o Reino é um lugar de trabalho.
Não queira apenas usufruir dos benefícios do Reino sem se envolver, sem trabalhar. A recompensa virá, certamente, mas virá pra aqueles que verdadeiramente se envolverem na obra. 
4)         A recompensa é certa No final da história, os trabalhadores que haviam labutado o dia inteiro se sentem injustiçados porque receberam o mesmo salário dos que foram contratados na última hora. Na verdade, a história não nos mostra um Deus injusto, mas um Deus justo e generoso. 
 Ele pagou o combinado aos primeiros trabalhadores e agiu com justiça e generosidade para com os outros. Deus é bom e retribuirá de maneira justa e generosa a todos os que trabalharem pra Ele. 
No final do capítulo 19 de Mateus, um homem muito rico procura por Jesus, querendo saber como herdar a vida eterna. Jesus lhe responde, mas ele não O segue porque amava mais as suas riquezas do que a Deus.  
Então, Pedro, aproveitando-se dessa situação, pergunta a Jesus: “ Senhor, nós deixamos tudo e te seguimos. 
Qual será a nossa recompensa? “ Jesus não fica indignado com a pergunta de Pedro, não o chama de interesseiro, pelo contrário, lhe dá uma resposta muito satisfatória:“ Todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna.”HÁ GRANDE RECOMPENSA EM SEGUIR A JESUS: RECOMPENSA NESSA VIDA E NAETERNIDADE.
Uma das promessas que mais aguardamos é a promessa da volta de Jesus. Ele prometeu e um dia vai voltar. Os diferentes horários dessa parábola também podem ser entendidos como diferentes épocas da história da igreja. Em todas elas, Deus convocou pessoas pra trabalharem pra Ele. 
Creia: Nós estamos na última hora! A volta de Jesus está muito próxima. Estamos vivendo tempos de oportunidade pra que mais e mais pessoas aceitem o convite e se tornem trabalhadores navinha de Deus. Jesus virá! A recompensa também virá! Mas não para todos. Só para os trabalhadores da sua vinha. Seja um deles!Ministre com amor e autoridade nas vidas dos irmãos.
 Ore com aqueles que querem aceitar o chamado e entrarem pra o Reino do Messias. Ministre nas vidas dos que já são salvos sobre a necessidade de trabalhar na obra, sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor. Aleluia
VII – A APLICAÇÃO DA PARÁBOLA
a) A parábola é a explicação de (Mt.19:30) 
b) O homem dono de casa, denota a Cristo que é o dono da Igreja 
c) Os trabalhadores denotam os discípulos que foram chamados para o serviço na vinha 
d) A contratação de trabalhadores em diversos horários do dia, diz respeito ao chamado de diversos discípulos no decorrer da história da Igreja até ao arrebatamento para o prêmio (paga) pelos serviços prestados. 
e) O contrato firmado para os empregados foi feito por sangue, e a paga seria certa, veja a especulação de Pedro em (Mt.19:27). 
f) A vinha denota o reino 
g) O denário diz respeito ao galardão que o Senhor ofereceu a Pedro no seu acordo em (Mt.19:27-30) 
h) No vs.3 de Mt.20, mostra pessoas ociosas na praça, isto fala que os que não trabalham no reino de Deus, ficam ociosos no mundo. É um reflexo, uma repercussão. Primeiro se busca o reino e as outras demais coisas serão acrescentadas. O não trabalho no reino deixa as pessoas ociosas no mundo.
i) A praça, representa o mundo.
j) Os diferentes horários que os trabalhadores foram contratados, representa os discípulos que foram salvos no decorrer da história da Igreja 
k) Fora do reino de Deus, nenhum ser humano é empregado por Deus. Se não foi contratado, não esta no reino. O contrato tem que ser firmado. Pacto de sangue. 
l) Mesmo próximo do final, onde o Senhor virá buscar a Igreja, até mesmo na ultima hora, muitas pessoas estão sendo contratadas e igualmente como os primeiros receberão os seus galardões como os primeiros. Os últimos serão os primeiros  

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