quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Um ano após atentado, Charlie Hebdo aponta Deus como responsável pelo terrorismo muçulmano


Um ano após atentado, Charlie Hebdo aponta Deus como responsável pelo terrorismo muçulmano
No dia 07 de janeiro de 2015, a sede do jornal semanal Charlie Hebdo era invadida em Paris por extremistas muçulmanos, que executaram 12 funcionários e deixaram outros feridos.
Agora, o diretor do jornal, divulgou antecipadamente a capa da edição da próxima quarta-feira, 06 de janeiro, mostrando uma charge em que Deus aparece barbudo, portando um fuzil Kalashinikov e com as roupas ensanguentadas.
A manchete da edição “especial” em memória do atentado é “1 ano depois, o assassino ainda corre”. No interior, um editorial assinado pelo cartunista Riss – sobrevivente do ataque e atual diretor do Charlie Hebdo – faz uma forte defesa do ateísmo e do conceito extremista de laicidade.
O editorial faz críticas aos “fanáticos alienados pelo Alcorão” e “devotos de outras religiões” que supostamente queriam o fim do jornal por “ousar rir do religioso”.
“As convicções dos ateus e dos laicos podem mover mais montanhas do que a fé dos crentes”, garante Riss em seu artigo.
De acordo com informações do G1, a edição em memória das vítimas de 07 de janeiro de 2015 terá uma tiragem de quase um milhão de exemplares, e uma quantidade considerável será enviada a diversos países.
Além do ataque generalista às pessoas religiosas, a edição do Charlie Hebdo trará ainda um caderno de charges das vítimas, além de mensagens de apoio de várias personalidades, como a ministra francesa da Cultura, Fleur Pellerin; atrizes, como Isabelle Adjani, Charlotte Gainsbourg e Juliette Binoche; intelectuais como Élisabeth Badinter, a bengalesa Taslima Nasreen e o americano Russell Banks; e o músico Ibrahim Maalouf.
Atualmente, a tiragem normal do Charlie Hebdo é de 100 mil exemplares nas bancas, sendo que 10 mil são enviados ao exterior semanalmente. Além das versões de banca, outr0s 183 mil exemplares são enviados a assinantes de toda a França.

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