Divulgada identidade de um dos terroristas dos atentados em Paris
Divulgada identidade de um dos terroristas dos atentados em Paris
Na noite deste sábado, o jornal "Le Monde" divulgou a identidade de um dos sete camicases que morreram durante suas ações contra a capital francesa, embora órgãos do governo ainda não tenham confirmado seu nome.
Omar Ismail Mostefai, 29, é apontado pelas investigações como um dos homens-bomba que estavam na sala de concertos Bataclan, onde 89 pessoas foram assassinadas –os terroristas entraram no local atirando e depois mantiveram dezenas de pessoas reféns por duas horas, até que a polícia invadiu o lugar.
Natural de Courcouronnes, a 35 km de Paris, Mostefai vivia em Chartres, distante cerca de 100 km da capital francesa. Segundo o jornal, ele teria passado alguns meses na Síria durante o inverno 2013-2014. Investigadores teriam detectado traços de sua passagem pela Turquia, um canal de entrada para se juntar aos sírios.
Na noite desta sexta-feira, Mostefai teria acompanhado outros dois homens até o Bataclan em um carro Polo preto, levando fuzis Kalashnikov e coletes com explosivos. Assim que a polícia entrou, dois deles acionaram suas bombas; o terceiro foi morto.
Graças a um pedaço do dedo do terrorista encontrado no local foi possível identificá-lo, uma vez que ele já havia sido fichado pela polícia.
Mostefai, de origem argelina, nasceu em 21 de novembro de 1985 em Paris e havia sido condenado oito vezes por delitos comuns entre 2004 e 2010, como dirigir sem permissão, cometer insultos, ter ligações não confirmadas com tráfico de drogas, mas nunca foi preso.
Radicalizado desde 2010
De acordo com o jornal francês, o homem já estava há algum tempo no radar dos serviços franceses de inteligência. Em 2010, foi registrado contra ele o status de ficha S (de segurança de Estado) por suposta radicalização islamita. "Mas, ele nunca foi implicado em filiação ou associação criminosa com relação a um grupo terrorista", disse o procurador da República em Paris, François Molins.
O prefeito de Chartres, onde Mostefai morava, disse que desde 2012 ele não fazia movimentações nem barulho. Não se sabia sobre sua atividade profissional e ele, a princípio, vivia em um imóvel social.
Neste sábado, unidades antiterroristas e da polícia estiveram nas casas do pai e de um dos irmãos de Mostefai em Romilly-sur-Seine e Bondoufle, e os dois foram colocados sob custódia policial. (com informações do jornal Le Monde)
Arsenal é encontrado em carro; familiares de terrorista são interrogados
- Local onde foi encontrado um dos carros utilizados pelos terroristas nos ataques em Paris
Vários fuzis AK-47, do mesmo tipo que os utilizados nos ataques em Paris na sexta-feira à noite (13), foram encontrados no carro preto da marca Seat encontrado em Montreuil, no subúrbio da capital francesa, informou neste domingo (15) uma fonte judicial. Impressões digitais também foram coletadas no veículo.
A descoberta fez aumentar a suspeita de que um terrorista esteja foragido.
Testemunhas relataram a presença de um Seat preto utilizado pelos atacantes em três locais dos ataques contra bares e restaurantes no leste de Paris.
Testemunhas relataram a presença de um Seat preto utilizado pelos atacantes em três locais dos ataques contra bares e restaurantes no leste de Paris.
Além disso, sete pessoas, familiares do suicida francês Omar Ismail Mostefai, também estavam sob custódia neste domingo, segundo a mesma fonte.
Mostefai, 29, é apontado pelas investigações como um dos homens-bomba que estavam no Bataclan, onde 89 pessoas foram assassinadas –os terroristas entraram no local atirando e depois mantiveram dezenas de pessoas reféns por duas horas, até que a polícia invadiu o lugar.
O veículo da marca Seat foi localizado ontem à noite, após um primeiro carro, um Volkswagen Polo, ser encontrado junto ao Bataclan.
O Polo foi alugado na Bélgica por um francês interpelado no sábado pelas autoridades belgas junto a outras duas pessoas, todas residentes neste país e desconhecidas dos serviços antiterroristas franceses.
No total, os atentados de Paris, os piores da história da França, deixaram 129 mortos e 352 feridos. (Com agências internacionais)
#NotInMyName: muçulmanos protestam na rede contra ataques em Paris
Recuperando um marcador (hashtag) que ganhou vida na rede em 2014, muitos muçulmanos estão publicando mensagens de repúdio aos atentados em Paris incluindo #NotInMyName (Não em Meu Nome) em suas postagens, algo que poderia ser traduzido como "Não Me Representa", palavras já adotadas por internautas no Brasil em várias situações de protesto.
A frase em inglês passou a ser amplamente divulgada quando um grupo de muçulmanos britânicos criou, em setembro de 2014, uma campanha e um vídeo criticando as ações do Estado Islâmico (EI). Homens e mulheres gravaram mensagens de rejeição aos atos dos terroristas.
"Porque seu líder é um mentiroso. Porque o que vocês estão fazendo não é humano. Porque minha religião promove a tolerância para as mulheres, e vocês não têm nenhum respeito pelas mulheres", são alguns exemplos do que eles querem compartilhar em defesa do islamismo e para mostrar que atos do EI nada têm a ver com os preceitos de sua religião.
No sábado (14), os jihadistas do Estado Islâmico assumiram a responsabilidade pelos ataques em série que mataram 129 pessoas na capital francesa na sexta-feira e deixaram mais de 350 feridos.
Ao reivindicar a autoria dos atentados, o EI disse que eles eram uma resposta à campanha da França contra os seus combatentes.
O grupo também divulgou um vídeo sem data em que um militante afirma que a França não viveria de forma pacífica enquanto participasse do bombardeio liderado pelos Estados Unidos na Síria.
Os EUA encabeçam a coalizão que tenta conter, com bombardeios, as ações e a expansão do EI, e a França tem promovido ofensivas sem pedir autorização ao ditador sírio Bashar al Assad.
O presidente François Hollande já havia classificado como um "ato de guerra" o que aconteceu no país. (Com agências internacionais)
Estado Islâmico assume autoria de atentados na França
O Estado Islâmico publicou neste sábado (14) um comunicado em que assumiu a autoria da série de atentados que deixaram 127 mortos em Paris na sexta-feira.
No comunicado, o grupo jihadista diz que a França é o "principal alvo" do grupo.
"Oito irmãos carregando coletes suicidas e armas automáticas alvejaram áreas no coração da capital francesa que foram especificadamente escolhidas antes: o Stade de France durante uma partida contra a Alemanha na qual o imbecil [sic] François Hollande estaria presente; o Bataclan, onde centenas de idólatras estariam juntos numa festa da perversidade; além de outros alvos no 10º, no 11º e no 18º arrondissements", diz a nota.
"A França e todos aqueles que seguem seu caminho devem saber que permanecem o principal alvo do Estado Islâmico."
"Alá (...) lançou o terror contra seu coração", diz o grupo, que chama Paris de "a capital da abominação e da perversão"."Paris tremeu sob seus pés [dos terroristas]."
A nota termina com um alerta de que "este não é nada mais do que o começo de uma tempestade e uma advertência para aqueles que queiram meditar e tirar suas conclusões".
No Twitter, o Al-Hayat Media Centre, ligado ao Estado Islâmico, havia postado um vídeo em que o grupo jihadista pedia ataques contra a França. O vídeo não tem data e sua veracidade não pôde ainda ser confirmada.
Na gravação, um militante diz que a França "não viverá em paz até que os bombardeios continuem". "Vocês terão medo até de ir ao mercado", diz ainda.
O EI se pronunciou apenas minutos depois que o presidente francês, François Hollande, atribuiu a responsabilidade pelos ataques ao grupo.
"É um ato de guerra que foi cometido por um exército terrorista, um exército jihadista, o Daesh, contra a França", disse Hollande, usando a sigla em árabe para o Estado Islâmico. "É um ato de guerra que foi preparado, organizado e planejado no exterior, com
cumplicidade de dentro da França."
cumplicidade de dentro da França."
Hollande prometeu uma resposta "implacável" aos atos de terror e decretou três dias de luto nacional.
Hollande culpa Estado Islâmico por atentados e promete resposta 'implacável'
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O presidente francês, François Hollande, afirmou na manhã deste sábado (14) que o Estado Islâmico é o culpado pelo "ato de guerra" que matou 127 pessoas e feriu 300 em Paris na noite de sexta-feira.
"É um ato de guerra que foi cometido por um exército terrorista, um exército jihadista, o Daesh, contra a França", disse Hollande, usando a sigla em árabe para o Estado Islâmico. "É um ato de guerra que foi preparado, organizado e planejado no exterior, com cumplicidade de dentro da França."
Hollande prometeu uma resposta "implacável" aos atos de terror e decretou três dias de luto nacional.
Minutos mais tarde, o EI assumiu a autoria dos ataques.
Em nota, o EI afirmou que a localização dos ataques foi cuidadosamente estudada e que foram empregados oito "combatentes" vestindo coletes suicidas e levando armas automáticas.
"Alá (...) lançou o terror contra seu coração", diz a grupo, que chama Paris de "a capital da abominação e da perversão"."Paris tremeu sob seus pés [dos terroristas]."
A nota termina com um alerta de que "este não é nada mais do que o começo de uma tempestade e uma advertência para aqueles que queiram meditar e tirar suas conclusões".
No Twitter, o Al-Hayat Media Centre, ligado ao Estado Islâmico, havia postado um vídeo em que o grupo jihadista pedia ataques contra a França. O vídeo não tem data e sua veracidade não pôde ainda ser confirmada.
Na gravação, um militante diz que a França "não viverá em paz até que os bombardeios continuem". "Vocês terão medo até de ir ao mercado", diz ainda.
O presidente francês, François Hollande, afirmou na manhã deste sábado (14) que o Estado Islâmico é o culpado pelo "ato de guerra" que matou 127 pessoas e feriu 300 em Paris na noite de sexta-feira.
"É um ato de guerra que foi cometido por um exército terrorista, um exército jihadista, o Daesh, contra a França", disse Hollande, usando a sigla em árabe para o Estado Islâmico. "É um ato de guerra que foi preparado, organizado e planejado no exterior, com cumplicidade de dentro da França."
Hollande prometeu uma resposta "implacável" aos atos de terror e decretou três dias de luto nacional.
Minutos mais tarde, o EI assumiu a autoria dos ataques.
Em nota, o EI afirmou que a localização dos ataques foi cuidadosamente estudada e que foram empregados oito "combatentes" vestindo coletes suicidas e levando armas automáticas.
"Alá (...) lançou o terror contra seu coração", diz a grupo, que chama Paris de "a capital da abominação e da perversão"."Paris tremeu sob seus pés [dos terroristas]."
A nota termina com um alerta de que "este não é nada mais do que o começo de uma tempestade e uma advertência para aqueles que queiram meditar e tirar suas conclusões".
No Twitter, o Al-Hayat Media Centre, ligado ao Estado Islâmico, havia postado um vídeo em que o grupo jihadista pedia ataques contra a França. O vídeo não tem data e sua veracidade não pôde ainda ser confirmada.
Na gravação, um militante diz que a França "não viverá em paz até que os bombardeios continuem". "Vocês terão medo até de ir ao mercado", diz ainda.
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